Fanfics Brasil - Capítulo - 001. Almas Opostas - Vondy

Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo - 001.

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Dulce Maria


 


Na hora do almoço, antes de passar pela lanchonete, decidi dar uma olhada no meu irmão. Subi até o último andar da presidência, passando pela mesa da secretária, que naquele momento estava vazia. Entrei na sala sem bater, encontrando Poncho sentado em sua poltrona confortável, falando ao celular. Ao meu lado, uma mala repousava no chão, como um lembrete silencioso de sua rotina frenética.


Ele ergueu a cabeça e sorriu ao me ver.


Poncho: Falo com você mais tarde — disse, desligando rapidamente. — Ardilla! Pensei que você estivesse nas entrevistas.


Dulce: Você sabe que horas são? Almoço! — balancei a cabeça, sentando-me na cadeira em frente a ele. — Vai viajar de novo? Chegou ontem!


Poncho: Vou para Madri — respondeu, coçando a cabeça, o cansaço evidente em sua expressão. — Como se não bastasse o trabalho, o gestor de lá pediu uma reunião de urgência. - Ele suspirou, como se o peso do mundo estivesse sobre seus ombros. 


Dulce: Você precisa de férias, meu irmão. Está exausto. - O observei atentamente, sentindo uma pontada de preocupação.


Poncho: Sabe que não posso. Temos pessoas que cuidam das nossas redes, mas sou eu quem administro tudo. Preciso ler quatro relatórios até o final do dia. — Olhei para o relógio, o tempo passando como areia entre os dedos. — Antes de ir para Madri. — Ele soltou outro suspiro pesado. — Já comeu? — me encarou.


Dulce: Não. Ia na lanchonete.


Poncho: Pedi para Shirley comprar sushi. Acho que deve ter ido buscar lá embaixo.


Dulce: A mesa está vazia, então, provavelmente.


Poncho: Você vai comer comigo. — Ele afirmou, voltando-se para o computador. — Tudo certo com as entrevistas?


Dulce: Sim. Inclusive, a irmã gêmea da atriz Angelique Boyer foi uma delas.


Alfonso me encarou, seus olhos brilhando de curiosidade.


Poncho: Nick vai pirar. — Ele sorriu, divertido.


Dulce: Vai mesmo. Elas são idênticas, como Christopher e Christovão. A única diferença é que Angélica tem cabelo preto e Angelique é loira. Já estou vendo Nick atrás da irmã da ídola dela. — Por instinto, meu polegar começou a tocar nas alianças. Um gesto involuntário que me trouxe à realidade.


Poncho: Você vai mesmo hoje? É uma pena que não poderei ir.


Dulce: Eu vou. Madison fechou minha agenda de hoje.


Poncho: E Christopher?


Dulce: Como sempre, será o primeiro na fila. — sussurrei, mas ele ouviu.


Poncho: O que foi? Discutiram de novo? — Ele examinou meu rosto, um traço de preocupação surgindo.


Assenti.


Dulce: O mesmo de sempre. Ele é um... chato! — revirei os olhos, o descontentamento escorrendo como veneno. — Está se tornando um velho insuportável. — Eu bufei, mas a verdade é que o amava mais que tudo.


Na realidade, nem velho ele estava. Falo assim apenas para irritá-lo. Christopher vai completar 43 anos, mas continua sendo um espetáculo. Deus, por quê os homens sempre envelhecem melhor que as mulheres? Na juventude, ele só se alimentava de besteiras e, ao completar 35 anos, mergulhou de cabeça no mundo fitness. Aquela transformação! Ele passava horas na academia, seus braços e bíceps se tornaram fortes, sem exageros. Suas pernas e coxas eram grossas, e o abdômen trincado... aquela bunda? Já era maravilhosa antes, mas agora... Céus! Meu marido chamava a atenção por onde passava, ainda parecia tão jovem que eu poderia jurar que ele tinha 37 ou 38, como eu. Ninguém diria que ele estava prestes a completar 43 anos.


