Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Christopher Uckermann

Mal consegui dormir naquela noite, toda hora me lembrava daquela boca gostosa e viciante, nunca fiquei pensando tanto em uma mulher, como estou pensando na Dulce, nunca mesmo. Ela era um doce como o seu próprio nome.

Pela primeira vez senti que a cama estava tão vazia, que meu apartamento era tão grande e só era eu ali, sempre foi só eu na verdade, mas agora parece que isso se multiplicou. Apesar de me ocupar trabalhando, quando acabava, ficava morrendo de tédio.

Isso até ela chegar e fazer tudo ficar bem diferente de quando estou sozinho.

Esses últimos três dias foram os melhores desde de...sempre. Ela era doce, carinhosa, esperta, inteligente e o que mais gostei: Ela era sincera. O que realmente me surpreendi e gostei.

Na sociedade onde vivo, ninguém é como ela: sincera e honesta. Nesse mundo de Elite é uma falsidade, uma hipocrisia, uma mentira. Eles só querem saber de dinheiro, status e poder e nada além disso. É como a história da bíblia de Jesus, são como Judas.

Beijam seu rosto e quando viram de costas te traiem.

Eu nasci e cresci nesse mundo.

Tenho sangue disso também.

Meus pais são desse jeito.

Dinheiro acima de tudo e de todos.

Dinheiro é mais importante que tudo.

Mas para Dulce parecia que isso não era o seu lema. Ela parece ser o tipo de mulher que gosta da pessoa e não o que ela tem a oferecer.

O que me deixa muito surpreso de novo.

Todas as mulheres que conheci, com quem estivesse, sempre estavam de olho em alguma coisa. Meu dinheiro, o status de namorada do milionário Christopher Von Uckermann e até mesmo querendo ser a única e respeitada senhora Von Uckermann, minha esposa.

Quando se nasce sendo um Von Uckermann e tendo os pais como os meus, você aprende tudo com eles e você sim engana e não se deixa enganar por ninguém. Repito, ninguém.

Você sabe quem se aproxima de você de verdade e não por algo atrás. Por isso, e por ter de certa forma sido influenciado pelo meu pai, todas as mulheres com quem estivesse eram apenas objetos.

Objetivo para o meu prazer.

Elas estavam disposta a ir pra cama comigo por dinheiro e também porque sou bonito(claro) mas a intenção principal era tirar vantagem de alguma coisa comigo, então, eu as usava da forma que queria e do jeito e quando queria, para depois que eu me enjoar de come-las joga-las fora.

Sempre foi assim.

Até agora.

Dulce não era assim.

Ela era como Vivian.

Uma mulher rara de respeito.

Sorri me lembrando do nosso beijo.

Eu sabia que aquela boca beijava bem.

Só não imaginei que seria tão bem assim.

Eu estava viciado naquela boca. 

Naquela língua.

Suspirei.

Fechei o notebook e fui tomar uma ducha, ainda era onze horas. Logo estava de volta ao quarto com apenas uma toalha na minha cintura.

Liguei a TV e peguei meu celular.

Tinha uma ligação de Lucy.

Retornei a chamada.

Lucy: Posso saber por que não me atendeu irmãozinho? - falou logo.

Ucker: Estava no banho.

Lucy: Sozinho? Ou com alguma das suas putas? - falou com nojo.

Ucker: Quer saber por quê...?

Lucy: Me preocupo com você. Não quero que se envolva de verdade por alguém que não vale nada. - suspirou parecendo cansada - Mas não liguei para falar disso. Mary está aqui em Miami.

Ucker: Eu sei. Ela me ligou dizendo que estava na sua casa. A voz dela parecia bem chateada. O quê houve?

Lucy: Ela brigou com Cheryl de novo. Eu não gosto dessa garota. Nunca gostei, deveria agradecer pela mãe que têm, mas parece que ela ia gostar mais se tivesse Alexandra como mãe.

Ucker: Cheryl fez o quê com a Mary? - perguntei sério. Ninguém deixava minha babá triste, nem mesmo a própria filha.

