Fanfic: uma patricinha no morro - aya | Tema: ponny, policial, morte, sexo...

Servi-me com um pãozinho e peito de peru

Any: mãe hoje terei um jantar com Fernandes e tô sem roupa.

Marichello: sem roupa? - disse mordendo um pedaço do seu bolo – seu closet esta cheio.

Any: mas não tenho nada pra hoje, fora que aquelas garotas são umas insuportáveis - disse colocando um copo de suco de laranja – e eu tenho que estar bem vestida, né?

Mari: bem vestida SEMPRE!

Any: então vamos ao shopping comigo hoje?

Mari: adoraria querida, mas vou precisar ficar no escritório ate mais tarde.

Any: poxa – fiz bico – e agora?

Mari: chama a Gabriela. Vocês se entendem bem.

Torci a boca. Eu tinha minha filha, minha mãe e Maria. Todas que eu precisava ao meu lado. Não queria novas amizades, acho que tenho dedo podre para isso e claro, pra homens também.

Mari: já ate imagino o que se passa por essa cabecinha. - suspirei – você não pode deixar de acreditar nas pessoas por causa de algumas ex-amigas.

Any: elas nunca foram minhas amigas - resmunguei.

Mari: nem sempre amizades duram, mas nem por isso foram sinceras. Cada uma tem um jeito de marcar a gente.

Any: pena que as ultimas só me marcaram do jeito errado - tomei um pouco do suco

Mari: fala serio que elas não te ensinaram nada? Não fizeram nada de bom pra você?

Any: bom, a Dulce me deu abrigo e a nina esteve ao meu lado quando ninguém estava - suspirei.

Mari: então querida. Nem tudo é eterno, elas foram importantes para te ajudar a crescer - disse sorrindo e se levantando – vou acabar de me arrumar. Beijinho - e subi as escadas.

Chamei os empregados para tomar café comigo, foi um momento gostoso. Ri muito com eles. Sabe acho que a favela foi uma etapa da minha vida, ela mim mudou, ela me amadureceu, ela me fez mãe, me fez ser mais humilde e menos uma riquinha mimada que só vivia em seu próprio mundinho cor de rosa.

Afastei os pensamentos assim que ouvi meu celular tocar. Peguei meu iphone e olhei no visor “gabs dias”.

Mordi o lábio com força

Any: me deem licença -  falei com todos a mesa e me retirei, fui ate o jardim.

Any: oi gabs

Gabi: gabiiiii, G-A-B-I.

Any: para de ser chata, eu gosto de te chamar de gabs -  rimos juntas.

Gabi: estou precisando de um “help”

Any: pode falar.

Gabi: necessito de uma roupa. Mesmo eu sendo apenas a secretaria, não quero estar mal vestida. Tive que tomar muita coragem pra te pedir, ate porque não somos tão intimas. Mas você é a única que não me trata mal - ela respirou fundo – me empresta algo pra usar?