Fanfics Brasil - Capítulo - 005. Almas Opostas - Vondy

Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo - 005.

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Dulce Maria


 


Meu restaurante favorito ficava um pouco distante do hospital, um oásis em meio à rotina frenética. Depois de meses sem tempo, mal podia acreditar que finalmente estava de volta. Como Christopher sempre fazia reserva, não era preciso esperar por uma mesa, e aquele lugar, conhecido por sua culinária maravilhosa, estava especialmente acolhedor. Nos acomodamos em uma mesa no segundo andar, com vista panorâmica do salão.


Acomodei minha bolsa na cadeira ao lado e sentei de frente para meu marido, que me olhava com um sorriso satisfeito.


Dulce: Nem acredito que depois de meses vou comer aqui. – peguei o cardápio, mas não pude evitar um sorriso ao olhar para ele. – Você sempre pensa em tudo, amor. O risoto de salmão daqui é o melhor.


Christopher: Sempre faço o melhor para você. – respondeu, abrindo o cardápio com um olhar que me fazia sentir como se fôssemos os únicos no lugar. – Acho que vou pedir uma taça de vinho. – me encarou sugestivo, um brilho travesso nos olhos.


Balancei a cabeça, cruzando os braços de maneira provocativa.


Dulce: Por que essa nova obsessão por me fazer beber, heim? Em todos esses anos você nunca se importou. O que mudou? Nem em nosso casamento eu brindei com álcool. Não vai ser hoje e nem nunca que vou beber. – garanti, tentando esconder um sorriso.


Christopher: Não me importo, mas... – inclinou-se para mais perto, quase conspirando. – Não seria divertido um dia ficarmos bêbados juntos? Quero saber que tipo de bêbada você seria. Sempre tão... certinha.


Ri, um pouco nervosa.


Dulce: Se acha que eu seria uma bêbada safada, devo avisar que provavelmente seria uma chata que não pararia de reclamar dos bêbados. – voltei a olhar o cardápio, mas sentia os olhos dele me observando. – Já escolheu?


Christopher: Sim. – chamou o garçom, mas antes que o rapaz pudesse se aproximar, segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos. O contato fazia meu coração acelerar, e eu sorri, admirando como a mão dele cobria totalmente a minha.


Dulce: Você sabe, talvez nas férias, antes de irmos para o Texas, devêssemos passar alguns dias na nossa ilha. – sugeri, sonhando acordada. – Há quanto tempo não vamos lá?


Christopher: Dois anos. Estava pensando a mesma coisa. Mas ao invés da ilha, que tal Capri? A última vez que fomos, Nicole nem existia.


Dulce: Capri é perfeito! E quem sabe possamos passar também em Veneza. - fiz uma pausa - O lugar não importa, desde que fiquemos sozinhos.


Christopher: Eu amo você. – levou minha mão até os lábios, um gesto que me fazia sentir especial e adorada.


Dulce: Eu amo você. – repeti, o coração aquecido. – Me conta, como foi com o príncipe Karin? Conseguiu fechar o seu negócio? Ficou bastante tempo na Arábia Saudita.


Christopher: Desde que o pai dele morreu e ele assumiu, nossa relação comercial estava restrita. Ele queria desfazer todos os contratos que tínhamos feito com o pai dele. Foi preciso de muita insistência da minha parte, mas conseguimos um novo contrato que nos beneficia. Por isso demorei muito mais do que pretendia. Mas o príncipe é bem gentil, não fiquei em nossa casa de lá. Fiquei na casa dele.


Dulce: Ficou no palácio? – ri, a imagem de Christopher em um palácio luxuoso cercado de mulheres me fez sentir uma pontinha de ciúmes.


Christopher: Literalmente. Lá é mais conhecido como a casa do poder. Todos os filhos e membros da Arábia destinados ao poder moram lá. Tive que, pela primeira vez em tantos anos fazendo negócios com eles, vestir aquelas roupas quentes e aprender mais sobre a cultura. Participei de diversas festas do príncipe e conheci todas as sete esposas dele.


