Fanfics Brasil - Capítulo 28 - "Grilo" Atraído -Adaptada

Fanfic: Atraído -Adaptada | Tema: Ponny


Capítulo: Capítulo 28 - "Grilo"

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Apenas tarde da noite, quando entro embaixo dos meus lençóis, é que me dou conta dos desdobramentos dos eventos de
hoje.


Eu durmo pelado, por sinal. Você devia tentar isso. Se nunca dormiu assim, você ainda não viveu. Mas isso não vem ao caso. Ainda não tinha me dado conta de que Anahi Portilla está solteira. Livre. Disponível.
O único verdadeiro obstáculo que ficava entre eu, ela e o sofá do meu escritório acabou de desaparecer. Deus do céu. É assim que o Super-Homem deve ter se sentido quando voltou no tempo e tirou Lois daquele
carro. É uma repetição. É uma segunda chance. É um recomeço.


Cruzo minhas mãos atrás da cabeça e me ajeito nos travesseiros com o maior, mais radiante e ansioso sorriso que você já deve ter visto.


Já faz quatro dias que descobri que o saco de merda terminou com a Annie. Depois daquele dia, ela voltou ao trabalho parecendo ela mesma de novo. Para os devidos efeitos, ela parecia ter se esquecido por completo do cafajeste. Mas Sophia pegou uma gripe, então Dulce teve que remarcar nosso almoço para a próxima semana.


Depois do final de semana que Annie teve, eu achei que era o melhor a ser feito também.
Ah sim. Apenas mais um detalhezinho que você deve saber: não transo com alguém
há doze dias. Doze dias. Duzentas e oitenta e oito horas sem sexo.


Não consigo calcular os minutos – é muito deprimente. Lembra que muito trabalho e nenhuma diversão deixa Poncho irritado?
Bem, a essa altura, Poncho praticamente se tornou um psicopata, entendeu?


Doze dias podem não parecer muito tempo para vocês, amadores, mas para um
homem igual a mim? É um recorde.


Não estive em uma seca igual a esta desde o inverno de 2002. Naquele janeiro, uma poderosa
nevasca cobriu a área entre três estados, com setenta centímetros de neve. Apenas
veículos oficiais podiam circular pelas estradas, então fiquei preso na cobertura com meus pais.


Eu tinha dezessete anos. Na vida de um garoto, esta é a idade em que uma leve brisa é capaz de causar uma ereção. Passei tanto
tempo no banheiro que minha mãe pensou que estivesse com alguma virose. Afinal, depois
do sétimo dia, não aguentava mais. Enfrentei todas as adversidades e caminhei até
o condomínio de Rebecca Whitehouse, no centro da cidade. Trepamos como coelhos no quartinho do porteiro do prédio de seus pais. Ela era uma garota legal.


Enfim, mais uma vez, tive que me rebaixar e bater uma punheta no chuveiro. Isso é humilhante. Sinto-me tão sujo. Não que haja algo errado com uma boa aliviada para começar bem o dia. Ainda mais se, como no meu caso, a típica noite de sábado teve que ser cancelada no último fim de semana por
causa das obrigações do feriado em família. Mas, se esta for a única opção? Bem, isso é apenas… triste.


A razão por trás do meu recém-ampliado apetite sexual? Eu culpo Anni. É tudo culpa dela.
Aparentemente, desenvolvi uma consciência. Não sei quando aconteceu, não sei como aconteceu, mas não estou feliz com isso.


Se pudesse, eu esmagaria aquele maldito Grilo Falante como uma barata. Sabe como algumas pessoas têm um radar para gays? Bem, eu tenho um radar para chutadas. Isso significa que posso sentir de longe o cheiro de uma mulher que levou um pé na bunda. Elas são alvos fáceis. Tudo o que você tem que falar para elas é que seu ex é um idiota por deixá-las, e que ele vai implorar para voltar.


Annie está agora na categoria de foras que mencionei. Seria um tiro certeiro, certo? Errado.


Aqui é onde o Grilo mete sua
horrível cabecinha de inseto.
Não consigo dar o primeiro passo. A ideia faz eu me sentir como um maldito predador.
É difícil dizer se ela ainda está se sentindo mal. Ela não parece estar, mas nunca se sabe. Pode apenas estar com uma boa
aparência. E se ela estiver – machucada e vulnerável –, este não é o jeito que a quero.


