Fanfic: Quando Eu Te Encontrar (Adaptada) | Tema: Vondy

Boa Noite

-Não. Estou perto, mas ainda não. Sua primeira vez aqui? – Não exatamente. – Bem, é a minha. Mas voltando à parte interessante, o que um cara recém-saído da faculdade faz pra um secretário doido ligar no sábado a noite? – Não sou tão recém assim e... eu tenho uma empresa – ele disse, encurtando muito a história. – Sério? – ela levantou a sobrancelha. – Ah! É uma dessas startups de tecnologia? – Também – ele disse, procurando lembrar se o GW era dono de alguma startup como essa. Provavelmente era. – O que você faz para ter conhecido a Hillary? – Eu nem lembro como a conheci. Eu faço designer de interiores na Universidade George Washington. – Bom – ele assentiu. – Acho que não conheço mais ninguém que tenha feito isso. Geralmente meus conhecidos fazem coisas mais... chatas. Dessa vez ela sorriu. – Você fez algo bem chato, não fez? – Eu realmente pareço tão tedioso? – Você tem um secretário te ligando no sábado, no meio de uma festa. Trouxe um celular de trabalho e ele toca como um despertador. – Pelo menos é um secretário pirado, isso conta, não? Ela estava novamente sorrindo para ele e Christopher teve que sorrir de volta. Ele podia adicionar o sorriso lindo que ela dava aqueles olhos incríveis. E também aquelas ondas misturadas a cachos sexies e brilhantes e ao seu tom de voz provocativo e instigante. Ele tinha vontade de começar a discutir algo com ela, devia ser divertido. Ela também era o que ele chamaria de “seu tipo” se ele tivesse um. Sinceramente, pegava o que lhe dava na telha. Mas se a partir de agora ele fosse começar a ter um tipo de mulher, podia muito bem usá–la como ponto de partida. Com certeza ia dar certo. Não que ele fosse descobrir isso com essa garota. Ele tinha uma política pessoal de nunca misturar eventos de trabalho com prazer. E como tinha um bando de gente ali no segundo andar, além do dono da casa, que trabalhava para ele, isso era trabalho. Provavelmente só ia ter tempo de pensar em prazer quando já estivesse de volta a Nova York. – Não sei. Se você disser que não tem um Pager, pode ser... – Não, pelo amor de Deus, não. Foi aí que Rico praticamente se materializou no ar ao seu lado. – Patrão, estamos com uma crise. O Donny quer pedir demissão! Christopher  nem olhou pra ele. – Some daqui, Rico. O problema é que Dulce olhou para Rico e estava interessada no que ele dizia. Especialmente porque ele começou a frase com “patrão”. – É sério, ele está surtado. Estella disse que ele estava gritando que não podia lidar com a pressão da presidência. E que essa maluquice é demais pra... Christopher  usou os dedos e prensou os lábios de Rico, fechando-os. – Quieto. Some. Rico arregalou os olhos em pânico. – Coitado! – disse Dulce, salvando Rico. Ela tocou o braço dele e perguntou. – É muito grave? – Terrível! – Rico respondeu, sem nem conhecê–la. Pela expressão de divertimento que ela fazia, Christopher sabia que isso ia voltar contra ele. E para piorar, o celular dele, o mesmo com toque de despertador, começou a tocar. De novo. Ela estava se divertindo às custas dele. – Alô? –Christopher se virou e escutou a voz de Estella. – Patrão, não vai ter jeito. O Donny vai pedir demissão, ele acabou de ter um surto nervoso. Ele disse que não aguenta a presidência, que aquilo é coisa de louco. E é demais pra ele. – É demais pra todos nós, mande–o se recompor e parar de palhaçada. Ele desligou e se virou. Para terror dele, Rico estava dizendo para Dulce que estava em D.C. a trabalho junto com Christopher e achou que ali na festa iam conseguir relaxar, mas o secretário sênior havia enlouquecido... – Rico – interrompeu Christopher. – Vai beber algo alcoólico. Agora. Dulce  se virou e tornou a espiar por trás de uma árvore, mas depois o olhou. – Então, patrão, é realmente pior do que eu pensava – ela disse. – Esquece isso. – Nem morta. Você tem um assessor pessoal? – ela abriu um sorriso, claramente achando aquilo a sua descoberta da noite. – E o trouxe pra festa! Isso foi muito legal da sua parte, de verdade. – Não vai ajudar muito se eu disser que ele costuma ir aonde eu vou se for trabalho, não é? Ela balançou a cabeça negativamente e estalou a língua. – Nem um pouco. Christopher observou–a se virar novamente, dessa vez ele não pôde evitar dar aquela olhada em tudo. Ela vinha bem empacotada no vestido mais decente e que ele vira naquela festa e que quadril bonito. De verdade, ele estava mesmo prestando atenção no formato super arredondado do quadril dela. Era algo chamativo, ao menos ele estava achando.