Fanfics Brasil - Capítulo - 015. Almas Opostas - Vondy

Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo - 015.

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Christopher Uckermann 


 


 


Depois de desligar o vídeo chamada com meus irmãos, o escritório estava em silêncio absoluto, exceto pelo som do teclado. Eu estava concentrado em finalizar um contrato importante com uma empresa no exterior. As luzes frias da sala refletiam nos papéis cuidadosamente organizados sobre a mesa.


 


De repente, meu telefone tocou, interrompendo minha linha de raciocínio. Olhei para a tela e vi o nome de Túlio, chefe de segurança da mansão. Ele não costumava me ligar sem motivo grave.


 


Christopher: O que foi, Túlio? - atendi, tentando manter a voz calma, embora já sentisse o estresse se acumulando.


 


Túlio: Senhor Christopher, houve um problema na mansão, envolvendo sua filha, Maria Paula.


 


Endireitei-me na cadeira, os sentidos em alerta.


 


Christopher: Que tipo de problema? - perguntei, já sentindo a tensão subir.


 


Túlio: Bem... houve uma briga entre o namorado dela, Petrick, e o rapaz que ela está ajudando com os estudos, o Thales. Parece que começou como uma discussão verbal, mas rapidamente escalou. Os dois estavam prestes a partir para a agressão física, mas os seguranças os impediram a tempo.


 


Fechei os olhos, respirando fundo para conter o impulso de explodir.


 


Christopher: Eles chegaram a machucar alguém?


 


Túlio: Não, senhor. Apenas trocaram insultos, mas foi o suficiente para causar uma confusão na casa. Para garantir a segurança da senhorita Maria Paula, removemos os dois da propriedade e informei a ela que essa situação será relatada ao senhor.


 


Christopher: Ótimo. E ela, como está?


 


Túlio: Está bem, mas visivelmente chateada. Ela tentou interceder, mas os rapazes não colaboraram.


 


Christopher: Certo. Obrigado por agir rápido, Túlio. Vou lidar com isso.


 


Desliguei o telefone, jogando-o sobre a mesa com mais força do que deveria. Passei as mãos pelo rosto, tentando organizar meus pensamentos.


 


O que Maria Paula estava pensando ao trazer esses dois garotos para a mansão? E por que, exatamente, eu sequer aceitei Petrick como namorado dela? Algo nele sempre me incomodou, mas eu ignorei, achando que era apenas o ciúme natural de um pai.


 


Mas agora...


 


Thales. Esse garoto. Não o conheço, e isso já é um problema. Talvez seja hora de conversar com Abigail, a diretora da escola. Se essa tutoria está causando mais problemas do que soluções, preciso acabar com isso antes que vire um desastre maior.


 


E Petrick? Ele também não me inspira confiança. Sempre muito cheio de si, sempre tentando agradar demais. Mas nunca vi nele algo genuíno, nunca o senti realmente envolvido com minha filha. Ele parece mais interessado em estar associado ao meu sobrenome e ao estilo de vida que Maria Paula leva do que nela como pessoa.


 


Esse pensamento me deixou inquieto. Não era só o ciúme de pai falando — eu realmente acreditava que Petrick não fazia bem para ela. Se ele fosse capaz de brigar com outro garoto na mansão, na frente de Maria Paula, o que mais ele seria capaz de fazer?


 


Levantei-me da cadeira e caminhei até a janela, olhando para a cidade abaixo. Os arranha-céus e luzes pareciam tão insignificantes naquele momento. A mente continuava correndo.


 


Talvez eu precise intervir. Falar com Maria Paula sobre essas escolhas, sobre o tipo de pessoas que ela está trazendo para a vida dela. Não quero ser o pai autoritário, mas também não posso simplesmente ficar de braços cruzados enquanto ela se mete em confusões como essa.


 


Quanto a Petrick... 


 


Um pensamento surgiu. Talvez eu devesse encontrar uma forma de afastá-lo. Não de maneira agressiva, mas estratégica. Mostrar para Maria Paula, sem imposições, que ele não é a pessoa certa para ela.


 


E quanto ao Thales... Não sei o que pensar. Mas não gosto da ideia de minha filha se envolvendo emocionalmente, mesmo que indiretamente, com um rapaz que nem conheço.


 


Suspirei, voltando à minha mesa. O contrato internacional ainda estava lá, me esperando, mas parecia insignificante diante disso tudo. Peguei o celular, olhei a mensagem de Túlio novamente e depois encarei a foto de Maria Paula no porta-retratos da mesa.


