Fanfic: Quando Eu Te Encontrar (Adaptada) | Tema: Vondy

Christopher havia cometido uma loucura. Estava completamente fora de si quando pegou sua mala, jogou algumas coisas, dispensou o uso do jato e ligou pra conseguir o primeiro voo disponível para Baltimore. Ele nem chamou um dos seguranças, o que já provava sua loucura. Felizmente era um sábado ou ele causaria muita confusão. Ele havia falado com Dulce naquela semana, ela parecera muito surpresa ao atendê–lo. Ao menos dessa vez ela sabia que era ele, sinal de que salvara seu telefone. Depois de pronunciar seu nome ela dissera “que bom falar com você”. Eles conversaram por mais de uma hora, ele não tinha tempo e nem paciência para ficar de papo no telefone, mas ficou. E ela comentou que ia para Baltimore na sexta, para passar uns dias em casa antes do início oficial das aulas. Ele até perguntara:

 – E eu posso vê–la em Baltimore? E ela disse:

 – Claro que sim.

Ele perguntou porque a ideia era absurda e atraente. E ela concordou porque obviamente não achou que ele falava sério. Então o que ele estava fazendo no aeroporto de BaltimoreWashington, andando para lá e para cá à frente dos vidros e praticamente rindo de si mesmo? Que merda ele ia dizer quando ela atendesse? –  Christopher? – Dulce franziu o cenho. Ele estava mesmo ligando para ela de novo?

 – Oi, eu não te acordei, não é?

– Não, já passa das onze. Tudo bem?

– Você está em Baltimore?

 – Sim, por quê?

 – Está ocupada?

– Não, vir pra casa é puro descanso. Eu até consigo ser um pouco mimada por aqui.

 – Eu posso vê–la?

– O quê?

 – Eu pensei se você teria um tempo hoje pra fazer qualquer coisa que quiser.

– Eu tenho, mas...

– Eu estou em Baltimore. Só que eu não faço ideia de pra onde ir. Ou melhor, no aeroporto que era um pouco distante, mas nada que uns quarenta minutos de carro não resolvesse.

– Você está... Aqui?!

 – Não sei onde é aí, eu... seja lá onde for, eu posso te ver?

Ela estava em choque, sua boca estava até aberta contra o celular e levou uns segundos para ela recobrar a fala e um pouco mais para o raciocínio voltar. Christopher só sabia que havia piscado várias vezes.

– Pode – ela disse num tom de quem acabara de tomar uma decisão. – Eu moro na Greenway, ao lado dos Jardins de Sherwood. Qualquer taxista vai saber onde é. Mas, mas... você vem agora? – ela se virou para o espelho em cima do aparador da sala e olhou aterrorizada pra sua cara de sono e o cabelo desarrumado.

– Tem um hotel por aí?

 – Tem! Um pertinho daqui, o The Colonnade. Não é o Ritz, mas é super legal.

 Ele não queria saber como era, só queria vê–la e completar esse impulso doido que o fez pegar um maldito avião até Baltimore.

– Vou até lá.

– Eu o encontro lá.

– Eu vou pegar um taxi agora.

 – Fica a dez minutos daqui, Christopher. E a uns quarenta daí se o transito estiver bom.