Poncho: Hoje vocês podem conversar e se resolverem. Vocês se amam. Tudo vai se resolver. — Ele baixou os olhos, desviando o olhar. — Diferente de mim e da Karla. Estamos nos divorciando.


Dulce: Não era para menos. — Revirei os olhos, a frustração inundando minha voz. — Aquela mulher nunca gostou de você.


Ele bufou, o desânimo transparecendo.


Poncho: Você e a mamãe são iguais. — reclamou, a dor visível em suas palavras. — Eu gostava dela. 


Dulce: Eu sei. Desculpe. — Inclinei-me e toquei a mão dele, um gesto de conforto. — Mas você merece alguém que realmente te ame. Merece alguém que valha a pena. E esse alguém nunca foi e nunca será a Karla. — A tristeza tomou conta de mim.


Poncho: Ela está pedindo 15 milhões de dólares pelo advogado. — Ele bufou — Estou me sentindo um imbecil.


Dulce: Não! Você só estava apaixonado. E ela não terá nada além do que assinou no acordo pré-nupcial. Mas dinheiro é o de menos. Aproveita que vai para Madri e distraia a cabeça, sim? Não fique apenas no trabalho. — Pedi, minha preocupação por ele transparecendo.


Poncho: Eu te amo, ardilla! — Ele beijou minha mão, a sinceridade em seu olhar. — Se Christopher te magoar de qualquer forma, eu vou quebrar a cara dele.


Ri, um misto de carinho e alívio.


Dulce: Eu também te amo!


Nesse momento, a porta da sala se abriu e Shirley entrou, trazendo uma barca de sushi.


Shirley: Boa tarde, senhora Uckermann! — Ela colocou a barca na mesa, um sorriso apologético nos lábios. — Desculpe a demora. Já vou trazer o seu suco, senhor. A senhora vai querer algo para beber? — Ela me encarou.


Dulce: Não. Roubo do Poncho! — Falei, abrindo a tampa da barca.


Poncho: Por que é assim? — Ele reclamou, a expressão indignada.


Dulce: Foi você que me intimou a comer, não é? — Falei, enfiando um sushi na boca com um sorriso travesso.


Poncho: Por que fui abrir a boca? — Ele suspirou, um sorriso involuntário aparecendo.


Ri. Shirley saiu da sala, e nós dois continuamos conversando, dividindo o sushi e os momentos de cumplicidade, enquanto o mundo exterior parecia distante.


 


 


 


Maria Paula


 


 


Depois da prova de álgebra na qual passei todas as respostas para os meus amigos, tivemos mais três tempos e por fim o almoço. Petrick e eu andávamos de mãos dadas enquanto nossos amigos andavam mais atrás em direção a lanchonete. Na lanchonete compramos nosso almoço e sentamos em nossa mesa de sempre do outro lado. Vi Lav com Emma sentadas com grupo no primeiro ano.


Valentina: O ensino fundamental está uma loucura. Sua irmã deve está nervosa, não é amiga? - mordeu uma maça. – Ela é a estrela principal. – sorriu.


Valentina Zenere era muito bonita. Cabelos longos e pintados de um loiro cinza, os olhos claros, alta, magra e quando andava parecia estar numa passarela. Ela era minha melhor amiga desde que cheguei no colégio. Ela foi a primeira se aproximar de mim e desde de lá não nos afastamos mais.


Petrick: Acho sua irmã tão chatinha...- sussurrou – Desculpe. Mas é a verdade. – se apressou – Mais ela tem talento. Isso não posso negar. Irá se dar muito bem como atriz.


O encarei.


Maria: Você só acha ela chata porque ela não gosta de você. – o empurrei - E ela mal dormiu a noite de tão ansiosa. – respondi Valentina -  Como sempre fica antes das apresentações. E não fale mais da minha irmã! – falei irritada.


Petrick: Desculpe boneca! – beijou meu rosto – Não quis ofender ela.


Maria: Acho bom! – virei o rosto quando ele tentou me beijar.