Quando rolar algo entre eu e Annie, quero que ela arranque minhas roupas e as delas também, porque não consegue esperar nem mais um minuto para eu me enfiar dentro dela.
Quero que ela fale meu nome gemendo, que arranhe minhas costas e grite por causa da
grandeza disso tudo.


Caramba e lá vou eu de novo. Estou com pau duro só de pensar nisso. Que bagunça. Não posso comer a Annie e não quero comer mais ninguém. É o desastre perfeito. Eu te disse que teria o que mereço. Está feliz agora?


Apago as luzes da minha sala e vou até a de Annie. Ela não me vê de imediato, então cruzo meus braços, me apoio no batente da porta, e fico apenas a observando.


Seus cabelos estão soltos e ela está em pé, debruçada sobre a mesa, olhando para o computador. Está cantando:


No more drinks with the guys
No more hitting on girls
I’d give it all up
And it’d be worth it in the end
If you were my lady
I would comprehend
How it feels to have something real
I would want to be a good man…


Ela tem uma voz muito linda. E o jeito como ela está debruçada sobre a mesa… quero apenas ir atrás dela e… Céus. Esquece.
Estou apenas me torturando.


– É melhor a Rihanna se cuidar – ela olha para cima acompanhando o som de minha voz e fica completamente envergonhada.


Eu peço:


– Não pare por minha causa. Estava curtindo o show.


– Muito engraçado. O show terminou.


Aponto o polegar para baixo, fazendo um gesto negativo:


– Fala sério. Estou te mandando embora. Já passa das onze de uma noite de sexta-feira e você ainda não comeu. Conheço
um lugar. Eu pago. Eles fazem um ótimo sanduíche de peru.


Annie desliga o monitor e pega a bolsa.


– Ahhh, é o meu favorito.


– É, eu sei.


Conseguimos uma mesa perto do bar e fazemos nosso pedido. A garçonete traz nossas bebidas e Annie toma um gole da margarita que pedi para ela.


– Hummm. Isso era tudo que eu
precisava.


Te disse que era bom em adivinhar bebidas, lembra?


Conversamos confortavelmente
por alguns minutos, e depois… vai vendo.


Os olhos de Annie se arregalam, com espanto, e ela se enfia debaixo da mesa. Olho ao redor. Que merda é esta?


Abaixo minha cabeça e olho para ela:


– O que está fazendo?


Ela parece estar em pânico.


– Billy está aqui. Ali em cima, no saguão em cima da pista de dança. E ele não está sozinho.


Começo a erguer minha cabeça, quando ela grita:


– Não olhe!


Meu Deus – isto é ridículo. Isso porque ela disse que tinha superado o imbecil.


– É que… não posso deixar ele me ver assim.


Agora estou confuso.


– Do que está falando? Você está linda.


Ela sempre está linda.


– Não, não com estas roupas. Ele me disse que não era atraente eu parecer tão determinada. Foi um dos motivos que fez ele terminar. Que eu… ele me disse que eu estava muito… masculina.


Você só pode estar de brincadeira. Masculino sou eu. Anahi Portilla não tem a porra
de uma célula masculina em seu corpo. Ela é toda feminina, de verdade.


Mas eu sei o que o idiota estava querendo fazer. Annie é inteligente, franca, ambiciosa.
Muitos homens – como o idiota
bundão, por exemplo – não dão conta de uma mulher como ela. Então, começam a inventar
coisas. Fazer com que aquelas qualidades pareçam desagradáveis. Algo para se ter
vergonha. Que se dane isso.

Pego na mão de Annie e a tiro debaixo da mesa. Ela olha ao redor depressa, enquanto a levo para a pista de dança.


– O que está fazendo?


– Devolvendo sua dignidade.


Esbarro em várias pessoas no caminho, causando uma pequena confusão, para me
certificar de que o idiota nos veja.


– Quando eu terminar meu plano, Billy Warren vai beijar seus pés, sua bunda e qualquer outra parte que você pedir a ele,
para te ter de volta.


Ela tenta sair do meu alcance.


– Não, Poncho, isso não é…


Eu me viro para encará-la e coloco meus braços em volta de sua cintura.


– Confie em mim, Annie.


Seu corpo está próximo do meu, seu rosto está tão perto do meu que consigo até mesmo ver as manchinhas de seus olhos. Por
que estou fazendo isso mesmo?


– Sou um homem. Sei como pensamos. Nenhum homem quer ver uma garota que já
foi sua com outro. Apenas me acompanhe.


