Fanfic: Quando Eu Te Encontrar (Adaptada) | Tema: Vondy

Sem saber o que acontecia, Dul foi até lá e acabou dando um sorriso como cumprimento para ambos. Alva só ficou olhando para ela, esperando que tudo acontecesse, até que um avião caísse sobre o prédio agora, menos que Christopher se aproximasse, pegasse a mala que ela puxava e empurrasse para dentro. Mas o prédio tinha só dois apartamentos por andar, a garota não podia estar ali por engano, não é? Depois de passar pelo espaço ao lado de Alva, Dulce encostou–se lentamente a Christopher e lhe ofereceu um sorriso leve, como se lhe dissesse “oi”. E ele passou o braço em volta dos ombros dela e devolveu o sorriso.

– Belo compromisso, Christopher  – disse Alva, antes de se virar e aproveitar o elevador que ainda estava no andar. Ele só prensou os dentes por um momento e fechou a porta. Dulce levantou a cabeça e olhou–o de forma indagadora.

– Ela é uma conhecida – ele disse.

 – Acho que ela não gostou muito de mim – respondeu Dul.

 – É... eu dormi com ela umas vezes, antes de te conhecer.

Dulce levantou a sobrancelha como se ele fosse precisar elaborar aquilo. – E eu desapareci porque agora passo boa parte do meu tempo livre em D.C.

– Isso não foi uma boa despedida... – ela comentou, mas estava pouco se lixando pra fulana. É, não foi mesmo. Christopher balançou a cabeça como se isso não importasse, abraçou–a bem apertado e a beijou. Já fazia uma semana desde que a beijara pela última vez, a saudade que sentia também vinha evoluindo rápido demais.

– Desde quando você tem tempo livre? Pensei que agora eu fizesse parte da agenda.

– Nem pensar, você é só minha. Não vou cedê–la nem pra minha agenda.

 Ele a levantou e Dul passou as pernas em volta da sua cintura, depois se divertiu penteando seu cabelo com os dedos enquanto Christopher a levava pelo corredor até a sala, onde a colocou no chão.

– Bem, é aqui que eu moro.

– É legal, Christopher – ela deixou a bolsa na poltrona, avançou e deu uma olhada em seu enorme sofá cor de areia. – Espaçoso e claro. Sabe, eu até esperei algo meio sombrio...

– Por quê?

Ela moveu o ombro e seguiu sua exploração para a mesinha de centro de ferro e vidro onde havia um grande vaso negro com uma planta de folhas bem verdes que havia dado duas flores compridas de cor violeta.

 – Você tem... alguma coisa, não sei bem. Me faz pensar em algo com um toque sombrio, mesmo que seja sutil como esse vaso completamente negro abrigando uma planta de flor colorida.

– Eu escolhi isso pra você – ele disse, enquanto ia até a janela e encostava ali.

– Eu gostei, é exatamente algo que você escolheria.

Christopher só assentiu e cruzou os braços enquanto a observava em seu apartamento, finalmente invadindo sua intimidade e olhando todos os detalhes. Ela com certeza já sabia que não havia sido ele quem escolhera todos os móveis e cores e era observadora o suficiente para enxergar o que havia sido ele. Como o vaso e a estátua negra no canto, os quadros espelhados e quase incompreensíveis. Olhando bem, Christopher notou pela primeira vez que seus quadros eram um tanto sombrios, por mais que a moldura deles fosse branca e moderna.