Fanfics Brasil - Capítulo - 002. Almas Opostas - Vondy

Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo - 002.

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Belinda Peregrín


 


Tinha passado a tarde com meu filho desenhando. Ele amava desenhar e estudar. Era tão inteligente para aquele colégio sem graça e sem oportunidades. Meu filho merecia muito mais. Depois dos desenhos e estudos, decidimos assistir um filme e quando vi já passava das sete da noite. Sai do quarto quando ouvi minha mãe conversando com nossa vizinha Harper. Ela tinha uns 26 anos. E era tão sem ambição quanto minha mãe foi e era por isso que elas se davam tão bem.


Olívia: Você foi chamada mesmo? – perguntou feliz.


As duas estavam no sofá. Harper tinha um copo de café nas mãos e sorria.


Harper: Sim senhora Peregrín. Começo amanhã mesmo.


Belinda: Chamada para onde? – me aproximei delas – Olá Harper!


Harper: Oi Belinda – sorriu.


Olívia: Harper vai começar a trabalhar amanhã. – falou contente – Serviços gerais.


Belinda: Que bom! Onde? – puxei uma cadeira e sentei na frente delas.


Harper: A indústria de Arquitetura Uckermann. – falou feliz – É um bom emprego e pagam bem. Só é um lugar muito chique pra mim. É gigantesco e com várias salas. Muitas salas mesmo. Com vários arquitetos do país.


Belinda: Uckermann? – franzi o cenho – Uau! Você tem noção de onde vai trabalhar, né? – a encarei – É uma das famílias mais ricas do planeta. E famosas também. 


Olívia: Ela vai trabalhar para a empresa e não para a família em si. – riu.


Belinda: Quase a mesma coisa mamãe. Eles são muito ricos. A top model Zoraida Gómez, uma lenda das passarelas, faz parte dessa família. Tem noção? – era óbvio que eu sabia sobre os Uckermann. Quem não sabia?


Era uma família bilionária. Cada integrante tinha sua própria fortuna.


Iguais as Kadashian. 


Olívia: Belinda perdeu o emprego hoje, será se você consegue uma entrevista para ela, querida? – tocou no ombro da vizinha.


Harper: Eles ainda estão contratando. Então, acho que sim. Me der seu currículo que mando por e-mail hoje mesmo. – sorriu e tomou um gole do café.


Belinda: Obrigada Harper! Preciso mesmo desse emprego ou de qualquer outro. – murmurei.


Olívia: Calma querida. – me encarou – Tenho certeza que irão chama-la.


Belinda: Eu espero mãe. Eu espero.


Suspirei.


 


 


 


 


 


Maria Paula


 


 


Terminava de passar o perfume quando Lavínia entrou no quarto sem bater como de costume. Voltei minha atenção para meu cabelo solto e liso. Maquiagem marcante e batom vermelho. Usava uma calça jeans, botas de saltos pretos, camisa branca e jaqueta de couro preto. E meus brincos de esmeraldas que ganhei do meu último aniversário. Estava para o gasto. Mentira. Estava uma gata!


Sorri.


Lavínia: Mamãe não atende. Ela já deveria ter chegado aqui a muito tempo. – mexia no celular preocupada.


Maria: Tentou falar com Jack?


Lavínia: Não consigo também.


Levantei da cadeira e encarei minha irmã que estava de vestido da Gucci brilhoso e saltos nude. Usava uma gargantilha de diamantes. Cabelo preso numa trança. E uma pequena bolsa de corretinha no ombro.


Maria: Então ela deve estar indo para lá. Deve ter se arrumado no hospital. – falei querendo criar esperança, mas no fundo já sabia do porquê desse sumiço. – É melhor irmos. Já estamos atrasadas. – peguei uma bolsa em cima da cama.


Lavínia suspirou.


Lavínia: Pelo menos o papai volta hoje. – sorriu.


Maria: Isso é verdade. – retribui o sorriso – Estou morrendo de saudades dele.


Lavínia: Vamos logo. – guardou o celular na bolsa e virou de costas para sair.


Respirei fundo e a segui.


 


 


 


 


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Sentada no sofá do camarim observava a maquiadora terminar de maquiar a estrela da noite, todo o elenco da peça estava naquele camarim. A maioria dos adultos eram maquiadoras ou mães das crianças. Faltava meia hora para começar a peça. Quase todos os convidados já ocupavam seus lugares. Minhas irmãs já estavam sentadas na primeira fila e acho que já com nosso pai. Nossa mãe, eu ainda não sabia se ela tinha chegado. A maquiadora trabalhava muito bem no rosto de Nick.


Minha irmã ia viver a personagem principal de Alice no país das maravilhas.