Dulce: Ah, é? – puxei minha mão, cruzando os braços, um sorriso desafiador nos lábios. – Sete esposas? Que interessante... e como foi isso? Elas eram tão belas quanto dizem?


Christopher: Ele tem sete esposas e milhares de amantes. Conheci as esposas na única vez que elas puderam entrar em uma das festas. – balançou a cabeça, mas não pude deixar de notar um brilho em seus olhos. – Apenas o rosto estava descoberto. Elas não podiam falar comigo, e eu não podia falar com elas. A cultura deles é tão machista e estranha. Espero que algum dia isso possa mudar. O príncipe gostou muito de mim; ao contrário, jamais teria me tratado tão bem.


Aquela frase me fez sentir um misto de orgulho e ciúmes.


Dulce: Se ele assumiu o trono, por que não o chamam de rei?


Christopher: A coroação do nome só será feita quando ele completar 46 anos. Até lá, ele continuará sendo chamado de príncipe. E as festas deles são sem mulheres. É proibida a entrada delas em qualquer festa. As esposas do príncipe só aparecem raramente para serem apresentadas a alguém que ele deseje.


Dulce: Julie deve ter ficado feliz com o contrato. Lembro que ela comentou que estava receosa de não conseguir mais apoio deles por causa desse príncipe. – comentei, mas um pequeno despeito se formou em meu peito.


Christopher: Ela ficou sim. Por isso, me esforcei. Se perdêssemos as ações comerciais com eles, teríamos bilhões de dólares por ano em jogo. – suspirou, mas logo sorriu. – Vamos mudar de assunto? Não quero falar de trabalho. Quero aproveitar minha esposa. – sorriu.


Naquele momento, decidi que era hora de quebrar a tensão e a distância. Troquei de lugar, passando minha bolsa para a cadeira onde estava antes, ficando ao lado do meu marido.


Dulce: Se é assim, é melhor aproveitar logo... – disse, puxando-o para um beijo. O gosto do beijo, misturado ao seu perfume irresistível, me deixou ainda mais envolvida. – Ouvi que algumas mulheres têm o costume de fazer surpresas em jantares românticos. O que você acha? - sugeri.


Christopher: Surpresas? Você sabe que adoro uma boa surpresa. – ele sussurrou, inclinando-se mais perto. – E se essa surpresa for uma versão bêbada de você?


O calor subiu em meu rosto, mas a provocação apenas me fez sorrir.


Dulce: Melhor você não se empolgar, amor. Você pode não gostar do que encontrar. – brinquei, mordendo os lábios.


Christopher riu, e o jeito como ele me olhou me fez sentir como se estivéssemos dançando em um jogo de flertes e provocações, criando uma atmosfera de desejo entre nós.


 


 


 


 


 


Maria Paula


 


Na metade do almoço, as portas da lanchonete se abriram bruscamente e Thales entrou furioso chamando atenção de todos, Joshua o seguia com uma cara nada boa. Segundos depois, Petrick entrou atrás deles sorrindo junto com Harry e Ethan. Pelas expressões do meu namorado e os amigos estavam provocando.


Valentina sussurrou um ”Que merda é agora?”


Petrick: O bebê mimado está triste, tá? – falou alto para que todos ouvissem – Eu sempre soube que um dia isso ia acontecer. – abriu os braços – Cadê meus parabéns? – riu.


Thales parou de andar e o encarou ainda mais furioso.


Thales: Acha que eu não sei que foi você? – praticamente gritou se aproximando de Petrick - Você roubou a minha liderança fazendo fofoca para o treinador!


Petrick: Não sei do que você está falando – ficaram cara a cara se encarando com ódio e os três meninos se aproximaram deles tentando afasta-los – Não tenho culpa se o treinador percebeu que sou muito melhor que você – sorriu – Antes tarde do que nunca, não é? Agora irá me ver ganhar a afinal e ganhar a bolsa de Stanford no seu lugar – debochou.


Ethan: Petrick é o novo capitão do time de basquete. – gritou para que todos ouvissem – O treinador colocou Thales na arquibancada sem direito a participação. – sorriu.