Lucy: Mary não quis entrar muito no assunto. Só disse que elas brigaram e que ela resolveu ir embora e me visitar. Mais tarde vou fazer comprar com ela.

Ucker: Distraía ela. - pedi - A voz dela estava bem triste no celular.

Lucy: Ela está bem desanimada. Tentei ligar para Julie mas não consegui. - sua voz estava mais séria - Não falo com ela desde do mês passado.

Ucker: A escola teria me ligado se tivesse acontecido alguma coisa. 

Lucy: Ela também não posta nada nas redes sociais dela já tem um tempo. E Julie não é assim. - fez uma pausa - Mary disse que está no Brasil de férias e ela também me contou o que aconteceu em Portugal, acho bom que esteja ai descansando. Faz muito tempo que só te vejo viajar para todos os lados.

Ucker: Fui obrigado a fazer isso.

Lucy: Só assim, não? Agora eu estou enrolada com os restaurantes mas você podia verificar se Julie realmente está bem? Você pode ir para Paris e ver com seus olhos se ela está bem. 

Ucker: Você sabe que Paris é longe do Brasil, né?  Creio que seja apenas uma fase Lucy, ela tem dezesseis anos, é uma criança ainda, lembro de você não querendo falar com ninguém por meses, deve ser a mesma coisa com ela. Se fosse algo sério, o colégio já tinha me ligado. Mas eu vou verificar isso. - prometi.

Lucy: Alexandra nem ao menos pergunta sobre ela. Me ligou ontem para saber se eu tinha mudado de ideia sobre me casar com um príncipe de Mônaco.

Ucker: Ela e suas tentativas de nós arranjar casamento. - bufei.

Lucy: Odeio isso. Mas você está bem?

Ucker: Estou sim. Brasil é um país legal.

Lucy: Vou desligar agora. Por favor, se cuida e descanse. - pediu.

Ucker: Vou fazer isso. - desliguei.

Procurei nos meus contatos o número do internato de Paris. Quando achei disquei o mesmo e esperei me atenderem, o que não demorou.

Xxx: Senhor Uckermann? 

Ucker: Sim. Quero falar com minha irmã.

Xxx: A senhorita Von Uckermann encontra-se ocupada nesse momento fazendo uma prova. - a voz da diretora estava séria - Recomendo o senhor ligar mais tarde para sua irmã.

Ucker: Ela está bem?

Xxx: Desculpe não entendi.

Ucker: Minha irmã tenta falar com ela e não consegue. Quero saber se Julie está bem, se precisa de algo.

Xxx: Senhor Uckermann sua irmã encontrasse do mesmo jeito de sempre, uma rebelde. Mas tira excelentes notas, é a primeira da turma.

Ucker: Então ela está bem. Assim que ela sair da aula mande me ligar.

Xxx: Como quiser senhor.

Desliguei.

Coloquei uma roupa e fui para a cozinha pegar um copo de água. Quando fechei a geladeira a companhia tocou, eu tinha que dar uma cópia da chave pra ela. Ela não precisava ficar tocando essa companhia, podia entrar direto.

Abri a porta.

Dulce: Oiii. - deu um meio sorriso entrando no apartamento.

Ucker: Oii. Como eu sei que você gosta de fazer logo o curativo a caixa já está na cama te esperando. - a puxei pela cintura pra mim - Mas antes...

A beijei.

Dulce retribuiu na hora.

Enfim estava beijando essa boca.

Explorei cada catinho da sua boca.

Ela tinha um gosto incrível.

Ela era incrível.

E como eu não sou bobo, colei meu corpo no dela e fiz seus peitos ficarem esmagados no meu peito. Segurei mais firme sua cintura e aproveitei o beijo.

Dulce: Isso..é saudade? - murmurou quando interrompeu o beijo.

Ucker: Talvez. - sorri segurando em seu rosto com minhas mãos - Você gosta.

Dulce. É. Eu gosto. - olhou para o corredor - Vamos? - sorriu.

Quando tirei minha camisa, ela mais uma vez começou a limpar. Hoje Dulce usava um calça bem colocada marcando bem sua bunda. Sorri imaginado muitas coisas para fazer com aquele traseiro.