Petrick Cannon era o típico atleta de basquete do colégio. Era um gato. Ex de Tessa Miller.


Estávamos juntos a dois anos. Me apaixonei por ele desde da primeira vez que o vi, ele também se apaixonou por mim. Mas demorou para terminar com a Tessa. E quando eles terminaram não ficamos logo juntos, quase um ano depois que ele e eu nós aproximamos e começamos a ficar. O que despertou ainda mais a ira da ”abelha rainha”.


Mas além dos problemas do colégio(Tessa), ainda tínhamos da minha família. Por meu pai ser ciumento ele odeia Petrick, minha mãe não vai com a cara dele e minhas irmãs, exceto Gigi, não gostam dele. Nosso relacionamento é difícil.


Harry e Ethan eram os melhores amigos de Patrick. Tão bonitos quanto ele.


E formamos um dos grupos mais populares.


O barulho da porta da lanchonete abrindo chamou minha atenção, como a de todos. Por ela passou Tessa e Thales, a namorada dele Briana, Scarlet e Joshua. Os gêmeos ruivos entraram como se fosse donos do colégio rindo e fazendo barulho. Sem olhar para mais ninguém se sentaram na mesa deles do outro lado da lanchonete. Assim que Tessa sentou ela deu o típico olhar matador para nossa mesa. Acompanhei seu olhar passar pelos braços de Petrick que estavam nos meus ombros até parar no meu rosto.


Sorri atrevida.


E ela retribuiu com um dedo do meio e voltou a conversar com o grupinho dela.


Valentina: A inveja dela é gritante. – bufou – Você é muito mais linda e rica do que ela amiga.


Ethan: Mais popular também. – ressaltou.


Petrick: Ainda bem que é nosso último ano. – murmurou e beijou meu rosto.


Virei o rosto e o beijei.


 


 


 


 


 


 


Belinda Peregrín


 


 


Mal entrei na casa da minha mãe e Noah veio correndo me abraçar. Minha mãe estava sentada na mesa da cozinha costurando. Ela baixou os óculos e fez cara feia já sabendo o motivo por estar ali naquela hora. Amava minha mãe, mas a culpava por nossa família viver nessa miséria. Quando jovem minha mãe foi uma mulher belíssima, Olívia Peregrín foi muito bela. Toda minha beleza puxei a ela. Poderia ter o milionário que quisesse, mas preferiu se casar por amor. E com o idiota do meu pai. Ele nunca mereceu minha mãe.


Ambos eram dois sem ambição, por isso, ficaram pobres a vida inteira. Ele morreu quando eu era adolescente num acidente de carro e ônibus. Meu pai estava no ônibus é claro. Não no carro.


Agarrei meu bebê com força.


Belinda: Mamãe também estava com saudades filho.


Noah: Por quê chegou a essa hora mamãe?


Belinda: Porque a mamãe saiu do trabalho – joguei minha bolsa na mesa e o levei para o pequeno sofá da sala – Como foi o colégio hoje? – mudei de assunto observando minha mãe balançar a cabeça e voltar para a costura.


Noah: Tirei A em matemática, A em inglês e A em português. – falou sorridente.


Belinda: Muito bem meu filho. – toquei em seu rosto – Você só me dar orgulho – beijei sua testa – Já almoçou?


Noah: Sim. E a senhora?


Belinda: Vou almoçar depois. – sorri olhando a mesa com papel e lápis – Filho, por que você não continua desenhando no quarto? Vovó e eu precisamos conversar.


Noah: Já sei, conversa de adulto...- falou mal humorado levantando do sofá indo pegar as coisas na mesa – Não demora mãe. Quero mostrar minhas provas. – falou indo em direção ao quarto, quando ouvimos a porta bater encarei minha mãe.


Belinda: Mã..


Olívia: O que foi dessa vez? Que te demitiram sem motivo? – torceu a boca.


Belinda: Mãezinha eu não tenho culpa – mais ou menos – As patroas têm inveja da minha beleza, é o único motivo que encontro.


