Fanfic: Quando Eu Te Encontrar (Adaptada) | Tema: Vondy

– Isso estraga um pouco nossa tentativa de nos virarmos sozinhas, mas eu que não vou negar.

As duas riram e Donna ficou olhando os vestidos, ela nem se atrevia a sugerir, porque seus gostos não eram exatamente os mesmos. Mas ela servia para dar opinião depois que via a outra pronta.

 – Aliás, qual é o nome do bonitão? – perguntou Donna, quando Dul estava indo para a porta, já desesperada porque estava a ponto de se atrasar.

– Christopher.

– Do que? Pro caso de você sumir e eu precisar chamar a polícia... – ela sorria, mas era mais curiosidade do que precaução.

– Ward. Donna franziu o cenho e voltou para o quarto com o jornal que havia trazido pra casa, aquele nome não lhe era estranho ou estava confundindo com o nome de uma empresa. Christopher havia encontrado o Peete’s Café e Chocolateria. Não era algo ao estilo Starbucks, que por sinal ele passou por uma no caminho. Essa cafeteria do Peete era algo mais alternativo, com um ar de originalidade, não era configurada como uma rede internacional que vendia café. Mas olhando o cardápio, tinha toda sorte de café gelado e misturado que você quisesse. Além de muitas opções de bebidas com chocolate, óbvio, o nome dizia tudo. E era um negócio familiar, estava ali naquele ponto há muitos anos, com certeza antes da Starbucks abrir ali. Christopher descobriu isso enquanto lia a placa perto da porta e esperava Dulce aparecer. Eram três e dez e ele já lera a placa duas vezes e não estava preocupado em encontrar lugar, porque havia poucas pessoas ali dentro, a maioria ocupada com seus jornais e livros. Ela entrou no local às três e doze. Respirou fundo várias vezes para não parecer que viera correndo pela rua. Ela chegava atrasada, mas não significava que gostasse disso. Christopher estava recostado numa cadeira no segundo ambiente da cafeteria, sentara de costas para a parede, assim tinha uma ampla visão do local. Mas ele a viu passar rapidamente, bem ao lado do vidro com as persianas levantadas. Ela o avistou e abriu aquele sorriso que instantaneamente o fez sorrir também. Ele se levantou lentamente, tempo suficiente para ela chegar à mesa. Dulce soltou o ar e se recusou a fazer a tal cara de gatinha sedenta que ela viu em muitas faces ontem, porque à luz do dia ele conseguia ser uma visão ainda mais atordoante. Masculinamente falando, porque atingia exatamente nas partes em que seu lado feminino queria abrir os botões do vestido para facilitar o trabalho. Mas não, nem pensar. Ela não era facilmente impressionável, então se limitou só ao sorriso.

– Oi, Christopher, encontrou o lugar facilmente?

 – Sim, sem problema.

– Vem, vamos ver o que pedir.

Ele já sabia o que queria, ela lhe dera doze minutos para descobrir, era ótimo porque assim, ao invés de olhar o enorme cardápio na parede em frente, ele podia olhar para ela e observá–la à luz do dia. Já descobrira que com essa iluminação, seus olhos pareciam mais claros. Enquanto olhava o cardápio, Dulce franzia o cenho com dificuldade de escolher o que iria pedir, mas virou o rosto e o pegou a observando. Ele nem tentou disfarçar, estava mesmo olhando e não tinha porque esconder isso. Certamente dava para ver que o olhar era apreciativo.

– O que você vai pedir? – ela perguntou.

– Chá.

– Sério?

– Sim.

– Eu não imaginei que você gostasse de chá.

 – E você teve tempo de imaginar isso?

– Não, é só que você não tem cara de chá.

– Eu gosto. Puro ou com leite, desde que seja ao natural. Ela ficou franzindo o cenho para ele.

– E é bom assim?

– Muito. Mas sobre cafés complicados, eu gosto de machiatto.

 – Isso é enjoativo – ela virou para a atendente e pediu café gelado com chocolate e creme de baunilha. Christopher pediu o chá, do jeito que descrevera, porque ele havia visto no cardápio da mesa que tinha. A atendente falou com o chefe que olhou para ele, depois olhou Dulce e disse que ia “chamar a mãe”. – Sério que ele foi chamar a mãe? – Dul perguntou baixo para Christopher.

 – Não piora a situação do cara.

 Eles já estavam na mesa quando a mãe do cara apareceu. Acabou que o Peete’s era ela, não o cara. Christopher havia sentado na cadeira ao lado de Dulce ao invés de em frente à ela, o que a deixou um tanto ansiosa. – Eu adoro o Yorkshire Gold, felizmente temos esse – disse a senhora, enquanto conversava com Christopher sobre marcas de chá.

 – Mas que graça, sua avó deve ser uma senhora de bom gosto – ela disse, depois que Christopher foi obrigado a dizer de onde viera esse seu gosto para a preparação do seu chá e pelo tipo.

 – Na verdade é minha tia–avó... – ele comentou e olhou para Dulce, ela estava com aquela expressão que o fazia ter vontade de rir de toda a situação

– Vou lhe trazer um muffin maravilhoso, receita inglesa da minha família! A senhora saiu para preparar o chá e pegar o muffin