Fanfics Brasil - Capítulo - 014. Almas Opostas - Vondy

Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo - 014.

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Dulce Maria 


 


 


O sol mal havia surgido no horizonte, mas a casa já parecia estar em movimento. Desci as escadas calmamente, sentindo o piso frio sob os pés, e fui direto para a cozinha. Lá estava Christopher, observando Leonor organizar a mesa do café da manhã enquanto Maria Paula e Sofia a ajudavam.


 


Dulce: Bom dia! — disse, puxando uma cadeira e me sentando.


 


Leonor: Bom dia senhora! - sorriu e se retirou após organizar tudo.


 


"Bom dia, mãe" responderam as outras duas em uníssono, enquanto Christopher colocou uma xícara de café à minha frente.


 


Christopher: Você merece um descanso hoje, Dulce — ele comentou. — A Maria cortou as frutas e Sofia fez questão de arrumar as torradas.


 


Olhei para as meninas com orgulho e agradeci. Era natural quando perdia um paciente, elas "cuidarem" de mim no dia seguinte. Logo depois, Nick apareceu, ainda esfregando os olhos, com Gigi e Lavínia logo atrás. Giovanna, como sempre, já estava no celular, provavelmente respondendo a alguma mensagem de amigas.


 


Nicole: Bom dia, gente! - disse pegando uma maçã antes mesmo de sentar.


 


Dulce: Bom dia, Nick. - Suspirei. - Lave as mãos antes de pegar comida, por favor.


 


Ela sorriu e obedeceu. Enquanto isso, Giovanna e Lavínia sentaram-se em silêncio, algo raro para as duas.


 


Dulce: Lavínia, está tudo bem? - perguntei, notando a expressão pensativa dela.


 


Lavínia: Só estou com preguiça de ir para escola ... - respondeu ela, mexendo devagar no café.


 


Sofia: E eu com preguiça de fazer o teste de história! - exclamou arrancando risadas da mesa.


 


Giovanna: Se vocês estudassem um pouco mais, não ficariam tão preocupadas. - sempre a mais séria, comentou com um tom de superioridade.


 


Nicole: Ai, Gigi, ninguém pediu sua opinião! - rebateu rindo.


 


Christopher deu uma risada baixa, tentando não intervir enquanto comia uma fruta. Eu aproveitei o momento para mudar o rumo da conversa.


 


Dulce: Seu pai já falou com você, Nick?


 


Nicole: Sim. O menino vem aqui hoje. - avisou.


 


Encarei Christopher.


 


Dulce: Tão rápido?


 


Christopher: Quanto antes melhor, vai ser depois da escola. Um dos motoristas vai está a disposição dele. 


 


Dulce: Certo. Falando em estudo, vocês viram que a vovó Eliz já está de volta ao congresso?


 


Maria: Já?! — perguntou, erguendo os olhos do celular.


 


Lavínia: Será que ela vai conseguir visitar a gente logo? - perguntou com os olhos brilhando. - Ela prometeu jantar com a gente e o tio poncho.


 


Dulce: Acho que sim, mas não depende só dela. Assim que tiver uma folga, ela vem. 


 


Nicole: Eu amo quando a vovó Eliz fica aqui - comentou Nick. - Ela sempre traz vários presentes e passa o tempo todo brincando comigo


 


Sofia: E doces! - completou Sofia, arrancando risadas de todos.


 


Christopher: E vocês deviam aproveitar muito isso, meninas. Vocês têm sorte de ter uma avó tão dedicada, amorosa e inteligente - disse Christopher, apoiando a mão no meu ombro.


 


A conversa fluiu naturalmente depois disso. Gigi comentou sobre um projeto de ciências da escola que precisava de ajuda, Nick mencionou que ia se dedicar ainda mais nos estudos de português. Enquanto ouvia cada uma falar, percebi como a nossa vida, mesmo com suas rotinas e desafios, era cheia de pequenas alegrias.


 


Dulce: Bem, meninas, hoje vou ficar de plantão. - avisei


 


Maria: Mãe, de novo? - resmungou.