Arregalei os olhos e quando vi estava ao lado dos meninos. Infelizmente Tessa teve a mesma ideia ficando ao lado do irmão.


Maria: Por quê? – perguntei ao Harry já que Petrick não conseguia parar de encarar Thales prestes a soca-lo. Thales não estava diferente.


Tessa: Como assim? – encarou o irmão em choque – O que você fez?


Thales nem mesmo chegou a ouvir.


Thales: Se acha que vou deixar você ficar por tanto tempo assim como a MINHA liderança está muito enganado – o empurrou furioso.


Petrick: Ah, seu desgraçado! – partiu para cima dele dando um soco.


Gritei.


Ao mesmo tempo que todo mundo gritou incentivando a briga. Thales devolveu o soco enquanto os meninos ao redor tentavam separa-los. Petrick  jogou Thales em cima de uma das mesas jogando vários pratos e comida ao chão distribuindo vários socos no rosto e corpo dele. Ethan e Harry puxaram com força Petrick o que o fez se afastar, mas Thales reagiu voltando para cima de Petrick. Dessa vez foi Petrick que foi jogado para outra mesa e Thales distribuiu vários socos em cima dele furioso.


Tessa: A CULPA DO MEU IRMÃO ESTÁ DESCONTROLADO É DO SEU MALDITO NAMORADO – gritou furiosa por cima dos gritos da lanchonete ficando ao meu lado.


Maria: A CULPA É DO SEU MALDITO IRMÃO QUE COMEÇOU A BRIGA EMPURRANDO O MEU NAMORADO – gritei de volta também furiosa – QUEM PENSA QUE É PARA GRITAR COMIGO?


Tessa: CALA A BOCA VADIA! DESDE QUE CHEGOU SÓ TRÁS PROBLEMAS! DEVERIA FICAR NAQUELE SEU PAÍS QUE É NO FIM DO MUNDO CHAMADO BRASIL SUA VADIA DESGRAÇADA! – praticamente cuspiu na minha cara.


Maria: NÃO FALA DO MEU PAÍS SUA PIRANHA! – gritei furiosa partindo para cima dela. Agarrei o cabelo de salsicha o puxando com força fazendo ela retribuir do meu. Começamos a gritar em plenos pulmões enquanto saiamos do lugar.


“PARA MARIA PAULA”


Senti alguém me puxar, mas ao invés disso só grudei mais naquela filha da puta.


“PARA TESSA”


Gritos e mais gritos.


Tirei as mãos do cabelo nojento e empurrei aquela piranha com tanta força para o chão que ela caiu de costas gritando de dor. Só fiz ficar em cima dela e distribuir vários tapas a fazendo gritar ainda mais. Só conseguia enxergar minha raiva naquela garota.


Tessa: ME SOLTAAAAAAAAAAAAAAAA – gritou tentando puxar meu cabelo, o que era impossível já que minha mão fazia a cara dela dançar. E ela não conseguia achar meu cabelo sem olhar, só conseguia chegar até meu ombro.


Maria: NUNCA MAIS OUSE GRITAR COMIGO DE NOVO SUA VAGABUNDA DO CARAL...- alguém me tirou de cima dela, ao mesmo tempo que ouvimos um apito tão alto que assustou todo mundo.


Silêncio.


Harry me segurava com força, Tessa estava caída ao chão completamente vermelha e cabelo bagunçado choramingando. Eu não devia estar muito diferente. Ao meu lado estava Valentina e Lavínia irritada. Petrick era segurado pelo Ethan e outro garoto. Enquanto Thales era segurado pelo amigo e mais outro garoto. Todo mundo tinha feito feito uma roda para ver as duas brigas. Várias mesas estavam vazias e o chão completamente sujo de comida e vidro. E por fim, ao meio estava a diretora e a conselheira do colégio. A diretora estava com o apito na boca e furiosa.


Respirei fundo.


Xxx: Uckermann, Miller e Cannon na minha sala AGORA.


Merda!


