Fanfics Brasil - A Mansão dos Miranda O Despertar dos Sentidos

Fanfic: O Despertar dos Sentidos | Tema: Romance, Policial, Violência, Comédia, Drama, Festa, Musical,


Capítulo: A Mansão dos Miranda

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A casa da Família Miranda é uma mansão situada no Jardim Morumbi, tem 666 m² de área total, dentro de um condomínio luxuoso. Conta com hidromassagem, salão de festas, lareira, terraço, piscina privativa, sala de jantar, adega, salão de jogos, um jardim encantador com flores de várias cores e tamanhos, quatro suítes, um escritório com uma pequena biblioteca. Arquitetura moderna e aconchegante, possuí móveis de primeira linha, flores e quadros de arte moderna enfeitam todos os ambientes, há também duas pequenas réplicas de estátuas gregas na ponta da escada que leva para o andar superior onde ficam os quartos, sofás bem espaçosos e confortáveis na sala de estar, uma mesa de oito lugares retangular e uma cristaleira com a mais fina louça fica na sala de jantar. A casa também possui um quarto de empregadas com duas camas de solteiro e um guarda roupa não muito grande, e assim é a casa que vive Júlio Miranda, Camila Miranda Guedes e Cesar Henrique Guedes.


Há uma pequena casa de dois cômodos no mesmo terreno da mansão onde vive o casal Conceição e Justino que são empregados da família a trinta e cinco anos. Maria da Conceição da Silva é a cozinheira da família, com cinquenta e cinco anos uma legítima filha do estado da Paraíba, com seu sotaque e sua cultura nordestina, cabelo um pouco grisalho, olhos castanho claro, corpo um pouco acima do peso ideal e estatura baixa. Casada com o motorista e jardineiro da família o senhor Justino da Silva, também um legítimo filho da Paraíba, de sessenta e dois anos, cabelo totalmente grisalho, olhos esverdeados, um pouco mais alto que Conceição, possuí corpo um pouco acima do peso ideal e com barriga levemente protuberante. Os dois possuem sangue quente e sempre dizem que na época de seus pais, “As coisas eram resolvidas na base da peixeira!”.


Como empregados há também a governanta Carmela Andreatta Galeone, viúva, filha de imigrantes italianos, com cinquenta e seis anos, cabelo um pouco grisalho, olhos azuis, alta e corpo um pouco acima do peso ideal, e assim como sua colega de trabalho, sangue quente que não nega sua descendência. Por isso sempre havia confusões com Conceição, sobre a cozinha italiana e a cozinha nordestina, e quem sempre apartava as discussões delas é a arrumadeira Juliana Macedo Santos, vinte três anos, paulistana, mulata de corpo bem torneado pela academia, e adora o carnaval paulistano, por isso sempre sai de passista na escola de samba que mais ama na vida, a Mancha Verde, principalmente porque é uma Palmeirense fiel ao seu time.


As duas moram durante a semana no quarto de empregada que existe dentro da casa maior, e aos finais de semana vão para suas casas com suas famílias. Dona Carmela mora na Mooca e Juliana mora na Vila Jaguara.


Aquele dia como sempre, houve confusão sobre qual seria o prato principal do jantar:


- Eu quero Polpettone que é muito mais saboroso! – fala Carmela irritada.


- Vai ser Galinha à Cabidela, essa sim é muito mais gostosa! – responde Conceição também começando a se irritar.


- Você tem que acatar minhas ordens! Sou a governanta!


- E você tem que me respeitar! Tenho mais tempo aqui que você!


- Ah! Que grande diferença de tempo. Quinze dias não é tanto tempo assim.


- Por favor. Senhoras. – murmura Juliana chegando na cozinha esbaforida – Essa discussão está chegando na sala.


- Posso saber o que está acontecendo aqui? – pergunta Camila entrando na cozinha muito brava – Não vão me dizer que estão discutindo novamente por causa do jantar?


- Não senhora! – respondem as duas ao mesmo tempo se abraçando e sorrindo para Camila.


- Vou fazer uma pergunta. Quanto tempo vocês trabalham aqui?


- A trinta e cinco anos. – responde as duas na mesma posição.


- Bom. Então tenho certeza que conheço muito bem vocês. Afinal vocês virão eu e meu irmão nascer.


- Sim! – respondem novamente as duas.


- Então qual é a do dia? – Camila murmura finalmente sorrindo.


- Eu quero Polpettone para o jantar. – responde Carmela soltando Conceição.


- E eu quero Galinha à Cabidela. – retruca Conceição.