Alice.


Ela estava radiante. Mesmo que fosse teatro do colégio.


Ela ficava radiante com qualquer personagem.


Nicole: Paula? – me chamou através do espelho.


Levantei do sofá e sorri para maquiadora.


Maria: Você está linda Nick. – me inclinei em frente a ela.


Nicole: A mamãe já chegou? – me encarou.


Engoli em seco.


Ela tinha perguntando isso tantas vezes desde que cheguei.


Maria: Não sei pequena. Tem tantas pessoas.


Nicole: Ela prometeu que ia ficar na primeira fila. – fechou os olhos para a maquiadora passar um pouco de brilho.


Maria: Ainda falta meia hora pequena. Não se preocupe com isso. – pedi.


Nicole: E o papai?


Maria: Acho que ele já deve estar sentado com as meninas.


Ela sorriu.


Nicole: Estou com saudades dele.


Maria: Eu também. – murmurei.


Xxx: Prontinho senhorita. – largou o pincel e sorriu.


Nicole abriu os olhos e abriu um enorme sorriso se olhando no espelho.


Nicole: O que achou Paula? – me encarou.


Maria: Está ainda mais perfeita Nick. – pisquei.


Xxx: Vou para próxima. Está linda Nick. Vai arrasar! – sorriu antes de sair.


Nicole: Repassa esse texto comigo? – abriu uma gaveta do armário e tirou dois papéis.


Maria: Está nervosa? – sorri.


Nicole: Com medo. – olhou os papéis.


Maria: Medo de quê? – me agachei até ficar na altura dela.


Nicole: Da mamãe não vir. – se encolheu – As falas são mais difíceis. Eu estudei muito.


Toquei na mão dela.


Maria: Não fique com medo. O papai, eu e as meninas vamos está lá te aplaudindo como sempre, ok? – sorri.


Nicole: Mas e a mamãe?


Maria: Por que não repassamos logo as falas? Daqui alguns minutos você entra. – puxei um dos papéis e sentei no chão. – Qual minha fala? – encarei o papel.


Nicole: Você é o chapeleiro e...


Me concentrei nos textos e fiz ela se concentrar também.


 


 


 


 


 


Christopher Uckermann


 


Enquanto o carro deslizava pelas ruas tranquilas da cidade, eu observava pela janela, tentando ignorar o cansaço que parecia pesar sobre cada músculo do meu corpo. O avião atrasara, e eu ainda havia me arrumado às pressas durante o voo. Agora, de volta à realidade, Sebastian, nosso motorista, mantinha o silêncio enquanto dirigia até o colégio das meninas. Eu precisava estar lá, mas tudo o que eu realmente queria naquele momento era me esticar numa cama e dormir. Fazia dias que não tinha uma noite decente de descanso, desde a última briga com Dulce.

 

Fechei os olhos, tentando encontrar algum alívio na escuridão por trás das pálpebras.

 

Quase vinte anos. Esse era o tempo que Dulce e eu estávamos juntos. Contando desde os dias de namoro até o casamento. Quase vinte anos construindo uma vida ao lado dela. Vinte anos criando uma família com cinco filhas lindas. Maria Paula, Lavínia, Sofia, Giovanna e Nicole. Minhas meninas. Minha vida.

 

Eu morreria e mataria por elas.

 

Lembrava com nitidez de cada uma de suas chegadas ao mundo. Seus primeiros passos, as primeiras palavras, os dentes caindo, os medos noturnos que as traziam para nossa cama no meio da madrugada, fugindo de pesadelos ou dos trovões. Até hoje, Nick, minha caçula, ainda faz isso.

Lembro como se fosse ontem elas nascendo, falando as primeiras palavras, aprendendo andar, os primeiros dentes nascendo e caindo. O choro das madrugadas ou quando corriam para nossa cama com medo dos trovões ou de um pesadelo. Nick ainda faz isso


Minha bebê.


As meninas nasceram quase em sequência, e mesmo com o caos que isso trouxe, eu nunca deixei que Dulce desistisse de seu sonho. Pelo contrário, eu a motivava a seguir em frente, mesmo quando ela pensava em dar uma pausa na carreira. Fiz questão de cumprir minha promessa de ser um bom marido. Claro, não foi fácil, três crianças pequenas demandam muita atenção, mas juntos, superamos cada obstáculo. Quando Dulce se formou em medicina, estava grávida de seis meses da Gigi. Naquele dia, eu estava lá, na primeira fileira, com Maria Paula, Lavínia e Sofia, ainda pequena no meu colo. Todos nós gritando e batendo palmas por ela. Por sua conquista.