 


Christopher: Dulce, é melhor ficar hoje em casa..- tocou na minha mão - Você não está 100% bem.


 


Dulce: Eu já estou bem. A noite de sono e esse café me fez muito bem. Obrigada meninas. - levantei - Mas agora preciso ir, tenho muito trabalho.


 


Maria: Como sempre..- murmurou.


 


Christopher: Maria Paula! - a encarou sério e ela suspirou. Ele voltou a me encarar - Ok. Almoce direito, ok? - beijou minha mão delicadamente. Ouvimos um "que amor" das nossas filhas, rindo me inclinei dando um longo selinho nele, as meninas bateram palma, Christopher riu.


 


Me despedi de todas elas com um beijo na testa e em seguida, entrava no carro na qual James me levaria naquele dia.


 


 


 


 


Belinda 


 


 


A luz da manhã entra tímida pela janela, iluminando minha cozinha pequena e simples. O cheiro do café passado se mistura ao do pão torrando na frigideira. Estou me movendo rápido, como sempre, mas sinto o peso da rotina em cada passo. Noah está sentado à mesa, balançando as pernas e rabiscando algo na madeira com o dedo, distraído.


 


Noah: O pão tá pronto, mãe? - ele pergunta, olhando pra mim com aqueles olhinhos que sempre me fazem querer dar o mundo pra ele.


 


Belinda : Tá quase, amor. Paciência.


 


Tiro os pães da frigideira e coloco no prato. O queijo derreteu um pouco, do jeito que ele gosta. Coloco tudo na mesa e me sento, pegando minha xícara de café preto.


 


Belinda: Aqui está. Agora come, que a gente tem que se apressar.


 


Ele sorri, mordendo o pão com vontade. Eu observo por um instante, tentando decidir como vou falar sobre isso.


 


Belinda : Noah... preciso conversar com você sobre uma coisa importante.


 


Ele levanta os olhos pra mim, curioso, ainda com a boca cheia.


 


Noah: O que foi?


 


Belinda: Lembra que ficamos de ajudar a filha do meu chefe, no caso você, ajudar a filha dele aprender português?


 


Noah: Sim, ele parece ser legal.


 


Belinda : Pois é, ele ofereceu o seguinte, você ajuda a filha dele e, em troca, ele vai nos pagar. Vai ser bastante dinheiro, Noah.


 


Noah: Sério? Ele vai me pagar pra ensinar ela?


 


Belinda: Não pra você. Vai ser pra gente, pra ajudar com as contas, com as coisas da casa... e com os remédios da vovó Olívia.


 


Ele fica quieto por um momento, mastigando devagar. Então, pergunta:


 


Noah: Mas eu não vou ter que parar de ir pra escola? Né - perguntou inocentemente.


 


Belinda: De jeito nenhum! - digo firme, segurando sua mãozinha. - A escola é sua prioridade, Noah. Não quero que essas aulas com essa menina atrapalhem suas notas. Quero que você continue estudando e sendo o melhor que pode.


 


Noah: Tá bom, mãe. Mas vai ser difícil, né?


 


Belinda: Vai ser um pouco. Mas você é esperto, Noah. Sei que vai dar conta.


 


Nesse momento, ouço o som leve dos passos de minha mãe, na sala. Ela aparece na porta da cozinha.


 


Olívia : O que vocês estão cochichando aí? - ela pergunta, com a voz carregada de curiosidade.


 


Belinda: Sobre uma novidade, mãe - respondo, me levantando pra pegar sua xícara de chá. - Christopher, meu chefe, quer pagar pra Noah ensinar a filha dele português.


 


Ela franze a testa, visivelmente preocupada.


 


Olívia:Ensinar? Mas ele ainda é só uma criança. Você acha certo colocar essa responsabilidade nele?


 


Belinda: Mãe, isso vai nos ajudar muito. O dinheiro vai ser suficiente pra aliviar as contas e comprar seus remédios.


 


Olívia : Eu sei que precisamos de ajuda, mas isso é justo com o Noah? Ele tem que focar nos estudos, Belinda.


 


Belinda : Ele vai continuar estudando, mãe. Já falei isso pra ele. É só algumas horas por semana, nada que vá prejudicar a escola.