- Vamos fazer o seguinte, Conceição. – Camila fala ainda sorrindo pela situação – Você prepara a galinha para o prato principal, para entrada você faz algumas Bruschettas com tomate, manjericão e mussarela de búfala, salada com folhas variadas e de sobremesa que tal Tiramisù.


- Muito bom. – responde Juliana sorrindo.


- Agora que acabei com a discussão, vou para meu quarto. E me chamem quando o jantar estiver pronto. – Camila continua e sai em seguida.


- Eu ganhei! – diz Carmela.


- Como assim ganhou? Ela falou galinha!


- É, mas você vai ter que fazer dois pratos italianos. – responde fazendo careta para Conceição que lhe mostra a faca em sua mão.


Camila volta na porta da cozinha para ver se a discussão acabara, e as duas percebem seu retorno e sorriem para ela. O resto da tarde passa sem mais problemas.


 


Camila, Cesar e Júlio estão sentados à mesa jantando e conversando:


- Fiquei pensando a tarde inteira, sobre o que o papai escreveu no testamento sobre mim, e acho que ele tem razão, Mila. – Júlio murmura se dirigindo à Camila.


- Hum... E só agora você se deu conta que sua vida é só de brincadeira? – responde em tom ríspido.


- Não é isso! Quer dizer... É isso... Mas... Você sabe que papai, nunca se importou com o que eu fazia ou deixasse de fazer. Meus atos nunca foram cobrados, como ele me cobrou no testamento. E por causa disso tomei uma decisão.


- É mesmo, e que decisão tomaste, cunhadinho? – pergunta Cesar, em tom irônico.


- Vou trabalhar com vocês!


Cesar e Camila trocam olhares então começam a rir. Carmela e Juliana que escutavam a conversa enquanto retiram os pratos da refeição principal da mesa e colocam a sobremesa, também começam a rir.


- Parem de rir, estou falando sério! – Júlio murmura irritado e franze a testa.


- Desculpe senhor, mas... O senhor... Trabalhando! – responde Juliana em tom sarcástico – Aí... Me desculpa por me intrometer na conversa. – fala se dirigindo à Camila.


- Não tem problema Juliana, acredito que você expressou o que todos pensamos. – Camila responde tentando conter o riso.


- É sério, o que estou falando!


- Ok, cunhadinho. E o que você pretende fazer exatamente?


- Não sei Cesar, mas para alguma coisa deve servir minha graduação em administração com ênfase em contabilidade. Deve ter algo em que eu possa ajudar.


- Tudo bem, maninho. Vamos arrumar alguma coisa para você fazer, pode deixar comigo. Já sei, manhã você vai me ajudar a realizar as entrevista para o novo executivo. O que acha?


- Mas meu amor! Achei que eu ia te ajudar com isso?!


- Você tem outras coisas para cuidar, e não quero que você preocupe-se mais com isso. Ok?


- Tudo bem meu amor. – Cesar se dá por vencido.


- E então Júlio? Vai me ajudar? – continua Camila.


- Tudo bem, já é um começo. – responde dando de ombro e continua – E te prometo que vou mudar de atitude.


- Acho bom mesmo, porque eu gostaria muito de ter sobrinhos correndo pela casa. – Camila fala após sorver mais um gole de vinho.


Júlio quase engasga com as palavras de sua irmã.


- Vamos com calma Mila! Primeiro vou mudar minha vida profissional, mais tarde, bem mais tarde, eu penso se vou mudar minha vida pessoal. Ok?!


- Eu sabia que você, não mudaria totalmente. – Cesar murmura rindo e pegando uma colherada de sobremesa e levando à boca.


- Bom. Só espero que essa mudança não demore muito, afinal você sabe que não posso ter filhos. E quero ver logo um monte de crianças correrem pela casa.


- Eu sei Mila, mas ainda não está na hora. Ok.


- Tudo bem. De qualquer forma já é um começo. Espero por você, maninho querido, pronto para tomar o café às sete e meia da manhã.


- Nossa! Tão cedo assim Mila?! – responde fazendo cara de tristeza.


- Tem gente que acorda muito mais cedo que isso para ir trabalhar, e se você quer mudar, vai ter que começar a se acostumar.


- Tudo bem. – responde resignado.


 


No restaurante Beato em Pinheiros, Simone e Eduardo tratavam de relembrar a época da faculdade.


- Bons tempos aqueles, que realmente não voltam mais. – Simone murmura em tom saudoso.


- Pois é, mas me conta qual é a notícia boa que você comentou?