Nosso casamento, por muito tempo, foi feliz. Eu tinha um orgulho imenso da mulher que ela se tornou. Dulce realizou o maior sonho da vida dela: se tornou uma das melhores neurocirurgiãs dos Estados Unidos. Ela salvou vidas, muitas vidas. Recebeu prêmios e honrarias por suas pesquisas inovadoras, descobrindo até a cura de um tumor antes considerado inoperável. Ela atingiu um nível que poucos conseguem, chegou ao patamar da mãe dela, sendo procurada por pacientes de todas as partes do mundo. 

 

Mas esse sucesso trouxe consequências. O casamento que antes parecia perfeito começou a desmoronar. O que era uma parceria sólida foi lentamente sendo corroído pelo tempo que Dulce dedicava à medicina, cada vez maior e mais distante de nós. Eu sabia que ela precisaria dividir-se entre a carreira e a família, mas não pensei que a balança pesaria tanto para o lado da medicina.

Ela começou a ficar fora de casa por longos períodos. E quando estava presente, parecia ausente. Se não estava dormindo, estava fechada no escritório, mergulhada em exames, consultas online ou reuniões intermináveis. Não participava mais da vida das meninas. Nunca ia a eventos escolares, apresentações, seminários, dias especiais entre mãe e filha. Mal ajudava com as lições de casa. E, por mais que eu entendesse sua dedicação à profissão, esse distanciamento estava nos quebrando.


 


E eu estava sozinho. Tudo o que dizia respeito às nossas filhas — festas de aniversário, reuniões escolares, momentos importantes —, eu era o único presente. Mesmo com minha agenda cheia, eu sempre dava um jeito de estar lá. Mas Dulce... ela simplesmente não estava. E parecia nem se importar.

 

A pior parte foi o nosso casamento. Ela começou a esquecer datas importantes. Primeiro, foi o Dia dos Namorados, que sempre comemorávamos duas vezes por ano. Depois, o nosso aniversário de casamento. Esse, em particular, me destruiu. Eu esperei o dia todo, pensando que talvez fosse uma surpresa, mas não houve nada. Nem um “parabéns”. Nada.

 

Meus dedos tocaram a aliança no meu dedo, como se isso fosse trazer algum consolo.

 


Nada me machucou tanto quando no dia que ela esqueceu nosso aniversário.


Nós afastamos de uma maneira quase absurda comparado ao que erámos aos vinte e poucos anos. Ela mudou tanto comigo que cheguei a pensar se o problema era eu. Me questionei se depois de tantos anos juntos ela enjoo de mim, deixou de me amar ou simplesmente perdeu o interesse. Foi um dos motivos que me levaram a entrar de vez no mundo fitness. Queria que voltasse a olhar para mim. Como antes.


Suspirei.


Mas continuava amando Dulce da mesma forma e na mesma loucura que antes.


Na verdade até mais.


Aquela mulher era dona de mim. Ela me tinha nas mãos.


Era minha vida.


Suspirei profundamente.

 

E por mais que as brigas e as discussões tivessem se tornado rotina, por mais que a distância entre nós aumentasse, eu ainda estava preso a ela. Ainda a desejava, ainda queria que desse certo.

 

Só que, se as coisas continuassem assim, com mágoas acumulando-se e nossas filhas sendo magoadas no processo... eu não sei se nosso casamento sobreviveria.

 

Infelizmente.

 


 


 


 


 


 


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O teatro do colégio estava bem cheio. As apresentações do ensino fundamental sempre eram mais cheias que o Ensino Médio. Assim que o motorista estacionou já fui logo abrindo a porta e saindo. Passei pela recepção pegando um panfleto que tinha todas informações da peça e os personagens. Apenas aceitei pegar das mãos de um funcionário porque minha filha estava na capa. Caracterizada de Alice.


Sorri.


Minha bebê era tão linda.


Olhei ao redor quase atordoado por tantos pais presentes. Não era um local muito grande. A maioria estava sentada apenas aguardando o início do primeiro ato. E outras como eu em pé. Procurei nas fileiras da frente minhas filhas e encontrei três delas sentadas mexendo no celular. Guardei o panfleto no bolso e caminhei até elas.


Sem sinal de Dulce. Tinha três vagas ao lado das meninas.


Christopher: Sentiram saudades? – falei no início da fila.


PAIIIIIIIIIIIII!


Lavínia, Sofia e Gioavana largaram os celulares e pularem da cadeira vindo me abraçar. Confesso que quase fui derrubado e todos que estavam perto nos olharam. Sorri abraçando minhas filhas morto de saudade.


Giovana: Você demorou! – reclamou me olhando com os olhos azuis brilhantes.