 


Olívia: Eu não sei... - ela balança a cabeça, hesitante. - Essas coisas sempre começam simples, mas depois...


 


Belinda: Depois a gente resolve, se for o caso - digo, tentando manter a voz firme. - Não posso deixar essa chance escapar, mãe. Não com tudo o que a gente tá passando.


 


Ela suspira e se senta devagar na cadeira ao lado de Noah. Ele olha pra mim e depois pra ela, como se quisesse tranquilizar a avó.


 


Noah: Eu vou conseguir, vovó. Prometo.


 


Eu sorrio pra ele, sentindo uma pontinha de orgulho.


 


Belinda : E eu vou estar aqui pra cuidar de tudo, como sempre.


 


Minha mãe ainda parece preocupada, mas não diz mais nada. Eu sei que ela só quer nos proteger, mas, às vezes, proteger significa arriscar. E, dessa vez, eu não posso recusar.


 


Depois que Noah e minha mãe terminaram o café da manhã, a cozinha foi ficando mais silenciosa. Noah saiu para pegar sua mochila, e minha mãe voltou para o quarti, dizendo que precisava descansar um pouco antes de tomar os remédios.


 


Fiquei sozinha, recolhendo os pratos e arrumando a mesa. Minha mente, no entanto, estava longe dali.


 


Pensei em Christopher. No jeito como ele falava, sempre tão calmo e educado. No cuidado que demonstrava pela filha, mesmo naquelas poucas palavras. Havia algo nele que chamava minha atenção, fora o dinheiro, obviamente. Ele é um homem tão bonito e atraente, era ainda mais bonito pessoalmente do que por fotos, devo lembrar.


 


Coloquei os pratos na pia e comecei a lavar, a água morna escorrendo pelas mãos enquanto eu me perdia em pensamentos. Talvez fosse pelo fato de ele ter se importado o suficiente para me oferecer essa chance. Mesmo que seja 100% em prol de sua filha. Era o gesto, a forma como ele parecia genuinamente preocupado com a menina.


 


Mas... como me aproximar dele? Christopher era meu chefe, alguém extremamente rico, e eu era apenas uma faxineira de sua empresa. Eu não podia simplesmente aparecer e tentar ser amiga. Ele não era o tipo que faria amizade com qualquer um.


 


Suspirei, esfregando o prato com mais força do que o necessário. Talvez... talvez eu pudesse começar sendo grata. Mostrar o quanto a ajuda dele estava fazendo diferença na minha vida e na de Noah. Quem sabe isso quebrasse um pouco o gelo?


 


Também pensei em Nicole. Ensinar a menina talvez fosse uma maneira de estar mais presente na vida dele. Se eu mostrasse que estava disposta a fazer isso dar certo, talvez ele confiasse mais em mim.


 


 


 


 


Maria Paula 


 


 


A mesa da sala de estudos estava cheia de cadernos, livros de matemática e folhas rabiscadas. Eu estava sentada na cadeira, com as pernas cruzadas, tentando, pela milésima vez, explicar a Thales como resolver uma equação logarítmica. Ele estava do outro lado, recostado de forma desleixada, com um lápis girando entre os dedos e uma expressão que parecia dizer: “Não dou a mínima para isso.”


 


Maria: Thales, pelo amor de Deus, é só substituir o valor de x aqui e resolver a equação. Até uma criança de dez anos entenderia isso! - falei, apontando para o caderno dele com impaciência.


 


Ele ergueu o olhar, com aquele sorriso irritante que me dava nos nervos.


 


Thales: Engraçado você falar isso, Maria Paula. Você é praticamente uma criança de dez anos com sua mania de mandar em todo mundo. Como minha irmã sempre falou.


 


Revirei os olhos, cruzando os braços.


 


Maria: E você é praticamente um analfabeto funcional, porque essa questão é básica. Como você sobreviveu até o último ano do ensino médio?


 


Thales: Talvez porque eu tenha coisas mais interessantes pra fazer do que decorar fórmulas idiotas - retrucou ele, inclinando-se para a mesa. - Diferente de você, que provavelmente dorme abraçada com livros.


