Fanfic: Quando Eu Te Encontrar (Adaptada) | Tema: Vondy

– Você pode me beijar bem aqui – ela desafiou, passando os antebraços por cima dos ombros dele.

– Não tenho pudor de afeto em público – ele apertou–a contra ele e chegou a levantá–la, pois hoje ela estava sem os saltos. Pouco se importando com quem pudesse estar assistindo, Dulce colocou a mão na nuca dele e acabou escorregando para o seu cabelo, enquanto ele a segurava pela cintura.

 – Ei, arranjem um quarto! – disse alguém e riu, depois entrou no café onde eles estiveram. Dulce riu também e pisou no pé dele quando ele a soltou, mas Christopher nem pareceu sentir.

– Vamos – agora ela o puxou pela mão e foi descendo a Rua 23, na direção do Parque Washington Circle, famoso especialmente por ter a estátua de George Washington bem no centro. Eles acabaram virando na Rua M e não parecia que ela estava ligando para onde andava.

 – Pra onde você está me levando, Dulce? – ele perguntou, andando um pouco atrás dela e sendo puxado pela mão.

 – Não sei – ela moveu os ombros.

– Então por que está me fazendo andar ao invés de me deixar agarrá– la. A risada dela foi audível, ela parou e se virou pra ele.

 – Você é mesmo sincero, não é?

 – É exatamente o que eu quero.

Ela voltou até pertinho dele e segurou em sua camisa azul. – Bem no meio da rua?

 – Em qualquer lugar. Eles encostaram na parede de um dos prédios e se beijaram ali, pelo menos não havia muita gente passando num domingo de tarde, ou não estavam reparando num casal namorando perto da parede. Havia um espaço inesperado entre os prédios e eles acabaram ali, aos trancos e barrancos e sempre se beijando. Como nunca era suficiente, ele a encostou contra uma porta que abriu e eles quase caíram para dentro do local e tiveram que se separar. A porta dava num corredor fino e só havia uma escada para subir para o segundo andar, dava para escutar sons de alguém batendo algo lá em cima. Dulce se apoiou no corrimão e inclinou a cabeça, ainda rindo. Christopher encostou na parede em frente a dela e ficou sorrindo, observando–a se divertir com a situação.

– Eu não acredito que estou pela rua me agarrando com você!

 – Não estamos mais na rua... – ele comentou, seu olhar com um brilho malicioso e cheio de segundas intenções. Dulce lhe devolveu um olhar que correspondia suas intenções e deslizou para o lado na parede até ficar bem na frente dele. Christopher estava junto a ela no segundo seguinte e com os lábios grudados aos dela instantaneamente. Ele segurava seu rosto e devorava sua boca com tanta vontade que ela apertava os braços dele, tentando acompanhar seu ritmo e não se perder em algum momento, assim como perdia o fôlego. Ele a levantou contra a parede e Dulce sentiu um arrepio pelo corpo, chegando a mordê–lo e depois sorriu contra seus lábios. Aquilo era uma completa loucura e ela nem estava pensando nisso, só conseguia beijá–lo também. Seu próximo passo foi soltar um suspiro excitado que a chocou. Ele pressionou o corpo contra o dela e suas mãos já haviam descido pela sua cintura e seguravam seu quadril, pressionando–a com seu corpo. Quando a excitação realmente tomou conta dos dois, eles pararam de se mover, aproveitando o contato, deixando seus corpos entenderem o que se passava, porém, seus beijos não terminavam mais.

– Ei! – gritou alguém lá do topo da escada. – Quem tá aí? É você, Mike?

 Christopher a deixou ir para o chão e abriu a porta para ela sair antes. Dulce andou rápido e eles voltaram à rua. Deram de cara com um homem grandão, usando óculos escuros e que olhou de forma desconfiada para o espaço de onde eles saíram.

– Tudo bem aqui, patrão? – ele perguntou.

 – Tudo bem, Marcus – disse Christopher, lhe lançando um olhar divertido por causa da cara que Marcus fazia. Ele era seu segurança mais antigo, era óbvio que não acreditava no que via. O tal do Marcus assentiu e voltou para o carro, deu partida e saiu devagar.

– Quem é esse cara, Christopher? – Dulce olhava o carro ir embora.

– Meu segurança.

– O quê? Por que diabos você tem um segurança?

 – Eu preciso deles.

 – No plural? – ela olhou em volta. – Tem mais alguém nos espionando?

 – Não – ele a puxou para o seu braço, divertindo–se com a cara que ela fazia. – Eles não ficam me vigiando desse jeito.

– Que bom! Mas um secretário, um assessor e um segurança... é gente demais.

– Acredite, eles nunca ficam desocupados.

– Nem você, pelo pouco que vi.