Fanfic: Alene Urquard - A Bruxa | Tema: Harry Potter

Os dias após as compras no Beco Diagonal pareciam estar passando em uma velocidade anormal, pois Alene já contava faltar apenas 3 dias para sua partida. A garota passou o mês todo lendo seus novos livros da escola, memorizando o máximo possível todos eles, tentou fazer algumas poções no seu caldeirão, usando ingredientes que tinha em casa, fazendo tônicos poções básicas que tinham no seu livro - Pegou sua varinha e ficou brincando com ela, lendo a teoria dos feitiços e treinando os movimentos, mas sem nunca poder fazer o feitiço, pois sabia que era proibido - Ficou brincando com sua nova coruja, que chamou de Nymeria, a coruja sempre voava para caçar a noite e voltava com algum rato ou um pássaro menor no bico, que fazia Alene gastar um certo tempo tendo que limpar a gaiola - Ficou olhando para as estrelas pela luneta - E vestiu tantas vezes a roupa da escola, as combinando das mais diversas formas, que sua mãe já não a estranhava de ver de uniforme pela casa.

Quando faltava apenas 1 dia, ela já deixou todas suas malas e materiais prontos e arrumados e não quase não conseguiu dormir de tanto nervosismo, e teve sonhos de Hogwarts, que até então só via algumas fotos da mesma, de ela andando por dentro do castelo e voando em vassouras enquanto soltava magias com sua varinha e então… foi acordada com o som de seu despertador. A garota se levantou em um pulo, tomou o banho mais rápido que conseguiu, se vestiu tão depressa que quase rasgou a meia-calça com tanta força, devido a sua ansiedade, arrumou a saia, a camiseta, sua mão tremia levemente e quase não conseguia amarrar o tênis. Quando ela tava quase pronta, ouviu algumas batidas na porta:

- Filha, você esta acordada? - Perguntou uma voz masculina.

- Sim pai!

Então Alene abriu a porta do quarto, mostrando estar totalmente pronta, segurando a varinha em uma mão e uma mala na outra e olhou para seu pai. Richard Urquard era um bruxo alto, com cabelos loiros lisos, tinha olhos azuis e de corpo magro, seu rosto era gentil e sempre olhava pra filha de um modo apaixonado.

- Vamos, então?! - Perguntou a garota querendo logo partir.

- Bom… - O bruxo olhou pro relógio de estrelas. - Ainda esta meio cedo, se quiser comer algo pra não desmaiar no caminho, acho que da tempo.

- Ahh, ter que esperar mais ainda.

E então a garota desceu para a cozinha, aonde comeu rapidamente alguns pães com geleia e suco.

- Você parece bem animada, filha. - Surgiu uma voz feminina em um canto da cozinha, enquanto Susan Urquard entrava pela sala. - Não te vejo assim desde quando fomos ver aquele seu time de quadribol jogar.

- Ahh, nem me lembre, aquele dia foi demais! - A garota dizia entre uma bocada e outra. - Pena que elas perderam o segundo jogo, mas mesmo assim eu realizei meu sonho de as ver pessoalmente!

Quando estava no horário de partir, as malas de Alene foram flutuando até o carro, junto com os materiais e a gaiola de Nymeria. Alene entrou correndo no carro em um salto e então eles partiram para a estação de King’s Cross, chegando lá as 10hs. Os pais de Alene colocaram as malas dela em um carrinho e foram empurrando até a plataforma 934. Então foram calmamente andando até o meio da 9 e 10, esperaram ninguém estar olhando e um a um foram entrando no grade.

Entraram em um lugar lotado de pessoas com uma grande locomotiva vermelha, aonde em cima tinha um letreiro escrito “Expresso de Hogwarts 11 horas”. Tinha pessoas de todos os estilos ali, pessoas com vestes de trouxas e outras com longas capas e vestes roxas, lilás, verdes, azuis e várias outras cores.

- Está com o bilhete ai, né? - Perguntou Richard

- Mas é claro. - E Alene mostrou o pequeno bilhete para Hogwarts.

Eles foram andando e ouviram varias outras crianças se despedindo, rindo e gritando para conseguirem serem ouvidas no meio do barulho. Alene viu quatro garotos com um pacote escrito “Feijões de todos os sabores” e eles faziam cara de nojo enquanto comia alguns das balas. Mais ao lado ela ouviu alguns garotos conversando, enquanto um segurava uma grande bola laranja com riscos pretos, que Alene achou muito estranha, parecia ser pesada, mas ela quicava no chão, e ela não conseguiu imaginar como jogavam aquilo voando em vassouras. Mais adiante, uma garota mostrava uma bela varinha ornamentada enquanto falava para outras duas:

- Sabe, meu pai mandou ornamentarem especialmente pra mim. - E a girou levemente no ar, enquanto falava com sua voz um pouco aguda e pomposa. - Eles compraram a melhor das melhores, a mais cara na loja. - E sorria enquanto as garotas em volta olhavam invejosas para sua varinha.

Alene e seus pais se aproximaram do trem e um dos funcionários ajudou a guardar as malas dela, e então um longo e agudo apito tocou na estação.

- Bom, esta na hora de ir, filhinha. - Susan se abaixou e beijou a bochecha da garota. - Espero que se divirta lá e faça muitas amigas. Enviaremos cartas sempre que pudermos.

- Aprende bastante, querida. - Richard a abraçou. - Sentirei sua falta em casa. Se esforce muito.

- Até as férias! - E Alene saltou para o trem.