Fanfic: Quando Eu Te Encontrar (Adaptada) | Tema: Vondy

Dessa vez Hillary não o seguiu até a mesa de bebida, mas eles se encontraram mesmo assim, porque ele deu mais alguns passos e parou ao lado dela. – Há quanto tempo seu irmão está tentando? – ele perguntou, subitamente. Ela franziu o cenho, sem saber se achava a pergunta estranha. – Sei lá, mais de um mês. – Diga a ele que eu sinto muito. – Por quê? – Eu vou ficar com ela. – Você? – Hillary arregalou os olhos. – Você vai quebrar o coração dele – ela dramatizou, mas riu. – Tem cinquenta outras aqui, Christopher. Não seja malvado. É só escolher. Ele está doido por essa menina faz tempo. – Não. Eu só quero ela. Ele havia mudado de ideia. Para ser sincero, já havia acontecido antes de vir buscar mais essa bebida, não só porque ela estava lhe fazendo andar por aí com copos. Aconteceu. Não se explica essas coisas, é perda de tempo. Eles ainda não se conheciam bem, mas o que isso tinha de diferente de todas as relações que ele tinha? Sempre era assim, ele ficava com alguém, às vezes conhecendo por menos tempo do que já havia conversado com Dulce e depois nunca mais via. Em raros casos reencontrava a mulher, mas não porque queria repetir. Dessa vez ele queria falar mais com ela. Já estivera em inúmeras situações com mulheres e tinha quase certeza que isso não ia para frente agora. E ele não tinha tempo para desenvolver relações. O GW o esperava lá em Nova York e para ele, encontros com mulheres que já vinham sabendo o que queriam, recebiam e davam e poupavam seu pouco tempo, sempre eram melhores. Ainda assim, ele queria conversar um pouco mais com ela. E ela ia enrolá-lo. Estava escrito na sua testa que ela não facilitaria nem se estivesse louca. Facilitar as coisas para caras que apareciam em festas não fazia parte da sua personalidade, isso ele já sabia. Quando Dulce já tinha refeito o nó na cintura do seu vestido duas vezes e estava considerando se ainda dava tempo de entrar na casa... – Aqui – disse Christopher, lhe oferecendo o copo. – Obrigada. Eles beberam uns goles, ainda em silêncio. – Você disse que ia embora? – ele perguntou. Óbvio que ela ia negar, não tinha dito nada disso, apesar de ter sido exatamente o que se passara pela sua cabeça. Esse cara lia mentes? – Então, já deu minha hora. Está super divertido, mas essa sandália está começando a machucar e eu já bebi refrigerante demais – ela devolveu o copo para ele. Christopher segurou o copo dela e balançou a cabeça. Estava começando a achar que ela não fazia de propósito, por isso que o pobre e lento Cody estava sofrendo. – Eu perguntei porque ia dizer que estava indo embora – ele esclareceu. Ah, meu Deus. Ela e sua boca grande. E agora? Dava a desculpa do banheiro ou a desculpa do “ainda vou me despedir”? – Quer um passe livre pra rua? – ele perguntou. Tudo bem, mas se ele estava oferecendo o passe deveria esperá–la, não? Dulce entrou na casa e subiu as escadas atrás dele, olhou para os lados como se fosse uma fugitiva. – Dulce, você vai pra onde? – perguntou Cody, subindo as escadas atrás deles e estragando o passe livre que Christopher oferecera. Ela teve a maior vontade de dizer “banheiro”, mas se virou para ele e disse. – Embora. – Já? – Estou com sono. – Mas... Ele viu Christopher  parado perto da porta, mexendo no celular. – Você o conhece? – perguntou Cody, fazendo a pergunta mais tola da noite. Mais uma vez, ela pensou em dizer “quem, ele? É um cara aí da festa, nem sei o nome”. – Conheci agora – ela sorriu, para ver se colava. – E vai pra onde com ele? Cody dizia o “ele” de um jeito que fazia parecer que Christopher era o próprio belzebu. – Lugar nenhum. Olha, que tal nos falarmos na segunda? Ela deu um beijo no rosto dele, torcendo para que isso não lhe desse esperança. Dulce achava que ele precisava amadurecer urgentemente. Por essas e por outras que ela preferia uns caras um pouco mais velhos. Quando chegou à porta, Christopher estava novamente ao celular, dizendo ao tal de Rico que se ele quisesse ir embora, tinha um minuto para aparecer na porta.

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