 


Ela era tudo para mim, e eu faria o que fosse preciso para protegê-la. Mesmo que isso significasse tomar decisões que ela talvez não gostasse.


 


 


 


 


................


 


 


 


 


Minha mesa estava um caos. Relatórios acumulados, contratos para revisar e pilhas de documentos esperando minha assinatura. Desde que a última secretária foi dispensada – incompetente era pouco para descrevê-la – eu tinha acumulado ainda mais trabalho do que o normal. Era como se o peso de duas pessoas estivesse sobre meus ombros, e a cada dia parecia que a carga aumentava.


 


Suspirei, ajustando a gravata que já estava me incomodando. Peguei o próximo relatório, li rapidamente a introdução, procurei as partes mais relevantes e assinei. Assim foi o processo por horas. Uma tarefa mecânica que me mantinha focado, mas que, aos poucos, drenava minha energia.


 


O telefone da mesa tocou, interrompendo meu ritmo. Atendi de imediato, já esperando algum problema.


 


Christopher: Christopher falando.


 


A voz de Sebastian, um dos motoristas, soou do outro lado da linha.


 


Sebastian: Senhor Christopher, só para informar que o jovem Noah já está na casa com a senhorita Nicole. Chegamos há pouco.


 


Eu franzi a testa, olhando rapidamente para o relógio no canto da tela do computador. Já passava do horário do almoço.


 


Christopher: Obrigado por me avisar, Sebastian. Eles estão bem?


 


Sebastian : Sim, senhor. Tudo tranquilo até agora.


 


Christopher : Certo. Qualquer coisa, me informe imediatamente.


 


Desliguei, recostando-me na cadeira por um momento. Não sei como consegui esquecer que Noah estaria com Nicole agora a tarde. A quantidade de trabalho tinha me consumido completamente. O horário no relógio chamou minha atenção novamente: eu também não tinha almoçado.


 


Peguei o celular da mesa e digitei uma mensagem rápida para Dulce.


 


"Espero que tenha almoçado! Consegue jantar hoje comigo?"


 


Coloquei o telefone de lado, mas ele continuou em silêncio. Eu sabia que ela estava tão ocupada quanto eu, talvez até mais.


 


Voltei minha atenção para a mesa, pegando outro relatório. Enquanto lia, percebi que minha fome estava começando a incomodar. Minha última refeição havia sido o café da manhã, e agora já era tarde. Mas eu simplesmente não conseguia parar. O trabalho não terminava, e a ideia de interromper para comer parecia quase um luxo que eu não podia me permitir.


 


Assinei mais um documento, deslizei a pilha para o lado e peguei outro. Era sempre assim: um ciclo interminável de responsabilidades que me mantinha ocupado, mas que às vezes me fazia esquecer do que realmente importava. Hoje parecia ser mais um desses dias.


 


 


 


 


....................


 


 


 


 


Depois de um dia exaustivo no escritório, fechei meu laptop e chequei o relógio: 17:40. Era o horário que eu mais aguardava, aquele em que finalmente podia respirar fora das paredes dessa sala. Caminhei em direção à saída, alguns minutos depois, ajeitando a gravata, percebi a movimentação habitual da equipe de limpeza. Entre os rostos cansados, vi Belinda. Ela ajeitava a alça da bolsa no ombro, prestes a encerrar o turno.


 


Christopher: Oi, Belinda. Pronta para ir pra casa? - perguntei, com um sorriso.


 


Ela me olhou, surpresa, mas logo retribuiu o sorriso.


 


Belinda: Sim, finalmente. E você? Dia cheio?


 


Christopher: Cheio, pra dizer o mínimo. - fiz uma pausa antes de continuar. - Aliás, estou indo para casa. Se você não se importar, o motorista pode te deixar em casa com ele depois. Facilita para vocês dois, não acha?


 


Ela pensou por um momento, mas aceitou com um leve aceno.


 


Belinda: Ah, claro, se não for incômodo..


 


Christopher: De forma alguma. Vamos lá.


 


Ao sairmos, o ar fresco da tarde tocou meu rosto. O carro nos esperava do lado de fora, e logo estávamos acomodados no banco de trás. Mandei uma mensagem para Leonor, ela que estava encarregada de auxiliar as crianças, caso precisasse. Falei que estava a caminho. Belinda sentou-se ao meu lado, discreta, enquanto eu ajustava minha postura após um longo dia.