Ucker: Hoje vou pedir algo americano.

Dulce: Está com saudade da sua Terra?

Ucker: Eu viajo tanto que acho que não tenho nem mas nacionalidade. - brinquei e ela riu - É sério pequena.

Arregalei os olhos.

Eu a chamei de quê?

Dulce me encarou.

Dulce: Eu não sou pequena.

Ucker: É sim.

Ela revirou os olhos.

Dulce: Não me chame assim.

Ucker: Por quê? Esse apelido é a sua cara, sabia? - toquei em seu braço.

Dulce: Ucker. - falou em tom de aviso.

Ri.

Ucker: Não gostou que te chamei desse jeito carinhoso - falei sedutor.

Ela piscou rapidamente.

Dulce: Está tentando me seduzir? - sussurrou olhando em meus olhos.

Ucker: Está funcionando?

Dulce: Está sim. - sorriu de lado.

Ucker: Que bom. - tirei das mãos dela uma fita e a puxei para sentar em meu colo a beijando-a com pressa.

Dulce retribuiu do mesmo modo.

[...]

Dulce entrou de novo no apartamento com os pedidos. Ela parecia gostar de descer para buscar. Colocou as sacolas em cima da mesa de centro e sentamos novamente no tapete.

Abri a sacola e retirei nosso almoço.

Dulce: Acho que eu não ia conseguir ficar muito tempo sem comer arroz e feijão - falou olhando o prato.

Eu tinha pedido dois hambúrguer, duas batata frita, dois Milk-shake. Nossos hambúrgueres eram enormes. 

Ucker: Nós americanos almoçamos mais sanduíches, hambúrguer e a noite preferimos comer algo que tenha alguma salada e verdura.

Dulce: E no café?

Ucker: Ovos mexidos, bacon, panqueca com mel, torrada com geleia de amendoim, café e suco, de preferência laranja, gostamos muito de laranja.

Dulce: Você adora o café, né?

Ucker: É a refeição que mais gosto. Mary sabe fazer uma panqueca maravilhosa.

Dulce: Você fala muito nela. Deve gostar demais da sua babá - sorriu começando a comer o seu hambúrguer.

Ucker: Ela é como uma mãe pra mim. Eu adoro aquela mulher. E faria qualquer coisa por ela também - confessei.

Dulce: Me fala mais sobre seus pais.

Ucker: Não tem muito o que dizer. Eles se divorciaram quando era adolescente e cada um casou de novo. Meu pai já casou doze vezes - Dulce se assustou - É, eu sei e ele não vale nada. Richard adora se sentir jovem de novo. 

Dulce: E sua mãe?

Ucker: Ela virou Duquesa da Suécia. Está sempre viajando e fazendo compras. E ela é muito difícil de lidar.

Dulce: É único filho homem?

Ucker: Sim. E o mais velho.

Dulce: Mima muito suas irmãs?

Ucker: Não como deveria - confessei.

Dulce sorriu.

Ucke: Mas eu não quero falar sobre minha família. - deixei meu hambúrguer de lado na mesa.

Dulce: Quer falar sobre o quê?

Ucker: Não quero falar. Quero fazer. - sorri me inclinado para beija-la.

Dulce: Também quero. - sussurrou antes de eu tomar sua boca pra mim.

Ficamos a tarde toda no sofá nos beijando e tentando ver algum filme. Só tentando, porque eu não queria desgrudar daquela boca gostosa nenhum minuto se quer.

As horas com ela passam tão rápido.

Fico indignado com isso.

É injusto.

Preciso de mais tempo com ela.

Mais uma vez o casal margarida chegou para levá-la para longe de mim. Dulce quando via eles se afastava de mim, eu tinha que falar sobre isso com ela.

Edgar estava sorrindo maroto pra mim.

Ele desconfiava de algo.

Esperto.

Mais uma vez tive que me despedir dela e esperar que a noite passasse depressa para ela voltar logo pra mim. Dulce beijou meu rosto antes de ir.

Ela podia ter beijado minha boca.

Não minha bochecha.

Mas tudo bem.

Peguei o notebook e comecei a trabalhar na minha cama vazia.