Fanfic: uma patricinha no morro - aya | Tema: ponny, policial, morte, sexo...

Após uma serie de exames, veio um alivio; minha Any estava ótima! Depois de mais um dia em observação, ela poderia ir finalmente para casa. Confesso que quando li em vários exames que tudo estava ok; tive a vontade de esfrega-los um a um na cara daquele medico metido a sabe de tudo. Mas me controlei.

Depois de um dia lotado de visitas e flores para a loirinha, estávamos finalmente a sós naquele quarto.

Poncho: quantas flores - disse sem nada melhor para dizer

Any: pois é assim ate mim sinto importante - ela sorriu de lado.

Poncho: mas você é.

Ficamos em silencio, não sabia o que dizer e pelo jeito ela também não.

Passamos a noite trocando poucas palavras, conversamos sobre coisas aleatórias e no fundo bem sem sentido. Era um silencio sem fim que me deixava super desconfortável.

 Recebi varias ligações de mulher do morro me procurando. Mas não atendi.

Any: não vai atender? - falou irritada quando meu celular vibrou pela milésima vez em cima da mesa

Poncho: não! Não é importante.

Any: desde quando essas... Garotas não são importantes pra você?

Poncho: deste que escolhi você.

Ela deu um sorriso meio sem graça, acho que ela não tá acreditando muito nesse papo e eu não a culpo. Eu também não acreditaria em mim. Mas desta vez eu estou disposto a fazer diferente.

No dia seguinte...

Any havia recebido alta a pouco e eu ajudava a arrumas suas coisas.

Poncho: vai voltar pra favela comigo?

Any: não, poncho. Eu vou para minha casa.

“Fiquei com raiva muita raiva! Que merda, pensei que tudo voltaria ao normal.”

O medico entra, faz algumas recomendações a ela que eu nem presto atenção e sai dali.

Any: vou me arrumar, já volto.

Eu não respondi. Ela demorou um pouco no banheiro e nesse tempo, minha raiva foi passando. Percebi que estava agindo como criança, ela já reconstruiu sua vida lá. Seu trabalho, sua carreira, sua mãe e amigos, estão todos em Copacabana e eu estava sendo injusto e egoísta.

Ela saiu do banheiro minutos depois, usava um vestido branco soltinho e uma rasteirinha, estava tão linda. Nem parecia aquela garota que a dias atrás estava cheia de aparelhos. Ela mim olhou meio de lado, provavelmente porque percebeu minha expressão mudar quando ela entrou no banheiro.

A abracei e como ela é baixinha, sua cabeça ficou apoiada no meu peito.

Poncho: me perdoe, não é tão fácil pra mim deixar meu jeito explosivo para trás.

Any: eu sei que não é.

Ela suspirou e eu abracei mais forte. Era bom tê-la ali perto , era bom sentir seu cheiro novamente.