Fanfics Brasil - Capítulo 27 - "...Perfeita" Atraído -Adaptada

Fanfic: Atraído -Adaptada | Tema: Ponny


Capítulo: Capítulo 27 - "...Perfeita"

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Na segunda-feira de manhã, estou na sala de conferências esperando a reunião com a equipe. Todo mundo está aqui. Todos, com exceção de Annie.


Meu pai olha seu relógio. Ele começou o dia cedo hoje, e sei que está ansioso para dar início. Fico com uma pulga atrás da orelha. Onde ela está?


Por fim, Annie chega correndo, ainda com o casaco no corpo e uma pilha de pastas caindo de suas mãos. Ela parece... horrível.


Na verdade, ela é bonita, sempre está bonita. Mas, acredite em uma pessoa que já a observou mais intimamente, Annie está tendo um péssimo dia. Viu como ela está pálida? E
quando foi que aquelas olheiras apareceram debaixo de seus olhos? Seu cabelo está preso
em um coque bagunçado, que seria muito sexy se ela não parecesse tão... doente.


Ela sorri nervosa para meu pai.


– Me desculpe, senhor Evans. Está sendo uma manhã difícil.


– Sem problemas, Annie. Íamos começar agora.


Enquanto meu pai relembra seus anúncios, não consigo parar de encará-la. Ela não olha para mim nem uma vez.


– Annie, você tem aquelas projeções para Pharmatab?


É o acordo do qual meu pai estava falando para o idiota na festa do escritório. O que a Annie fechou na semana passada.


Ela olha para cima, com seus grandes olhos castanhos, parecendo que foi pega de
surpresa.


Ela não está com eles.


– Ah... elas...


Eu me inclino e anuncio:


– Eu estou com elas. Annie me deu pra eu dar uma olhada. Mas deixei em casa. Trarei
pra você o mais rápido possível, pai.


Meu pai acena e ela fecha os olhos, aliviada.


Depois que a reunião termina, todo mundo sai devagar, em fila, e eu ando ao lado de Annie.


– Oi.


Ela olha as pastas que está carregando e ajeita o casaco no braço.


– Obrigada pelo que fez lá, Dr poncho. Foi bem legal da sua parte.


Eu sei o que disse no outro dia – que tinha me cansado dela. Mas não quis dizer isso de verdade. Estava falando sem pensar,
sentindo-me frustrado sexualmente. Você sabe disso. Será que Annie sabe? Será que ela se importa?


– Preciso fazer a coisa certa de vez em quando. Pra você continuar prestando atenção em mim.


Eu lhe dou um sorrisinho, sem retorno.


E ela ainda não deu a porra de um olhar para mim. O que aconteceu com ela? Meu coração acelera quando penso em todas as possibilidades.


Será que ela está doente?
Será que algo aconteceu com sua mãe? Será que ela foi assaltada no metrô? Céus.


Annie entra em sua sala e fecha a porta, e eu fico do lado de fora, em pé. É aqui que os
homens se deram mal, galera.


Quando Deus deu à Eva aquela costela extra? Ele devia ter
nos dado algo extra também. Como a capacidade de ler mentes.


Uma vez escutei minha mãe contar ao meu pai que ela não devia ter que explicar a razão de estar irritada. Que, se ele ainda não sabia o que tinha feito de errado, então, na verdade, ele não estava realmente se desculpando.


O que isso significava? Notícias de última hora, damas: não podemos ler seus pensamentos. Para falar a verdade, também
não tenho certeza se gostaria de poder fazer isso. A mente feminina é um lugar assustador.


Homens? Não damos muitos motivos para dúvidas: Você é um otário. Você comeu minha namorada. Você matou meu cachorro. Eu te odeio. Direto. Claro. Sem ambiguidade.


Vocês, garotas, deviam tentar isso às vezes. Talvez ficaríamos um pouco mais perto de conseguir a paz mundial.


Me afasto da porta de Annie. Parece que não vou descobrir o que ela tem tão cedo.


Mais tarde naquele dia, estou em uma cafeteria com Christian, sem tocar no meu
sanduíche.


– Então, a Dulce já conseguiu te
pegar?


Ele se refere ao Massacre do Dia de Ação de Graças – caso você tenha se esquecido.


Eu aceno.


– Recebi a ligação ontem. Parece que me inscrevi para ser voluntário no próximo mês
na Sociedade Geriátrica de Manhattan.


– Podia ter sido pior.