Christopher: Desculpe princesa. Papai ficou preso em Dubai. – me inclinei e beijei a testa da minha loirinha preferida.


Lavínia: Fez boa viagem? – me abraçava pela cintura e tinha os olhos fechados.


Christopher: Sim filha. Só queria ter vindo mais cedo. – beijei a testa dela.


Sofia: Está cansado? Parece cansado...– tocava meu braço e me encarava com os verdes mais lindos do mundo.


Beijei a testa dela.


Christopher: Estou bem. – menti.


Giovana: Vêm! Senta papai. – me puxou em direção aos nossos lugares.


Christopher: A mãe de vocês..?


Falei assim que ocupamos nossos lugares.


Lavínia e Sofia me encararam sem dizer nada.


Giovana: Ela não vem. Como sempre. Não sei por quê pergunta. – deu de ombros e voltou a mexer no celular.


Sofia: Gigi! – murmurou.


Giovana a ignorou.


Respirei fundo e fechei os olhos.


Senti uma mão no meu ombro e abri os olhos.


Lavínia: Ainda falta alguns minutos pai. Relaxa, tá bom? – sorriu.


Segurei a mão dela e balancei a cabeça.


Os minutos foram passando e todos os convidados já ocupavam seus lugares. Quando as luzes apagaram e Maria Paula voltou do camarim e foi a última a sentar do meu lado, não pude deixar de querer socar alguma coisa. Mais uma vez.


Mais uma maldita vez.


Maria: Não surta agora. – tocou no meu ombro olhando para a cadeira da ponta vazia do meu lado – Estava com saudades! – encostou a cabeça no meu ombro.


Sorri.


Christopher: Também princesa. – beijei a testa dela – Cuidou bem das suas irmãs?


Maria: Sempre. – sorriu se ajeitando na cadeira – Nick vai chorar de novo. – fechou o sorriso e cruzou os braços.


Christopher: Eu sei. – murmurei – Só não sei como faze-la parar. Da última vez nem todos os chocolates do mundo resolveu.


Maria Paula suspirou.


A última luz do teatro apagou e a luz do palco ascendeu.


Olhei mais uma vez para a cadeira vazia do meu lado. Lavínia esticou o braço me entregando o celular. Peguei o parelho e li a mensagem.


Mãe:


Infelizmente a doutora Saviñón está presa numa cirurgia. Tentei avisar seu pai, mas o celular só dar desligado. Ela pediu desculpas!


Qual a novidade?!


Bufei e devolvi o celular para Manu.


O problema da Dulce é prometer uma coisa que ela sabe que jamais vai cumprir.


E o nosso fodido problema, é acreditar nas malditas promessas dela!


Peguei meu celular e bufei de novo ao ver que tinha acabado a bateria.


Maldição!


As cortinas do palco se abriram e a luz branca iluminou todo o espaço. Uma música lenta e fumaças preencheu o ar. De repente todo o cenário de animação apareceu e uma voz começou a narrar a história. Encarei rapidamente minhas meninas ao meu lado e todas elas gravavam a peça. Voltei minha atenção para o palco e sorri ao ver minha bebê entrando na peça ainda mais perfeita caracterizada com a personagem. Outras crianças apareceram atrás dela, mas eu só tinha olhos para minha filha.


Nicole fazia exatamente o que a narradora falava, sempre de cabeça baixa e andar lento, de repente ela parou no meio do palco ao mesmo tempo que a mulher calou a boca e ela levantou a cabeça. Era agora que ela ia falar. O sorriso gigantesco que tinha nos lábios antes de falar alguma coisa, foi se fechando aos poucos.


E silêncio.


Silêncio.


E mais silêncio.


As pessoas começaram a sussurrar e a narradora voltou a falar. Na vez de Nick dizer a fala dela, continuou muda. Ela olhava para mim, ou melhor, para a cadeira vazia ao meu lado. Seus olhos encheram de lágrimas e de repente saiu correndo para fora do palco.


O barulho das pessoas falando foi alto.


Lavínia: Aii não! – murmurou.


Sofia/Giovana: Droga! – levaram as mãos até a boca.


Não vi reação da minha primogênita porque na mesma hora que Nick saiu correndo, sai correndo atrás dela. Merda! Merda! Merda! Merda! Merda! Merda!


Ela nunca fez isso.


Merda!


Entrei num corredor e empurrei a primeira porta, peguei a esquerda e abri a porta do camarim. Entrei olhando ao redor encontrando várias araras de roupas e fantasias, mesas e cadeiras de maquiagens, sofá e minha filha caçula encolhida ao chão no canto da sala chorando de cabeça baixa.


Meu coração quebrou vendo aquela cena.