 


No caminho, o silêncio era confortável. Observei as ruas que passavam, mas o som do celular vibrando tirou minha atenção. Peguei o aparelho e li a mensagem de Dulce:


 


“Chris, sinto muito, mas hoje não vai dar para jantarmos."


 


Soltei um suspiro, mais longo do que deveria. Não era uma surpresa, mas mesmo assim não consegui evitar a pontada de frustração.


 


Belinda virou-se ligeiramente para mim, a expressão dela demonstrando curiosidade e preocupação. 


 


Belinda: Está tudo bem?


 


Guardei o celular no bolso, tentando afastar o desconforto. 


 


Christopher: Sim, está tudo bem. Foi só minha esposa. Ela não vai poder jantar comigo hoje.


 


Belinda: Ah, entendi - ela inclinou a cabeça, curiosa. - Ela deve ser muito ocupada, né?


 


Dei um sorriso leve. 


 


Christopher: Sim, bastante. Dulce é médica e isso exige muito dela, mas é algo que ela ama, então eu sempre tento apoiar. E, sinceramente, é uma das coisas que mais admiro nela.


 


Belinda sorriu, como se achasse interessante minha resposta. 


 


Belinda: Vocês estão juntos há muito tempo? 


 


Christopher: Mais de uma década. A gente se conheceu de uma forma muito inusitada - balancei a cabeça lembrando de muitos anos atrás - Naquela época, eu era muito diferente de como sou hoje. Ela também. - apontei. 


 


Belinda: Entendo. E vocês têm cinco filhas juntos?


 


Christopher: Sim. - foi inevitável não sorrir - Minha amadas filhas, meus maiores tesouros. Minhas filhas são incríveis, assim como a mãe.


 


Ficamos conversando sobre as meninas, até o carro entrar no condomínio e eu finalmente entrar chegar em casa.


 


 


 


 


Belinda


 


 


O carro parou em frente àquela mansão imponente, e eu mal consegui conter a admiração. As portas do carro se abriram e, ao pisar no chão, a magnitude do lugar tomou conta de mim. Era uma vista que parecia saída de um daqueles filmes caros: o gramado bem cuidado, as fontes de água cintilando ao longe e os seguranças que patrulhavam o terreno. Eles estavam espalhados de forma discreta, mas eu não consegui deixar de notar a segurança rigorosa.


 


Christopher: Bem-vinda à minha casa - ele disse com um sorriso tranquilo, como se estivesse mostrando algo comum.


 


Olhei para ele, tentando disfarçar o quanto estava impressionada, mas não pude evitar deixar o olhar passear novamente pelo portão dourado e pelos altos muros.


 


Belinda: Isso aqui... isso é um lugar que parece um palácio - comentei em tom admirado.


 


Christopher deu uma risada baixa. 


 


Christopher: Ah, é bem pequena, na verdade. - brincou.


 


Eu ri também, embora o sorriso me saísse meio sem jeito.


 


Belinda: Bem pequena...


 


A verdade era que eu nunca havia visto nada tão grandioso em toda minha vida. Não era apenas a grandiosidade da casa, mas o modo como tudo parecia meticulosamente planejado e limpo. Cada detalhe estava em harmonia. O piso de mármore refletia as luzes suaves que vinham de lustres imponentes, e o corredor largo tinha uma sensação de realeza, quase como se fosse uma galeria de arte.


 


Enquanto caminhávamos para dentro, me peguei hipnotizada por cada móvel, cada obra de arte nas paredes, tudo parecia estar em seu lugar, no seu devido valor. Eu estava completamente em choque com o tamanho, a opulência e o espaço. Não era só uma casa; era um mundo à parte, onde cada canto parecia um reflexo de um estilo de vida que eu só havia visto em revistas.


 


Christopher: Não é nada demais, não é? - ele perguntou, notando o meu olhar perdido.


 


Belinda: Não é nada demais...- repeti, tentando soar natural, embora minhas palavras estivessem carregadas de uma ironia que não conseguia esconder. Como ele podia achar isso comum? Eu estava em estado de choque.


 


Logo entramos na sala de estar, onde Noah e Nicole já estavam, sentados à mesa de centro, organizando o material escolar. Eles estavam tão concentrados, parecendo adultos em um escritório. Quando Christopher entrou, Nicole olhou para ele com um brilho nos olhos e correu até ele. Ele a pegou no colo com facilidade e, antes de qualquer coisa, a beijou na testa com tanto carinho que não pude deixar de sorrir ao ver a cena.


