Fanfic: Quando Eu Te Encontrar (Adaptada) | Tema: Vondy

Christopher pegou o celular e discou para Dulce porque já era meio–dia e meia e ela não dera nenhum sinal de vida.

 – Dulce, onde você está?

 – No parque.

– O quê?

 – É ao lado da minha casa. Pega um táxi e diz pra te deixar no jardim de Sherwood. E coloca uma camiseta, está calor.

Ele seguiu as instruções que ela lhe deu e colocou uma camiseta de mangas curtas, a mais fresca que tinha na sua mala. Ele saiu e Marcus teve que se apressar pra alcançá–lo no saguão.

– Vai sair sem mim de novo, patrão?

– Você pode vir – disse Christopher, saindo do hotel. – Mas vai ter que segurar vela de longe – ele sorriu para o segurança. – E sem empatar.

Marcus tinha que contar essa a Don e aos outros. Ele estava com vontade até de começar a anotar num caderninho para não perder tudo que precisava memorizar. O taxi deixou Christopher no lado leste do tal jardim e ele olhou em volta. Era um belo local, mas era uma esquina inteira de puro verde, árvores, gramado e arbustos.

– Christopher!

 Dulce cortou caminho pelo gramado e correu até o encontrar. Ela havia trocado a roupa e colocado um short, sapatilhas e uma blusa fina e fresca. Ele achava que ela estava uma loucura com aquele shortinho de fim de semana. E Dul queria apertar os braços dele que a camiseta de manga curta deixava ver tão bem e se enfiar novamente entre eles para ser abraçada com força. Um abraço apertado dele era tão bom quanto o pecado, mas só de olhar, a memória era um tormento.

 – Esse é meu parque privativo, brinquei aqui a infância inteira – ela contou.

– Aprontou muito? – ele olhava–a através dos seus óculos escuros.

– Bastante – ela sorriu e o pegou pelo braço. Ela não tinha o menor pudor de fazer isso, era o contrário de todos os encontros que ele tinha. Chris tinha vontade de contar a Jared que a garota, pois seu primo ainda a estava chamando assim, gostava de puxá–lo por aí. Desde o primeiro encontro, ela achava divertido fazer isso.

 – Há quanto tempo você não anda de ônibus? – ela perguntou, enquanto eles iam pela calçada.

 – Sei lá – ele deu de ombros. Uma eternidade, muito provavelmente. O que ele ia fazer num ônibus? Para onde ele iria em um? Ela fez sinal e um ônibus parou mais à frente. Como ela correu até a porta, tudo que ele pode fazer foi correr atrás dela e entrar na maldita coisa.

– Dá umas moedas pra ele – disse Dulce e o ônibus já estava até andando novamente o que os obrigou a se segurar. Ela pediu isso já esperando que não desse certo, porque estava se divertindo. Christopher pegou a carteira e ele não tinha moedas, só notas.

– Serve?

– Você é terrível nesse departamento! – ela riu dele, tirou uma bolsinha da sua bolsa transversal e deu sabe–se lá qual valor para o motorista, porque Christopher não sabia. E o ônibus só aceitava trocado. Ela quem o empurrou para passar pela roleta e ir sentar lá para trás. Ele ia por mais essa na lista de coisas que ia editar antes de chegar aos ouvidos de Jared ou ia ser zoado pelo resto do ano.

– Isso é ótimo, esse ônibus passa nos principais pontos turísticos da cidade. Está achando interessante? – ela perguntou, sentada ao lado dele, com o braço entrelaçado ao seu e virada para janela. – Vamos almoçar quando chegar lá?

 – Estou... – ele olhou pra o interior do ônibus e para as duas senhoras que os olhavam com curiosidade e sorriram quando ele olhou para elas. – Sim, vamos. Estou faminto.

– Pro seu dia de turista em Baltimore vou lhe mostrar o porto e o Aquário Nacional. Tem um bando de animais lá e trocentas coisas pra ver.

– Eu não vou num zoológico desde que tinha uns dez anos... – ele disse.

 – Não é zoológico, é o Aquário. É muito mais interessante.

– Mas não tem vários animais sem ser marinhos?