Christopher: Filha...- me aproximei devagar.


Nicole: E..la pr..ometeu papai – se encolheu – Ela prom..eteu – a voz falhando.


Me joguei ao lado dela e a puxei para o meu colo.


Ela me abraçou escondendo o rosto no meu terno. Seu corpo tremia. Abracei minha bebê bem apertado tentando faze-la parar de chorar.


Christopher: Por favor filha, se acalme. Não fique assim. A mamãe ama você e ela queria está aqui ma... – beijei a testa dela


Nicole: Mas ela n..ão está co..mo sem..pre – gaguejou.


Christopher: Se acalme princesa! Pare de chorar, sim? A mamãe não está aqui, mas o papai está aqui com você meu amor. – segurei o rosto dela fazendo ela olhar para mim – Se não parar de chorar, o papai vai chorar junto com você. – limpei o rosto dela.


Nicole: A ma..mãe não go..sta mais da gente, né?


Christopher: Nicole, escute. – falei sério – A mamãe ama vocês cinco. Ama você. Nunca mais duvide disso, Ok? – ela balançou a cabeça concordando.


Nicole: E você? Ela a..ma? – perguntou limpando o rosto.


Estava se acalmando.


Também queria saber filha. Quis dizer.


Antes que eu respondesse qualquer coisa, Ana, a professora de Nick entrou no camarim agitada. Atrás dela Maria Paula, Lavínia, Sofia e Giovana.


Ana: Nick? O que aconteceu querida? – se aproximou preocupada.


Christopher: Ela ficou muito nervosa. Não é bebê? – toquei no ombro dela.


Ana: Nervosa...- franziu o cenho – Você não é de ficar nervosa. – apontou desconfiada.


Lavínia: Tudo tem uma primeira vez. – defendeu a irmã.


Nick balançou a cabeça.


Nicole: Eu estraguei tudo, né? – olhou para a professora triste.


Giovanna: Claro que não Nicole. – se aproximou de Nick a puxando para levantar do meu colo. Nicole levantou e eu também.


Ana: Você nunca estraga nada Nick. Eu pedi um intervalo. – garantiu.


Sofia: Ainda dar para voltar lá. – falou baixo – Se você quiser é claro. Sua substituta está com esperança que pode entrar no seu lugar. – avisou.


Nicole: Eu quero voltar. – passou a mão no rosto – Mas minha maquiagem? – me encarou.


Maria: Nada que um retoque não resolva. – se apressou ficando na frente dela – Quer que eu chame a maquiadora? – sorriu.


Nicole: Não, Paula. Quero que você retoque. Você retoca?


Maria: É claro, pequena. – tocou no rosto dela e a puxou para uma das cadeiras – Cinco minutos e ela está prontinha. – avisou para professora.


Ana: Ok. Vou acalmar o resto da produção. Já chamo ela de novo.  – falou antes de sair da sala.


Maria Paula e Lavínia começaram a mexer num monte de maquiagem, apesar de está com os olhos tristes, Nick já não chorava e estava bem calma. Ela fechou os olhos quando as irmãs faziam o ritual no rosto.


Giovana: Tudo isso é culpa da mamãe. – sussurrou do meu lado.


Sofia: Dessa vez até eu concordo. – sussurrou do meu outro lado.


Respirei fundo vendo minha caçulinha triste.


Dulce Maria!


 


 


 


 


 


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Nicole voltou para o palco minutos depois e agiu como se nada tivesse acontecido. Como se a cena anterior jamais estivesse existido. Ignorando os comentários e cochichos. Minha filha atuou com tanta perfeição nos dois primeiros atos e o último. As irmãs filmaram tudo. Até o fim. Era incrível como Nicole tem talento, digo, fora Zoraida que foi e é até hoje uma modelo muito famosa, não tem mais ninguém com lado artístico da família. E Nick tem tanto talento. Vai ganhar Hollywood um dia. Não tinha dúvidas!


Já eram 22:20 da noite quando terminou e Nick foi se trocar no camarim. As irmãs foram ajuda-la e eu fiquei com celular da Lav vendo de novo a peça. Eu sei. Sou um pai muito babão mesmo. Estava no corredor do camarim, encostado na parede com o celular nas mãos esperando as cinco mulheres da minha vida, mas já estava um pouco desconfortável por só entrar e sair mães de alunos.


Três delas estavam do outro lado do corredor esperando as filhas com os olhos em mim e fofocavam sem disfarçar sobre mim. O que já era de costume. Baixei o celular e levantei a cabeça sorrindo para elas. As três ficaram iguais na cor de tomate de vergonha e sem graça.


Segurei uma risada.


É. Eu ainda continuava o mesmo com as mulheres.


