Fanfic: Quando Eu Te Encontrar (Adaptada) | Tema: Vondy

Sabe–se lá porque, Cody nunca foi com a cara dele. Pelo menos agora não parecia mais um adolescente revoltado com aquele cabelo espetado. Estava até com cara de mauricinho, mas que mudança. Penteara o cabelo e tudo. Só que continuava com aquele ar antipático; o garoto sempre teve esse ar de ter nascido com o rei na barriga. Christopher não ligava, mas era intrigante o garoto ter resolvido logo antipatizar com ele com quem raramente encontrava. – E aí, tudo bem? – Christopher  sabia que não era um mar de simpatia, mas ninguém podia acusá–lo de ao menos não se esforçar em situações como essa. – Tudo – Cody olhou para a irmã que lhe deu um olhar de incentivo. – Faz tempo que não nos vemos... Será que o garoto era só bobo ou tinha dificuldade de socializar? O celular de Christopher  começou a tocar, ele se afastou um pouco e atendeu. Era o segurança que estava com a sua irmã lá em Florença. Pelo jeito ela estava bem e sem aprontar nada. Desde que ela não fugisse e nem voltasse a se drogar, tudo ficaria bem. Quando ele retornou ao local, descobriu que Cody não tinha problema nenhum, ele só não gostava dele. Porque agora havia três garotas rodeando-o e ele estava com um sorriso de orelha a orelha. – Christopher! – Hillary acenou. – Anda logo, meu pai está vindo ver meu progresso. Christopher  ouviu seu celular tocar de novo e deu um aceno. – Foi mal, meu secretário, tenho que atender. Ele se aproveitou e voltou para onde esteve, depois levou o celular a orelha. – Donny? Por que diabos você está me ligando num sábado à noite? – ele perguntou, tampando o outro ouvido para escutar só a voz no celular. – Eu preciso lhe dizer algo, patrão. Não estou mais aguentando – disse Donny, com aquela voz de sofrimento. – O quê? – Estou em crise. Eu era um cara calmo e relaxado, mas isso é impossível de lidar! – Do que você está falando? Você bebeu? – Christopher  franzia o cenho. Ele escutou uma voz de mulher ao fundo que dizia “me dá isso aqui! Você enlouqueceu? Desliga isso”! – Estella? – perguntou Christopher , sem imaginar o que ela estava fazendo junto com Donny e do que o seu secretário sênior da presidência estava falando. Donny estava trabalhando com ele desde que Christopher  assumira a direção da sede do GW em Nova York, era óbvio que ele o levou quando foi promovido. E Estella assumiu o lugar que era de Donny na direção. E seu secretário costumava ser um cara calmo e controlado. Diferente de Rico, seu assessor pessoal, que era doido e estressado. – Era só o que me faltava – disse Christopher , virando–se e recolocando o celular na orelha pra ver se Donny atendia. Uma garota estava espiando por trás do tronco de uma das árvores, mas ela se virou subitamente e o olhou, enquanto bebia um gole de alguma bebida. Então ela franziu o cenho e quando abaixou o copo, ele viu uma das expressões mais sarcásticas e divertidas que já vira alguém fazer. – Sério, quem pode ser bobo o suficiente pra atender um secretário em pleno sábado à noite e no meio de uma festa? E pior, pelo jeito é um secretário pirado. Ele franziu a testa enquanto a olhava e o celular em seu ouvido emitia sons de chamada, mas ninguém atendia. – Uh... Dul... – Hillary deu um pulo para o lado dela. – Vem aqui rapidinho. Hillary alternava o olhar aflito entre a expressão séria e um tanto surpresa de Christopher  e a cara deslavada da mulher. Sim, não era uma garota abusada, ela era bem adulta. Pelo que Hillary sabia sobre christopher, estava rezando para ele não abrir a boca e dar o maior fora da vida de Dulce. Mas sabe o que se passava pela mente dele? Olhos dourados. Ele queria saber se eram de verdade, não era possível que fossem. Ele nunca vira alguém com olhos daquela cor. Com toda a iluminação da festa, ele podia ver que a íris ainda era envolvida por uma fina linha escura, como se fosse só para dar mais contraste. – Verdade – ele abaixou o celular, já que havia caído na caixa postal. – Quem seria bobo o suficiente pra isso, não é? Hillary franziu o cenho, mas não soltou o braço da mulher que assentiu pra ele. – Meu ponto exato – Dulce devolveu, no mesmo tom de antes. Christopher  virou o rosto para Hillary e aguardou, como se fosse a vez dela falar. – Seu pai – ele disse. – Lembra? – Ah! – ela sorriu. – Isso, finja que está feliz e contente. – Não vou ficar sorrindo como uma hiena – ele avisou. – Essa é Dulce  – Hillary disse de repente. – Ela é lá da faculdade – ela explicou brevemente e se virou para a garota que estava interessada em saber o que o pai de Hillary tinha a ver com o momento. – Esse é... – Christopher – ele disse abruptamente e estendeu a mão. – Legal – disse Dulce e apertou a mão dele. – Dulce Savinon – ela completou a apresentação e depois olhou Hillary. – É seu parente?