Fanfics Brasil - Capítulo 6 - A única que não vai mentir. My Errors - Portinon

Fanfic: My Errors - Portinon | Tema: Portinon - Adaptada


Capítulo: Capítulo 6 - A única que não vai mentir.

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POV ANAHI­


- Onde Dulce está? –Lauren perguntou examinando o coração da Bea com o estetoscópio.


- ­Bom, acho que está trabalhando. Me diz você que é colega de trabalho dela. – falei e Lauren revirou os olhos. Lauren odeia Dulce , tenho que dizer que não morro de amores por ela, mas é estranho ver ela e Lauren se odiando. As duas viviam juntas, quando Dulce não estava em casa eu sabia que estava com Lauren ou Vero e eu não me importava. Mas depois da separação tudo ficou conturbado demais. Na verdade eu nem lembro direito tudo o que aconteceu pra ser sincera. – E ai, o que está ouvindo ai? ­


- O coração da Bea. – ela disse e deu uma risadinha. Ouvimos duas batidinhas na porta.


-  ­Licença. –Dulce disse entrando, Bea e Lauren reviraram os olhos e eu continuei na minha. Dulce não me afeta mais, acho que não.


- ­Quer dar uma olhada na ala da maternidade? –Lauren perguntou a Bea. ­


- Se quer falar com elas sozinhas isso não vai dar certo comigo tia. – Bea disse e Lauren riu tirando uma nota de seu bolso. – Com cinco dólares você consegue. – Bea saiu da maca e me deu um beijo antes de se dirigir a porta e sair do consultório. Dulce puxou a cadeira pra que eu sentasse e assim o fiz, ela logo se sentou ao meu lado. Vi Lauren engolindo todo o orgulho pra falar com Dulce naquele momento. ­


- Os remédios não fizeram o efeito que eu queria, vamos ter que aumentar a dosagem. – Lauren  disse. – E isso pode a deixar sonolenta e com um pouco menos de apetite. – Dulce se mexeu desconfortável na cadeira ao meu lado. ­


- Laur isso vai ajudar de verdade? – perguntei a minha amiga. ­


- Esperamos que sim. – ela disse e abaixou a cabeça. ­


- Eu tenho que ir. –Dulce anunciou e logo se colocou de pé. – Me liga se precisar de algo,Any. – ela disse e eu assenti. Lauren saiu da sala e eu encarei DJ.


- ­Você realmente acredita que esse remédios vão fazer efeito? – perguntei e ela me encarou.


- ­Temos que tentar,Any. – ela disse e abaixou a cabeça novamente, um arrepio de medo dominou meu corpo naquele momento. Tem que dar certo.


POV DULCE


 Saí da sala por me sentir sufocada, eu já tinha lido alguns relatórios de pacientes da Lauren com a mesma doença, e de sete casos, três faleceram. É um número grande demais, não estou preparada pra ouvir nada que relacione a isso. Quando estava chegando no meu consultório passei perto do berçário, Bea estava mesmo ali. Eu nem sei por que, mas tive vontade de parar ao seu lado naquele momento. Tinha cerca de quinze bebês ali dentro, e eu tinha feito parto de oito deles. ­


- Quantos você ajudou a nascer? – Bea perguntou e eu achei estranho ela dirigir a palavra a mim. ­


- Oito dos que estão ai. – ela assentiu e eu a olhei rapidamente antes de voltar aos bebês. ­


- Eu pesquisei sobre a minha doença, o que a tia Lauren disse lá dentro? – perguntou ajeitando o casaco do time de basebol da escola. ­


- E por que acreditaria que eu falaria pra você? Ela fez você sair da sala por que não quer que você saiba. Sabe disso, não é? – perguntei e ela assentiu, vi o movimento pelo leve reflexo do espelho.


-  ­Apenas por que sei que você tem muitos defeitos,Dulce. Mas sei que mentirosa você não é, e que nem sabe mentir. E por mais que eu odeie isso com todas as minhas forças, eu sei que você é a única que não vai mentir pra mim ou me esconder como se eu fosse uma criança babaca. – ela disse. Eu tive a sensação que era a única conversa que tínhamos desde os últimos dois anos.


- E o conteúdo dela não é algo que me agrade. ­Vão aumentar a dosagem dos medicamentos. Não teve o resultado que sua tia esperava. – falei e a garota assentiu. ­


- Eu posso morrer? – ela perguntou e eu engoli em seco só de imaginar aquela suposição.


