Fanfic: O Universo do E se... | Tema: Pensamentos, flutuações, amor, conhecer, viver, aventura,
Não demorou muito até sentir o celular vibrar.
- Dormindo essa hora? não sabe que estamos de férias? você sabe o que isso significa e quantos dias passamos dentro da sala de aula contando os minutos pra essa tão esperada hora? sim eu sei que você sabe, então porque diabos esta hibernando? enfim, não me interessa, vamos fazer algo, me diga qual será a boa de hoje?
- Primeiramente Alou, e bom dia pra você também! Não sei, tava pensando em dar uma volta no parque, minha mãe quer que eu respire ar puro e talvez se eu fizer isso ela tire da cabeça a ideia do fim de semana com o pessoal da escola.
- Porque você não quer ir? Realmente poderia ser legal, várias gatinhas, muita bebida, uma grande fogueira e claro elas morrendo de medo do escuro porque obviamente iria contar as mais terríveis historias de terror que conheço, seria um ótimo lugar pra perder nossa pureza de bons samaritanos que somos.
- A historia de quando seu boneco caiu sozinho da janela do seu quarto que por acaso estava aberta e estava ventando muito naquele momento não conta certo? e nem pensar que eu iria, só de imaginar uma barraca com um colchão que provavelmente vai estar furado porque esse tipo de colchão foi projetado pra isso, trilhões de mosquitos sugando sua alma junto do seu sangue já é motivo mais que suficiente pra passando longe desse lugar, e alias, não esquece que é frag¹ de Call Of Duty.
- Blá blá blá, Foi assustador certo, aquele boneco olhava pra mim eu tenho certeza disso, e você só sabe ver o lado ruim da coisa e o aumenta significativamente, aposto que sua alma estará salva dentro do seu corpo e duvido que quem acampa precise de transfusão de sangue no outro dia, e sobre o Call Of Duty tenho que admitir seria uma ótima ideia, porem não se esqueça estamos de FÉRIAS então a gente zera ele de olhos fechados hoje. – Eu tava começando a ficar sem argumentos, porque será que querem tanto ir nesse lugar? A um complô contra mim agora, mas como queria definitivamente desligar porque eu odeio falar ao telefone e esse assunto iria render longos minutos de replicas e treplicas, apenas tentei ignorar e ganhar um pouco mais de tempo.
- Tudo bem vou pensar, e sobre agora a tarde decidiu?
- Parque então, vou levar o meu poderoso ukulele, as garotas adoram meu ukulele - Acredito que garotas realmente se interessam por instrumentos musicas e seus respectivos usuários, quando os mesmos sabem o que estão tocando pelo menos. Você vai é passar vergonha, male mal sabe tocar 3 notas.
- Qual o problema? A maioria das musicas não precisa mais que isso, e o que importa é o estereótipo, então nesse quesito está ótimo, agora vou tomar um banho, a gente se encontra lá em 2 horas certo?
- Certo! Depois do almoçou apareço por lá, até depois.
Depois de desligar o Telefone fiquei deitado por mais um tempo sobre a cama, ela ficava encostada em uma parede branca onde tinha uma grande janela sem venezianas que era coberta por uma cortina Preta mas que deixava transparecer a Luz do dia e deixava uma luminosidade baixa porém bem visível dentro do Comodo, era um quarto pequeno, de um lado um Guarda roupa velho num tom de marrom escuro como de um Carvalho apodrecido e bastante riscado com apenas 2 portas e duas gavetas onde uma delas usava para roupas intimas e alguns bilhetes que costumo fazer, eram apenas frases sem sentido, e a outra era pra restos de objetos eletrônicos com fios e cabos de invenções que costumava montar quando estava sem nada para fazer, sempre fui curioso de saber se as coisas funcionavam de formas diferentes das quais foram criadas pra fazer, e era como se cada vez que eu mudava algo e o fizesse funcionar me tornava um grande inventor, você já teve aqueles carrinhos que tinha um motorzinho dentro que os faziam andar? Obvio que sim, quase todos já tiveram, uma vez transformei aquele motor de um carrinho meu do qual as rodas já tinham se transformado em pernas de um robô e fiz dele um motor de um barco desses de plásticos que se vende em uma lojinha de R$1,99, você acha isso bobo? Duvido que continuaria achando quando visse que meus amigos tinham que empurra o barquinho deles pra la e pra ca e eu não, o meu era automático, meus soldadinhos de plástico verde estilo os do filme Toys Story adoravam a minha tecnologia tenho certeza, isso era algo que eu tinha dês de pequeno, enquanto os outros meninos brincavam com seus carrinhos da hotwells eu modificava os que eu tinha, fazia terem suspensão regulável pelo controle e até colocava som, não tinha nada melhor que ouvir Snoop Dog no meu mine automóvel rebaixado, acredite eu era o gangster da quebrada que era feita de capas de fitas VHS, era mais fácil fazer casas assim você só precisava colocar duas em pé e uma deitada em cima e prontinho sua residência estava pronta, caso quisesse uma garagem você só colocava mais duas e virava um duplex, tentei fazer com capa de discos mas ficavam frágeis de mais, as capas das fitas era o que há de melhor, tanto que depois da muito tempo ainda tenho essas fitas guardadas em cima do guarda roupa.
