Fanfic: Quando Eu Te Encontrar (Adaptada) | Tema: Vondy

A filha de Gerry não era grande como ele, talvez só na altura, era uma moça loira e longilínea. Felizmente ela nunca deu em cima dele, menos uma. Graças aos céus, porque Christopher  vivia tentando não ser alvo das filhas dos seus executivos. Era difícil quando elas tinham a idade próxima a sua. E não ia pegar nada bem para ele sair comendo as garotinhas dos seus diretores. Hillary era uma moça realista. Além disso, tinha uma paixão enrustida por um cara há anos. Mas voltando à parte do realista, ela sabia que não ia ter nada com Christopher. Não porque ele era um dos caras mais gostosos que ela achava existir na face da Terra. Ou aquele seu cabelo escuro e ondulado fosse um charme. Alguém aí já mencionou que olhos sensacionais o cara tinha? Cor de turquesa e encapsulados, naturalmente entrecerrados, praticamente um fodedor ambulante. Você recebia um olhar dele, que geralmente estava sério, e instantaneamente sua seca acabava, seu cérebro entrava no modo excitada e pronta. Como a imaginação era bela. Por isso que há anos ela colocara Christopher  e todos os outros Wards deliciosos que teve o azar de conhecer, na zona fria. Era uma família maldita. Malditamente bem provida geneticamente. Era de se esperar que já tivessem parado de se parecer, afinal, o sangue devia estar para lá de diluído. Mas quem disse? Você batia o olho em um deles e pensava: Mais um maldito Ward. – Hey, Christopher, quanto tempo – ela se aproximou. Ele franziu o cenho para ela. – Nos encontramos ano passado – ele disse, discordando da afirmação. – Isso é muito tempo, Christopher. Você tem uma medição de tempo meio esquisita. Ele balançou a cabeça e olhou em volta. – Estou na festa certa? Era uma pergunta boa. Supostamente, a festa era para Gerry comemorar o novo contrato milionário que ele fechara para o GW e também seus dez anos trabalhando lá, sendo que seis anos no cargo de diretor regional. Só que vindo de Gerry era possível esperar tudo. E a festa na piscina estava animadíssima. Gente com pouca roupa, churrasco lá no fundo do jardim, um Buffet cheio de comidas atraentes para gente jovem, música atual tocando, garotas bonitas, rapazes atraentes... Ao mesmo tempo, na extensa varanda do segundo andar, havia mesas e poltronas, com visão para aquele bacanal todo. E lá havia um pessoal mais calmo, observando as coisas e bebendo. Segundo Gerry, era a área da velharia. Era para lá que ele devia ter levado Christipher, que tinha vinte e sete anos, mas era a droga do chefe dele e de todos aqueles caras lá em cima. E sabe onde Gerry estava? Perto da piscina, com dois drinks na mão. Felizmente a esposa dele era um pouco menos doida. Mas não se engane, Gerry era um animal nos negócios. Sorte dele que os Wards, excêntricos como eram, não tinham o menor problema de pagar bem a pessoas como ele. – Está sim. Papai deixou que eu e Cody chamássemos alguns amigos da faculdade e uns vizinhos pra comemorar o fim das férias. – Já acabou? – perguntou Christopher. – Quase – ela sorriu. – Vem, vamos lhe arranjar umas companhias animadas. – Eu acho que vou lá em cima, fingir que é mais divertido – ele disse, enquanto descia para a área da enorme piscina que tinha uma grande fonte de pedras do lado direito, onde algumas pessoas estavam fazendo farra. – Meu pai me prometeu um carro novo se eu o mantiver se divertindo aqui embaixo, então colabore. Meu carro está velho e ruim. – E se eu te prometer um carro melhor se você me arranjar uma bebida e não me apresentar a pirralhos tagarelas? – Todos aqui têm mais de vinte e um. E como eu explicaria um carro melhor para o meu pai? – Deixe essa parte comigo. E vinte e um pra mim ainda está abaixo da média. – Não pensei que você ligasse tanto pra idade. – Eu juro que até converso um pouco antes de tirar a roupa. Ele conseguiu ficar sozinho por um tempo. Não que Hillary não tenha tentado lhe arranjar companhias ou encontros. Ele ouvia mais um nome e pensava: Essa é pegável, essa loira parece inteligente, essa tem uma voz insuportável, aquela é uma moça linda, essa aqui está... Onde está a roupa dela? Parecia que a nova moda eram blusas transparentes, ao menos elas ficavam transparentes depois de uma passada na piscina. Quando Christopher estava até conseguindo aproveitar uma bebida e a música que tocava, Rico apareceu de repente. – Acho que temos um problema, chefe – ele já estava com aquele tom urgente. – Sai do meu pé, Rico. Estou fazendo observações – disse Christopher. – Acho que tem uma crise lá em NY. – É sábado, não pode ter crise lá agora. Christopher encontrou um espaço no lado direito, perto da parede coberta de plantas e do lado esquerdo da fonte de pedras. – Christopher, lembra-se do meu irmão? Hillary realmente não ia deixá–lo em paz. – Oi, cara – disse Cody, irmão mais novo dela.