Fanfics Brasil - Capítulo - 009. Almas Opostas - Vondy

Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo - 009.

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Dulce Maria 


 


 


 


Louca!


 


Amar outro homem? Christopher me traindo? E agora eu vou morrer quando tudo parecer perfeito? Essas pessoas que brincam com a vida dos outros deveriam ser presas. Isso nunca aconteceria comigo. A morte não me assusta tanto, confesso. Desde que comecei a estudar medicina, ela se tornou uma presença constante na minha vida. Um dia, todos nós vamos morrer, não é? De uma forma ou de outra.


 


No início, lidar com a morte foi um golpe. Ver meus primeiros pacientes partirem foi devastador, uma tristeza que me marcou profundamente. O primeiro foi o mais difícil; eu ainda sinto o peso daquela experiência. Christopher foi quem me apoiou, me ajudou a encontrar forças para continuar na profissão. Cheguei a precisar de terapia, e ele nunca soltou minha mão.


 


Mas ouvir aquela mulher dizer que eu teria sentimentos por outra pessoa e que Christopher iria me trair? Isso era inconcebível. Ela não sabia nada sobre mim, sobre meu casamento ou minha família. Era por isso que sempre duvidei de pessoas assim.


 


E não seria hoje que eu começaria a acreditar.


 


Aquela mulher era louca! Uma golpista!


 


Quando entrei no estacionamento do parque, avistei Christopher e Maria Paula, os únicos em pé fora do carro, me esperando. Gigi, Nick e Sofia seguiam no primeiro carro, enquanto Maria Paula e Lavínia vinham comigo no segundo. Maria Paula sorriu ao me ver, mas o sorriso rapidamente se desfez. Ela estava prestes a perguntar, mas Christopher se antecipou.


 


Christopher O que foi? Está nervosa? - ele estudou meu rosto com uma intensidade que fez meu coração disparar. - O que aconteceu? - perguntou, com preocupação evidente.


 


Respirei fundo, tentando organizar os pensamentos.


 


Dulce: Estou bem. Só... - hum, e agora? - Acho que vou ficar de TPM. Uma saída conveniente! TPM era a desculpa perfeita.


 


Christopher: Ah, ok. Vou para o carro. - Ele me observou por mais alguns segundos, antes de entrar no banco da frente do primeiro carro.


 


Maria Paula lançou um olhar cético.


 


Maria: O que ela disse? Não acredito na sua TPM. - Cruzou os braços, claramente desconfiada.


 


Dulce: Apenas mentiras, filha. - balancei a cabeça, tentando transmitir segurança. - E faça um favor a si mesma: não acredite em quem diz que pode prever o futuro. Eles são golpistas, não te enganes.


 


O motorista abriu a porta, e começamos a caminhar em direção a ele.


 


Maria: Você prometeu que ia me contar o que ela falou. — insistiu, seus olhos brilhando de curiosidade.


 


Dulce: Vou contar no restaurante. - empurrei-a gentilmente para entrar no carro, e, assim que ela se acomodou, fiz o mesmo, enquanto o motorista fechava a porta atrás de nós.


 


Lavínia: Demorou, mãe. - reclamou, sem desviar os olhos do celular. - Paula disse que você estava com problemas femininos.


 


Dulce: Desculpa, querida. - respondi, tentando desviar o olhar da estrada enquanto o motorista dava a partida.


 


 


 


 


 


--------------


 


 


 


 


 


 


O restante da noite passei em silêncio, mais calada do que o normal. Após o jantar, voltei para casa e aproveitei um longo e relaxante banho. Ao sair do closet, vesti minha camisola de seda preta favorita. Christopher já havia retornado ao quarto, após dar “boa noite” para nossas filhas. Assim que me viu, aproximou-se, um sorriso malicioso nos lábios. Mordi os lábios, sentindo um misto de nervosismo e expectativa.


 


Christopher: Você sabe que essa é minha camisola preferida... - Ele se posicionou atrás de mim, envolvendo meus ombros com um braço, enquanto com a outra mão começava a levantar a seda suave.


 


Dulce: Não estou a fim, amor. Desculpa. - falei segurando sua mão antes que pudesse ir mais longe.


 


Ele parou, olhando nos meus olhos.