 


Maria: Pelo menos eu tenho algo na cabeça além de memes e conversas idiotas -rebati, esticando a mão para pegar uma folha e quase derrubando o copo de suco.


 


Thales: Claro, claro, senhorita Einstein - ele disse, debochado. -Mas eu não vou fazer essa questão de novo. Minha cabeça já tá doendo de tanta besteira.


 


Maria: Besteira? - levantei a voz. - A única besteira aqui é você!


 


A discussão foi interrompida pelo som do meu celular vibrando na mesa ao lado. Olhei de relance e vi o nome de Petrick na tela. Ignorei, porque sabia que ele ia reclamar que eu não estava disponível para sair. Por causa dessas aulas, Abigail liberava nossas saídas mais cedo do colégio e eu preferia que essas aulas fosse aqui em casa 


 


Thales notou e arqueou uma sobrancelha.


 


Thales: Olha só, até o namorado perfeito ficou de lado pra você me ensinar. Ele deve estar amando isso.


 


Maria: Cala a boca, Thales - murmurei, sentindo o rosto esquentar.


 


Antes que eu pudesse continuar, ouvi passos apressados no corredor. Petrick entrou na sala, o rosto carregado de raiva.


 


Petrick: Maria Paula, por que você não atende o celular? - ele perguntou, ignorando completamente Thales.


 


Suspirei, levantando-me do sofá.


 


Maria: Petrick, estou ocupada. Estou ajudando o Thales com matemática, como eu disse que faria.


 


Petrick :Ocupada demais pra me responder, mas com tempo pra ficar aqui com ele? - Ele apontou para Thales, que agora estava com um sorrisinho provocador.


 


Thales: Relaxa, Petrick. A Maria Paula tá só me ensinando o básico. Nada de mais, mas eu entendo o ciúme. Deve ser difícil pra você. - Thales lançou o comentário como quem joga gasolina no fogo.


 


Petrick : Difícil? - deu um passo à frente. - Difícil é te aturar aqui, se aproveitando de qualquer desculpa pra se aproximar dela.


 


Dei um passo entre os dois, levantando as mãos.


 


Maria: Chega! Vocês dois estão sendo ridículos. Thales, cala a boca. E você, Petrick, para com esse drama!


 


Mas era tarde demais. Petrick e Thales já estavam de pé, frente a frente, trocando insultos.


 


Petrick: Quer resolver isso agora? - Petrick avançou, mas foi segurado por dois seguranças que surgiram da entrada da sala.


 


Xxx: Senhor Thales, senhor Petrick, parem agora! - disse uma voz firme.


 


Era o chefe da segurança, Túlio, que tinha acabado de entrar. Ele parecia ainda maior com o terno preto e a postura autoritária.


 


Túlio: Isso aqui é uma casa, não um ringue de briga. Se não se comportarem, vou ter que expulsá-los.


 


Petrick: Ele começou! - protestou Petrick, apontando para Thales.


 


Thales: Isso é mentira! - retrucou. - Só tô aqui porque ela me pediu pra vir!


 


Maria: Eu pedi pra te ensinar matemática, não pra virar motivo de confusão! - explodi, cruzando os braços.


 


Túlio levantou a mão, pedindo silêncio.


 


Túlio: Não importa quem começou. Vocês dois vão embora agora. Isso é pela segurança da senhorita Maria Paula.


 


Maria: Segurança? Eles são só idiotas brigando! - tentei argumentar, mas Túlio me olhou sério.


 


Túlio: Não é seguro para você, senhorita. Preciso reportar isso ao seu pai. Ele deixou claro que qualquer ameaça à sua tranquilidade seria tratada com rigor.


 


Meu coração gelou.


 


Maria: Túlio, por favor, não fale nada ao meu pai. Foi só uma briga boba!


 


Túlio: Não é você quem decide, Maria Paula. Agora, ambos vão sair. E sugiro que escolham melhor as pessoas que trazem pra cá.