-  ­Não sei, sou obstetra. Não entendo muito sobre corações, ainda mais se tratando do seu. – ela deu uma leve risada. Uma enfermeira entrou no berçário e se aproximou de uma pequena menina, que não devia ter mais que quarenta e sete centímetros. Um homem chegou ao nosso lado carregando um garoto em seu colo com cerca de cinco anos enquanto os dois acenavam pra bebê que nem acordada estava. ­


- Papai, agora eu tenho que ser o super ­herói dela. Não vou deixar nada acontecer com minha irmãzinha. – o garoto disse e fechou os punhos como se ameaçasse qualquer um que se aproximasse da nova integrante da sua família. Os dois continuaram ali por poucos minutos até a enfermeira dizer que eles podiam ir visitar a mãe, e que logo levariam a bebê para ser amamentada. O silêncio reina entre minha filha e eu, as vezes parece que somos desconhecidas. Pessoas que nunca fizeram parte da vida uma da outra, e o que mais me dói é que Bea é apenas uma adolescente e já tem tanto rancor. Talvez seja algo em comum entre nós duas. Eu nem sei se ainda prestávamos atenção no berçário. Pelo menos, eu não estava mais prestando atenção em nada, estava afogada em lembranças.


- Sabe, Dulce. – a garota chamou deslizando o dedo sobre o vidro que nos separava dos bebês. – Eu sempre quis ter um irmãozinho ou irmãzinha. Lembro que quando eu tinha oito anos, pedi pra mama te procurar pra vocês me darem um irmão, e que eu prometia ajudar. – vi uma lágrima solitária descer de seu olho, mas ela logo tratou de limpar. – Já fui uma criança babaca o suficiente. – ela disse e pela primeira vez, talvez na vida, eu prestava total atenção na Bea. – Mas hoje eu vejo que se você nunca foi uma boa mãe pra mim, que apenas morava com a mama e não te dava trabalha algum, imagine para um novo bebê? – Bea não me olhou em momento algum. – Você deveria aprender mais com sua profissão. – ela disse e foi andando em direção ao final do corredor. – Vou gastar os cinco dólares que a tia Lauren  me deu, se por acaso minha mama te procurar, diz que estou na lanchonete a esperando com um suco de morango pra nós duas. – a garota disse sem nem olhar pra mim, eu assenti mesmo assim. Mesmo sabendo que ela não veria. A garota saiu e eu fiquei ali, parada no meio do corredor, com pessoas andando ao meu lado e eu apenas encarando o final do corredor, acreditando que uma adolescente fez meu castelo de gelo dentro do meu peito estremecer. Talvez sentindo algo de verdade em anos. Mesmo que tenha sido apenas dor. Era estranho saber que eu ainda tinha um coração, eu nem lembrava como eram as sensações que ele podia trazer. Balancei a cabeça expulsando todos os meus pensamentos e fui em direção a minha sala, o melhor é trabalhar e esquecer qualquer coisa.



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Autor(a): dulce_uckerman

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • pekenna Postado em 07/12/2016 - 16:05:57

    hey volta!! pq vc sumiu?

  • angel_black Postado em 25/05/2016 - 09:59:47

    Posta logo..

  • anadulcetes2 Postado em 21/05/2016 - 21:36:49

    Posta mais flor, to ansiosa aqui

  • lana_navarro Postado em 20/05/2016 - 13:04:43

    Posta mas linda,faz maratona. VC escreve maravilhosamente bem,parabéns nega. Ansiosa pró próximo capitulo.

  • angel_black Postado em 19/05/2016 - 15:04:38

    Necesito de mas capitulos.. Posta mais please ^. ^

  • lana_navarro Postado em 19/05/2016 - 08:10:39

    Credo a dul é muito fria cara,tomara que ela mude logo esse jeito dela.

  • dulce_uckerman Postado em 18/05/2016 - 18:55:11

    angel_black:Continuando

  • dulce_uckerman Postado em 18/05/2016 - 18:53:48

    lana_navarro: Obrigada,Continuando

  • angel_black Postado em 18/05/2016 - 11:11:55

    Continua..

  • lana_navarro Postado em 18/05/2016 - 08:39:21

    Posta maiiiiis minha linda,sua web estar perfeita por demaissss.


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