Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Christopher Uckermann

Depois de me trocar, entrei na sala onde Dulce estava sentada no sofá olhando para a piscina distraída. Meu celular estava na mesa de centro.

Ucker: Quer tomar banho? - apontei para piscina - Nunca usei ela.

Ela negou.

Dulce: Não obrigada. É..eu queria uma água - falou baixo.

Droga!

Sou o pior anfitrião que existe.

Ucker: Desculpa por isso. Pode ficar a vontade na cozinha - mandei.

Dulce levantou seguindo o que falei.

Peguei meu celular e peguei um caderno onde tinha alguns números. Achei de um restaurante e disquei. Pedi massa e um vinho, quando desliguei fui até Dulce.

Ela estava encostada no balcão bebendo sua água. Aquele balcão era firme e grande, não? Christopher por favor pare de ter esses pensamentos com ela.

Ucker: Eu já pedi. 

Dulce: Sente alguma dor?

Ucker: Não agora.

Ficamos calados.

Ucker: Olha eu não quero te atrapalhar em nada. Se quiser apenas fazer o curativo e voltar para o se..

Dulce: Não. Eu quero ficar e fazer o que você quiser. E nem isso será o suficiente para te agradecer pelo que fez.

Ucker: Vai me agradecer pra sempre? - brinquei.

Dulce: Sim. Com certeza. - falou séria.

Ucker: Já que vamos ficar um tempo juntos, por que não nos conhecemos melhor? - isso, finalmente pensei.

Ela sorriu.

Dulce: Tá. Vai ser bom.

Ucker: Na sala é melhor. 

Voltamos para sala e Dulce sentou no sofá e eu sentei em um outro ao lado.

Dulce: O quê quer falar?

Ucker: Sua idade. Parece ter dezoito.

Ela riu.

Dulce: Obrigada mas não. Tenho vinte.

Ucker: Trabalha em quê?

Dulce: Ah eu trabalho em um supermercado. - respondeu.

Ucker: Ok. Isso está parecendo uma entrevista. Vamos fazer diferente, me fala um pouco sobre você, ai eu falo um pouco sobre mim.

Dulce: Me chamo Dulce Maria Espinoza Ferreira, tenho vinte anos, trabalho como caixa em um supermercado, nasci aqui no Rio mesmo e nunca viajei para lugar nenhum. Moro com duas amigas e elas são como irmãs pra mim, gosto de comer besteira mas não refrigerante e Doritos no café da manhã.

Ri.

Ucker: Meu nome é Christopher Alexander Luís Cassilas Von Uckermann, eu sei, enorme, minha mãe disse que se tivesse filho homem colocaria nome de príncipe nele. Tenho vinte e cinco anos, moro em Chicago mas agora estou no Brasil de férias, amo trabalhar, café e sou bem desorganizado. - sorri.

Dulce: Como fala bem o português?

Ucker: Minha mãe colocou eu e minhas irmãs ainda pequenos para aprender idiomas e um deles foi português. Por termos uma empresa multinacional, era necessário falarmos várias línguas.

Dulce: Quantas idiomas fala? - seu tom era de admiração.

Ucker: Seis. O meu inglês natal, o português, francês, italiano, espanhol e japonês - dei de ombros.

Dulce: Fala japonês? - me olhou animada. Ri de sua animação - Fala alguma coisa em japonês.

Não precisei pensar.

Ucker: あなたはきれいです - falei.

Dulce: Isso é um xingamento?

Ri.

Ucker: Não. 

Dulce: O quê falou?

Ucker: Que você é linda. 

Dulce deu um meio sorriso e desviou o olhar envergonhada.

Dulce: Eu sempre quis aprender o inglês. Acho uma língua linda e é uma língua universal, todo mundo fala.

Ucker: Se você quiser, eu posso te ensinar. - falei carinhoso.

Ok.

Christopher o que você está fazendo?

Ela ficou calada alguns segundos.

Dulce: Você faria isso pra mim?

Ucker: Yes, small. - respondi.

Dulce: O que disse?

Ucker: Que sim. - omiti uma palavra.

Dulce: Obrigada mas não precisa.

Ucker: Se você mudar de ideia é só falar.

Dulce: Você...- seu celular tocou.

Ela tirou de dentro da bolsa e deu um sorriso atendendo a chamada.