 


Do outro lado, Noah me viu e imediatamente correu até mim. Eu me abaixei um pouco para acompanhá-lo na altura e, ao abraçá-lo, ele me deu um beijo na bochecha.


 


Belinda: Oi, filho! Como foi o seu dia? - perguntei, ainda encantada com o carinho com que ele me recebeu.


 


Noah: Foi ótimo! Eu e a Nicole estudamos bastante - ele respondeu animado, seus olhos brilhando de entusiasmo.


 


Nicole: Eu também amei! completou, não perdendo a chance de aparecer com mais entusiasmo. - Foi tão divertido!


 


Christopher deu uma risada, claramente encantado pela empolgação das crianças.


 


Christopher: Vocês estão super animados, hein? Que bom que gostaram!


 


Nesse momento, a figura de menina surgiu na porta da sala, com um sorriso forçado no rosto. Ela parecia estar esperando para ser apresentada, então Christopher olhou para ela e me disse.


 


Christopher: Essa é uma das minhas filhas, Lavínia. 


 


Lavínia olhou para mim com uma expressão difícil de decifrar, uma mistura de curiosidade e algo mais... talvez desconfiança. Ela me cumprimentou de forma educada, mas o jeito dela parecia mais rígido do que o esperado. 


 


Lavínia: Prazer em conhecê-la, Belinda - ela disse, ainda com aquele sorriso contido.


 


Belinda: Prazer é meu, Lavínia. - tentei sorrir de volta, mas algo na maneira como ela me observava me fez sentir uma pontada de desconforto.


 


Christopher: Como foi o estudo, meninos? - perguntou, tentando quebrar o silêncio.


 


Nicole e Noah começaram a falar ao mesmo tempo, ansiosos para contar o quanto haviam aprendido, e o quanto tinham se divertido enquanto estudavam. 


 


Foi então que o motorista apareceu na porta da sala, sinalizando que estava pronto para nós levar.


 


Christopher se despediu com um sorriso. 


 


Christopher: Foi um prazer ter vocês aqui. E Belinda, espero que tenha gostado de ver a casa. Até a próxima "aula" Noah. 


 


Eu sorri, tentando esconder o quanto ainda estava impressionada. 


 


Belinda: Eu adorei, obrigada, senhor Uckermann. 


 


Lavínia permaneceu observando tudo de longe, mas não disse nada mais, e foi com um aceno de cabeça que nos despedimos.


 


Saímos da casa, e ao caminhar em direção ao carro, não pude deixar de olhar para os arredores mais uma vez. O gramado perfeitamente aparado, as fontes de água, a mansão que parecia saindo de um conto de fadas moderno. Eu não conseguia parar de pensar no que teria sido minha vida se eu tivesse sido criada em um lugar assim. Talvez, se eu tivesse tudo isso, as coisas seriam diferentes. Com toda certeza, mais fáceis!


 


Dentro do carro, Noah e eu ficamos em silêncio por um momento, mas minha mente continuava a girar, admirando tudo o que tinha visto, sem conseguir deixar de sentir inveja do mundo em que ele vivia.


 


 


 


 


 


Christopher Uckermann 


 


 


Depois do jantar, eu e Maria Paula, nos acomodamos na sala, enquanto as meninas subiram para seus quartos. Ela estava tensa, e eu sabia que precisava conversar com ela sobre o que tinha acontecido mais cedo.


 


Christopher: Maria Paula, o que aconteceu exatamente? - perguntei tentando ser o mais calmo possível, mas a preocupação era evidente na minha voz.


 


Ela suspirou e desviou o olhar por um instante, antes de falar.


 


Maria: Petrick ficou com ciúmes, pai. Só isso. Eu estava ajudando o Thales com a tutoria e ele não gostou, achou que eu estava dando atenção demais para ele, sei lá. Mas eu prometo, não vai mais acontecer. Não vou deixar isso atrapalhar.


 


Eu franzi a testa, sentindo uma pontada de preocupação. 


 


Christopher: Eu entendo, mas talvez seja melhor você parar com a tutoria por um tempo. Só até as coisas se acalmarem um pouco. O que você acha?


 


Ela balançou a cabeça rapidamente, como se já soubesse aonde eu estava querendo chegar. 


 


Maria: Não, pai, não vou parar. É só por pouco tempo. O Thales precisa de mais ajuda, mas logo a tutoria vai acabar. Vai ser só mais um tempo, não vai ser por muito tempo.


