Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Dulce Maria

Acordei com uma mensagem no meu celular, peguei o mesmo vendo uma mensagem de Pablo. Ele perguntava se eu poderia jantar com ele e Dona Clarice hoje para fingir que estamos tendo um relacionamento sério.

Eu disse que sim.

Não tinha nada para fazer mesmo.

Como era cedo, fui para a cozinha e preparei o café e botei para assar alguns pães de queijo. Em seguida, tomei um longo banho, quando sai desliguei o forno e fui acordar às meninas.

Maite virou para o outro da cama e Zoraida fingiu ser surda. Essas duas são muito preguiçosas, me arrumei e coloquei uma roupa na bolsa.  

Fui para a cozinha e Maite estava no banheiro, enquanto Zoraida estava largada no sofá olhando o teto esperando a vez. Elas odiavam acordar cedo todos os dias. 

Coloquei meu café na xícara e tirei a forma dos pães de queijo.

Zoraida: O cheiro é gostoso. - elogiou.

Dulce: A massa veio pronta. - sentei na cadeira e peguei um. - Hoje vou chegar mais tarde em casa. - avisei.

Zoraida me encarou.

Zoraida: Vai namorar? - sorriu maliciosa.

Dulce: Só se for com o vento.

Zoraida: Você pode ter qualquer homem gatinha. Está há meses sem ficar com alguém, como aguenta?

Dulce: Eu não sou tarada.

Zoraida: E nem virgem. Eu estaria subindo pelas paredes. - riu.

Dulce: Mas eu não estou. 

Zoraida: Vai chegar tarde por quê?

Dulce: Eu nem falei mas Pablo, filho da dona Clarice, pediu para que eu fingisse ser a namorada dele pra mãe. E hoje ele quer dar início na mentira.

Maite: Ué, por que fingir? - saiu do banheiro ouvindo tudo.

Fiquei sem jeito de dizer.

Esse assunto não era meu.

Dulce: Ele é gay. E a mãe dele não aceita homossexual de jeito nenhum.

Zoraida: Vi ele uma vez e é muito bonito.

Maite: Uau. Você concordou?

Dulce: Sim. Quero apenas ajudar.

Zoriada: Boa madre Dulce.

Maite: A madre superiora queria que ela fosse freira também - lembrou.

Zoraida: Queria que nós três fosse.

Dulce: Isso nunca ia dar certo. - ri.

Zoraida: Não mesmo. - concordou.

Maite: Vou me arrumar. - foi para o quarto e Zoraida para o banheiro.

Esperei as duas terminarem o café e logo estávamos saindo. Zoraida foi para um lado e eu e May para a parada, uma hora depois, estávamos em frente do supermercado quando vi Jonathan se agarrando com uma garota na moto dele

Passei por ele ignorando 

Maite: Cachorro...- murmurou.

Fui para o meu setor.

Abri o caixa e fiz a coletagem do dinheiro da manhã, apertei o botão vermelho e o gerente veio pegar o dinheiro deixando apenas trocado, tirei a placa e logo uma fila se formou.

Coloquei um sorriso nos lábios.

Durante a manhã atendi todos os tipos de pessoas. Das mais educadas até as mais estúpidas. E em todas elas eu mantive a calma e a paciência.

E o sorriso na boca.

Era treinada para isso.

Quando chegou a hora do almoço, meu ex idiota apareceu do nada.

Jonathan: Por que está saindo todos os dias cedo? - cruzou os braços.

Eu quis rir.

Dulce: Assunto meu - peguei minhas coisas - O que você tem haver com isso?

Jonathan: Você pode ser demitida.

Dulce: Não vou ser demitida. E pare de fingir preocupação comigo - falei e sai quase correndo de perto dele.

Ele não me deixava em paz.

Me despedi de Maite e fui para parada.

Seu Nicolau sorriu quando me viu e se apressou para abrir o portão.

Nicolau: Boa tarde senhorita.

Dulce: Boa tarde. - sorri.

Chamei o elevador e digitei a senha no painel, quando toquei a campahia do apartamento, Ucker logo abriu bem sorridente pra mim.

Ucker: É pontual.

Entrei no apartamento.

Dulce: Eu tento ser. Vamos fazer o curativo?  - era a primeira coisa que eu queria logo fazer.

Ele assentiu.

Ucker: Claro.

Formos para o enorme quarto dele.

Como de costume a cama estava uma verdadeira bagunça com pacotes de salgadinho e refrigerante em cima. O notebook estava lá também

Ucker pegou a caixa e colocou na cama.

Ucker: Nem doi mais. - avisou sentando na cama bagunçada.

Dulce: Que bom. - abri a caixa e ele tirou a blusa - Se não fosse os pontos você poderia fazer o curativo.

Ucker: É. Mais eu gosto da enfermeira que faz isso pra mim - sorriu.

Peguei o soro.

Dulce: Gosta de mim? - sussurrei tirando o curativo delicadamente.

Ucker: Imposisvel não gostar. - sussurrou de volta. 

O encarei.

Seus olhos me prenderam.

Engoli em seco.

Ontem ficamos desse mesmo jeito.

Olhei para sua boca.

E de repente o que eu mais queria era sentir sua boca na minha. Suas mãos foram para minha cintura e o que eu mais queria aconteceu.

Ucker me puxou para seu colo e me beijou. De primeiro apenas encostou seus lábios nos meus, mas logo abri minha boca e ele entrou segurando em minha nuca e minha cintura de forma firme e possessiva.

Sua língua buscou a minha.

E céus.

Que beijo.

Que boca.

Que língua.

Gemi durante o beijo.

Larguei o que estava na minha mão o segurando pelos ombros, retribuindo o beijo de uma forma mais apressada. Ele era delicioso, beijava tão bem.

Ucker explorou cada canto da minha boca em um beijo lento e gostoso. Não sei por quanto tempo ficamos nos beijando agarradinhos um no outro, só senti meu peito arder por falta de ar e eu tive que começar a me afastar.

Mas ele me prendeu mais no beijo.

Continuei o beijando por mais alguns segundos antes de o empurrar com certa força para que ele me soltasse.

Quando Ucker liberou minha boca eu estava com falta de ar. Respirava com muita dificuldade e ele também. Ficamos alguns minutos quietos esperando nos acalmar apenas nos olhando.

Ele passou a língua nos lábios.

Ucker: Não sabe como quis fazer isso...- sussurrou segurando na minha cintura.

Apenas o olhava.

Ele me beijou.

Ele...

Me beijou.

Ele.

E que beijo.

Esse Homem tinha uma boca...

Ucker: Tudo bem? - sussurrava.

Assenti.

Ficamos nos encarando de novo.

Voltei a encarar sua boca.

E como imã ela me puxou.

O beijei.

Ele retribuiu na hora me apertando mais em seu colo. Gemi novamente.

Dessa vez o beijo foi mais curto.

Ucker: Seu gosto é tão bom. - falou na minha boca - Melhor do que imaginei.

Continuei calada desorientada demais para falar qualquer coisa.

Respirei fundo querendo de novo beija-lo de novo e de novo e de novo. O que estava acontecendo comigo? Por que eu não tirava minhas mãos dele? Olhei em seus olhos castanhos.

Então mais uma vez o beijei.

Ucker dessa vez empurrou tudo que estava na cama e deitou me puxando para ficar em cima dele enquanto nos beijavamos. Fiquei por cima dele não ligando para mas nada, que não seja nossas bocas juntas e em sintonia.