Fanfic: Quando Eu Te Encontrar (Adaptada) | Tema: Vondy

Assim que ela tirou a toalha do cabelo e sentou–se no sofá do pequeno apartamento que dividia com outra menina, seu celular tocou e o número era desconhecido.

 – Alô.

– Esse é o seu número pessoal ou você vende frango à passarinho também?

Ela ficou dois segundos com o queixo caído nos pés. O cara ligou! Puta merda! Ele ligou mesmo. Dulce havia pensado que era só mais uma daquelas situações que o cara pede seu telefone só de praxe e nunca liga. Ela até havia ganhado um beijinho de despedida sem nem ter ficado com o cara, isso era praticamente um prêmio de consolação para já confortá–la pelo fato de que insistir pelo telefone é praxe, mas ligar não.

– Estou sem frango no momento – ela respondeu.

– Tudo bem, pode ser só o café mesmo.

E não é que a voz dele no telefone era totalmente identificável.

 – Esse é o seu número pessoal ou estou impedindo seu secretário de ligar?

 – É o pessoal, pode guardá–lo aí.

Ah, claro. Porque ela com certeza ia acabar ligando para ele num futuro próximo. Assim que ela estivesse louca. Ela queria continuar viva e sã. Esse cara provavelmente ia desviá–la totalmente do caminho e ela nem ia lembrar de nada. E ele nem morava...

 – Você sentiu obrigação de me ligar de outro Estado? – ela perguntou.

 – Só vou embora depois que tomarmos café.

– Já imaginou se eu te enrolasse eternamente e não aceitasse café nenhum.

– Você me pareceu mais prática do que isso.

 – Não deixaria de ser divertido.

 – Não, não seria. – Vamos tomar café sozinhos ou seu assessor vai?

 – Você quer mesmo convidá–lo? Ele fica tagarela quando está nervoso

– E se eu disser que posso até tomar café com você, mas vai ter que deixar o celular de trabalho no hotel. Hoje é domingo...

– E você me quer só pra você – a risada dele também saía sexy pelo telefone, que maldito.

 – Totalmente.

– Eu adoraria acreditar. Onde e que horas?

– Você vai pegar um voo hoje?

 Não, ele não tinha compromisso para o jato que o esperava e se ela não fosse ela, Christopher ia achar que essa pergunta era sobre outra coisa. Geralmente quando uma mulher queria saber se ele ia ficar na cidade era para descobrir se tinha tempo para uma rapidinha. Enfim, não era o caso ali. Ele duvidava um bocado que fossem acabar se pegando em cima da mesa do café. E isso era exatamente o que devia desencorajá–lo de sair com ela.

 – Não.

– Então podemos tomar um café de tarde. Umas três horas.

– Três horas – ele disse. Um ainda não sabia do problema do outro, mas Christopher seguia as horas de forma estrita, se marcassem com ele às três, ele ia estar lá em ponto e seu dia a dia era ocupado demais para ele ficar esperando os outros. Já Dulce, tinha um sério problema com horário. Ela levou um semestre da faculdade para deixar de chegar atrasada e passara a acordar e sair de casa meia hora antes para não chegar atrasada em seu estágio que nem era todos os dias. Ela não sabia explicar esse seu problema.

 – Sim... Onde você está hospedado?

Ele teve vontade de rir de novo. Ela fazia as piores perguntas. Toda vez que estava ao telefone e uma mulher que não fosse contato profissional, nem da sua família, lhe perguntava onde ele estava hospedado, era porque ia aparecer lá em trajes menores. Dava vontade de gargalhar.

 – No Ritz.

 – Ah, aquele na Rua 22, perto de umas embaixadas? É bem perto da George Washington.

 – Eu notei.

 – Tem um café ali atrás, na Rua 23, no quarteirão seguinte do hotel. Ele fica aberto aos domingos e não é muito cheio. Deve servir.

 – Você vai me dizer o nome ou me fazer procurar é parte do pacote?

 Ela riu e ele ficou sorrindo do outro lado da linha, estava esparramado no sofá da sala da sua suíte. Rico apareceu com os braços cheios de bolsas com lembrancinhas de D.C; ele abriu a porta para o serviço de quarto entregar o almoço de Christopher e fez sinais dizendo que estava saindo de novo. Christopher não queria saber para onde ele ia agora, estava ocupado arranjando um encontro.

 – Acho que se chama Peete’s Café e Chocolate. Ou Café e Pão ou Pão e Chocolate... procure algo assim.

Umas três horas num lugar com opções estranhas de nome. Onde ele estava se metendo?

 – Ok.

Ele quase disse “não me faça esperar” porque era o que ele sempre dizia aos seus encontros. Apesar de que quando ele dizia isso, tinha noção de que a conotação era sexual. Hoje seria só porque ele desconfiava que ela ia deixá–lo lá sentado por uns minutos.

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lovewf_: Seja bem vinda Baby, que bom q está gostando. Obg pelo consenho!

 

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