Fanfic: Sem Querer Amei Você | Tema: Rebelde, Chaverroni, Vondy, Ponny DyC, MyC, AyA

Após entrarem no carro, Christopher ligou o mesmo, manobrou e saiu com o carro do estacionamento. Dulce estará com o seu rosto virado para o vidro, ela estará bufando de raiva, nem para Pablo ir atrás dela! Se bem que nem ela sabia ao certo se era isto o que ela queria, talvez Pablo tenha feito o melhor, ambos já haviam bebido então era melhor conversar no dia seguinte.

– Para onde quer ir? – perguntou Christopher.

– Para minha casa. – respondeu ela e Christopher apenas assentiu.

            Ele então começou a dirigir sentido a cada dela, demorou pouco menos de 10 min, já que o transito estará limpo, como já era de se esperar por ser madrugada. Quando Christopher chegou, ele estacionou em frente a casa dela e puxou o freio de mão, conhecia Dulce o suficiente para saber que ela precisava falar.

– Agora vai, me conte o que foi? – Christopher tocou a perna dela e acariciou.

– As vezes o ciúme do Pablo me irrita sabe. – Ela virou o rosto na direção dele. – Eu achava até fofo o ciúme dele no inicio, mas as vezes não é fofo. – Christopher assentiu. – Só por que estávamos de mãos dadas ele se irritou, acredita nisso? Já cansei de dizer que somos apenas amigos, mas ele insistiu em dizer que você gosta de mim. – Ela fez aspas com a mão quando disse “Gosta de mim”.

– E se ele não estivesse tão errado assim? – Sim, Christopher havia dito aquilo, nem ele mesmo acreditará no que acabará de dizer. Dulce por sua vez lentamente foi franzindo seu cenho. – E se fosse a mais pura verdade? Se ele realmente Gostasse de você? – Ele fez aspas com as mãos enquanto falava “Gostasse de você”.

– O que esta tentando me dizer? – ela o olhava com os olhos arregalados.

– O que todo mundo vê, menos você. – Christopher então olhou para frente, encarando a rua vazia, ele segurou o volante com ambas as mãos firmemente e respirou fundo, tomando coragem para dizer tudo o que precisará. Já não podia mais esconder, já passará da hora de contar a ela. – Queria dizer tanta coisa nesse momento, mas não posso me fogem as palavras... Imaginei por varias vezes esse momento em que te dizia a verdade, mas nunca passou pela minha cabeça que seria dessa forma. – Ele então a olhou. – Talvez esteja se perguntando como isso aconteceu, mas nem mesmo eu sei ao certo, acho que te amo toda a vida. – Ele deu um leve sorriso, mas era notório seu nervosismo.

Dulce estará em choque, não sabia o que dizer, como agir, estará totalmente paralisada. Mas Christopher mesmo nervoso com a situação, aproximou-se de Dulce que o observava sem ação, ele n tinha total certeza do que estará fazendo, mas deixou que pela primeira vez seu coração o guiasse, e ele o guiou para os lábios de Dulce, ou melhor, Guiou os lábios dele aos dela. Christopher tocou seus lábios nos dela e a beijou, Dulce estará tão surpresa com tudo aquilo que não fez absolutamente nada, deixou quem ele a beija-se. Ele tocou o rosto dela com a mão direita e acariciou enquanto abria tentava arranjar uma passagem para sua língua naqueles lábios que ele sempre sonhou em beijar, mas a surpresa veio a seguir quando Dulce abriu um pouco mais seus lábios dando passagem para que a língua dele explorasse todo o canto da boca dela, e era tão bom quanto ele imaginava, claro que tinha fortemente a presença do álcool, mas isso era o de menos. Dulce correspondeu aquele beijo por cerca de uns 7 ou 8 segundos e então o empurrou.

– Ain meu Deus... – Disse ela assim que o empurrou. – Isso não deveria ter acontecido! Essa conversa não deveria ter acontecido. Preciso ir. – Ela abriu a porta do carro e saiu correndo antes que Christopher pudesse impedi-la.

