Fanfics Brasil - Surpresas Como o Azul Royal Ace High School - Borboletas e Mariposas

Fanfic: Ace High School - Borboletas e Mariposas | Tema: Original, romance, yaoi


Capítulo: Surpresas Como o Azul Royal

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“Intenso como o Azul Royal, foi ver-te ao meu lado e saber que o seu amor não é meu.” - Dan Andrade.


Não aguentava mais as risadinhas que os Azures davam ao me ver. Leon disse que não era para eu me importar, mas era impossível se manter bem com tudo o que vinham falando.


 – Soube da história do asiático que sofreu bullying? – Perguntou Leon naquele fim de dia, eu apenas fiz um não com a cabeça. – Parece que ele tentou agarrar um Ethon no banheiro e desde então vem sendo alvo de piadas o tempo todo.


Meu corpo doía pelo paintball e a bala daquele jogo acabou marcando bastante a minha pele. “Ah” Esbravejei com o toque de Leon que passava uma pomada qualquer onde a bala me acertara. Eu não era bem a pessoa mais informada desse mundo, mas eu soube sobre o asiático ao qual Leon falara, era difícil alguém não saber sobre isso.


– Ouvi sobre isso uns dias atrás. – Respondi ao maior que continuava fazendo uma leve massagem na minha barriga.


Era estranho ver ele fazendo algum tipo de caricia em mim e mais estranho ainda era eu estar gostando daquele toque. Podia ser curioso o fato de eu e Leon termos nos dado tão bem, não éramos amigos como eu e o Theo, nem éramos confidentes como eu e o Paul, mas eu sentia-me bem próximo a ele.


– Acho que vai ajudar. – Disse o maior acabando com o toque.


Peguei a camisa vestindo a mesma.


– Eu não te vi no meio da disputa hoje parecia que você não estava lá. – Falei curioso enquanto sentava ao lado do moreno.


– Acertaram-me no início das partidas. – Respondeu-me Leon retribuindo o sorriso. – Digamos que se eu depender de sorte minha vida seria um desastre. Você até que durou nas partidas, te vi correndo de um lado para o outro.


Sorri com a observação do maior que retribuiu com seu belo sorriso, os olhos fixos aos meus não ajudavam muito na minha ação de pensar para responder.


– Às vezes eu prefiro fugir a tentar algo que me parece arriscado ou duvidoso, meio que virou uma característica minha. – Fitei o chão, não queria me lembrar sobre aquilo que me consumia naqueles dias.


– Eu também fazia isso. – Respondeu Leon fazendo-me voltar a fita-lo. – Mas depois de um tempo você olha aquilo que ficou para trás e o único sentimento que resta é o arrependimento.


Eu sabia bem o que era um arrependimento, mas a minha característica fugitiva apenas me fazia ignorar aquilo que eu queria.


– Gosto de conversar com você Andy. – Falou Leon me tirando dos meus devaneios.


Queria responder ao mais velho, disser a ele que também gostava de conversar e de passar um tempo ao seu lado, mas apenas fugi daquela vontade, como sempre fazia.


–--------------ACE----------------


O barulho na sala estava ensurdecedor, a professora de laboratório tentava ao máximo fazer os garotos vestidos com suas batas brancas pararem um pouco com aquele burburinho.


Theo com seus grandes óculos de proteção, parecia não se incomodar com eles que insistiam em escorregar pelo seu fino nariz fazendo-me rir a cada tentativa de manter os óculos no lugar certo.


– Por que você não tenta pegar óculos menores? – Perguntei ainda rindo com a cara de contrariado que o menor fazia.


– Esse era o menor tamanho. – Respondeu Theo.


Eu e o moreno resolvemos ficar em dupla na aula da professora Menny, a loira era extremamente animada e acolhedora.


Podia sentir os olhares de alguns alunos que me encaravam e davam aqueles risinhos malditos. Sinceramente não estava mais aguentando aquilo.


Olhei para o microscópio vendo as amostras para identificar as estruturas basófilas, tirei as mechas de meu cabelo que cobria minha visão. “Núcleo da célula” Pensei vendo a cor da amostra mudando devido ao uso da Hematoxilina.


– Parece que não vão esquecer por bastante tempo a sua cara de “Não sei o que fazer”. – Falou uma voz atrás de mim assustando-me.


Era ele, aquele garoto com o aroma amadeirado; o motivo das risadas era tudo culpa dele.


– Marc Perry, a que devo a honra? – Falei irônico olhando para os olhos extremamente escuros do maior. – Veio ver se eu estava bem ou veio saber como foi a sensação de me fazer passar vergonha?


– Calma Ciano, eu realmente não achava que iria ter tanta repercussão. – Era muita cara de pau. O maior abria aquele sorrisinho irritante de sarcasmo.


Apenas fingi em não ver o ato do mais velho. Se ele achou que eu ia reagir as brincadeiras ele estava muito enganado. Virei na direção das laminas do microscópio em cima da mesa na tentativa de ignorar Marc.


– Professora! – Chamei a atenção da senhora Menny. – Posso ir no banheiro? – Perguntei saindo da sala ao receber sua autorização, deixando para trás os objetos de segurança que usava.


Não sabia qual era o problema, mas toda vez que eu vejo o “príncipe da Disney” mimado, eu começo a suar frio, a raiva vem e tudo parece intenso e caótico.


Os corredores vazios devido ao horário de aula passavam rapidamente. Olhei para as portas a frente, era incrível que em um colégio para garotos tivesse os banheiros para garotos e garotas.


Entrei no banheiro de porta azul, não era difícil achar algo com aquela cor no colégio.


