Fanfic: Quando Eu Te Encontrar (Adaptada) | Tema: Vondy

– Você é o tipo que me daria o telefone de uma pizzaria só por diversão. Ia ficar em casa rindo enquanto eu escutava promoção de pizza pepperoni tamanho gigante. Ela já estava rindo ali, bem na cara dele. – E eu vou ser obrigado a chantagear a Hillary pra descobrir o número certo e vou parecer um stalker quando te ligar. Você realmente vai me fazer passar por isso, Dulce? Tudo que ela fez foi parar de rir e se aproximar dele, o que fez Christopher descobrir que ela não era provocativa só nos assuntos e nas tiradas. Ela estava interessada, mas ele também. – Chantageie a Hillary – ela o tocou no peito e depois o olhou. – Por sua culpa ela não vai ganhar a aposta com o pai. O mínimo que você pode fazer é lhe dar algo que ela precise em troca do meu telefone. Christopher a beijou. Não tinha escutado tudo, seus olhos focalizaram os lábios dela e eles já haviam sido adicionados à lista de tudo que o atraía nela, porque tudo que ela tinha para mostrar já estava incluso. Foi rápido, os lábios dele se separaram, mas como tinha sido muito melhor do que um primeiro beijo rápido e quase roubado deveria ser, ele pressionou os lábios nos dela novamente. Aquele único momento que ele parou, antes de selar o beijo, foi o tempo que levou para ela retribuir. – O número – ele disse, com os lábios ainda muito perto dos dela. – Troca o seis no final por nove – ela disse. – E não era pizzaria, era a entrega de comida chinesa. Como ele havia previsto, a mão dele acabou na cintura dela, mas isso não a impediu de se afastar e virar para procurar um taxi imediatamente. Dulce queria sumir dali o mais rápido possível. Conversar, tudo bem. Só que beijar o bonitão ali, não ia dar certo. Era claro como cristal que se deixasse o beijinho de despedida virar um beijo de verdade, ela ia acabar onde não devia. E todo mundo sabia onde era isso, não é? Bem agarrada a ele, talvez na horizontal. Ele não tinha cara de que precisava de camas para fazer o que queria. Uma vozinha maldosa vinha do fundo de sua mente e dizia que ela nunca mais ia vê–lo então talvez uma aventura com o Mr. Perigo ali valesse a pena. Felizmente um táxi estava vindo, antes que uma ideia absurda tomasse conta de sua mente. E ele não parecia que ia impedi–la dessa vez. O automóvel parou e tudo que Christopher fez foi abrir a porta para ela entrar. – Você toma café? – ele perguntou. – Puro? Não. – Tanto faz. Se esse número for mesmo seu, vou ligar. Vamos tomar café amanhã, ou melhor, mais tarde – ele completou, já que era uma e pouca da manhã. – Vamos? – Sim, vamos. Onde você quiser. – E se eu escolher um café nas Bahamas? – Eu te levo – ele disse sem nem pestanejar. Mal sabia ela que era verdade. Dulce deu um sorrisinho como se considerasse a brincadeira dele e entrou no táxi. Assim que ele fechou a porta e ela partiu, o carro dele parou à sua frente, com Don ao volante. Rico abriu a porta e o olhou. – Se deu bem, patrão? – Se eu tivesse me dado bem ia estar de pé aqui na calçada? Chega pra lá – ele disse, antes de entrar e bater a porta. – E eu não esperava nem memorizar um nome hoje, muito menos me dar bem. O carro partiu e Don sorria levemente. – Hum... moça bonita. Ela é maior de idade? – perguntou Rico, super interessado. – Desde quando eu me envolvo com gente menor de idade, Rico? – Eu sei, mas tinha tanta gente jovem lá. Ela podia ser uma caloura. – Não, acho que está terminando. E ela não parecia uma caloura nem de longe. – Não deu pra reparar tanto assim nos detalhes. Deu sim, ao menos Christopher  lembrava cada pequeno detalhe de Dulce. Especialmente a voz dela, tudo que ela disse, o tom que usou, seus olhares... Aqueles olhos espetaculares. E a maciez dos seus lábios, a surpresa dela quando ele a beijou, aquele leve arquejo que ela deixou escapar contra seus lábios e a forma como devolveu aquele beijo rápido depois que ele lhe deu um segundo para se recuperar. – Está rindo do quê? – perguntou Rico. – Ela me deu o telefone da comida chinesa. – O quê? – Maldita espertinha. Eu ia acabar encomendando frango xadrez. – Não seria ruim, ainda estou com fome – disse Rico, colocando a mão na barriga. – Espera até chegar ao hotel. Ele se recostou e pegou seu celular, girou–o na mão e pensou que pela primeira vez aquela perturbação constante de ele tocar inúmeras vezes ao dia, tinha lhe rendido algo interessante. – Eu devo agendar o voo para Nova York antes do almoço? – perguntou Rico.