 


Thales e Petrick foram conduzidos pelos seguranças, ainda trocando provocações. Fiquei parada no meio da sala, sentindo uma mistura de raiva e vergonha.


 


Quando Túlio voltou, olhou para mim com seriedade.


 


Túlio: Vou informar ao senhor Christopher. Ele precisa saber que você está segura.


 


Suspirei, frustrada, e me joguei num dos sofás daquela sala, olhando para a bagunça de cadernos.


 


Maria: Ótimo. Mais um sermão do meu pai. Como se eu já não tivesse problemas suficientes. - murmurei.


 


 


 


 


Dulce Maria 


 


 


A luz suave da luminária sobre a minha mesa destacava a pilha de exames espalhados diante de mim. Enquanto ajustava os óculos e folheava os laudos, o rosto da minha paciente, dona Sarah, me encarava com uma mistura de ansiedade e resignação. Ela estava sentada na cadeira em frente, as mãos entrelaçadas sobre o colo, os dedos apertando o tecido do vestido.


 


Respirei fundo antes de começar.


 


Dulce: Dona Sarah, eu analisei todos os seus exames com muito cuidado. O resultado da ressonância magnética mostra que há uma área no lobo frontal que está sendo afetada. O padrão que vimos é compatível com glioblastoma multiforme, um tumor cerebral maligno.


 


Os olhos dela se arregalaram por um momento, mas logo ela piscou rapidamente, tentando manter a compostura.


 


Sarah: E isso... é grave? - perguntou, a voz quase um sussurro.


 


A pergunta me atingiu como sempre atingia. Essa era a parte mais difícil do meu trabalho.


 


Dulce: É grave, sim. É um tumor agressivo, e o crescimento dele é rápido. No entanto, não estamos sem opções.


 


Fiz uma pausa, esperando que ela absorvesse o que eu tinha acabado de dizer.


 


Dulce: Vamos precisar de uma abordagem combinada - continuei. - Primeiro, uma cirurgia para remover o máximo possível do tumor. Depois, sessões de radioterapia e quimioterapia para tratar o restante. É um tratamento intenso, mas é o melhor caminho para controlarmos o avanço da doença.


 


Ela assentiu lentamente, os olhos cheios de lágrimas que ainda não haviam caído.


 


Sarah: E quais são as chances?


 


O nó na minha garganta apertou. Nunca era fácil ser honesta nessas situações, mas eu devia isso a ela.


 


Dulce: Cada caso é único, mas é importante saber que o glioblastoma tem um comportamento imprevisível. Vamos lutar, dona Clara. Com o tratamento certo, há a possibilidade de ganharmos mais tempo e qualidade de vida.


 


Ela baixou a cabeça, enxugando os olhos com um lenço. Esperei em silêncio até que ela levantasse o olhar novamente.


 


Sarah: Eu confio na senhora, doutora. Só quero ter força para passar por isso...


 


Inclinei-me levemente para frente, segurando a mão dela por um instante.


 


Dulce: Você tem essa força, dona Sarah. E não vai passar por isso sozinha. Estarei com você em cada etapa.


 


Quando a consulta terminou, ela saiu da sala, mais serena do que entrou, mas eu sabia que a luta dela estava apenas começando. Fiquei alguns segundos olhando para a porta fechada, sentindo o peso do que havia acabado de acontecer.


 


Levantei-me para organizar os exames na mesa quando ouvi a voz leve e animada de Madison, do lado de fora. Ela bateu na porta e entrou com um sorriso que parecia iluminar o ambiente.


 


Madison: Doutora Dulce, hora do almoço! 


 


Sorri levemente para ela, mas sacudi a cabeça.


 


Dulce: Obrigada, Madison, mas não vou almoçar agora.


 


Ela franziu a testa.


 


Madison: A senhora precisa comer, doutora. 


 


Dulce: Não agora - insisti, sentando novamente. - Tenho muitos exames pra revisar.


 


Era verdade, mas também era uma desculpa. A verdade é que não queria parar para pensar no paciente que havia morrido na noite anterior. A lembrança da família chorando no corredor ainda ecoava na minha mente, e eu sabia que o silêncio do almoço só me faria revisitar tudo aquilo.