Fui em direção à pia abrindo a mesma e sentindo a água fria que com o tempo ia se tornando mais quente e atrativa. Molhei levemente o rosto queria esquecer sobre Marc, a copa estudantil e outras coisas que andavam me estressando principalmente... "deixa para lá" falei para mim mesmo.


Meu rosto parecia cansado, meus cabelos avermelhado pareciam a única coisa em mim que não mudou.


– Olha quem está aqui. - Virei imediatamente vendo o moreno Azure. É perseguição, só pode. Não aguentava mais aquilo.


– Já vou indo. - Falei enxugando rapidamente meu rosto no terno azul escuro.


Com passos largos e rápidos fui em direção da porta. Não queria nem um pouco ficar ali junto de Marc.


– Espera! - Falou imponente segurando meu braço impedindo-me de continuar. Com ato acabei parando de costas para o maior. – Eu quero muito falar com você...


– Eu não te entendo Marc Perry, você me faz passar uma baita vergonha e ainda acha que está no direito de me fazer te escutar. - Pela primeira vez eu pude falar aquilo que parecia engasgado em minha garganta. – Eu tenho sido constrangido todo dia por causa da sua brincadeira, fiz os cianos perderem pontos do torneio e eu não estou nada bem.


Ofegante, virei para sua frente parando para olhar o moreno. O maior olhava para o chão talvez surpreso pelo meu repentino surto.


– Eu peço desculpas - falou Marc ainda fitando o chão. - Mas, você não acha que isso é culpa sua.


Fiquei perplexo com o ele.


– Como assim a culpa é minha? – Indaguei.


Seus olhos fitavam-me agora e pareciam diferentes daqueles que pareciam levemente culpados. De uma hora para outra a confiança novamente estampava em sua fase.


– Você podia ter simplesmente me beijado. - Não consigo descrever a raiva que senti. Cerrei os punhos em reflexo.


– Eu queria acreditar que a nossa conversa seria algo sério, mas parece que no fim você só consegue ser esse garoto irônico o qual não sabe quando deve parar. – Falei com raiva.


O toque do termino das aulas se fez presente, os corredores antes vazios agora já deviam estar sendo ocupados. E eu ali naquele banheiro parado "E se alguém entrasse naquele banheiro?" Perguntei a mim mesmo não me importando com a resposta.


Como que de surpresa o maior diminuiu o espaço antes presente entre nós. Podia sentir a sua respiração e seu cheiro amadeirado tão perto de mim.


– Quando eu falo sério... - Sua mão foi até minha nuca me prendendo a si. - Eu realmente falo.


Seus lábios foram aos meus, aqueles lábios que apesar de macios também eram maliciosos, assim como sua língua pedindo passagem em minha boca. Não sabia como agir a aquilo, sua boca quente envolvia a minha e eu não tinha noção do que fazer.


Minhas pernas ficaram fincadas no chão e meu corpo parecia paralisado, porém uma força inesperada me fez empurrar o maior e conseguir sair dali. Corri, e mais uma vez eu fugia.


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Minha cabeça a mil combinava perfeitamente com as minhas pernas que corriam pelo prédio dormitório da Ciano. Mudei a rapidez dos meus passos diminuindo a força até parar de frente à porta de número 34. Bati uma vez, mas não conseguia esperar, forcei a maçaneta abrindo a porta e entrando no quarto.


– Paul eu precis... - Tentei falar, mas parei ao ver uma cena a qual eu me senti extremamente constrangido.


O garoto de cabelos brancos, agora parado olhava para mim. As respirações ofegantes dos dois, o corpo do mais velho em cima do outro, os dois pelados e eu ali parado no meio do quarto interrompendo algo no qual eu nunca iria querer presenciar.


– Andy... – A voz de Paul saia falha.


O garoto em baixo do mais velho tentava ao máximo cobrir seu corpo com o lençol.


– Que vergonha! – Disse o outro, asiático por sinal.


“Asiático?” Pensei, então era ele o famoso asiático que deu em cima do garoto da Ethon. Nunca pensei que iria conhece-lo naquele estado, mas algo me dizia que ele não teria capacidade de dar em cima do garoto da irmandade azul esverdeado.


– Então era por isso que você sabia sobre aquela história. – Falei olhando para Paul que acabara de vestir algum tipo de roupa.


Reparei minha indelicadeza e virei de costas para cena.


– Desculpem a minha falta de educação. – Disse para os dois que pelos sons do quarto pareciam estar procurando pelas suas roupas.


– Andrew. – Disse o asiático. – Você poderia pegar minha cueca, ela está embaixo do seu pé.


Minhas bochechas ficaram extremamente coradas. Olhei para o chão vendo uma cueca Box listrada no chão, peguei rapidamente a peça de roupa jogando-a para o asiático e me mantendo de costas para os dois.


– Posso saber o que você veio fazer aqui? – Perguntou Paul. – Andy, você já pode virar.


Virei para trás e parecia que nada havia acontecido há minutos atrás. Não queria enrolar apenas fui direto ao ponto.


– Paul, o Marc me beijou. – Falei vendo ambos ali presente mudarem suas expressões e me olharem perplexos. - E apesar de odiar aquele garoto, eu gostei.


As últimas palavras saíram sem minha permissão assustando tanto aos dois como a mim mesmo. Eu não queria admitir, mas era a pura verdade.


 




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Autor(a): sprince

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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"Tudo que for azul, belo, puro, com cheiro de magia, com ar de sinceridade e na forma de um sorriso, me atrai". – Juliana Franco. Uma atmosfera estranha tomou conta do quarto do garoto de cabelos brancos. Sentamos na cama do mais velho, um olhando para o outro, esperando alguém começar. – Isso está ficando desconfortável. &n ...


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