Olívia me encarou séria.


Olívia: Isso é incrível minha filha! Todo mundo tem inveja da sua beleza – bufou – Você se acha irresistível e talvez seja mesmo, mas nem tudo é questão de beleza Belinda. Você estava com a dona Margaret a três anos. O que aconteceu?


Belinda: Não sei mamãe. Talvez ela encontrou outra empregada melhor que eu. – falei um pouco irritada por ela duvidar de mim – Agora preciso ir atrás de outro emprego. O mais rápido possível. O que ela me deu não vai ser suficiente por muito tempo.


Olívia: Isso é verdade. – murmurou – Mas se acalme, sim? Como apareceu esse irá aparecer outro. E de qualquer forma tenho minhas economias da costura. Não é muito, mas dar para ajudar quando apertar. – respirou fundo.


Belinda: A senhora está bem? Os remédios ainda não acabaram, né?


Olívia: Não filha. Estou ótima! É só cansaço dessa velha. Pegar Noah do colégio e fazer almoço e arrumar a casa me deixa um pouco cansada. Mas estou bem.


Belinda: Um dia ainda vou ter muito dinheiro mamãe. Aí a senhora não irá precisar fazer nada disso. Como era antes. – garanti.


Olívia: Assim como beleza, dinheiro não é tudo Bel. – falou séria – Sou feliz assim. Apesar de quase não termos dinheiro. Quero que encontre um amor de verdade filha e não um homem rico. Você nunca amou Lucas. E sim, a conta bancaria dele.


Belinda: Claro que gostei do Lucas mamãe. Não sou tão sem sentimentos assim – me encolhi.


Olívia: Gostar não é amar. Espero que encontre o amor da sua vida e mude.


Belinda: Vamos parar com esse assunto, sim? – me levantei – Vou tomar banho e ficar com meu filho. Amanhã cedo já vou atrás de trabalho. – passei por ela dando um beijo no rosto e caminhei em direção ao meu quarto.


Ouvi minha mãe suspirar.


 


 


 


 


 


Dulce Maria


 


 


17:45


As tomografias confirmaram o que eu temia: meu último paciente, Taylor, tinha os dias contados. O tumor era inoperável. Maligno. Quase todo o cérebro comprometido. Os outros especialistas haviam extinguido qualquer esperança, mas ele não desistiu até conseguir uma consulta comigo. Cada vez que não podia dar a resposta que meus pacientes tanto desejavam ouvir, uma parte de mim se despedaçava. "Você vai viver". Eu já havia realizado várias cirurgias bem-sucedidas em casos considerados perdidos, mas não era Deus. Não podia salvar a todos.


Taylor: Eu pesquisei tudo sobre a senhora. Vim da Itália, praticamente acampei na clínica para conseguir uma consulta — disse Taylor, nervoso, os olhos brilhando com uma esperança desesperada. — Sua agenda para consultas já está encerrada e estamos apenas no começo do ano.


Dulce: Não é bem assim — interrompi, a voz firme, mas com um nó na garganta. — Se consegui realizar cirurgias de sucesso, foi porque encontrei uma chance, por menor que fosse, de remover o tumor sem matar meus pacientes na mesa de cirurgia. O seu tumor está com 78% do nervo comprometido. Daqui a alguns meses, você perderá a visão, a audição e não conseguirá mais andar. E, se eu estiver sendo otimista, estou pensando em seis meses. E passando disso, você... — não consegui terminar a frase; o peso da realidade era esmagador.


Ele baixou a cabeça, os ombros caindo, como se cada palavra pesasse toneladas.


Taylor: 78% não é 100% — ele me encarou, a esperança misturada com desespero. — A senhora pode...


Dulce: Senhor! Mesmo que eu encontre uma brecha milagrosa para remover o tumor, esses 78% significam que, mesmo com tratamento após a cirurgia, não fará diferença. Você ficará cego, surdo, mudo e sem os movimentos. Esses danos são irreversíveis. Eu sinto muito! — As palavras saíram como um sussurro, a tristeza transbordando. — Eu realmente aconselho que você aproveite o tempo que ainda tem. Sinto muito. Muito.