            Por um lado ele ficará com medo, aquele poderia ser o fim de uma bonita amizade, tinha plena consciência de que poderia se arrepender amargamente depois, mas naquele momento valia muito apena, pois ela havia correspondido mesmo que por alguns segundos e claramente aquele havia sido o melhor beijo de sua vida.

****

            Ainda na boate Pablo havia exagerado na bebida, foi só a Dulce sair com o Christopher para ele bebe como um louco e como se já não fosse o suficiente, decidiu que iria embora nem ao menos de despediu de ninguém, apenas disse que iria no bar buscar mais bebida, mas desviou o caminho e Belinda viu, não que ela estivesse o vigiando, ta legal, ela estará sim o vigiando, ela estará preocupada com a forma exagerada em que ele estava bebendo, então decidiu ir atrás dele na tentativa de convence-lo a não beber mais. Porem ele ao invés de ir para o bar foi em direção a saída e ela foi atrás dele, pois sabia que ele estava de carro e do jeito que estará bêbado poderia causar um acidente. Assim que ele chegou ao lado de fora da boate Belinda conseguiu alcança-lo uma vez que lá dentro devido a quantidade de pessoas foi impossível alcança-lo.

– Para onde esta indo? – ao escutar a voz familiar de Belinda pablo virou-se.

– Estou indo embora! – Afirmou.

– Sozinho? Nesse estado? – ela cruzou os braços.

– Não sou mais uma criança, não preciso com companhia o tempo todo. – respondeu ele dando um leve sorriso.

– Mas você bebeu além do que deveria e não esta nem um pouco apto para dirigir. – Alegou ela.

– Esta falando igualzinho a minha mãe! – Ela riu.

– Ela é uma boa mãe?

– Maravilhosa. – Respondeu ele sorrindo.

– Então fico lisonjeada com a comparação. – Ambos mantinham um sorriso no rosto.

– Na boca Bel, volte para lá. Vá se divertir, à noite pra mim já deu.

– Concordo que a noite para você já deu. – Ela caminhou até mais próximo dele parando em frente ao mesmo colocando a mão no bolso dele e retirando a chave do carro. – Vou te levar para casa. – Ele ate tentou balbuciar algo porem ela o cortou. – Não é algo que esteja em discussão, eu vou leva-lo e ponto.

            Ele nada respondeu, seria inútil apenas sorriu para mulher que estará na sua frente. Eles então caminharam juntos até o carro dele, ambos entraram, porém ela no banco do motorista e ele no carona, ela ligou o carro, manobrou e saiu com o mesmo.

– Cuidado com minha belezinha. – brincou Pablo a cerca de seu carro.

– Pode apostar que terei mais cuidado do que se fosse você dirigindo aqui agora. – ela então ligou o radio em um som ambiental. – Você não deveria beber tanto assim quando esta dirigindo.

– Não bebo, mas hoje a Dulce me tirou do serio e então acabei bebendo mais do que deveria. – disse ele jogando a cabeça para trás, relaxando no banco.

– O que aconteceu? – perguntou ele apenas balançou a cabeça negativamente indicando que não queria falar. – As vezes dividir faz bem.

– Deixa pra lá, é coisa de casal sabe, amanhã já estará tudo bem.

– Se diz. – disse ela enquanto olhava pelo retrovisor. – Mas as vezes por pra fora ajuda bem mais que encher a cara de cachaça.

– Você não entenderia. – Disse ele olhando pela janela e depois a olhando.

– Não me subestime. Que tal tentar? – Ele novamente balançou a cabeça negativamente. – É o Christopher não é? – Pablo então a olhou. – Nem tente negar, já reparei que sente ciúmes dele.

– Não posso negar. – Afirmou. Suspirou. – Sabe, você pode dizer que sou louco, mas eu sinto que há algo além, eu sinto que o que ele sente por ela vai além da amizade. E mesmo que você diga que não tem nada haver, nos homens percebemos essas coisas!

– Ah, vocês homens percebem essas coisas? Mas não parece! – Como ele poderia dizer isso se ela morria por ele e ele nem se quer notava, ou será que notava e era tão insignificante o sentimento dela que ele fingia não notar? Ela se perguntou aquilo naquele exato momento e sentiu um leve incomodo em seu peito.