– Na verdade, não. Lembra da Bernadette, tia do Chistopher?
Mulheres mais velhas sentem algo por mim. E não é aquela coisa de apertar a bochecha, dar batidinhas na minha cabeça.
Mas sim de apertar minha bunda, apalpar meu pacote, pedir para eu empurrar suas
cadeiras de rodas para a lavanderia para que possamos fazer algo sujo. É totalmente perturbador.


Matthew está gargalhando agora.


Obrigado pela compaixão, cara.
A campainha na porta da cafeteria toca.


Olho para cima e penso que Deus talvez não me odeie, apesar de tudo. Pois o Billy Bundão Warren acabou de entrar. Seu rosto, em qualquer outro momento, sem dúvida me
deixaria irritado. Mas agora? Ele é justamente o bundão que preciso ver. Serei bonzinho.


Eu o abordo.


– E aí, cara?


Ele vira os olhos.


– O quê?
– Escute, Billy, estava pensando, está tudo bem com Annie?


Ele resmunga:


– Não se mete na porra da vida da Annie.


Só para constar, estou tentando, e ele está sendo um babaca. Por que não estou surpreso?


– Entendo o que quer dizer. Mas, nesta manhã, ela não parecia nada bem. Você sabe
o motivo?


– Anime já é bem grandinha. Pode se cuidar sozinha. Ela sempre se cuida.


– Do que você está falando?


Então caio na real. Como um balde de água fria.


– Você fez algo com ela?


Ele não responde. Olha para baixo. Essa era a resposta que precisava. Eu o agarro pela camisa e o empurro com força. Um segundo depois, Christian aparece tentando me acalmar. Assusto o idiota só um pouco.


– Te fiz uma pergunta, filho da puta. Você fez algo com Annie?


Ele me manda soltá-lo e eu o sacudo com mais força.


– Me responde!
– Nós terminamos! Porra, nós terminamos, está bem?


Isso significa que ele terminou com ela. Billy afasta minhas mãos e me dá um empurrão. Eu o deixo. Ele arruma a camisa, me encarando. Mas eu só fico parado. Atordoado.
Ele cutuca meu peito.


– Estou indo embora. Se você colocar suas mãos em mim de novo, eu te mato, idiota.


Com isso, ele sai. Christian o observa saindo, depois pergunta:


– Poncho, que merda foi essa?


Dez anos – quase onze. Ela o amava. Foi isso o que ela me disse. Dez malditos anos. E ele a largou. Porra.


– Tenho que ir.


– Mas você nem terminou seu sanduíche


Christian se importa com comida.


– Pode comer. Tenho que voltar pro escritório.


Eu corro até a porta para... Bem, você sabe para onde estou indo.
A porta de sua sala ainda está fechada. Mas eu não bato. Entro sem fazer barulho.
Ela está sentada em sua mesa. Chorando.


Já levou um coice de cavalo no estômago? Eu também não. Mas agora sei qual é a sensação.


Ela parece tão pequena atrás daquela mesa. Jovem, vulnerável e... perdida. Minha voz é suave e cuidadosa.


 


– Oi.


Annie e me olha surpresa e depois limpa a garganta e esfrega o rosto, tentando se recuperar.


– Precisa de algo, Poncho?


 


Não quero deixá-la envergonhada, então finjo não perceber que as maçãs de seu rosto ainda estão molhadas.


– Estava procurando por aquele arquivo...


Lentamente, chego mais perto.


– Você... tem algo no olho?


Ela finge que concorda e limpa seus olhos mais uma vez.

– Sim, é um cílio ou algo do gênero.


– Quer que eu dê uma olhada? Esses cílios podem ser perigosos se não forem cuidados.


Pela primeira vez hoje, seus olhos se encontram com os meus. Parecem duas piscinas
escuras e brilhantes.


– Tudo bem.


Annie se levanta e eu a levo para perto da janela. Coloco minhas mãos em suas bochechas, segurando seu rosto gentilmente. Seu rosto lindo e cheio de lágrimas. Eu nunca quis tanto machucar alguém como eu quero fazer com Billy Warren neste momento. Tenho certeza de que Christian  me ajudará a enterrar o que sobrar dele no quintal.


Seco suas lágrimas com meus polegares.


– Tirei.

Ela sorri e mais lágrimas começam a aparecer.


– Obrigada.


Cansei de fingir agora. Eu a encosto em meu peito. Ela deixa. Coloco meus braços ao seu redor e acaricio sua nuca com minha mão.


– Você quer que eu converse com ele? Isso aconteceu... aconteceu por minha causa?