 


 


 


 


 


 


 


Christopher Uckermann


 


 


O almoço foi longo e tranquilo. Para a minha sorte, ninguém ligou para Dulce chamando-a de volta ao hospital com urgência. Isso me deu um raro alívio, porque há tempos não conseguíamos ter um momento só nosso, sem interrupções. Aproveitamos cada minuto juntos, rindo, conversando sobre amenidades e, por um momento, esquecendo do peso de nossas rotinas.


Infelizmente, o relógio estava contra nós, e a hora dela retornar ao trabalho se aproximava. Pedi a conta com uma certa frustração, e logo estávamos de volta ao carro. O caminho de volta à clínica foi repleto de uma conversa casual, mas confortável.


Dulce: Nick está tão animada com a nossa saída no sábado. Dessa vez, eu não vou decepcioná-la — disse com um brilho nos olhos. — Quero que ela e as outras quatro meninas voltem a acreditar em mim.


Sorri, observando-a pelo canto do olho enquanto dirigia.


Christopher: E depois do parque, o que você quer fazer? Vamos jantar aonde?


Dulce: Acho que vou deixar que elas escolham — respondeu, sorrindo para mim, com aquele jeito que me fazia querer parar o carro e nunca mais sair dali. — Talvez minha mãe venha passar alguns dias aqui na semana que vem. Ela está morrendo de saudades das meninas… e de mim, claro. 


Ri, desviando o olhar por um segundo para ver o carro da segurança se manter perto no retrovisor.


Christopher: Que bom saber que minha sogra não sente falta de mim — brinquei, antes de virar uma esquina.


Dulce riu, jogando o cabelo para o lado, deixando o pescoço à mostra de uma forma provocante. Eu conhecia aquele gesto — era sutil, mas intencional. Ela sabia o efeito que isso tinha sobre mim.


Dulce: Você sabe que ela te ama — retrucou com um sorriso travesso. — Assim como Mary me ama.


Christopher: E quando eles vêm com o Brad? — perguntei, tentando me concentrar na estrada.


Dulce: Só no final do ano, talvez perto do Natal — respondeu, antes de continuar. — Eles estão curtindo a aposentadoria, viajando e aproveitando o tempo juntos. Acho que estão vivendo a fase "férias para sempre". Quem sabe a gente chega lá um dia, né?


Eu balancei a cabeça, rindo com a ideia. A conversa foi leve, alternando entre nossas famílias e as histórias que conhecíamos tão bem. Minutos depois, estacionei o carro em frente à clínica, suspirando ao ver que nosso tempo estava chegando ao fim.


Antes que Dulce pudesse sair, eu me inclinei para ela. Sem aviso, capturei seus lábios em um beijo intenso, o tipo de beijo que deixava claro que eu não queria que ela fosse embora. Ela se rendeu, puxando minha nuca, aprofundando o beijo, e naquele momento, o mundo lá fora deixou de existir.


Christopher: Eu ainda não terminei com você — murmurei contra seus lábios, minha mão deslizando para o lado dela, querendo sentir mais, segurando-a firme.


Ela riu baixinho, com aquele sorriso que sempre fazia meu coração acelerar.


Dulce: Você nunca termina, Christopher — respondeu, os olhos brilhando com uma mistura de afeto e desejo.


Minhas mãos a puxaram para mais perto, ignorando o fato de que estávamos em frente à clínica e que qualquer um podia nos ver. O desejo era palpável no ar, e por um breve instante, considerei trancarmos as portas do carro e aproveitar um pouco mais daquele momento. E foi exatamente o que fiz.


Ficamos nos amassos no carro por alguns minutos, aproveitando cada segundo. Sabia que só veria minha esposa no dia seguinte, e a perspectiva de mais uma noite sozinho naquela cama me deixava inquieto. O beijo foi ficando mais intenso, minhas mãos deslizavam para um lugar perigoso, e Dulce riu, segurando minha mão para interromper o momento.


Dulce: Tenho que ir. Sossega, Christopher. – Ela respirou fundo, ainda sorrindo, enquanto ajeitava o cabelo e se olhava no espelho do carro.


Christopher: Vou pensar em você o resto do dia... – murmurei baixinho, o que a fez soltar uma risada suave.