Ele fechou os olhos, um gesto que parecia uma forma de se proteger da verdade.


Taylor: Então é só ir para casa e esperar a morte... — sussurrou, a fragilidade em sua voz me cortou ao meio.


Dulce: Sua família sabe sobre isso? — perguntei, temendo a resposta.


Taylor: Não tenho família, filhos, não tenho ninguém. — A solidão em suas palavras ressoou na sala, um lamento profundo que me fez sentir um vazio insuportável.


Fiquei em silêncio, meu coração pesado de compaixão. Era tão jovem, condenado à morte, e completamente sozinho.


Dulce: Sinto muito. Se houvesse algo, mesmo que mínimo, eu faria. Tenha certeza disso. — Fui sincera, cada palavra uma súplica interna de que as coisas fossem diferentes.


Taylor: Obrigado, doutora Saviñón. — Ele se levantou, balançando a cabeça em resignação. — Vou... — respirou fundo, as palavras parecendo sufocadas, e saiu da sala sem mais nada a dizer, a figura dele se esvaindo na porta como uma sombra.


Suspirei, a tristeza quase me paralisando.


Madison apareceu na porta assim que ele saiu.


Madison: Não pode fazer nada mesmo, doutora? — perguntou, a expressão dela carregada de empatia, refletindo a dor que sempre sentia ao ver pacientes como Taylor saírem daquela forma.


Dulce: Não. — esfreguei meu rosto nas mãos, a frustração explodindo. — Droga!


Madison: Não se culpe, doutora. Você não é Deus! Fez o possível. — A voz de Madison era um bálsamo, mas mesmo assim não aliviava a dor.


Dulce: 32 anos, Madison. 32 anos... — sussurrei, a realidade do tempo pesando como chumbo.


Madison: Deus o receberá na glória. — Ela fez o sinal da cruz, um gesto que trazia um pouco de conforto àquele ambiente pesado.


Dulce:Amém. — sussurrei de volta, a voz embargada.


Madison: Está na hora de ir para casa, senhora. — Madison me lembrou, seu tom suave.


Dulce: Ok. Só vou guardar algumas coisas e já vou. Jack já chegou?


Madison: Sim. Apenas está lhe aguardando.


Dulce: Ok. Diga que já vou descer. — Voltei para o computador, tentando me distrair antes de sair.


Madison fechou a porta, me deixando sozinha em um silêncio denso. Tirei meu jaleco e peguei minha bolsa, saindo em direção à mesa de Madison, que estava focada no computador. Ela estava comigo há quase sete anos, a melhor secretária que já tive. Inteligente, gentil, educada e extremamente confiável. Adela, minha antiga secretária, eu tive que demitir por estar mais interessada no meu marido do que no trabalho. A falta de noção de algumas mulheres era exasperante.


Dulce: Estou indo. Amanhã estarei de plantão à tarde! E no resto da semana... — Peguei meu celular, verificando as horas.


Madison: Consultas e plantões. Está tudo programado, senhora Uckermann. — A eficiência dela sempre me surpreendia.


Dulce: No final de semana, vou dar apenas consultas. Retire os plantões, tá? — Eu precisava me reconectar com a minha família.


Madison: Ok. E... — Ela foi interrompida pelo telefone, que tocou estridentemente. — Pois não? — atendeu no segundo toque. — Sim! Ela está! — me encarou, a preocupação crescendo em seus olhos. — Ok. — desligou. — Colisão de carro e moto. Emergência cheia. Todos os neuros estão em cirurgia e os que sobraram precisam de ajuda. — avisou, nervosa. — Parece ser realmente grave.


Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, eu já estava chamando o elevador.


Cinco minutos depois, atravessando a ponte que conectava ao prédio da emergência, entrei na recepção lotada. Enfermeiros e médicos corriam em todas as direções, a urgência do ambiente pulsando como um coração acelerado. Uma enfermeira fez sinal, indicando um paciente completamente ferido e desacordado na maca. Joguei minha bolsa no chão quando me aproximei dele.