 


Eu a olhei, sentindo a mistura de preocupação, eu eu queria protegê-la de todo estresse desnecessário. Levantei e fui até ela, abraçando-a apertado. 


 


Christopher: Eu me preocupo com você, Maria Paula. Quero que você esteja bem, em paz. Não quero que você passe por mais estresse do que já está passando, último ano do colégio, ano que vem faculdade em Havard, mudança de cidade..


 


Ela relaxou em meus braços, e senti o peso das palavras dela. 


 


Maria: Está tudo bem, pai. Eu sei o que estou fazendo. E eu sou muito inteligente, minhas notas não irá cair 


 


Senti um alívio momentâneo ao ouvir sua resposta, mas ainda mantinha minha preocupação. Me afastei um pouco, olhei bem nos olhos dela e falei com calma.


 


Christopher: Eu sei que você sabe, mas quero que saiba que estou aqui para o que precisar. Sempre. 


 


Maria Paula sorriu suavemente, tocando meu braço, um gesto que eu sabia ser de agradecimento. 


 


Maria: Eu sei, pai. E agradeço muito por isso.


 


Respirei fundo, tentando escolher as palavras com cuidado. Mas sabia que provavelmente íamos brigar.


 


Christopher: Maria Paula, eu sei que você se importa muito com o Petrick, mas... eu não posso deixar de me preocupar. Não sei se ele é o melhor para você. E você sabe disso. Ele... tem comportamentos que me deixam desconfortável, acho que não deveria namorar ele, e sim alguém que tenha mais a ver com o seu futuro, ou melhor, deveria nem namorar para começo de conversa..


 


Ela me olhou com um olhar que rapidamente se tornou desafiador. 


 


Maria: Pai, eu não quero ouvir isso. Não agora, por favor. Não vou aceitar que você fale mal dele. 


 


 A voz dela estava tensa, e eu vi sua postura mudar, como se estivesse se preparando para uma discussão.


 


Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, Maria Paula se levantou abruptamente do sofá. 


 


Maria: Eu sabia que você ia dizer isso, que ia tentar interferir! Eu já estou velha o suficiente para saber o que é melhor para mim, e você não vai me convencer do contrário. 


 


Eu tentei me aproximar, mas ela já estava se afastando, irritada. 


 


Christopher: Maria Paula, espera, por favor...


 


Ela não me deu ouvidos.


 


Maria: Não, pai. Chega. Eu vou para o meu quarto. Não aguento mais essa conversa.


 


 E, com isso, ela saiu da sala com uma cara bastante irritada. Fiquei ali, parado, sentindo o vazio na sala e uma sensação de impotência. Queria tanto protegê-la, mas sabia que, por mais que tentasse, ela precisava fazer suas próprias escolhas. Eu só desejava que fosse mais fácil, que eu pudesse encontrar uma maneira de evitar que ela se machucasse. Mas se eu maldito garoto machucasse minha bebê, eu acabaria com ele


 


 


 


 


 


Sofia 


 


 


 


Estava deitada na minha cama, pronta para dormir, mas antes com o celular nas mãos, conversava com o Miguel. Ele é meu primo e melhor amigo, o único com quem posso contar, com quem posso ser eu mesma, sem medo de ser julgada. A gente se conhece tão bem, e é sempre ele quem me lembra de ter cuidado com as coisas, principalmente com a internet.


 


Eu estava animada, então digitei rapidamente:


 


“Oi, Miguel! Você não vai acreditar, mas o Bem10 é incrível! A gente passou horas conversando ontem à noite, até de madrugada! Ele tem umas piadas tão boas e é tão divertido... Não consigo parar de rir com ele. Sério, é como se a gente se conhecesse há muito tempo, parece até que somos amigos de infância!”


 


Fiquei esperando a resposta, já com um sorriso no rosto. Eu realmente gostava de conversar com o Bem10. Ele era diferente de qualquer pessoa que eu tivesse conhecido antes. Nossa amizade virtual se tornou uma das melhores coisas do meu dia.


 


Logo o celular vibrou e lá estava a resposta do Miguel:


 


“Legal Sofia! Mas toma cuidado, tá? A internet tem muita gente estranha, e nem todo mundo é quem diz ser. Eu só me preocupo contigo, sabe? Você não sabe quem ele realmente é.”


 


Suspirei. Eu sabia que ele estava só se preocupando, mas, às vezes, parecia que ele não entendia o quanto a amizade com o Bem10 me fazia bem. Ele sempre dizia para eu tomar cuidado, mas eu sentia que não precisava me preocupar. Bem10 nunca fez nada que me deixasse desconfortável. Só queria me divertir e conversar.


