Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Christopher Uckermann

Dessa vez pedi um café da manhã decente na qual desfrutei enquanto voltava a trabalhar. A última coisa que eu queria esse final de semana era ficar com a cara no notebook.

Dulce tomava todo o meu tempo.

Se quisesse já poderia dispensar ela para fazer meu curativo, mas te-la aqui todos os dias era uma coisa na qual não abriria mão de jeito nenhum. Tinha acumulado muito trabalho e isso tomaria toda a minha manhã.

Mas como não tinha nada importante acabou, como sempre, me distraindo e fiquei por horas trabalhando. Larguei o notebook quando meu celular tocou, já estava com sorriso no rosto achando que fosse Dulce, mas quando li o nome na tela do celular fechei a cara.

Cheryl 

Estava bom demais para ser verdade.

Eu poderia atender e dar um ultimato para ela, mas preferi ignora-la. Olhei minha caixa de mensagem e vi muitas mensagens tanto dela quanto de outras.

Respondi nenhuma.

Deixei o celular de lado e fechei meu notebook ao mesmo tempo que a campanhia tocou. Quando abri a porta Dulce já foi pra cima de mim, me beijou de uma forma intensa e eu, claro, retribui do mesmo modo.

Christopher: Saudade? - sussurrei contra seus lábios quando nos separamos.

Dulce: Pode ser. - sorriu - Vêm. Vamos fazer logo o seu curativo.

Mais uma vez estava na minha cama vendo suas habilidosas mãos trocar o curativo em mim e isso me fez lembrar de algo, creio que ela ficará feliz. Não sei. Ou não. Só na hora vou saber.

Comecei a beijar seu ombro e depois seu pescoço. Dulce foi se esquivando rindo.

Dulce: Faz cócegas. - me olhou um pouco brava - E não se mexe.

Christopher: Quer almoçar o quê?

Dulce: Pensei em fazer o almoço. - falou como um pedido pra mim.

Christopher: Podemos pedir também.

Dulce: Pode ser.

Christopher: Mas nenhum restaurante irá ter uma comida tão boa quanto a sua. - ela guardou tudo de volta na caixa - Gosta mesmo de cozinhar. - segurei em sua cintura com firmeza.

Dulce: Minha segunda paixão. - colocou os braços em volta do meu pescoço. - Tomou café direito?

Christopher: Eu pedi.

Dulce: Bom menino. 

Christopher: Mereço um beijo. - falei quase igual criança.

Meu Deus.

Olha como essa mulher me deixa?

Dulce: Merece muitos beijos. - falou antes de me beijar.

[...]

Christopher: Daqui a pouco vou sair rolando. - falei depois de comer quase a panela toda de strogonoff - Tudo o que você faz é maravilhoso.

Dulce sorriu.

Dulce: Adoro te agradar. 

Toquei em sua mão por cima da mesa.

Christopher: Acho que não tem noção do quanto..

O celular dela tocou.

Dulce atendeu meia hesitante.

Dulce: Oii. - esperou - Amanhã? Ahh...tá bom. Ok. Tchau Pablo. - desligou. 

Pablo?

Quem é Pablo?

Christopher: Quem é Pablo?

Dulce: Um amigo. - falou rápido.

Rápido demais.

A encarei desconfiado.

Christopher: Um amigo. - repeti.

Dulce: Só um amigo.

Christopher: E o que ele queria?

Dulce: Só uma ajuda.

Christopher: Ajuda? - repeti de novo.

Ela ficou em silêncio.

Christopher: Tem alguma coisa que preciso saber? - fui direto.

Dulce balançou a cabeça como se estivesse em dúvida.

Dulce: É que...

Meu celular tocou.

Ia desligar, mas vi que era importante.

Levantei.

Christopher: Preciso atender.

Não demorei muito no telefone e quando voltei para a cozinha ela já tinha lavado todas as louças e agora tomava um copo enorme de água.

Christopher: Onde estávamos? 

Dulce: Hum..- deu um meio sorriso - Por que você não me beija? 

Christopher: Dulce...

Ela estava desviando o assunto?

Aí têm!

Se aproximou lentamente de mim e me beijou, quando encostou seus lábios nos meus acabei por hora, deixando esse assunto pra lá. Ela sabia me distrair.

[....]

Dulce: Tá, mas de todos os lugares do mundo que você já conheceu, qual você mais gostou? E por que?

Estávamos como um casal no sofá.

Nos beijando e conversando.

Já era de noite.

Daqui a pouco Vivian e Edgar iam aparecer para tira-la de mim.

Christopher: Brasil. Porque conheci você. - acabei me surpreendendo com o que falei. Foi tão espontâneo.

Mas não deixava de ser uma verdade.

Dulce sorriu.

Adorava ve-lá sorrir.

Dulce: A melhor coisa que me aconteceu foi conhecer você Ucker. - falou olhando nos meus olhos.

A beijei rapidamente.

Christopher: Qual lugar do mundo gostaria de conhecer?

Dulce: Nunca parei para pensar muito sobre isso, mas sempre gostei do Canadá. É um país lindo.

Christopher: Pensei que fosse dizer Estados Unidos. 

Dulce: Nunca liguei muito para os Estados Unidos. É muito popular. - revirou os olhos com tédio.

Christopher: Eiiii - reclamei - Meu país é incrível. - defendi.

Dulce: É legal, mas eu prefiro Canadá.

Christopher: Que ofensa. - brinquei.

Dulce: Mas adoro um americano...- riu.

Christopher: Também adoro uma brasileira. Vocês demonstram mais carinho, demonstram mais seus sentimentos e vivem se tocando.

Dulce: Como assim?

Christopher: Tipo na rua, quando alguém vai pedir informação vocês tocam no ombro, no braço, quando chegam num bar e encontram amigos se cumprimentam e na saída também se despedem tocando.

Dulce: Vocês americanos que são frios e esquisitos. - defendeu.

Neguei.

Christopher: Não é isso..

Dulce: É sim.

Christopher: Meus pai nasceu no México, sabia? Sou um pouquinho mexicano também. E eles são iguais nos americanos então...

Dulce: Continuam sendo esquisitos. 

Ri.

Christopher: Ok. Prefiro fingir que aceito isso. Mas falando em pai, como são os seus? - me interessei.

Dulce ficou séria de repente.

Dulce: Temos mesmo que falar sobre isso? - se afastou um pouco de mim.

Christopher: Dulce toda vez que pergunto algo sobre você ou da sua família fica desse jeito. Por quê?

Dulce: Porque..

O interfone tocou.

Christopher: Deve ser o casal. - levantei - Ainda vamos falar sobre isso.

Ela suspirou.

Quando Vivian e Edgar subiram Dulce e eu estávamos nos despedindo.

Vivian: Já chega vocês dois. 

Edgar: Passaram a tarde toda juntos.

Christopher: Cala a boca. - mandei e voltei a beija-lá.

Finalmente Dulce não me afastava mas quando via esses dois.

Dulce: Boa noite! - desejou quando foi puxada por Vivian.

Christopher: Até amanhã. Vocês dois são um porre. - reclamei.

Edgar: Você nos adora. Tchau cara. Até amanhã. - abriu a porta.

Vivian: Tchau bocó. - saiu puxando Dulce

Christopher: Não sei como aguento vocês dois. - murmurei.

Quando eles saíram, peguei meu notebook e voltei a trabalhar.

E assim foi madrugada a dentro.