Fanfic: Amor Perigoso | Tema: Vondy
5 horas depois.
Narrado por Christopher.
Eu não consigo entender o porquê de fazerem isso comigo. Um sequestro? Mas em troco de quê?
Já estou acordado há três horas e ninguém apareceu, nem para me bater, ou para me matar, para nada. E eu estaria feliz se estivesse apenas acordado. No entanto, as palavras daquela mulher não saem da minha mente.
“Lembra de mim, Christopher?”
Quando tento me levantar, me dou conta de que estou amarrado, só que agora em uma pilastra de ferro.
- Pelo menos não botaram aquela fita... - digo com desdém.
Encosto a cabeça na pilastra e fecho os olhos. Os passos lá de fora são estridentes.
- Alfonso, não podemos matá-lo. Temos que tirar dinheiro da família dele primeiro... - ouço a voz daquela mulher dizer.
Anoto o nome em minha memória.
- Okay Dul, você quem sabe. Só tome cuidado, ele é bem espertinho. - diz o homem.
Dul?
- Vou ver como ele está... - diz a mulher. - Nos falamos depois?
- Claro. - o tal Alfonso responde. - Cuidado hein!
Assim que o diz, escuto passos se distanciando. Ouço um click na fechadura da porta e fecho os olhos rapidamente.
Narrado por Dulce.
São dez e meia da noite. Uma hora perfeita para tirar coisas do escolhido...
Quando entro no cativeiro, vejo que ele está dormindo. Se não o conhecesse bem, diria que se parece com um anjo...
- Porquê você tem que ser assim? - digo enquanto o observo. - Tudo poderia ter sido tão diferente...
A respiração dele está calma e sua mente vaga á algum lugar... Fecho os olhos e respiro fundo.
- Vamos lá, acorde Christopher. - falo em um tom mais alto.
Ele nem sequer se mexe.
- Se eu ter que acordar você, será com uma facada nas pernas.
Ele rapidamente abre os olhos.
- Resolveu acordar, bebê? - pergunto sorrindo com deboche, enquanto cruzo os braços.
- Não te dou permissão para me chamar assim. - ele diz, friamente.
Franzo o cenho.
- Não preciso da sua permissão para nada. - digo. - Vamos direto ao ponto, sim?
Ele fica sério. Mais do que já estava.
- Bom, - eu começo. - quanto acha que você vale?
- Minha família não vai te pagar nada. Não temos dinheiro.
Eu finjo acreditar.
- Bom, então sendo assim, acho que vou ter que apelar...
Ele solta uma risada alta, claramente sem ser afetado.
- Acha que sua namorada aguenta um jato de... - eu finjo pensar. - Cortes bem profundos?
- Não se meta com Belinda! - ele diz imediatamente. - Juro que não temos dinheiro.
Eu o olho secamente.
- Seus juramentos não me valem de nada. - ele arqueia as sobrancelhas. - Diga logo, quanto acha que vale?
- Porquê minha opinião importa pra você? - pergunta.
Dessa vez, eu solto uma risada alta.
- Christopher, não se iluda. Eu pouco me lixo pra você. - explico. - Acontece que o patrão quer apenas... Saber sua auto-avaliação. Compreende?
Ele vira o rosto para o outro lado.
- Está perdendo seu tempo. - diz.
É incrível como esse homem tem o dom de me irritar.
- Tudo bem escolhido, você quem pediu.
Viro-me para o outro lado e pego o celular do bolso. Disco o número do meu agente, e ele atende de pronto.
- Pablo? - pausa. - Sabe aquela loirinha? - pausa. - Pode fazer o serviço.
- Não! - ouço Christopher gritar.
Sorrio.
- Beleza, até mais tarde. - digo e desligo o telefone.
Me viro para ele. Seu rosto está vermelho e suado.
- Prontinho, carneirinho. Você assinou o atestado de óbito da sua queridinha.
Percebo que a respiração dele está mais acelerada.
- Por favor, eu preciso de um remédio. - ele diz.
Eu rolo os olhos.
- Acha que sou burra? Não vou cair no seu papinho.
Narrado por Christopher.
Tenho dificuldades para respirar.
Sinto uma mistura de raiva, tristeza e sufoco.
Meu rosto está úmido por causa do suor e meus olhos lacrimejam.
As cordas amarradas em meus braços estão me apertando demais e é como se eu estivesse morrendo aos poucos, de diversas formas.
- Por favor. - peço com dificuldades.
Ela ri da minha cara.
Tenho vontade de socá-la, mas não posso e nem consigo.
- Nossa, como você atua bem! - ela diz sorrindo. - Foi isso que fez nos nossos tempos de colégio?
Eu nunca pensei que isso voltaria á acontecer. Meus médicos me garantiram que eu estava curado, no entanto...
- Eu não estou aguentando! - tento mais vez.
De repente, minha voz some, minhas pernas enfraquecem, meus olhos vacilam e tudo que sinto é minha cabeça batendo no chão.
Narrado por Dulce.
Ele desmaiou.
Inacreditável. Só pode estar fingindo, concerteza.
- Carneirinho? - eu digo relutante.
Ele nem se mexe.
- Ai meu Deus.
Corro até ele e percebo que está suando frio.
Sua roupa umideceu perante a quantidade de suor e sua pele exibe um claro tom de vermelho rosado.
- Ei, Christopher? - digo começando á me desesperar. - Pelo amor de Deus, fala comigo! Você não pode morrer, não agora.
Pego sua cabeça e apoio em meu colo.
Ele abre os olhos vagamente.
- Á-Água. - ele diz - Água.
Solto o seu corpo e corro até a mesa, pegando uma garrafa de água pela metade.
Quando volto, despejo tudo em sua boca.
- Você está bem? - pergunto desesperada. - Fala comigo, por favor.
Sua respiração volta aos pouquinhos.
- Eu te odeio. - ele diz lentamente. - Com todas as minhas forças.
Estou tãão feliz com a minha fanfic (desculpem, sabem como é né? Sou meio que escritora de primeira viagem hihihi) Espero meeesmo que vocês estejam gostando!
Obrigada aos que favoritaram, isso me deixa imensamente feliz!
Um beijaço, até amanhã <3
Autor(a): bia2b
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