 


Christopher: O que aconteceu? - Ele ficou em minha frente, segurou meu queixo e me forçou a encará-lo. - Você está estranha desde que voltamos do parque. Aconteceu alguma coisa lá? - O tom de preocupação em sua voz era evidente.


 


Dulce: Não. Estou só com dor de cabeça. - dei um meio sorriso, embora as palavras soassem vazias.


 


Se eu revelasse o que aquela vidente dissera, ele riria e ainda me zombaria. Assim como eu, ele não acreditava em coisas assim. Mas a verdade é que essa ideia não me deixava em paz. Todo aquele absurdo nunca aconteceria, eu sabia disso, mas não conseguia afastar os pensamentos. Eu nunca deveria ter ido àquela tenda, muito menos deixado minha filha entrar.


 


Christopher: Hum... você está mentindo! - Ele torceu a boca, como se tentasse decifrar meu estado emocional. - Acha que, depois de tantos anos juntos, não sei quando você mente? - Acariciou meu rosto, o toque delicado quase me fazendo esquecer do que estava pensando. - Você está triste! - constatou.


 


Dulce: Não é nada, sério. - Tentei dar um meio sorriso, mas ele não parecia convencido. - Você me ama, não é?


 


Christopher: Que pergunta é essa? - Ele riu, e a luz nos seus olhos era contagiante. - Sabe que é o amor da minha vida! - Segurou meu rosto com as duas mãos e me deu um longo e doce selinho.


 


Dulce: Também te amo! - Respondi, envolvendo-o em um abraço apertado, sentindo a segurança que ele me transmitia.


 


Christopher: Se você não quiser falar, tudo bem. Mas não minta dizendo que está com dor. Você é péssima em mentir. - Ele me apertou em seus braços, e eu fechei os olhos, buscando conforto naquela conexão.


 


Eu não tinha nada a temer; nós éramos feitos um para o outro, e nada poderia mudar isso.


 


Christopher: Melhor eu ir tomar banho. - Nos afastamos, e ele se dirigiu ao banheiro.


 


Fui para a cama e peguei meu celular. Não havia mensagens da minha mãe; ela estava na Itália para uma palestra acadêmica e fazia dias que não falávamos. O silêncio demonstrava o quanto ela estava ocupada. Nossa relação havia se fortalecido, como qualquer outra, entre mãe e filha que havia enfrentado separações. Passei alguns minutos respondendo mensagens de Madison sobre trabalho, quando ouvi uma batida na porta. Como a pessoa do outro lado não ouviria meu convite para entrar, levantei e abri a porta, encontrando Leonor.


 


Dulce: Ainda acordada, Leonor? - Fiquei surpresa. Nossa governanta geralmente dormia cedo.


 


Leonor: Sim, gostaria de falar com a senhora. - Ela disse, com uma expressão séria.


 


Dulce: Aconteceu alguma coisa? Entre! - Convidei, abrindo mais a porta para que ela entrasse.


 


Leonor: Nada grave, mas queria discutir um assunto pessoal. - Ela respirou fundo, parecendo nervosa.


 


Dulce: Ok. Sente-se! - Falei, jogando-me na cama.


 


Leonor: Ah, não! - Ela negou prontamente, olhando para a cama como se fosse uma armadilha.


 


Ri, quebrando a tensão.


 


Dulce: Senta, Leonor, fique à vontade. - Dei uma batidinha ao meu lado. Um pouco hesitante, ela finalmente se acomodou. - O que foi? Pode falar. - Sorri, incentivando-a.


 


Leonor: Então, preciso contratar uma nova empregada. Uma das nossas funcionárias se demitiu por motivos pessoais e preciso de alguém novo.


 


Dulce: Certo! - Assenti. - Era só isso?


 


Leonor: Não, senhora Uckermann... - Ela hesitou novamente. - Uma grande amiga minha está se mudando para o país e, como ela ainda está sem trabalho, pensei em contratá-la. Ela nem tem onde ficar ainda. A maioria dos empregados aqui tem suas casas e não precisa dormir no serviço, então pensei que poderia oferecer moradia, comida, etc.


 


Dulce: Ah, entendi. Se você a conhece e ela é de confiança, tudo bem. - Sorri. - Mas quero entrevistá-la antes, só por formalidade.


 


Leonor: Sim, senhora. - Ela coçou a nuca, visivelmente nervosa. - Tem mais uma coisa...