- Estão precisando de um novo executivo, na Miranda Produções, que será encarregado de toda a parte de produções, ou seja, vai ser o diretor de todas as produções que a Miranda vai realizar daqui para frente. E as entrevistas são amanhã a partir das nove da manhã.


- Nossa, que bárbaro, sempre tive vontade de trabalhar lá, já ouvi dizer que o falecido dono, apoiava todas as ideias inovadoras, e que não tinha qualquer preconceito sobre quem trabalha na sua empresa.


- Como assim falecido?


- Todos na cidade que trabalham em nossa área, sabem do ocorrido. – responde em tom conspiratório – Ele morreu de enfarte dentro do seu escritório na empresa. Segundo alguns jornais os médicos tentaram de tudo para reanimá-lo, mas foi em vão.


- E ele já era de idade avançada?


- Acho que ele tinha entre sessenta e sessenta e cinco anos. Talvez tenha descoberto alguma traição do genro. Dizem que é um mulherengo incorrigível, e que adora sair com as modelos que trabalham na produtora.


- E agora com a morte dele, como vai ficar a empresa?


- Bom. Escutei uma conversa do meu chefe hoje, que é mais provável que a filha vá tomar conta de tudo, e é ela quem dirige as produções. Ah, agora estou entendendo, é por isso que eles querem contratar um novo diretor de produções, é porque ela não poderá exercer as duas funções juntas.


- Hum... Entendi... E você sabe o nome dela?


- Acho que é Camila, se não me falha a memória. E vou te dizer mais uma coisa, se você conseguir esse trabalho, o que tenho certeza que vai, você está feita na vida, amiga.


- É, foi o que pensei também. – Simone fala irradiando alegria.


- Então, por isso, não se esqueça da sua amiga aqui. Ok?!


- Como assim?


- Quero trabalhar com você.


- Vamos por partes, primeiro tenho que entrar lá. Depois se tudo der certo, peço para eles te contratarem como meu assistente. O que acha?


- Ótimo! Agora quero que me explique o que foi aquilo na recepção do seu hotel?


- Uma comédia! – responde rindo muito ao lembrar-se do episódio – O gerente foi bem atrevido comigo.


- O que aconteceu? – pergunta com olhar irradiando curiosidade.


- Foi quando pedi meu lanche. – responde depois de beber outro gole de vinho – Ele bateu na porta para me entregar e antes que pudesse fechar a porta, me perguntou se precisava de mais alguma coisa e completou dizendo “Talvez um cobertor de orelha para mais tarde?”, olhando para minha cama.


- Que absurdo! – responde rindo e completa – E o que você fez?


- E o que mais poderia fazer? Disse “Vê se enxerga!”, e bati a porta na cara dele.


Eduardo dá uma gargalhada e fala:


- Coitadinho! Que fora! Mas também amiga. Você está maravilhosa! Se eu “gostasse da fruta”, com certeza já teria te atacado.


- É, mas da fruta que eu gosto você “chupa até o caroço”. – Simone responde rindo muito.


- Fazer o que, né! – Eduardo fala dando uma piscadinha e começa a rir.


- E falando nisso, que tal me contar como andas o coraçãozinho, Dudu?!


- Ah! Nem te conto. Está sofrendo tanto por um deus grego divino. Mas ele é hetero, bom... mais ou menos e joga dos dois lados.


A conversa continua por mais meia hora e finalmente Simone volta para o hotel, cheia de esperança para o dia seguinte.


 


Na casa da família Miranda quase tudo é silêncio, o casal Camila e Cesar ainda estão acordados conversando ele deitado na cama, e ela, no banheiro com a porta mais fechada do que aberta, se preparando para deitar:


- O que está acontecendo com você, Camila? Porque está me tratando assim? – Cesar pergunta colocando o braço direito atrás da cabeça.


- Assim como?


- Está me tratando mal, não me deixa participar das suas decisões.


- Se está se referindo as entrevistas de amanhã. Já disse que você tem outras coisas para resolver, outros problemas, e quero escolher a pessoa que vai cuidar da parte mais importante da empresa. É só isso. – responde em tom descontraído.


- Não sei?! Parece que está com raiva de mim por algum motivo.


- E por acaso eu teria algum motivo para ficar com raiva de você? – ela retruca em tom desafiador.


- Não! É claro que não! Meu amor... Eu jamais te daria motivo para ficar com raiva de mim. – responde revirando os olhos.


- Eu sei da sua fama de pegador de modelos. E pode ter certeza que se algum dia eu te pegar com outra, te mato.