Dulce: Oiii - esperou - Vou chegar um pouco mais tarde. - esperou - Isso é sério? - ficou surpresa - Vou ter que deixar para a próxima já que você está desse jeito - riu - Não vou ficar com raiva não - esperou - Tá bom. Também te amo. 

Desligou.

Também te amo

Que cara de sorte.

O interfone tocou.

Ucker: Acho que nosso almoço chegou.

Levantei indo atender.

Realmente era o almoço. Pedi para o seu Nicolau subir pra mim. Dei a senha do painel pra ele e fui buscar minha carteira. Não demorou muito e ele estava na minha porta.

Dei o dinheiro do almoço pra ele entregar para o entregador e dei uma gorjeta generosa por ele ter feito esse favor de subir. Depois que agradeci, voltei para a sala deixando a comida em cima da mesa de centro.

Dulce: Você não pode beber. Está tomando remédio - avisou quando viu a garrafa de vinho.

Ucker: Eu sei. Mas não é pra mim, é para você. - sorri - Vou buscar os pratos.

Peguei os pratos e uma taça.

Quando voltei Dulce olhava o que eu tinha pedido. Deixei os pratos na mesa.

Dulce: É...Ucker? - estava sem graça.

Ucker: O quê? 

Dulce: Eu não bebo. Desculpa!

Droga!

Por que eu não perguntei antes?

Ucker: Desculpa, eu deveria ter perguntado de você. - sentei ao seu lado.

Dulce: Tudo bem. Eu não bebo nada alcoólico. - avisou.

Ucker: Por quê?

Dulce: Não gosto do gosto. Acho muito ruim. - deu de ombros.

Sincera.

Gostei.

Ucker: Tem refrigerante na geladeira - ia me levantar mas ela impediu.

Dulce: Eu pego - levantou.

Quando retornou trazia duas latas de coca cola, nos servimos de um macarrão de camarão ao molho branco. Decidi ligar a TV da sala e deixei em um filme qualquer durante o nosso almoço.

Ucker: Tem irmãos? - puxei conversa.

Dulce: De sangue não. Só minhas amigas que considero irmãs. - sorriu.

Ucker: Eu tenho duas. E a que mais enche o meu saco é Lucy que é apenas dois anos mais nova do que eu. Julie é uma adolescente que não me dar trabalho de nada. - abri a minha lata.

Dulce: E seus pai? - perguntou meiga.

Ucker: São divorciados. Minha mãe mora na Suécia e meu pai em New York.

Dulce: Tem algum animal de estimação?

Ucker: Gosta de animal?

Dulce: Eu gosto de gato. Mas nunca tive um, eu sou alérgica ao pelo deles.

Ucker: Também nunca tive nenhum animal. E para ser sincero, eu nunca liguei muito em ter um.

Ela apenas sorriu.

Dulce: Terminei. - deixou o prato na mesa de centro - Estava delicioso.

Ucker: Tem doce na geladeira.

Dulce: Você realmente adora comer besteira, né? - riu.

Ucker: Mandei comprar pra você. - também deixei meu prato na mesa.

Dulce: Pra mim? - ficou surpresa.

Ucker: Sim. Vocês mulheres não adoram chocolate? - levantei uma sobrancelha.

Dulce: É. A maioria sim, mas tem uma minoria que não comem.

Verdade.

Conheço infelizmente uma insuportável em relação a comida. Anahi Portilla, filha de uma amiga da minha mãe. Ela era uma top model insuportável, era bem nojentinha e só come mato.

Mas é gostosinha.

Dulce levantou pegando os pratos.

Ucker: O que está fazendo?

Dulce: Vou lavar os pratos.

Ucker: Não precisa.

Dulce: Eu quero. - sorriu.

Ela sorria muito.

Também gostei disso.

Ucker: Deixa eu te fazer uma pergunta...

Ela me olhou ficando séria .

Dulce: O quê?

Ucker: Seu namorado não acha ruim você ficar quase o dia todo trancada aqui com outro homem? - ela apenas balançou a cabeça - Porque se você fosse minha namorada eu não ia gostar nada de saber que você está sozinha com outro cara durante tanto tempo.

Dulce: Ele não acha ruim. - negou desviando o olhar - Por que ele não existe. Eu não tenho namorado. - dito isso saiu da sala com os pratos.

Minha boca se abriu em um sorriso.

Ela não tinha ninguém?

Mas como?

Linda desse jeito?

Interessante.