O que era bom.


Mas meu sorriso se foi ao ver Nick e as irmãs saírem do camarim. Minha caçula não saiu saltante como de costume, completamente feliz e alegre por mais uma apresentação de sucesso. Nicole saiu cabisbaixa e olhos tão tristes..


Christopher: Filha. – comecei a falar, mas parei. O que poderia faze-la se alegrar? – Meu amor, você estava incrível. Como sempre. Não pode continuar desse jeitinho. – me aproximei entregando o celular para Lav, e num piscar a fazendo soltar um gritinho carreguei Nick no colo – Meu Deus! Mais um bebê está crescendo. – falei sem fôlego.


Nicole: Estou crescendo papai. – não sorriu e ficou olhando para os botões do meu terno.


Seguei seu queixo a obrigando me encarar.


Christopher: Para comemorar, que tal irmos para um rodizio de pizza?


Tentei anima-la e funcionou. A comida preferida dela era pizza. Porém, eu não deixava ela e nem as irmãs comerem essas porcarias. Mas hoje, ela merecia. Os olhos dela voltaram a ter o brilho que tanto amo.


Nicole: Você é o melhor pai do mundo! – falou me olhando nos olhos e me abraçou – Eu te amo papai. – falou no meu ouvido.


A beijei no ombro.


Coisa assim que faziam minha vida ter sentido.


Christopher: Papai te ama muito mais Nick. – garanti.


Giovana: Ninguém me ama? – cruzou os braços e bateu o pé.


Maria Paula e Lavínia riram.


Christopher: Gigi está com ciúmes...- murmurei para Nick que encarou a irmã.


Nicole: Tem abraço para você também. – esticou o braço e Giovana ao invés de abraça-la me abraçou pela cintura – Gigi! – reclamou.


Giovana: Não enche Nick. – falou enquanto eu a envolvia com um abraço – O papai é meu também. Não esquece. – falou irritada.


Christopher: Eiii, o papai é de todas vocês. – ajeitei o cabelo loiro da Giovanna – De todas as cinco. – deixei claro.


Maria: Será que podemos ir logo para o rodizio? – juntou as mãos – Estou com fome.


Lavínia: E não é todo dia que a gente come pizza. Vamos logo? – ajeitou a bolsa no ombro e começou andar apressada.


Coloquei Nicole no chão e segurei nas mãos das minhas caçulas. Maria Paula e Sofia seguiram a irmã e nós três formos atrás. Os dois motoristas nos esperavam. Maria Paula, Lavínia e Sofia foram com James e Nick e Gigi comigo no segundo carro. Acabei no banco do meio abraçando minhas caçulas. Sebastian deu a partida no carro nos levando para o melhor rodizio da cidade.


 


 


 


 


 


 


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Minhas cinco filhas comeram tanto que só formos embora depois de duas começarem a passar mal. Pelo menos Nicole não estava mais tão triste como antes. Deixei que comesse o que quisesse. Mesmo não gostando muito. Era até estranho. Quando tinha 25 anos só comia besteira. Hoje, aos 42 acho horríveis todas essas besteiras.


Refrigerante, doces, pizzas, hamburguês, batata frita, açúcar, fritura.


Haaã!


Chegamos em casa as 00:20 e as cinco foram direto para o banho e escovar os dentes. Amanhã era dia de aula e já estava muito tarde. Nem mesmo Leonor estava acordada. Ela se recolhia(como gostava de dizer) as 23:20. E acordava as 04:30 da manhã. Por pura opção. Adorava acordar naquele horário. Nossa governanta de sangue quente, mexicana, estava a mais de 10 anos com nossa família. Ela era é a estrutura dessa casa, sem ela essa casa desaba. Completamente.


Puxei minhas malas para o quarto e as joguei no meu closet. Voltei para o quarto procurando meu carregador nas gavetas das cômodas ao lado da gigante cama, quando achei, coloquei meu celular para carregar e comecei a tirar a roupa entrando no banheiro, dez minutos depois, saia do closet de moletom e camiseta. E o cabelo molhado. Sem olhar o celular sai do quarto e fui para o primeiro quarto.


Sofia.


Bati na porta antes de entrar, minha filha já estava deitada pronta para dormir.


Christopher: Você mal falou hoje. Está tudo bem? – me aproximei e sentei na beirada da cama.


Sofia: Estou bem pai. – os olhos verdes brilhavam – Só triste porque Nick quase não conseguiu se distrair. Se não fosse as pizzas..


Christopher: Eu sei.


Sofia: Ela realmente acreditou que a mamãe fosse. Uma pena. – se enrolou toda no lençol.