Dulce: Boa resposta, senhor Uckermann. – Ela arqueou uma sobrancelha, divertida. – Mas, fora isso?


Christopher: Vou ficar com as meninas. Talvez estudar com a Nick e a Maria Paula, especialmente a nossa mais velha. Aquela menina me preocupa.


Dulce: Não pega pesado com ela. – Ela me olhou com ternura, sua mão repousando em meu ombro. – Maria Paula é uma aluna exemplar, a melhor do colégio. Ela quase não nos dá trabalho, Christopher. A essa hora, deve estar deixando até a diretora orgulhosa da educação que demos a ela. – Dulce me deu um selinho, seus lábios quentes e breves sobre os meus. – Nossa filha é perfeita do jeito que ela é.


Antes que eu pudesse responder, ela se inclinou e me deu outro beijo, desta vez mais demorado, como se quisesse prolongar o adeus.


Dulce: Até amanhã, amor. Vou ligar assim que puder. Te amo.


Christopher: Também te amo, amor. – sorri, observando enquanto ela saía do carro e entrava na clínica, o movimento gracioso e confiante que sempre me encantou.


Suspirei, sentindo o vazio ao lado no banco de imediato, e dei partida no carro, já contando as horas até vê-la novamente.


 


 


 


Belinda Peregrín 


 


Depois do almoço Noah me ajudava a lavar os pratos. Sempre achei importante ensinar desde de cedo meu filho a fazer todos os serviços domésticos. Mesmo que eu odiasse fazer, não queria que ele crescesse machista. Com típico pensamento que os trabalhos de casa são exclusivos de mulheres. Sendo que os trabalhos domésticos são responsabilidade de qualquer ser humano. Mas se você tem empregada, é melhor.


Ele tinha arrumado a pequena mesa de jantar e guardado a comida que sobrou. Agora secava as louças enquanto eu lavava. Minhas unhas ficariam uma droga. E nem dinheiro para uma manicure decente eu tinha. Odiava essa vida.


Odiava!


Eu tinha tudo e hoje...nada.


Noah: Mãe? Quando você vai casar? – perguntou do nada.


Parei de esfregar o prato e o encarei. Noah enxugava um copo.


Belinda: Mamãe já foi casada com seu papai. – respondi sem entender aquela conversa.


Noah: Quando vai casar de novo? A mãe do Brendo casou de novo. E ele disse que o novo pai dele é muito legal.  – falou parecendo nervoso.


Lavei as mãos tirando o sabão e deixando a louça de lado.


Belinda: Onde quer chegar Noah? – cruzei os braços.


Noah: É que...todos os meus amigos falam o quanto é legal ter um pai e eu sou o único que não falo nada porque não tenho um. – me encarou triste – Eles riem de mim.


Suspirei.


Malditas crianças!


Belinda: Escute filho, seu pai está no céu. É de lá que ele protege você. – toquei no rosto dele – Eu sei que não é a mesma coisa, mas eu sou sua mãe e vou ficar para sempre do seu lado. Tento ao máximo ser um pai para você também. Infelizmente não posso obrigar ninguém a ser seu pai. E não tenho ideia de quando vou me casar de novo. Mas prometo me casar somente se ele prometer ser um pai que você merece, tá bom? – sorri vendo a tristeza dele sumir dos olhos.


Noah: Você é a melhor mãe do mundo – deixou o copo na pia e me abraçou pelas pernas.


Belinda: Eu tento filho. Eu tento. – sussurrei.


Ouvimos a porta bater e a voz de Harper. Minha mãe tinha saído.


Belinda: Deixa eu ver o que ela quer. – beijei o rosto dele e me afastei. – Consegue lavar os pratos sem quebrar? – falei alto.


Noah: Sim. Vou terminar. – gritou.


Sorria enquanto abria a porta vendo Harper com um papel nas mãos.


Belinda: Oi, a mamãe saiu. – avisei.


