Fanfic: Quando Eu Te Encontrar (Adaptada) | Tema: Vondy

Pouco depois, Dulce tinha colocado uma blusa que ela achava favorecê–la, uma jeans que ela também achava que conseguia embelezar seus quadris e até se dera ao trabalho de colocar uma sandália alta, para não ficar tão baixa em comparação a ele. Escolher isso foi rápido, mas ela ficou vinte minutos na frente do espelho decidindo se estava ok, se precisava de uma pinça, se devia pôr o delineador, se devia deixar o cabelo solto, se devia penteá–lo para o lado. Ainda passou uma base para dar mais brilho ao esmalte e ficou andando pelo quarto e balançando as mãos no ar. Christopher a deixava nervosa.

 – O que você está aprontando aí, Dul? – perguntou sua irmã mais velha, Rose, quando empurrou a porta.

– Nada! – disse Dulce.

– Por que seu cabelo está todo preso pra cima?

– Não posso mexer nele, minhas unhas!

 – Que diabos, garota. Pra onde você vai? – Rose entrou e olhou os pares de sapatos espalhados e a roupa da irmã.

– Vou dar uma saidinha rápida.

– Vovó vai vir aqui só pra te ver – avisou Rose.

 – Eu sei. Mas ela só chega de tarde. Rose olhou a maquiagem sobre a mesa com o espelho.

– Vai sair com quem, hein? Não é aquele babaca do Jamie, né? Se depois de ir morar em D.C. você voltar aqui e sair com ele, eu te bato.

 – Não! Claro que não.

Rose pegou o batom da irmã e destampou para olhar a cor.

– Hum... vai usar esse aqui?

– Não vou usar batom.

– E por quê?

– Por que não, só um gloss.

– Você fica muito bonita de batom forte.

– Mas vai borrar.

– Você já dispensou todos os babacas que havia aqui, então quem vai borrar o seu batom?

– Fala baixo! – Dul foi até a porta e fechou. – Daqui a pouco a Cherry aparece e estraga meu humor.

Rose sentou na beira da cama, pegou a sandália da irmã e ficou olhando o salto, pensando que depois de dois filhos, seus pés ficaram sensíveis e aquela coisa ia acabar com o pé dela.

– Ah, não. Você vem pra casa e eu te pego desesperada porque tem algum cara te esperando e você acha que não vai me dizer nada? Faço a Cherry e te deduro pra mamãe.

– Já vou fazer vinte e três, isso não me afeta mais.

Rose gargalhou. – A fedelha achando que é gente! Você sabe que pode ter quarenta. Mamãe sapateia na nossa cabeça.

 Dulce sentou à frente do espelho e soltou o cabelo. Até que estava decente, um pouco de spray de brilho, umas arrumadas e ia dar.

– Tá, tudo bem – ela soltou o ar de forma resignada. – É um cara que eu vi há umas duas semanas. Eu achei que nunca mais ia ouvir falar dele e não tive a cara de pau de ligar. Mas não conseguia esquecê–lo e aí... Pluft! Ele ligou. Fim da história. Agora some daqui.

– Dul... eu não preciso fazer de novo aquele discurso sobre o uso de preservativos, não é? Afinal, você já está na faculdade – disse Rose, muito séria.

– Sai daqui, Rose!