Christopher: Eu não sei mais o que faço com a sua mãe. – confessei num sussurro, mas ela ouviu e abriu a boca surpresa.


Sofia: Vão...vão...- não conseguiu completar e eu levantei da cama.


Christopher: Isso é conversa de adulto. Não se preocupe. Agora durma, ok?  - apertei a bochecha dela – O papai ama você. Bons sonhos!


Sofia: Boa Noite Pai. – falou baixo quando apaguei a luz.


Sai do quarto dela e fui direto para Giovana. Bati na porta antes de entrar.


Gigi penteava o cabelo grande e loiro. Seus olhos azuis me encaravam de volta.


Como era parecida com minha mãe. Meu Deus!


Giovana: Amanhã depois da aula de natação, vou fazer compras no shopping. – avisou largando a escova na cômoda ao lado ficando em baixo dos lençóis – Preciso de mais sapatos. A vivi veio de Paris com closet renovado. Quando vamos para Paris de novo, papai? - perguntou ansiosa.


Christopher: Eu não sei filha. Eu não sei. – a embrulhei corretamente – Você está bem?


Giovana: Claro papai. Quem estava passando mal de tanto comer era Lavínia e Maria Paula. Não eu. – riu – Eu avisei que se comesse daquele jeito ia ficar gorda e feia.


Christopher: Não fale assim das suas irmãs Giovana Antonella – falei sério – E não diga dessa forma pejorativa essas palavras. Isso é feio.


Ela deu de ombros e bocejou.


Giovana: Boa Noite Papai. – suspirou – Preciso dormir para ficar mais linda ainda.


Balancei a cabeça.


Christopher: Boa noite princesa. – murmurei dando as costas e saindo do quarto.


Próximo quarto foi da Lavínia. Ela arrumava a cama quando entrei depois de bater.


Christopher: Tomou o remédio que estava na gaveta da pia?


Lavínia: Sim pai. Estou melhor. – sorriu e sentou na cama.


Christopher: Que bom! – sorri. – É por isso que não deixo vocês comerem essas porcarias.


Lavínia: Aí pai – riu, mas foi parando aos poucos – Vai perdoar a mamãe de novo?


Christopher: Esse assunto é entre ela e eu mocinha. – apertei o nariz dela.


Lavínia: Pai...- balançou a cabeça – Vocês só andam brigando. E ela nunca está com a gente, mas ela é nossa mãe. E eu não quero que continuem assim. Não quero que...- respirou fundo – Se separarem. Por favor, perdoa ela...de novo. – pediu suplicando.


Christopher: Lav, não vou ter essa conversa com você. – suspirei – Mas eu amo sua mãe, então, sempre tenha em mente isso, tá? Agora é melhor ir dormir.


Lavínia: Boa noite pai! – se jogou na cama triste.


Christopher: Boa noite filha!


Sai do quarto e fui para de Maria Paula. A porta estava aberta por isso, entrei sem bater.


Maria: Já estou melhor antes que pergunte – falou quando me viu entrar – Tomei o remédio e já sei que odeia porcarias. – revirou os olhos indo para a cama.


Christopher: Então, está dizendo que sou um pai chato? – cruzei os braços.


Maria: Não falei isso, por favor, não vamos brigar. – pediu pegando o celular, mas eu tomei da mão dela – EIIIIII – reclamou.


Christopher: Hora de dormir Maria Paula. Fale com seu namorado ridículo amanhã! – coloquei o aparelho dentro do bolso do moletom – Amanhã devolvo isso!


Maria: Mas que saco pai! – bufou – Não tenho doze anos.


Christopher: Nem dezoito


Maria: Mas vou fazer esse ano – me encarou com raiva.


Christopher: Maria Paula entenda, você pode ter 50 anos mas sou seu pai e sei muito bem que o que é melhor para você. E aquele menino não é. – falei irritado.


Maria: Mas que saco! Para de colocar o Petrick na conversa! – bufou.


Olhei para a cômoda e o livro de administração que tinha dado para ela a semanas estava do mesmo jeito intocado. Lacrado!


Christopher: Você não leu o livro de novo? – perguntei ainda mais irritado.


Ela se encolheu.


Maria: Eu esqueci. Desculpa. Mas começo amanhã! Prometo!


Christopher: Mas...que...hã! – gruni – Maria Paula ano que vem você já vai para faculdade. Já precisa começar a entender os negócios da família. Entender administração. Agindo assim, como vai administrar nossos negócios?


Maria: Desc...


Christopher: Não quero saber! Está proibida de sair com seu namorado ridículo e ele está proibido de vir aqui. Não quero ele na minha casa por uma semana. Está aí seu castigo por ser relaxada! – falei sério.