- Mas meu amor. Não sou nenhum pegador de modelos. Ao contrário de seu irmão!


- Vocês homens são todos farinha do mesmo saco.


- Vamos mudar de assunto, meu amor. Sai logo desse banheiro porque quero te mostrar o quanto a amo.


- É mesmo! – ela fala em tom desafiador e continua – Mas será que você consegue?  


Ela abre a porta do banheiro e finalmente aparece na porta apoiando-se de costas no batente da porta, e levantando os braços o mais alto possível. Vestida com um corset vermelho aveludado, meias sete oitavo vermelhas, presas pelas ligas do corset, luvas vermelhas sete oitavo. Seu cabelo preso com coque, e batom vermelho sangue nos lábios.


Cesar quase fica sem fala ao ver a esposa “vestida para matar”:


- Meu amor! Assim você também vai me matar do coração. – ele murmura com olhar ardente de desejo.


- E então? Você consegue? Reformulando a pergunta. Você aguenta? – pergunta soltando o cabelo e fazendo charme.


Ele levanta da cama, e lentamente aproxima-se dela, segura os braços dela no alto com força e a beija com toda a fúria que o desejo pode proporcionar. Depois de um longo e ardente beijo, a pega nos braços e a carrega no colo, a deita na cama, apaga a luz do abajur ao lado cama, e no meio da escuridão só se ouve risinhos e ruídos de amor.


Enquanto isso na cozinha, Júlio vestido apenas com uma cueca tipo short procura algo para comer e é surpreendido por Juliana vestida com uma camisola branca, curta e transparente que esconde parcialmente seu corpo.


- Ah! Me desculpa senhor Júlio – ela murmura assustada ao vê-lo.


- Não tem problema, Jú. – ele murmura com voz sedutora e sorrindo.


- Estava com sede e vim pegar um copo d’agua. – responde pegando um copo sobre a pia depois de passar bem pertinho dele, provocando-o.


- Realmente está uma noite muito quente. – sussurra olhando para Juliana dos pés a cabeça.


Ela termina de beber água e volta a passar próximo dele, porém ele a impede de passar.


- O senhor deseja alguma coisa? – pergunta sorrindo.


- Sim. Você. – então ele a agarra e beija seu pescoço.


- Por favor, senhor Júlio. – ela sussurra abraçando-o, fingindo que não quer nada com ele.


- Por favor, nada. Sei que você também quer. – murmura fitando seus olhos ao segurar sua cabeça pelo cabelo.


Os dois se beijão desesperadamente, ele a levanta e a coloca sobre o balcão da despensa, e ali começa a noite de paixão desenfreada, terminando no quarto dele depois dele carregá-la no colo escada acima.


 


O dia amanhece Carmela e Conceição já estão na cozinha preparando o café da manhã, quando Juliana aparece uniformizada e pronta para o batente, então Carmela pergunta:


- Onde você estava esta noite mocinha?


- Como assim? – responde com os olhos arregalados de surpresa com a pergunta.


Neste momento Júlio entra na cozinha cumprimenta a todas, pega uma maça da fruteira em cima do balcão da despensa e ao mordê-la olha para Juliana provocando-a. Ela sorri timidamente e ele sai da cozinha seguido pelo olhar apaixonado dela. Ela suspira e volta a olhar Carmela e Conceição, que a observa atentamente.


- O que você perguntou mesmo, dona Carmela? – ela fala como se saísse de um transe.


- Não precisa dizer! – responde Conceição ao olhar para Carmela.


- Realmente não precisa. Só te digo uma coisa. Cuidado! Ele não se fixa em ninguém. Por isso, não se apaixone. – Carmela murmura em tom de reprovação.


- Ele quem, dona Carmela.


- Não se faça de boba! – responde Conceição franzindo o cenho – Você sabe muito bem de quem estamos falando. E o conhecemos melhor que você. Afinal você está aqui à apenas um ano.


- Sei disso. Mas não se preocupe.


- Muito bem. Agora comece a arrumar a mesa para o café que já estamos quase acabando. – murmura Carmela.



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Autor(a): s._santos

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Simone abre a porta de seu quarto para receber a bandeja com o café da manhã, vestindo uma camisola de cetim na cor vinho e curto, e quem lhe entrega é o gerente do hotel. - Bom dia, senhorita. – ele murmura com sorriso torto. - Bom dia. – responde secamente pegando a bandeja. - Queria pedir-lhe desculpas pelo acontecido ontem. - As descu ...


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