 


Madison suspirou, mas sabia que discutir comigo não adiantaria.


 


Madison : Vou deixar a comida na sala de descanso. Quem sabe a senhora muda de ideia.


 


Assenti sem olhar para ela, já imersa nos papéis à minha frente.


 


O tempo passou rápido enquanto eu analisava cada detalhe dos exames. O som de notificações no meu celular me tirou do foco por um instante. Peguei o aparelho e vi uma mensagem de Christopher:


 


" Espero que tenha almoçado! Consegue jantar comigo hoje?


 


O coração apertou. Eu queria responder, que adoraria jantar, mas a pilha de trabalho na minha frente dizia o contrário.


 


Coloquei o celular de volta na mesa, decidindo que responderia depois, quando estivesse menos ocupada. Voltei a mergulhar nos exames. A verdade era que, hoje, o trabalho parecia ser minha única saída para lidar com tudo.



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Autor(a): tatayvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1716



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  • Vondy Forever Postado em 19/01/2025 - 06:49:57

    Eu não estou gostando disso já percebi que vai vir muito sofrimento tanto para a Dulce quanto para o Christopher e que esse só vai acabar lá no final da história. Continua Eu gostaria muito que essa temporada fosse sem sofrimento

    • tatayvondy Postado em 24/01/2025 - 17:52:40

      Muitos conflitos estão vindo, a cigana leu as cartas pra Dulce no capítulo 8, um presságio do que vêm por ai, mas muita coisa pode acontecer até o final. Continuando *-*

  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 15/11/2024 - 13:29:56

    Está tudo bem , não vai mais continuar com a história?

  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 11/09/2024 - 10:46:34

    Quando terá novas atualizações ?... Saudades

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 15:01:30

    Eu estou achando que vamos sofrer muito nesta temporada espero que sejam poucos capítulos

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 07:10:06

    Continua

  • taianetcn1992 Postado em 08/06/2024 - 03:10:57

    Dulce vc sossega hein

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:42

      Aiaiaia

  • vondy_eternamenty Postado em 09/05/2024 - 19:18:43

    Continua por favor esta ótima

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:29

      Continuando*-*

  • Vondy Forever Postado em 06/05/2024 - 10:35:05

    Continua por favor

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:14

      Continuando *-*

  • Srta Vondy ♥ Postado em 21/04/2024 - 22:44:45

    Entendo de verdade o quão importante é a carreira da Dul, que emergências acontecem (principalmente num hospital), que p carreira que ela escolheu tem que abrir mão de muita coisa, principalmente de momento em família, de verdade entendo tudo isso, mas n me entra na cabeça o quão ''relapsa'' ou melhor relaxada ela se tornou em relação ao sentimento das meninas de saber que as filhas criam esperanças baseada na confirmação dela, ficam ansiosas esperando, se decepcionam, choram, são acalmadas, perdoam ela e depois tudo se repete novamente, sei que existe o contra-peso de uma vida que ''depende'' dela, mas mesmo assim sabe ? E ainda acha o Uckermann errado por cobrar isso dela, sendo que sobra p ele toda essa bomba nos momentos especiais das meninas Fora que acho que será um problema o novo médico e a possível entrada da Belinda na empresa do Christopher, e o segredo que a Dul guarda que até agora n deu as caras.. Ansiossima p os próximos capítulos, some mais não, por favor Continuaaaa <3

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:55:18

      Os anos passaram e ela mudou muito, nem parece aquela menina de antes. Só acho que ela deveria parar de fazer essas promessas, já que é difícil de cumprir. Ela não gosta de ser cobrada, porque ela sabe que está errada. Esse novo médico ainda vai causar problemas não só no casamento dela, mas na relação das meninas tbm, assim como Belinda, Dulce que se cuide...e esse segredo? Chuta o que seja? Estava com saudades dos seus comentários*-* vou tentar postar com frequência, continuando!!!!!

  • vondy_eternamenty Postado em 20/04/2024 - 22:05:48

    nossa que saudades eu estava de vc continua

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:47:22

      Tbm estava com saudades *-*


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