– Todo homem percebe quando alguém esta ligado na nossa garota. – respondeu ele.

– Christopher é uma pessoa maravilhosa! – afirmou ela sem ao menos olha-lo.

– Não disse que não seja.

            Não demorou muito para que Belinda estacionar o carro na garagem da casa de Pablo, ela então decidiu que chamaria um táxi para dali ir para sua casa, Pablo então a convidou para esperar o Táxi em sua casa, não era hora para ficar esperando um táxi do lado de fora e mesmo que fosse não deixaria ela ali, ela havia sido tão gentil o levando para a casa que era o mínimo que ele poderia fazer por ela.  Ela então aceitou, ligou para uma empresa de táxi e passou o endereço de Pablo, enquanto aguardavam ambos entraram a casa onde Pablo vivia sozinho já que seus pais estavam morando em outro país, a cara era bonita, espaçosa, a sala era grande com dois sofás brancos, uma mesinha de centro, havia alguns porta-retratos sob a estante, Pablo a convidou para se sentar e assim ambos fizeram.

– Quer uma água, suco, alguma coisa? – Ela balançou a cabeça negativamente.

– Muito obrigada. – Ele sorriu para ela. Ela colocou uma mecha de seu cabelo para trás de sua orelha e começou a observar aquela sala. – É tudo muito organizado para um cara que mora sozinho. – comentou ela.

– Obrigada, mas o mérito não é meu. – ele riu. – tem uma mulher que vem aqui duas vezes por semana para organizar minha bagunça. – Foi a vez dela rir.

– Claro, por que não pensei nisso. Lógico que aquele Pablo bagunceiro que nunca sabia onde estava seu material não havia mudado. – ele se recostou no sofá.

– Eu não ando tão bagunceiro assim. – Afirmou enquanto ria.

– Fico feliz em saber disto. – Eles sorriram. Belinda recostou seu rosto no sofá e olhou para o teto. – As vezes sinto falta daquele tempo em que eu era uma menina.

– Não posso reclamar da minha infância, foi até bastante agitada. – Brincou ele.

– Claro, você era um dos garotos mais populares, todos te adoravam, as meninas morriam só quando você sorria para elas. – falou Belinda rindo.

– Não é pra tanto!

– Te juro que é verdade! – Ambos riram.

– Então vou começar a sentir saudades daquele tempo também. – Brincou.

– Não precisa, você continua exatamente o mesmo. – Eles então passaram a se olhar nos olhos. – Aquele garoto por quem só de olhar minhas pernas tremiam, meu coração acelerava... – a voz dela era tão suave.

            Nada mais foi dito, o contato visual que eles passaram a manter parecia dizer mais do que os seus lábios poderiam dizer, não da para dizer ao certo como começou, quem teve a culpa ou a iniciativa, o questão é que no momento seguinte Belinda estará com seus lábios colados ao de Pablo, ele a beijou, ela o beijou, eles se beijaram, seus lábios pareciam dançar em perfeita sintonia, sem finalizar o beijo ele a guiou com cuidado para cima dele, fazendo-a sentar em seu colo, ele a abraçou pela cintura enquanto a beijava, ela por sua vez, segurava no pescoço dele, ambos estavam entregues um ao outro não havia como negar, as mãos dele começaram a percorrer com cuidado a lateral do corpo dela. Foi então que o celular dela passou a tocar fazendo-o o beijo chegar ao fim, ela então mirou a tela do mesmo e depois o olhou, sabia que aquele numero com certeza era do taxista que já havia chego para busca-la, estará até um pouco atrasado mas aquilo era o de menos, ela não sabia o que fazer, mas sabia o que era certo, não era apenas o grande amor da sua infância ali, o cara por quem estará apaixonada, era também o namorado de uma das suas amigas e por mais que seu coração implorasse por ele, ela não poderia fazer aquilo, não com uma amiga. Ela então levantou-se do colo dele.

– Me perdoe. – disse ela antes de sair correndo.