Fanfics Brasil - Bloody Oasis Thirteen Stairs Less One

Fanfic: Thirteen Stairs Less One | Tema: Originais


Capítulo: Bloody Oasis

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 O vento cortava o deserto, uivando, rompendo o silêncio. Além disso, tudo que podia ser ouvido eram os meus passos afundando na areia fofa. Minha única companhia era os répteis que ali habitavam.


 Minha missão era somente resgatar Hefesto e Afrodite. Eu não sabia seus nomes reais, mas era assim que eles eram chamados na “ Sons of Liberty “, um grupo de soldados ultra treinados que deveriam executar missões black ops.


 Já fazia algumas horas que eu estava andando naquele inferno feito de areia, apenas seguindo uma coordenada que, com sorte, me levaria ao local onde meus companheiros estavam capturados. Segundo algumas informações, eles estavam sendo torturados por um grupo terrorista. Algumas horas antes, uma tropa americana tinha sido capturada em Dubhai, enquanto faziam uma patrulha pela cidade.


 A impressa não podia saber disso, afinal, o presidente enviou tropas à Dubhai para levar a paz para aquele lugar que estava infestado de terror. Seria uma vergonha o mundo saber que os pacificadores estavam sendo derrotados.   


 - Treze... – Soou a voz no comunicador que estava no meu ombro. – Lembre-se que sua missão é entrar sem ser visto. Precisamos dos soldados vivos, eles são preciosos para a continuação da operação. Falhas não serão permitidas! Cambio, desligo.


 Sempre me mandam em missões de resgate, falam que sou uma sombra, saio e entro e ninguém percebe. Mas claro, tenho que deixar minha marca, alguns membros decapitados, muito sangue, essas coisas.


                                                [ ... ]


 Após mais algumas horas de caminhada, os prédios começaram a se revelar no horizonte. O que um dia fora belos prédios, hoje são apenas grandes monumentos de concreto, que aos poucos são invadidos pela areia.


 Ao me aproximar da cidade, pude ver a miséria que havia consumido Dubhai. Depois que os terroristas dominaram os Emirados Árabes, tudo que fosse oposto aos seus métodos e deuses era morto, sem dó. Apesar de dominada pelo terrorismo, Dubhai ainda havia alguns habitantes, não mais que 30 mil. Eles viviam acuados em bairros que os americanos chamavam de “ Safe Zone “, não tão seguras assim.


 - Treze... – Novamente o rádio soou – vejo que você alcançou Dubhai. Prossiga com cuidado, soldado. Vá o mais rápido possível para o local marcado no seu GPS.


 - Sim senhor.


 - Não falhe. Cambio, desligo.


                                                 [... ]


 A lua já tinha dado as caras quando eu cheguei no local do sequestro. Além disso, já estava esfriando.


 O lugar do sequestro era uma casa de cor desgastada com o tempo, a areia já estava penetrando na casa, formando dunas por volta. As janelas e parte do telhado já tinha ido pro saco, o que facilitaria a entrada na casa. Não era uma casa grande, na verdade, era até pequena.


 Dois terroristas faziam a segurança na porta da casa, eles vestiam um casaco preto, já em farrapos e sujo pela areia e estavam encapuzados e usavam óculos de aviação com lente preta para proteger os olhos contra a luz do sol durante o dia e contra as terríveis tempestades de areia. Ambos seguravam uma AK 47.


 Peguei cover em alguns escombros, puxei a pistola do coldre, pus o silenciador, que estava em um dos bolsos do meu colete.


 - Treze, né ?- Uma nova voz ressoou no rádio. – Eu sou Dionísio. É o seguinte, você não me vê, mas eu te vejo. Vou cuidar desses dois na porta e aí você invade, mas toma cuidado!


 - Como você pretende fazer isso?


- Apenas olhe. Presta atenção, assim que eles caírem você tem que avançar. Ao meu sinal...


 Ouvi atentamente o homem, esperando um sinal para correr.


 - Agora! – Ele gritou. Disparando uma bala certeira na cabeça de um dos terroristas. Dionísio era um sniper.


 Enquanto eu começava a correr, o outro terrorista caiu sem vida no chão, deixando o caminho livre para minha passagem. Então adentrei a casa, tomando muito cuidado para não fazer barulho.