Não acredito que o idiota tenha ficado muito feliz por nos encontrar na sala de Annie, na semana passada – com ela parecendo que tinha acabado de ser comida e tudo mais. E não, eu não fiquei louco. A última coisa que quero fazer é ajudá-la a voltar com o imbecil. Mas, Deus do céu, ela está me matando aqui.


Uma lágrima por vez. Ela ri no meu peito. Parece triste.



– Fui eu.


Annie me olha e sorri, triste.


– Não sou a mesma garota pela qual ele se apaixonou. Deve ter sido difícil para ela escutar essas
palavras. É o truque mais velho de um homem. O jogo da culpa: "Não sou eu, querida. É você".


Ela mexe a cabeça.


– Ele empacotou todas as coisas e se mudou no sábado. Disse que um rompimento rápido e honesto seria melhor. Ele vai ficar com Dee-Dee até encontrar um lugar para morar.


Ela olha em direção à janela por um momento, depois suspira, desanimada.


– Acho que isso tem acontecido há um tempo. Não foi realmente um choque. Por muito tempo, meu foco foi a faculdade... e depois o trabalho. Tudo mais veio em segundo lugar. Eu parei... eu não podia... dar o que ele precisava. É que... Billy segurou minha mão no dia em que enterramos meu pai. Ele me ensinou a dirigir e me convenceu que eu era boa o bastante pra cantar em público. Billy me ajudou a preencher a inscrição para a faculdade e abriu a carta de aceitação pra mim, porque eu estava nervosa demais. Quando eu estava no programa de
MBA, ele trabalhou em três empregos para que eu não precisasse trabalhar. Billy estava comigo quando eu me formei, e veio comigo quando eu quis me mudar para Nova York. Ele sempre foi uma grande parte da minha vida. Não sei quem serei sem ele. 


 


Mulheres. Sem ofensas. Mas ela nem percebeu o que acabou de dizer. Estas são realizações dela. Desafios que ela enfrentou. O idiota estava apenas a acompanhando. Em segundo plano. Como se fosse um papel de parede. Você pode mudar a cor das paredes a qualquer momento, e elas se tornarão diferentes, mas o ambiente continuará o mesmo.


– Eu sei quem você será: Anahi Portilla, sensacional bancária de investimentos. Você é esperta e engraçada, você é teimosa, linda e... perfeita. E você continuará sendo perfeita sem ele.


Nossos olhos se encaram por um minuto, e depois eu a coloco em meus braços até que suas lágrimas diminuam. Sua voz está abafada ao sussurrar:


– Obrigada, Poncho.


– De nada


(Não seja um leitor FANTASMA, deixe seu Comentário no fim do capítulo)


 



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Autor(a): GiovannaWrite

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Apenas tarde da noite, quando entro embaixo dos meus lençóis, é que me dou conta dos desdobramentos dos eventos dehoje. Eu durmo pelado, por sinal. Você devia tentar isso. Se nunca dormiu assim, você ainda não viveu. Mas isso não vem ao caso. Ainda não tinha me dado conta de que Anahi Portilla está solteira. Livre ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • vicvelloso2 Postado em 10/11/2016 - 16:21:32

    Postaaaa

  • ana_herrera Postado em 22/10/2016 - 04:09:40

    Que peeeerfeeeiito! Ameei, continue <3

  • fersantos08 Postado em 22/10/2016 - 00:04:12

    Top demais essa Fic!!! Estou amando serio. Postaaaaa maaaaiiis

  • ana_herrera Postado em 25/09/2016 - 16:36:54

    Aiww continuue! Amando muito mesmo <3

  • vicvelloso2 Postado em 28/08/2016 - 15:02:41

    Poncho está caidinho pela Any!!

  • ana_herrera Postado em 27/08/2016 - 15:46:10

    Leitora nova!! aiwww cooontiunaa <3 Essa fic é perfeita!! Já Me considero #Adicta nela hahahaha <3 coontiinaa&#10084;

  • fersantos08 Postado em 09/08/2016 - 13:28:30

    Adorando a Fic *-* posta mais

  • isa_ Postado em 01/08/2016 - 14:07:58

    Estou apaixonada pela fic!!!!!!! Muito boa!!!! Quero Annie e Poncho juntos logo!!! Posta mais!!!!

  • vicvelloso2 Postado em 24/07/2016 - 19:23:22

    CADÊ VC??? Posta!!!!

  • fersantos08 Postado em 24/07/2016 - 13:12:06

    Q os jogos comecem hahaha #disputanotrabalho pooostaaaa maaaaaiiiiiiiis *-*


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