 


Christopher: O quê? — saiu do banheiro de roupão, enxugando o cabelo com uma toalha e prestando atenção na conversa.


 


Leonor: Senhor Uckermann! — Leonor baixou a cabeça, envergonhada.


 


Ele riu, quebrando a formalidade.


 


Christopher : Não precisa ficar assim, não é a primeira vez que conversamos aqui. Você é de casa, Lê. - Ele usou o apelido dela, e eu pude ver seu rosto corar.


 


Acabei rindo.


 


Dulce: O que mais você tem para dizer?


 


Leonor: É que... essa minha amiga está se mudando porque cria a neta sozinha. É apenas ela e a neta, e a criança está doente, com câncer. Recomendamos o hospital da senhora para o tratamento. Ela já está na lista de espera, então precisa estar na cidade quando a chamarem. Enquanto isso, a criança está sendo tratada em outro hospital.


 


Christopher: Quantos anos ela tem? - perguntou com pesar.


 


Leonor: A mesma idade da senhorita Giovana, 11 anos, senhor.


 


Dulce: Qual o tipo de câncer?


 


Leonor :Leucemia.


 


Suspirei, sentindo uma onda de compaixão. Essa doença maldita!


 


Dulce: Diga a ela que venha logo. Não se preocupe com gastos ou despesas; vou encaixar a neta no hospital. - Toquei no ombro de Leonor, transmitindo segurança. - Vai ficar tudo bem.


 


Christopher :Quero fazer algo para ajudar também. - ficou pensativo por alguns segundos. - Ela tem 11 anos, certo? A educação dela... Eu vou custear.


 


Leonor: Não precisa, senhor Uckermann, só o tratamento é o suficiente. Ela será matriculada em uma escola pública e...


 


Christopher: Não, eu quero ajudar. A única coisa que posso fazer é isso. A criança terá a melhor educação até se formar na faculdade.


 


Leonor: Faculdade? - assustou.


 


Christopher : Sim, claro. Educação completa. - Ele deu um meio sorriso, seu olhar cheio de determinação.


 


Leonor: Nossa, senhor Uckermann! - Ela disse, ainda sem acreditar. - Vocês são realmente anjos. Mesmo depois de anos aqui, ainda me surpreendo com vocês. - Olhou para mim e para ele, a gratidão evidente em seus olhos. - Muito obrigada, de verdade.


 


Dulce: Não tem que agradecer. - Sorri, sentindo o calor daquela conversa.


 


Depois de acertarmos tudo com Leonor, ela saiu. Christopher colocou o pijama e nos aconchegamos na cama, onde um filme aleatório passava na TV, mas eu mal prestava atenção. Ele fazia um cafuné em mim, e eu inalava o aroma reconfortante do sabonete que usava. A sensação era maravilhosa; estava quase pegando no sono quando ele beijou minha testa e murmurou, baixinho no meu ouvido, que me amava. Sorri, entregando-me ao sono, envolta na segurança de seus braços.


 


 


 


 


 


 


Sofia Gabriel Uckermann


 


 


 


Acabei de desligar o chat com Miguel, meu primo favorito e único melhor amigo, quando uma notificação do "Bem10" apareceu na tela. Sorri ao ver seu nome. Ele era meu amigo virtual, além de Miguel, e, apesar de tudo, sentia que nossa amizade era especial. Ambos tínhamos a mesma idade e éramos da Califórnia. Como eu, ele também não tinha muitos amigos. Nos conhecemos em um jogo online, trocamos números e começamos a conversar; às vezes, eu falava e jogava mais com ele do que com Miguel, o que deixava meu primo um pouco irritado.


 


Já estávamos conversando há meses, mas ele nunca quis ligar a câmera do celular quando eu chamava. Dizia que se achava muito feio e que não se sentia à vontade. Nem mesmo uma foto ele havia mandado; sua foto de perfil era um personagem do nosso jogo.


 


“Como foi seu dia?” ele digitou.


 


Sorri antes de responder.


 


“Bem legal! Passei o dia com a minha família.”


 


“Seus pais já se acertaram? Você disse que eles não estavam bem e que isso te deixava triste.”


 


“Sim, eles voltaram a ficar grudados um no outro, como sempre.”