Ao lado do Guarda roupa tinha uma escrivaninha onde meu notebook ficava, eu costumava usar ele mais para jogos e ver bloggers do que pra estuda que foi o motivo pelo qual Sofia me deu ele, acredito que a maioria é assim também então sem peso na consciência, ali também tinha meu caderno de desenho e uma enorme pilha de livros surrados e antigos, também avia alguns novos porém sempre gostei da forma que eles se comunicavam antigamente, quem fala Escarlate² hoje em dia? então preferia ler os livros de épocas distantes, como alguém em algum lugar um dia deve ter dito "Aprender novas palavras e seus significados nunca é demais" mesmo que elas não sejam usadas a décadas, também tinha ali uma pequena luminária com Luz direcional que usava pra ler ou desenhar a noite, eu odeio deixar a luz do quarto acesa, na outra parede havia meu playground particular ou como gostava de dizer: O Reino de Sr Pietro, nele havia uma poderosa televisão de 21 polegadas tubo onde se plugava o vídeo game e os dois ficavam sobre uma imponente prateleira tão marrom quanto o Guarda roupa e tão velha e surrada quanto os livros e ali existiam tantos ou mais livros ainda que na escrivaninha, também tinha diversos jogos de todos os gêneros, poderia dizer que é onde eu passava a maioria do tempo e nessa mesma parede que era onde eu estava com o olhar fixado agora havia diversas coisas penduradas , entre discos e fotos também tinha algumas palavras escritas aleatoriamente e que não foram parar na gaveta porque lê-las era meu portal imediato para o meu universo então por isso deixei coladas por ali, eu gostava de fazer isso, pegar o que eu sentia e escrever em um papel, é como se fosse aquelas fotos antigas que você vê e sente uma certa saudade daquele momento sabe? então, ler aquilo me fazia lembrar do que sentia quando escrevi, sentimentos engarrafados, assim que eu chavama aqueles papeizinhos, eu pendurava aquilo e todo o resto na parede por que sempre gostei de deixar meu quarto como se fosse uma enorme bagunça, não gostava de deixar lugares vazios aquilo me dava agonia, gostava de preencher tudo com um pouco do que me fazia bem ou que simplesmente fosse meu, como se fosse uma marcação de território, minhas paredes eram as muralhas de tróia, sem a parte do cavalo óbvio.
No meio daquele emaranhado de coisas penduradas havia um desenho feito a lápis em uma tela de pintura comum, porem não era um desenho qualquer, eu sempre passava um longo tempo olhando pra ele, lembro que no dia que fiz imaginava uma pessoa que mesmo não a conhecendo eu era completamente apaixonado por ela, sabe quando você sonha com alguém e você sabe que provavelmente essa pessoa não existe e mesmo assim você sente uma nostalgia de não ter ela pra si pois tudo que você queria é poder abraça-la e sentir seu corpo, toca-la e ter ela ali com você independente da situação? Você ama aquela pessoa, apesar de saber que ela não existe fora do seu sonho, pra você aquele sentimento é mais real que quaisquer coisa que poderia existir, e sim eu sei que isso pode soar meio louco, mas se isso é ser louco, então está certo, eu quero ser o cara mais lunático porem feliz que existe.
Esse desenho era simples, uma tela Branca com uma garota no meio, suas pernas cruzadas enquanto sentada carregava em sua mão uma câmera daqueles modelos antigos com grandes lentes que escondia seu rosto, seus cabelos eram ondulados e bagunçados, existia uma franja que tampava parte do rosto que a câmera não escondia, esse mistério que existia sobre seu rosto era o que me fascinava, não conseguia ligar ela a ninguém, poderia passar horas imaginando a cor dos seus olhos, qual seria seu sorriso, diversas vezes tentei imaginar ela como se fosse algumas garotas que havia conhecido porém nunca tinha encontrado um sorriso e um olhar que se encaixasse naquele semblante, poderia passar horas e horas tentando decifrar essa incógnita e por isso esse desenho imperfeito a tornava tão perfeita.
Autor(a): edrianbraz
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Acordei de súbito, não conseguia discernir o que estava acontecendo no momento, minha visão demorou alguns segundos até perceber que era Sophia que acabava de entrar e estava olhando pra mim como se esperasse uma resposta – O que? desculpa peguei no sono. - Quero saber se vai almoçar, já está qua ...
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