Enfermeira: Homem, 46 anos, estava dirigindo a motocicleta sem capacete. Sinais vitais baixos. Sem reação desde que chegou há dois minutos — informou a enfermeira, sua voz tensa.


Abri os olhos do homem com os dedos, o desespero me atingindo.


Dulce: Cirurgia AGORA! — gritei, já puxando a maca com a ajuda da enfermeira.


Alguns enfermeiros abriram a porta da emergência enquanto corríamos para dentro.


Enfermeira: Abra a sala de cirurgia A do leste. — falou para o aparelho no ouvido. — Código Vermelho! Repito, código vermelho! — gritou, a urgência em sua voz ressoando.


Dulce: Sem reflexo. Esse homem tem minutos de vida — disse, enquanto corria, o coração acelerando a cada passo.


Enfermeira: O que mais posso fazer, doutora? — perguntou a enfermeira, já sem ar de tanto correr.


Dulce: Ligue para minha família. — Falei séria, a realidade pesada me atingindo. — Não vou conseguir chegar. — Respirei fundo, o corredor se estendendo diante de nós. — De novo.


Droga!



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Autor(a): tatayvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1714



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  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 15/11/2024 - 13:29:56

    Está tudo bem , não vai mais continuar com a história?

  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 11/09/2024 - 10:46:34

    Quando terá novas atualizações ?... Saudades

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 15:01:30

    Eu estou achando que vamos sofrer muito nesta temporada espero que sejam poucos capítulos

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 07:10:06

    Continua

  • taianetcn1992 Postado em 08/06/2024 - 03:10:57

    Dulce vc sossega hein

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:42

      Aiaiaia

  • vondy_eternamenty Postado em 09/05/2024 - 19:18:43

    Continua por favor esta ótima

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:29

      Continuando*-*

  • Vondy Forever Postado em 06/05/2024 - 10:35:05

    Continua por favor

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:14

      Continuando *-*

  • Srta Vondy ♥ Postado em 21/04/2024 - 22:44:45

    Entendo de verdade o quão importante é a carreira da Dul, que emergências acontecem (principalmente num hospital), que p carreira que ela escolheu tem que abrir mão de muita coisa, principalmente de momento em família, de verdade entendo tudo isso, mas n me entra na cabeça o quão ''relapsa'' ou melhor relaxada ela se tornou em relação ao sentimento das meninas de saber que as filhas criam esperanças baseada na confirmação dela, ficam ansiosas esperando, se decepcionam, choram, são acalmadas, perdoam ela e depois tudo se repete novamente, sei que existe o contra-peso de uma vida que ''depende'' dela, mas mesmo assim sabe ? E ainda acha o Uckermann errado por cobrar isso dela, sendo que sobra p ele toda essa bomba nos momentos especiais das meninas Fora que acho que será um problema o novo médico e a possível entrada da Belinda na empresa do Christopher, e o segredo que a Dul guarda que até agora n deu as caras.. Ansiossima p os próximos capítulos, some mais não, por favor Continuaaaa <3

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:55:18

      Os anos passaram e ela mudou muito, nem parece aquela menina de antes. Só acho que ela deveria parar de fazer essas promessas, já que é difícil de cumprir. Ela não gosta de ser cobrada, porque ela sabe que está errada. Esse novo médico ainda vai causar problemas não só no casamento dela, mas na relação das meninas tbm, assim como Belinda, Dulce que se cuide...e esse segredo? Chuta o que seja? Estava com saudades dos seus comentários*-* vou tentar postar com frequência, continuando!!!!!

  • vondy_eternamenty Postado em 20/04/2024 - 22:05:48

    nossa que saudades eu estava de vc continua

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:47:22

      Tbm estava com saudades *-*

  • taianetcn1992 Postado em 18/09/2023 - 07:49:08

    mais mais mais


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