Maria: O quê? – gritou.


Christopher: E cuida logo de dormir garota! – falei irritado antes de sair do quarto batendo a porta. Ouvi ela gritar e algo cair.


Adolescentes!


Bufei.


Maldito Petrick!


Bufei de novo.


Maria Paula estava muito relaxada com o futuro dela. Precisava dar um jeito nisso logo.


E precisava afastar aquele garoto ridículo da minha filha logo.


Mal humorado, fui para o quarto de Nick. Ela já estava na cama e me esperava.


Nicole: Brigou com a Paula de novo papai?


Christopher: Por favor minha bebê, não vire adolescente, ok? – respirei fundo.


Ela assentiu sem entender nada.


Sorri.


Christopher: Papai veio dar boa noite especial. – sentei ao lado dela e comecei uma trilha de cócegas. Ela gargalhou se contorcendo.


Nicole: Pa...ra pa..ra...pa..pai – gargalhava.


Parei rindo junto com ela. Nicole respirou fundo.


Nicole: Fica aqui comigo até eu dormir, papai? – pediu com os olhos com lágrimas pelas gargalhadas.


Christopher: Claro meu amor. – me ajeitei ao lado dela – O que você quiser.


Ela sorriu e eu a cobri com o lençol.


Nicole: Conta a história de novo do herói que salva a mocinha. – pediu fechando os olhos.


Christopher: Qual deles?


Nicole: A minha preferida papai. A sua história com a mamãe no banco. – falou como se fosse obvio.


Sorri.


Ela tinha feito essa história como se fosse um conto de fadas. Em partes realmente é.


Principalmente o final, onde o herói e a mocinha têm cinco lindas e saudáveis filhas.


Christopher: Era uma vez um grande herói, mas ele não tinha ideia do seu poder. Um belo dia, ele conheceu uma linda princesa e.....- narrei pela metade a história e só parei quando vi Nick suspirar completamente adormecida.


Sorri.


 



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Autor(a): tatayvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1713



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  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 11/09/2024 - 10:46:34

    Quando terá novas atualizações ?... Saudades

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 15:01:30

    Eu estou achando que vamos sofrer muito nesta temporada espero que sejam poucos capítulos

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 07:10:06

    Continua

  • taianetcn1992 Postado em 08/06/2024 - 03:10:57

    Dulce vc sossega hein

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:42

      Aiaiaia

  • vondy_eternamenty Postado em 09/05/2024 - 19:18:43

    Continua por favor esta ótima

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:29

      Continuando*-*

  • Vondy Forever Postado em 06/05/2024 - 10:35:05

    Continua por favor

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:14

      Continuando *-*

  • Srta Vondy ♥ Postado em 21/04/2024 - 22:44:45

    Entendo de verdade o quão importante é a carreira da Dul, que emergências acontecem (principalmente num hospital), que p carreira que ela escolheu tem que abrir mão de muita coisa, principalmente de momento em família, de verdade entendo tudo isso, mas n me entra na cabeça o quão ''relapsa'' ou melhor relaxada ela se tornou em relação ao sentimento das meninas de saber que as filhas criam esperanças baseada na confirmação dela, ficam ansiosas esperando, se decepcionam, choram, são acalmadas, perdoam ela e depois tudo se repete novamente, sei que existe o contra-peso de uma vida que ''depende'' dela, mas mesmo assim sabe ? E ainda acha o Uckermann errado por cobrar isso dela, sendo que sobra p ele toda essa bomba nos momentos especiais das meninas Fora que acho que será um problema o novo médico e a possível entrada da Belinda na empresa do Christopher, e o segredo que a Dul guarda que até agora n deu as caras.. Ansiossima p os próximos capítulos, some mais não, por favor Continuaaaa <3

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:55:18

      Os anos passaram e ela mudou muito, nem parece aquela menina de antes. Só acho que ela deveria parar de fazer essas promessas, já que é difícil de cumprir. Ela não gosta de ser cobrada, porque ela sabe que está errada. Esse novo médico ainda vai causar problemas não só no casamento dela, mas na relação das meninas tbm, assim como Belinda, Dulce que se cuide...e esse segredo? Chuta o que seja? Estava com saudades dos seus comentários*-* vou tentar postar com frequência, continuando!!!!!

  • vondy_eternamenty Postado em 20/04/2024 - 22:05:48

    nossa que saudades eu estava de vc continua

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:47:22

      Tbm estava com saudades *-*

  • taianetcn1992 Postado em 18/09/2023 - 07:49:08

    mais mais mais

  • gyh Postado em 16/07/2023 - 10:56:59

    Estou ansiosa pra 3 temporada


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