Harper: Vim falar com você. Mandei seu currículo por e-mail ontem mesmo para a indústria Uckermann e hoje mais cedo me ligaram, como foi indicação minha eles aceitaram de imediato e querem fazer uma entrevista amanhã com você – estendeu o papel – Endereço, a hora e o nome de quem você deve falar quando chegar lá. – ajeitou a bolsa no ombro – Agora preciso ir, se não vou perder o ônibus. Estou indo para lá começar meu primeiro dia.


Belinda: Tão rápido? Poxa..obrigada Harper! De verdade! – peguei o papel – Você me salvou. – sorri – Boa sorte no primeiro dia.


Harper: A gente se ver! – sorriu e saiu correndo.


Fechei a porta e li o endereço.


Sorri.


 


 


 


 


 


 


 


Maria Paula


 


Olhava para algumas fotos que estavam grudados na parede. A maioria delas eram de nossos atletas recebendo medalhas e troféus de ouro. Tínhamos uma excelente equipe de esportes acadêmica: basquete, natação, beisebol e hóquei. E eu estava na maioria das fotos de beisebol segurando o troféu. Não era toa meu título de melhor do colégio, não era somente nas matérias, mas em campo também.


Era excelente em tudo. Número 1.


Mas pelo olhar da diretora, ela tinha esquecido disso nesse momento. Ela tinha conversado com Tessa e Petrick primeiro. Thales e eu ficamos esperando no corredor por longos minutos e quando eles saíram, não tinham uma cara muito boa. Detenção por uma semana e iam perder alguns pontos no final do semestre. Além disso, isso ia para a ficha escolar. Em seguida, ela chamou nós dois. Abigail passava da casa dos 50 anos, morena e era uma coroa bonita. Estava a muitos anos na direção do colégio mais exclusivo do país. Era sempre muito justa, por isso, não se intimidava em dar punição e disciplina para os alunos, seja de quem for filho e a família.


Abigail: Vocês deveriam se envergonhar. – começou a falar com irritação – Estão quase na faculdade e se comportam pior que o jardim de infância. – balançou a cabeça – Nem as crianças se comportam dessa forma. Senhorita Uckermann, se algo assim acontecer mais uma vez serei obrigada a chamar seus pais para termos uma conversa.


Maria: Senhora..


Abigail: Não terminei! – me interrompeu – Você é nossa melhor aluna, vai ser uma pena se não conseguirmos que seus pais deem um jeito em você e tenhamos que expulsa-la do colégio. Não vou mais tolerar brigas e agressões. Se querem ser agir como animais, então, terão que agir fora do colégio. – deixou claro.


Thales: Por que não nós dar a detenção logo? – falou sem paciência do meu lado.


Abigail: Enquanto a você Miller...- cruzou os braços – O treinador fez muito bem em tirar sua liderança. Como pode suas notas estarem tão baixas? Em todas as matérias está crítica! Se continuar desse jeito, nem se formar irá! Irá reprovar! Adeus faculdade!


O encarei um pouco surpresa.


A gêmea dele me odiava. Eu não gostava dela também. E quanto a ele, nós dois nunca chegamos a nós falar de verdade. Nem chegávamos perto um do outro, mas ele era tão bom aluno quanto a irmã. Melhor que eu? Jamais! Mas era bom. Foi por isso que o novo treinador tirou a liderança dele e entregou para Petrick.


Notas!


Hum...


Acho que agora posso entender um pouquinho mais meu pai. Com certeza ele ficou tão mal assim por relaxamento e falta de interesse.


Thales: Posso ir? – levantou.


Abigail: Senta agora Miller!


Ele sentou de volta ainda mais irritado.


Abigail: Estão avisados se isso acontecer de novo, vou avisar aos pais de vocês e se eles não resolverem vou expulsa-los. E a conselheira do colégio deu uma ideia boa para que eu junto com vocês dois entre em acordo. Creio que não querem levar detenção, nem sujar a ficha e perder pontos no final do semestre, principalmente você Miller – o encarou séria – Proponho que para vocês não levarem punição como os outros dois, vocês sejam parceiros de estudos. – me encarou – Uckermann você irá ser a tutora de estudos do Miller, irá ajuda-lo, ensinar e a melhorar as notas dele, é melhor de todo colégio, não vejo alguém melhor que você.