 


“Que bom! Não gosto quando você fica triste.”


 


Senti meu coração aquecer.


 


“Não estou mais!”


 


“Já vai dormir?”


 


“Sim, meu pai até já me deu boa noite.”


 


“Que pena!”


 


“Por quê? Quer jogar?”


 


Olhei para o computador no canto do quarto; já estava tarde.


 


“Não, na verdade... eu queria uma foto sua.”


 


“Que foto? Para quê?” Perguntei, um pouco intrigada.


 


“Pela foto do seu perfil, você é linda. Queria te ver em outra foto.”


 


Sorri timidamente.


 


“Vamos fazer uma chamada de vídeo, então!”


 


“Ainda não me sinto à vontade para isso, mas se você mandar uma foto, vou me sentir mais confiante.”


 


Encarei a tela, pensando na proposta.


 


“Ok. Que foto?”


 


“Posso mesmo escolher?”


 


“Sim.”


 


“Manda qualquer foto sua em um balneário. Assim posso me sentir mais confiante para te enviar minhas fotos.”


 


“Ok.”


 


Entrei na galeria do meu celular e procurei uma foto adequada. Encontrei uma em que estava de maiô, fazendo um selfie em frente ao espelho, com a piscina da minha casa ao fundo. Era uma foto simples, mas eu gostava dela.


 


Enviei a imagem e deixei o celular de lado,


deitando na cama, pronta para dormir. Uma mistura de ansiedade e expectativa tomou conta de mim. O que será que ele responderia? E, mais importante, como seria se um dia finalmente pudéssemos nos ver cara a cara?



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Autor(a): tatayvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1714



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  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 15/11/2024 - 13:29:56

    Está tudo bem , não vai mais continuar com a história?

  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 11/09/2024 - 10:46:34

    Quando terá novas atualizações ?... Saudades

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 15:01:30

    Eu estou achando que vamos sofrer muito nesta temporada espero que sejam poucos capítulos

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 07:10:06

    Continua

  • taianetcn1992 Postado em 08/06/2024 - 03:10:57

    Dulce vc sossega hein

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:42

      Aiaiaia

  • vondy_eternamenty Postado em 09/05/2024 - 19:18:43

    Continua por favor esta ótima

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:29

      Continuando*-*

  • Vondy Forever Postado em 06/05/2024 - 10:35:05

    Continua por favor

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:14

      Continuando *-*

  • Srta Vondy ♥ Postado em 21/04/2024 - 22:44:45

    Entendo de verdade o quão importante é a carreira da Dul, que emergências acontecem (principalmente num hospital), que p carreira que ela escolheu tem que abrir mão de muita coisa, principalmente de momento em família, de verdade entendo tudo isso, mas n me entra na cabeça o quão ''relapsa'' ou melhor relaxada ela se tornou em relação ao sentimento das meninas de saber que as filhas criam esperanças baseada na confirmação dela, ficam ansiosas esperando, se decepcionam, choram, são acalmadas, perdoam ela e depois tudo se repete novamente, sei que existe o contra-peso de uma vida que ''depende'' dela, mas mesmo assim sabe ? E ainda acha o Uckermann errado por cobrar isso dela, sendo que sobra p ele toda essa bomba nos momentos especiais das meninas Fora que acho que será um problema o novo médico e a possível entrada da Belinda na empresa do Christopher, e o segredo que a Dul guarda que até agora n deu as caras.. Ansiossima p os próximos capítulos, some mais não, por favor Continuaaaa <3

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:55:18

      Os anos passaram e ela mudou muito, nem parece aquela menina de antes. Só acho que ela deveria parar de fazer essas promessas, já que é difícil de cumprir. Ela não gosta de ser cobrada, porque ela sabe que está errada. Esse novo médico ainda vai causar problemas não só no casamento dela, mas na relação das meninas tbm, assim como Belinda, Dulce que se cuide...e esse segredo? Chuta o que seja? Estava com saudades dos seus comentários*-* vou tentar postar com frequência, continuando!!!!!

  • vondy_eternamenty Postado em 20/04/2024 - 22:05:48

    nossa que saudades eu estava de vc continua

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:47:22

      Tbm estava com saudades *-*

  • taianetcn1992 Postado em 18/09/2023 - 07:49:08

    mais mais mais


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