Fanfic: uma patricinha no morro - aya | Tema: ponny, policial, morte, sexo...

Poncho: ela falou papai, mano.

Guaraná: tá chato já.

Eu e guaraná estávamos em frente a agencia esperando a Any sair para segui-la. E eu não parava de repetir a mesma coisa, fazer o que? Eu estava bobo.

Horas depois Any saiu de taxi, mas o tapado do gasolina perderam eles de vista. Fiquei com muito ódio e voltamos para a favela infeliz.

Cheguei na boca por conta do caralho e fiquei por lá no maior tedio.

Xxxx: ei patrão, vem fumar um baseado com a agente.

Poncho: valeu Denis, tó de boa.

Nem a maconha tinha mais graça pra mim. Fiquei jogando baralho com o gasolina, mó merda a favela estar nessa paz toda.

Carla: quem ganhar me come, valeu? - chegou uma pu**ta perto da gente.

Poncho: não t ô afim - disse grosso.

Carla: qual é patrão? Virou veado?

Poncho: só não estou afim dessa tua bct arrobada, agora me deixa em paz. Ela saiu quicando de raiva, piranha.

Gasolina: rejeitar maconha já é estranho, mas rejeitar pu**ta é demais. O que tu tem?

Poncho: ih caralho, não tenho nada, véi. Ela que é mó rodada.

Gasolina: desde de quando cê liga pra isso?

Poncho: desde quando cê fica me monitorando? vsf -  levantei puto e entrei no quartinho, me joguei na cama.

A porta se abriu, porra é hoje! Por que ninguém me deixa em paz, mano? Só quero ficar sozinho, na minha.

xxxx: patrão?

Levantei a cabeça para olhar, era a Camila.

Poncho: entra ai

Ela entrou e se sentou perto de mim

Poncho: mete à bronca.

Camila: vim ver como você tá. Se ta precisando de algo.

Poncho: precisando que me deixam sozinhos.

Camila: pra pensar nela?

Poncho não viaja!

Camila: sinto falta da nossa historia.

Segurei o riso, tivemos um lance a anos atrás, mas claro ela ainda fica no meu pai.

Poncho: nosso lance já foi a muito tempo.

Ela chegou perto de mim e me beijou, um beijo bem calmo. Ela acabou me fazendo lembrar do beijo da Any.

Camila era loira como a Any e seu rosto me lembrava vagamente o da minha patricinha. Só que claro, ela perdia de dez a zero para a marrenta.

Acabei ficando algumas vezes com ela naquela tarde, sabia que era errado, mas era a solução para tanta solidão. Não fomos além de beijos, eu não estava com cabeça para mais que isso.

Logo fui pra boca e ela quis ir atrás.

Poncho: olha só fofa. Estamos ficando apenas. Não pense que mulher manda em mim, jaé?

Camila: mas poncho. Eu gosto de você

“Ninguém merece!”

Camila: e eu só queria saber uma coisa antes de você ir.

Poncho: fala - disse já sem paciência.

Camila: você me trairia?

Tentei segurar o riso, mas não deu. Ri muito e vi seu rosto ficar vermelho, com certeza de raiva.

Poncho: você só vai ser corna se dor curiosa.

Camila: como assim?

Poncho: se você nunca procurar saber, nunca vai ser chifruda.

Camila: acho que a Any procurou bastante.

Va**dia! Tocou no meu ponto fraco e claro, conseguiu me abalar. Ela continuou com sua provocação.

Camila: mas nem sempre é culpa da curiosidade. Você nem precisou se mexer para que te comunicassem que sua preferida estava dando pro seu irmão.

Poncho: ELA NUNCA DEU PRA ELE -  berrei, já fora de mim.

Camila: vai saber -  deu de ombro.

Fui pra cima da Camila, estava afim de quebrar pelo menos dez ossos daquele corpo de pré-adolescente. A raiva me consumia e eu pude ver nos seus olhos o quanto estava apavorada.

Antes que pudesse encostar nela, o rosto da Any veio a minha mente. Ela estava tão assustada quando Camila naquele momento. E eu não consegui machuca-la. Era mais forte que eu.

Poncho: some daqui, Camila -  falei baixo, me joguei na cama e afundei o rosto nas mãos.

Senti Camila se colocar entre as minhas pernas e a olhei assustado, ela tentava se movimentar sensualmente, mas só me dava vontade de rir, ela parecia uma minhoca se contorcendo.

Como eu disse antes, ela tem corpo de pré-adolescente. Em outras palavras, ela não tem nada que o Brasil goste. Se é que você me entende.

Nada contra conta as magrinhas, já peguei muitas tops. Mas não é o caso da garota em questão. Tivemos um lance a muito tempo, mas como tantas outras ela foi apenas um passatempo. Algo de algumas noites e só. Mas nenhuma das outras ficando tanto no pé como ela. Ela achou que eu assumiria ela e tal. Rá, coitada! Ninguém prende esse galinha aqui ou ninguém prendia, não sei.

Camila: poncho? Merda! Presta atenção em mim.

Afastei os pensamentos e a encarei, ela estava de sutiã. Ah claro, performance tão espetacular que nem prestei atenção.

Poncho: se veste garota - joguei a blusa pra ela

Camila: você é ridículo. Eu só queria e agradar -  disse vestindo novamente a blusa.

Poncho: tô sem tempo pra isso, flw?

Levantei da cama e peguei minha arma e as chaves.

Poncho: vai pra casa.

Camila: você acha mesmo que te roubaria a sua casa? - revirou os olhos.

Poncho: só não quero você aqui, merda! – falou nervoso trancando a porta.

Camila: hum. Posso te ver mais tare?

“que chiclete mano!”

Poncho: se tiver com vontade de te ver, eu te procuro. Não fica no meu pé porque eu vou perder a paciência.

Camila: me leva em casa?

Poncho: tem pernas pra que? – subi na moto e sai voando de lá, garota chata!

Denis: ei patrão, virou cachorro pra comer osso?

Todos riram inclusive eu

Denis: depois da Any, seu padrão caiu hein.

Eu fechei a cara e todos pararam de rir. Era um saco como ela estava presente em tudo. Como todos falavam dela, como ela permanecia em minha mente sempre.