Thales: Não preciso de uma tutora.. - bufou


Cruzei os braços.


Maria: E você não acha que não tenho nada melhor para fazer do que perder meu tempo com um burro feito você? – o encarei com raiva.


Como ele ousava me dispensar dessa forma?


Se olhar pudesse matar, cairia morta ali mesmo.


Abigail: Vocês que escolhem. Detenção por uma semana, sujar a ficha e perder pontos, ficando ainda mais difícil sua situação Miller, ou podem ser parceiros de estudos e sair dessa confusão de hoje com a ficha limpa. Simples não?


Maria: Minhas notas são ótimas, minha ficha é impecável um ou duas anotações não irá me deixar mal e ficar na detenção pra mim..- dei de ombros.


Abigail: É mesmo? – cruzou os braços – E se eu ligar para o seu pai? O que será que ele irá achar das suas ações?


Bufei.


Inferno!


Abigail: Quero que vocês pensem bem. Miller, com ela você pode melhorar suas notas e salvar seu ano que mal começou e que já está no vermelho e Uckermann, com ele você pode se livrar de mais uma anotação e seu boletim ficará intocado. Seu pai nem saberá dessa confusão hoje. Apenas se acontecer de novo. Vocês dois que sabem. – deu de ombros – Estou apenas tentando ajudar!


Thales e eu nós encaramos com raiva.


 



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Autor(a): tatayvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1714



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  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 15/11/2024 - 13:29:56

    Está tudo bem , não vai mais continuar com a história?

  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 11/09/2024 - 10:46:34

    Quando terá novas atualizações ?... Saudades

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 15:01:30

    Eu estou achando que vamos sofrer muito nesta temporada espero que sejam poucos capítulos

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 07:10:06

    Continua

  • taianetcn1992 Postado em 08/06/2024 - 03:10:57

    Dulce vc sossega hein

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:42

      Aiaiaia

  • vondy_eternamenty Postado em 09/05/2024 - 19:18:43

    Continua por favor esta ótima

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:29

      Continuando*-*

  • Vondy Forever Postado em 06/05/2024 - 10:35:05

    Continua por favor

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:14

      Continuando *-*

  • Srta Vondy ♥ Postado em 21/04/2024 - 22:44:45

    Entendo de verdade o quão importante é a carreira da Dul, que emergências acontecem (principalmente num hospital), que p carreira que ela escolheu tem que abrir mão de muita coisa, principalmente de momento em família, de verdade entendo tudo isso, mas n me entra na cabeça o quão ''relapsa'' ou melhor relaxada ela se tornou em relação ao sentimento das meninas de saber que as filhas criam esperanças baseada na confirmação dela, ficam ansiosas esperando, se decepcionam, choram, são acalmadas, perdoam ela e depois tudo se repete novamente, sei que existe o contra-peso de uma vida que ''depende'' dela, mas mesmo assim sabe ? E ainda acha o Uckermann errado por cobrar isso dela, sendo que sobra p ele toda essa bomba nos momentos especiais das meninas Fora que acho que será um problema o novo médico e a possível entrada da Belinda na empresa do Christopher, e o segredo que a Dul guarda que até agora n deu as caras.. Ansiossima p os próximos capítulos, some mais não, por favor Continuaaaa <3

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:55:18

      Os anos passaram e ela mudou muito, nem parece aquela menina de antes. Só acho que ela deveria parar de fazer essas promessas, já que é difícil de cumprir. Ela não gosta de ser cobrada, porque ela sabe que está errada. Esse novo médico ainda vai causar problemas não só no casamento dela, mas na relação das meninas tbm, assim como Belinda, Dulce que se cuide...e esse segredo? Chuta o que seja? Estava com saudades dos seus comentários*-* vou tentar postar com frequência, continuando!!!!!

  • vondy_eternamenty Postado em 20/04/2024 - 22:05:48

    nossa que saudades eu estava de vc continua

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:47:22

      Tbm estava com saudades *-*

  • taianetcn1992 Postado em 18/09/2023 - 07:49:08

    mais mais mais


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