Fanfic: Quando Eu Te Encontrar (Adaptada) | Tema: Vondy

– Qual é! Agora ela só fala com você e esqueceu que meu irmão existe. Sabe há quanto tempo ele está tentando ficar com ela? – Ela está é caçoando da minha cara. Isso deve ser mais interessante do que os avanços do seu irmão. Não diga a ela o que eu faço, estamos nos divertindo. Ela concordou e o deixou voltar, afinal se Christopher parecesse estar se divertindo, ela ainda ganharia o carro que o pai havia prometido. O apartamento pelo jeito não ia rolar, porque ele ainda não dera em cima de nenhuma das garotas gatas daquela festa que ela tentou jogar para cima dele. Droga, Hillary estava precisando tanto se mudar para um lugar mais perto do trabalho. E estava louca para sair da casa dos pais, esse era seu último ano na faculdade que era ali perto. Quando viu Christopher entregar o copo à Dulce, ela franziu o cenho e ficou pensando... Seu pai não especificara nada, Christopher estava de papo com Dulce, isso contava? Ela até estava com pena do irmão, mas quem mandou ele ser lento? Se eles pelo menos continuassem de papo o resto da festa, talvez ela ainda ganhasse. – Soda? Pensei que ia me trazer uma bebida de verdade – disse Dulce, depois do primeiro gole. – Ouvi Hillary dizer que você não pode beber. – Saco... enfim, agora que você voltou e estamos a ponto de ser interrompidos, não sei nada da sua vida, mas caso você seja um inocente, quase virgem, deve saber que ela é atriz pornô. Ele chegou a cuspir a bebida de volta para o copo e quase se engasgou. Virou–se e tossiu umas vezes e descartou o copo na lixeira ao lado da árvore. – Então, eu te aconselho a fingir que é entendido – ela continuou. Christopher ficou olhando para ela e balançou a cabeça. – Eu acho que não me deixam sem palavras há muito tempo – ele disse. – Imagine só com ela... – Dulce revirou os olhos. – Eu realmente preciso dizer que não sou inocente e nem quase virgem e se fingir de entendido dá errado em noventa e nove por cento dos casos? – Esperto – ela piscou pra ele. Christopher não estava acreditando nisso. Ela havia piscado para ele como se aprovasse? – Você está fingindo – ele disse, por fim. – O quê? – Fingindo – ele assentiu, confirmando. – Ela realmente é uma atriz pornô. Você tem algo contra isso? – Não, eu sou extremamente liberal. Agora ela quem franziu o cenho para ele, por algum motivo oculto e que Dulce não queria pensar sobre, parecia que estavam entrando num terreno errado. Ela não tinha condições de começar a flertar com esse cara. Agora já devia estar ou correndo ou sorrindo que nem uma idiota, mas ela não era disso. – Então você é democrata? – ela perguntou, se aproveitando da deixa dele. Como que ela havia enfiado política no meio daquela conversa? Ele não podia acreditar nela. – Por quê? Você é? – Claro que sim. Não me diz que além de ter um secretário doido que te liga em festas, um assessor que te segue pra todo lado, um celular com toque de despertador e ser amigo do Gerry, você também é republicano. – Não, mas eu não sei se ser republicano é o pior item dessa sua lista. – Claro que é. Se você fosse, nós íamos ter um daqueles problemas... como é que chama? Quando casais famosos querem se separar porque se odeiam, mas não querem que ninguém saiba. – Diferenças irreconciliáveis? – ele sugeriu. – Isso! – Acho que é a primeira vez que me esnobam por diferenças políticas – ele observou. – Não te esnobei, você disse que é democrata. – E você dá importância demais a isso. – Eu sei, mas nessa cidade tudo é super politizado. Não significa que eu me relacionaria com um republicano. – Você pergunta isso a todos os caras com quem fica? – Sim, logo depois das perguntas sobre doenças transmissíveis, ideais de vida, a realidade econômica e social do país, opinião sobre a ONU, sobre a faculdade de Artes, se ele sabe o que é designer de interiores e se gosta de futebol americano. Dependendo, sigo para as perguntas sobre feminismo e direito das mulheres, se falhar aí, nem pensar. – E como estou me saindo? – Me diga você. – Não sei, por que você acha que como sociedade e apesar de tudo que as mulheres já conquistaram, continuamos a ensiná–las a aspirar ao casamento e até a ter uma carreira, mas não a ter ambição demais? E por que homens em geral ainda se sentem ameaçados por mulheres bem sucedidas, levando em conta que eles ainda são levados a acreditar que elas precisam de homens para se realizar? As mulheres na minha família comandam o negócio em pé de igualdade com os homens. E acredite, elas são mais ambiciosas – ele disse a última frase como se estivesse se gabando por as mulheres da sua família serem o máximo.