Fanfic: A Sereia(adaptada) | Tema: Vondy

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OLHEI AO REDOR E TENTEI DESCOBRIR ONDE ESTAVA. Mesmo no breu da noite, o céu brilhava de um jeito estranho. Ouvi o ronco dos carros e me dei conta de que estava debaixo de uma ponte.

Virei na direção do som de pés correndo e avistei silhuetas familiares. Minhas irmãs se apressavam ao meu encontro. Atrás delas, Nova York fervilhava.

Elas correram os olhos pela praia estreita para se certificarem de que estávamos a sós. Angelique foi a primeira a se ajoelhar ao meu lado.

— Você está bem?

Fiz que não com a cabeça.

— Estávamos preocupadas com você — disse Anahí, ajoelhando diante de mim. — Você parou de cantar e logo foi embora. Onde esteve?

Fiz que não mais uma vez em meio às lágrimas.

— O que houve? — Maite perguntou.

— Estamos seguras? — perguntei entre soluços.

— Sim — ela garantiu. — Estamos debaixo da ponte de Manhattan. Não há muita gente na rua a esta hora, e o barulho dos carros abafa a nossa voz. Estamos bem.

— Onde você esteve? — Anahí levantou com as mãos na cintura e a cara fechada. — A Água disse que estava à sua procura, mas que você não respondia.

Maite pôs a mão no meu ombro para me confortar.

— Sabemos que o cruzeiro te deixou mal, mas você não precisava ter ido embora.

As palavras me fizeram estremecer de náusea ao lembrar do rosto da noiva — o rosto de Karen — e de todas as imagens que tentei esquecer quando estava com Christopher. Nada tinha mudado.

Respirei fundo algumas vezes.

— Me amordacem — supliquei.

— O quê? — Angelique perguntou.

— Me amordacem, por favor!

Anahí arrancou a camisa e a enrolou no meu rosto. Apertei a peça contra minha boca e soltei o grito mais alto que meu corpo minúsculo era capaz de produzir. A crueza gutural do som estava totalmente distante das nossas vozes delicadas, mas era sincera, mais próxima de quem eu era de verdade. Não via outra maneira de expressar a dor.

— Dulce? — Maite suplicou.

Devagar, afastei a camisa.

— Ela me deu mais cinquenta anos. Mais cinquenta anos de sentença.

Anahí xingou e Angelique ficou chocada. Maite me abraçou.

— Sinto muito. Mas pelo menos você ainda está viva.

— Estou?

Maite começou a andar.

— Vamos entrar.

Sob o cobertor da noite, nos instalamos num sobrado de arenito no Brooklyn. Enquanto as outras tiravam as roupas da mala e reorganizavam a mobília nova, chorei sentada num canto. Passei dois dias em lágrimas. Quando senti que toda a água havia saído do meu corpo, finalmente caí no sono.  

millamorais_: Não é :/

jucinairaespozani: Que pena que esteja achando isso Gatenha . Mas até te entendo em algumas partes da historia realmente dá tristeza.

Una Vondy Loca: Realmente ela é meio possessiva em relação a ela, acho que chega a ser msm.

Luana : Ai gatenha eu super te entendo. Meus pêsames por sua gatinha, eu sei como é passar por isso parece q a gente está perdendo um ente muito querido :`(. Que vida animada hein gatenha, realmente a correria na sua vida deve ser grande.

Bom gatenhas, como eu prometi, maratona pra vocês. Aproveitem!!