 Não tinha muitos cômodos. Umas duas portas e uma escada para o segundo andar, o chão estava soterrado de areia e havia marcas de sangue, também havia capsulas de bala, provavelmente um fuzil.


 Vasculhei o primeiro andar e não achei nada, não havia corpos, nem dogtags, nada.


 Subi o segundo andar, onde era apenas um terraço, e vi Afrodite e Hefesto no chão, com muitos ferimentos e fraturas. Cuidadosamente subi os degraus restantes, apontando a arma o tempo todo. Ao me aproximar do casal pude perceber que eles estavam vivos, apesar de todos os ferimentos. Aparentemente não queriam matá-los, só, sei lá, assustar os americanos.


 Rapidamente chamei reforços – Normalmente os americanos não podem sair da Safe Zone, eles devem ficar lá para proteger os moradores, mas nesse caso, eles tiveram que mandar uma equipe médica resgatar os feridos.


  Não demorou muito até a equipe médica chegar. Eles perceberam que Afrodite tinha um corte na barriga, provavelmente tentaram implantar uma bomba na pobre garota, iam fazer dela uma suicida, mas se fizessem esse implante não conseguiriam deixá-la viva.


 Hefesto estava numa situação menos grave, não que não fosse grave. Tinham quebrado seus pés, para que ele não conseguisse fugir, eu acho. Hefesto era um grande cientista, um grande soldado, um grande homem. Ele era o arquiteto de nossos equipamentos, daí o apelido.


 Perguntei ao líder médico se os soldados iriam sobreviver, apesar do estado crítico. Ele me disse que muito possivelmente não, mas iriam fazer de tudo para que sim.


 Um estranho bip começou a apitar depois de um tempo e vinha de Afrodite. Não poderia ser uma bomba, os médicos haviam feito uma perícia e não tinha bomba nenhuma.


 - Treze ! – O grito do general soou no rádio. – Saiam daí, agora !


 O bip aumentou.


 - Tem uma bomba na... – Uma forte explosão nos atingiu. Foi tão forte que a casa sucumbiu e fomos soterrados pelos entulhos.


                                           [...]


 6 meses depois.


 - Ele está acordando, finalmente ele está acordando!! – Pude ouvir uma voz feminina gritando – Graça aos céus!


 Abri meus olhos, minha visão ficou embaçada por alguns segundos e voltou ao normal. Vi um homem que eu nunca tinha visto antes, por que será que ele estava lá?


 - Finalmente você acordou. – ele falou, abrindo um sorriso em seguida.


 - Quem... – Uma forte pontada na cabeça me calou por um segundo – Eu te conheço? Onde estou?


 - Eu te salvei, cara. Sou Dionísio, o cara da sniper, sabe? Pah! – Ele emburrou a cara por um segundo e pensou algo, voltando a sorrir novamente – Ah, ah! Tenho que te mostrar outra pessoa que salvou sua vida. Espera um minuto que vou chamar ela.


 Por algum motivo eu tinha ficado feliz. Ele não tinha postura de soldado, parecia mais um cara bobo, não no sentido ruim da palavra “bobo”, ele parecia ser feliz demais, apesar de toda a guerra.


  E depois de alguns minutos ele voltou, trazendo consigo uma mulher. Aquela mulher me hipnotizou, não conseguia parar de olhar em seus olhos castanhos. Não era a mais linda do mundo, mas por algum motivo eu me sentia atraído por ela.


 - Ei! – Dionísio gritou pra chamar minha atenção – Essa é Aria, minha irmã, mais conhecida como Atena. Ela cuidou de você nesses 6 meses.


 - 6 meses?! – perguntei meio desesperado.


 - É, é, depois eu explico. – Ele retrucou.     


 - Prazer, meu nome é Aria, sou a líder médica da Safe Zone do Norte. – Ela disse, dando um sorriso.


 Fiquei sem reação. Não sei o que tinha dado em mim, mas eu não estava bem, nada bem.


 - Aí japonês, a Aria adora coisas do Japão. – Dionísio falou e deu umas risadinhas de canto de boca. – Quando ela era mais nova, gostava de ser chamada de “Yummy”, por causa de uma personagem daqueles desenhos.


 Ela olhou pra ele com uma fúria no olhar. Talvez isso devesse ser um segredo, ou sei lá, ela só tivesse vergonha de um apelido de infância. 



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Autor(a): Minerva

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).




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