Ela não responde. Apenas coloca os braços no meu pescoço,fazendo com que fiquemos juntos – peito com peito, estômago com estômago, coxa com coxa.


Sinto uma agonia. Uma agonia perfeita e deliciosa. Com vida própria, meu polegar desenha
pequenos círculos na parte inferior de suas costas. A música nos rodeia e me sinto
bêbado – não de álcool, mas de senti-la.


Quero ignorar como seu corpo se encaixa perfeitamente no meu. Tento me lembrar das minhas nobres intenções. Deveria dar uma olhadinha para ver se o idiota está nos
observando. Eu deveria, mas não faço isso.


Estou muito vidrado no modo como ela estáme olhando.
Talvez eu esteja me iludindo, mas juro que enxergo desejo nadando naquelas belezas claras. Desejo despido desinibido.


Eu me inclino e esfrego meu nariz no dela, para ver como fica.


Não estou fazendo isso para mim. Estou falando sério. Não estou fazendo isso, porque
ficar assim tão próximo a ela é o mais próximo que ficarei do céu. Isso é para ela. Faz parte do plano. Para ela conseguir o idiota de volta, mesmo que
ele não a mereça.


Aperto suavemente meus lábios contra os dela. É macio no começo e depois ela se derrete em mim. É aí que perco a cabeça. Ela abre a boca e eu deslizo minha língua devagar.
Depois mais forte, mais firme, mais intenso, como a descida rápida de uma montanha-russa.


Tinha me esquecido como ela é gostosa. Mais viciante do que o chocolate mais caro do mundo. Pecado. Dessa vez está sendo
diferente das outras vezes que nos beijamos. Melhor. Não há raiva por trás, nenhuma frustração ou culpa ou algo a ser provado. Não há pressa, é sensual e magnífico.


Nossos lábios se separam e forço-me a olhar para cima, quando vejo o olhar desolado
de Warren antes de desaparecer no meio da multidão. Eu me volto para Annie e encosto
minha testa na dela. Nossas respirações se misturam – estou ofegante e ela arfa levemente.


– Funcionou – digo a ela.


– O quê?


Sinto seus dedos brincando com o cabelo em minha nuca.


Quando ela fala, sua voz é ofegante. Carente.


–Poncho… você poderia? Poncho… você quer…?


– O que quiser, Annie. Peça o que quiser e eu farei.


Seus lábios se abrem, e ela me observa por um momento.


– Você… pode me beijar de novo?


Obrigado, Deus.


E quanto a você, Grilo? Não enche o saco.


· Não seja um leitor fantasma, deixe o seu Comentário·


Descupe a demora, no próximo capítulo teremos hot *-*


 



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Autor(a): GiovannaWrite

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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O trajeto até meu apartamento é um exercício de direção acrobática. Estou tentandodesesperadamente manter minha boca em Annie e não nos matar. Ela senta no meu colo,montando na minha cintura, beijando meu pescoço, lambendo minha orelha – me deixando louco. Estou com uma mão no volante e a outra entre n&oacu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • vicvelloso2 Postado em 10/11/2016 - 16:21:32

    Postaaaa

  • ana_herrera Postado em 22/10/2016 - 04:09:40

    Que peeeerfeeeiito! Ameei, continue <3

  • fersantos08 Postado em 22/10/2016 - 00:04:12

    Top demais essa Fic!!! Estou amando serio. Postaaaaa maaaaiiis

  • ana_herrera Postado em 25/09/2016 - 16:36:54

    Aiww continuue! Amando muito mesmo <3

  • vicvelloso2 Postado em 28/08/2016 - 15:02:41

    Poncho está caidinho pela Any!!

  • ana_herrera Postado em 27/08/2016 - 15:46:10

    Leitora nova!! aiwww cooontiunaa <3 Essa fic é perfeita!! Já Me considero #Adicta nela hahahaha <3 coontiinaa&#10084;

  • fersantos08 Postado em 09/08/2016 - 13:28:30

    Adorando a Fic *-* posta mais

  • isa_ Postado em 01/08/2016 - 14:07:58

    Estou apaixonada pela fic!!!!!!! Muito boa!!!! Quero Annie e Poncho juntos logo!!! Posta mais!!!!

  • vicvelloso2 Postado em 24/07/2016 - 19:23:22

    CADÊ VC??? Posta!!!!

  • fersantos08 Postado em 24/07/2016 - 13:12:06

    Q os jogos comecem hahaha #disputanotrabalho pooostaaaa maaaaaiiiiiiiis *-*


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