 


Digitei a resposta com mais calma, tentando explicar o que eu sentia:


 


“Eu sei que você está preocupado, Miguel, mas eu realmente acho que ele é uma boa pessoa. Não tem nada de estranho nisso. A gente se dá muito bem e nunca me fez sentir insegura, só me faz rir. Acho que posso confiar nele.”


 


Fechei os olhos por um segundo, pensando nas palavras do Miguel. Ele tinha razão em querer me proteger, mas, no fundo, eu só queria aproveitar o momento e me sentir bem. Eu estava começando a me importar com o Bem10, e nada na nossa conversa até agora me fez pensar que ele não fosse uma boa pessoa.


 


O celular vibrou de novo, mas antes que eu olhasse, me perguntei se estava mesmo fazendo a coisa certa...


 



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Autor(a): tatayvondy

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Christopher Uckermann    Eu olhei para o relógio pela terceira vez em menos de cinco minutos. Uma hora e cinquenta e dois minutos de atraso. A cada minuto que passava, minha paciência, já limitada, se desgastava ainda mais. Passei a mão pelo rosto, respirando fundo enquanto tentava controlar a irritação crescente.   ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1716



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  • Vondy Forever Postado em 19/01/2025 - 06:49:57

    Eu não estou gostando disso já percebi que vai vir muito sofrimento tanto para a Dulce quanto para o Christopher e que esse só vai acabar lá no final da história. Continua Eu gostaria muito que essa temporada fosse sem sofrimento

    • tatayvondy Postado em 24/01/2025 - 17:52:40

      Muitos conflitos estão vindo, a cigana leu as cartas pra Dulce no capítulo 8, um presságio do que vêm por ai, mas muita coisa pode acontecer até o final. Continuando *-*

  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 15/11/2024 - 13:29:56

    Está tudo bem , não vai mais continuar com a história?

  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 11/09/2024 - 10:46:34

    Quando terá novas atualizações ?... Saudades

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 15:01:30

    Eu estou achando que vamos sofrer muito nesta temporada espero que sejam poucos capítulos

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 07:10:06

    Continua

  • taianetcn1992 Postado em 08/06/2024 - 03:10:57

    Dulce vc sossega hein

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:42

      Aiaiaia

  • vondy_eternamenty Postado em 09/05/2024 - 19:18:43

    Continua por favor esta ótima

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:29

      Continuando*-*

  • Vondy Forever Postado em 06/05/2024 - 10:35:05

    Continua por favor

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:14

      Continuando *-*

  • Srta Vondy ♥ Postado em 21/04/2024 - 22:44:45

    Entendo de verdade o quão importante é a carreira da Dul, que emergências acontecem (principalmente num hospital), que p carreira que ela escolheu tem que abrir mão de muita coisa, principalmente de momento em família, de verdade entendo tudo isso, mas n me entra na cabeça o quão ''relapsa'' ou melhor relaxada ela se tornou em relação ao sentimento das meninas de saber que as filhas criam esperanças baseada na confirmação dela, ficam ansiosas esperando, se decepcionam, choram, são acalmadas, perdoam ela e depois tudo se repete novamente, sei que existe o contra-peso de uma vida que ''depende'' dela, mas mesmo assim sabe ? E ainda acha o Uckermann errado por cobrar isso dela, sendo que sobra p ele toda essa bomba nos momentos especiais das meninas Fora que acho que será um problema o novo médico e a possível entrada da Belinda na empresa do Christopher, e o segredo que a Dul guarda que até agora n deu as caras.. Ansiossima p os próximos capítulos, some mais não, por favor Continuaaaa <3

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:55:18

      Os anos passaram e ela mudou muito, nem parece aquela menina de antes. Só acho que ela deveria parar de fazer essas promessas, já que é difícil de cumprir. Ela não gosta de ser cobrada, porque ela sabe que está errada. Esse novo médico ainda vai causar problemas não só no casamento dela, mas na relação das meninas tbm, assim como Belinda, Dulce que se cuide...e esse segredo? Chuta o que seja? Estava com saudades dos seus comentários*-* vou tentar postar com frequência, continuando!!!!!

  • vondy_eternamenty Postado em 20/04/2024 - 22:05:48

    nossa que saudades eu estava de vc continua

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:47:22

      Tbm estava com saudades *-*


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