Fanfic: ` Cedo ou tarde

---

Capítulo: Post 2

Obrigada a todas que começaram a acompanhar a web, estou respondendo os comentários de todos!

Contatos:

- Twiiter: @fesodalo

- Email: fesodalo@yahoo.com.br

- Comunidade: http://bit.ly/93jzET

Me digam se o tamanho da letra da postagem hoje ficou melhor, ok?

---

 

Estava em cima do palco quando soube da sua partida. Pedi para deixarem  que eu encerrasse o show ali, pela metade, queria estar junto de sua família. Não permitiram. Tive que voltar ao palco com a melhor cara que eu podia, mas que se desfez ao ouvir milhares de pessoas gritando: PONCHO, EU TE AMO!

 

Fui até a beira do palco, e ali me sentei chorando. Todos ali já sabiam da minha história com a ruiva, e acho que perceberam o que estava acontecendo. E começaram a gritar mais e mais alto.

 

Peguei o microfone e disse: Eu também amo vocês. A voz saiu falhando, mas foi compreensível. Mas eu tinha algo a mais a dizer.

 

- Por favor, me ouçam. – me esforcei, e todos se calaram. – Eu quero dizer algumas coisas para vocês. Nesses últimos dias, eu aprendi muitas coisas, vocês sabem do que estou falando. Aprendi que quando se pensa que tudo acabou, ainda temos uma última reserva de energia que nos pode levar para frente. E que os sonhos sempre se realizarão. Não importa o que te obriguem a fazer, sempre acreditem nos seus corações. Lutem, lutem sempre, porque um dia conseguirão atingir os seus objetivos. É bem verdade que vão tentar impedi-los de diversas maneiras, mas sempre há uma saída. A criatividade é essencial para isso. Por isso, nunca deixem de acreditar, assim como eu. Obrigada por todo o apoio que me dão, vocês sabem que se ainda persisto nesse meu sonho é graças a motivação de cada um de vocês. Agora, eu tenho que continuar o show – levantando-me. – mesmo que isso não seja o meu desejo agora, e vocês sabem por quê. Mas vou continuar, porque sei que lá de cima, meu doce anjo pode me ouvir e ela gosta de me ver cantando.

 

Cantei com muita vontade, como nunca, queria mostrar que eu era forte. Apesar do coração estar em pedaços, queria mostrar que eu conseguia ser superior e que não importa os limites que me coloquem, eu sempre vou além deles.

 

Depois do show, peguei o carro e fui direto para casa dela. Lá tinha uns paparazzi idiotas na porta da casa dela. Os expulsei de lá sabendo que na manhã seguinte sairia alguma notícia do tipo: cantor espanca jornalista e quebra máquina fotográfica. Eu tive vontade de fazer isso, mas não fiz.

 

Entrei e vi sua família bem conformada com a situação, e eu desabei no choro e seu irmão mais velho, Christian, me confortou. Entendi que ela sofria com a doença, apesar de transparecer isso. Eu mesmo não sabia que ela sofria, ela nunca se queixara de nada.

 

Christian me entregou um caderno, e me disse que ali Dulce escrevera muitas coisas e a maior parte era relacionada a mim, e que deveria ficar comigo. Disse-lhe que não iria ao enterro queria guardar a imagem de uma menina alegre e feliz comigo, não queria vê-la no caixão sendo fechado e enterrado.

 

Lendo aquela espécie de diário, percebi que o nosso amor ainda teria uma continuação. E com certeza seria em situações melhores, sem perturbações, com calma.

 

Segui minha carreira, e compus uma música para ela, na qual dizia que um dia, não importa quando, a gente iria se encontrar. Essa canção fez muito sucesso, e sei que não por causa de sua letra, mas por seu significado, meus admiradores sabiam o que cada palavra, cada vírgula daquele poema ritmado significava para mim, e para eles também.

 

Parece que quando sentei para escrever aqueles versos estava prevendo o que aconteceria comigo alguns anos depois. É certo que nunca liguei para minha saúde, e nunca fui ao médico ao sentir algo estranho. Mas estava sentindo constantes tonturas durante o dia e principalmente enquanto me apresentava. Cansei de sentar no palco para disfarçar o meu estado. Mantive minha atuação durante um tempo, mas logo comecei a receber recados das minhas fãs nos foros, e elas estavam preocupadas comigo, com a minha saúde, então percebi que apesar de toda a minha atuação, eu estava realmente com alguma coisa. Vômitos, rigidez na nuca e dor nas costas e nas pernas eram outros sintomas que eu sentia.  E por amor a elas eu resolvi procurar um médico.

Compartilhe este capítulo:

---

---