Fanfic: ♥ Arrebatados ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Fiz o que fiz por motivos pessoais, porque não queria ver meu irmão feliz com você. Alfonso sempre teve tudo o que quis e eu não queria que ele também tivesse você.

Mas Leonor é uma covarde e diante do ataque de fúria do Alfonso, ela confessou tudo e disse que a ideia foi toda minha e realmente foi. Ela concordou, mas quem bolou tudo fui eu. Eu a trouxe a fazenda, como fiz naquele dia que você estava lá e a conheceu. Alfonso não teve culpa de nada.

Não vou pedir que me perdoe, porque para isso eu precisaria estar arrependido e não estou. Infelizmente você foi uma das armas que tive que usar você pra atingir meu irmão. Agora o mal está feito, fui descoberto, Alfonso sabe a verdade. E agora você também.

Sem mais. Christian.

Anahí enxugou o rosto e largou a carta sobre a mesinha. Nunca poderia imaginar que Christian havia feito aquilo com ela. Lembrou do dia em que Chloe havia desaparecido graças à ele, de tudo o que ela conversou com ele, de ter convencido Alfonso a não culpa-lo e agora ele havia feito aquilo com ela.

Alfonso se aproximou e a abraçou. Suspirou aliviado quando ela não o empurrou. De todas as pessoas ela havia sido a que mais se machucara no meio daquilo tudo. Esse foi um dos motivos pra ter impedido Christian de dizer que estava apaixonado por ela. Alfonso é que estava determinado a contar aquilo.

- Me perdoa! - ele sussurrou, beijou seus cabelos antes de se afastar. - Em parte a culpa é minha. Eu nunca deveria ter me envolvido com a Leonor. - acariciou o rosto dela, enxugando suas lágrimas. - Me perdoa por não ter me colocado no seu lugar, eu deveria ter esperado você, tentado te apoiar de alguma forma como Gustavo e Christopher fizeram. Só me dei conta da besteira que tinha feito durante o casamento do Ian. Vendo você no altar com a Chloe eu percebi que faria o mesmo no seu lugar.

Anahí o encarou sem acreditar no que estava ouvindo.

- Me perdoa por ter sido um egoísta. Eu não devia ter ido embora do aeroporto, devia ter arrastado você de lá ou então tomado o próximo avião pra Zurique.

- Você estava lá? Não foi imaginação então? - Anahí sempre se perguntara se Alfonso realmente estivera no aeroporto. Finalmente tinha a resposta.

- Eu estava lá! Me perdoa por ter dado as costas pra você. Se o Christian e a Leonor não tivessem arruinado tudo, eu teria te falado tudo isso no jantar.

Anahí abaixou a cabeça suspirando, sentia o mundo todo girar em volta dela.

- Eu entendo se você não quiser me perdoar, mas me dá uma chance pra reconquistar você, pra reparar todo o mal que eu te causei e deixei outras pessoas causarem. Juro que vou dedicar minha vida a fazer você feliz, nunca mais vou deixar alguém te machucar, mas se mesmo assim te machucarem eu vou estar lá pra cuidar de você. E se for pra te fazer chorar que seja de alegria.

- Eu preciso pensar. Eu to muito confusa Alfonso. - mordeu o lábio inferior. - Eu estava achando que você tinha me humilhado, estava determinada a odiar você, e agora... - suspirou. - Não sei o que fazer.

- Tudo bem, eu sei que eu te machuquei muito e meu irmão e Leonor ajudaram a piorar tudo. - ele assentiu sentindo seus olhos marejarem. - Eu vou dar o tempo que você precisa pra pensar, só não some outra vez ok? Quando seu pai disse que ninguém sabia de você, eu achei que ia ficar louco sem notícias suas. Por sorte Gustavo acreditou em mim e me deu seu paradeiro.

Anahí enxugou o rosto sem dizer uma palavra. Alfonso deu alguns passos atrás, não havia mais nada que ele pudesse dizer, já havia colocado todas as suas cartas na mesa, agora teria que esperar.

- Eu... Eu vou ficar num hotel do outro lado do lago. - forçou sua voz a sair. - Não quero forçar você a minha presença então amanhã mesmo eu vou voltar pro México. Posso só te pedir uma coisa?

Anahí assentiu sem conseguir responder, os olhos fixos nele.

- Se você decidir que não quer mais nada comigo, você me avisa? Pode ser uma mensagem, um e-mail, você não vai precisar olhar na minha cara se não quiser. Só me diz o que você decidiu ok?

Anahí assentiu chorando silenciosamente.

- Eu vou esperar então! - ele forçou um sorriso e deu as costas.

Anahí mordeu o lábio inferior sentindo que suas pernas perdiam a força. Tudo fora uma armação. Alfonso nunca quis zombar dela, nunca quis humilhá-la. Ele só queria pedir perdão como havia acabado de fazer e tentar se entender com ela. Havia errado ao dormir com Leonor e as outras, mas estava arrependido. Ela não podia culpa-lo de traição, porque eles não estavam mais juntos e por decisão dela.

Lembrou das palavras de Gustavo aquele dia no restaurante. “Às vezes deixar o orgulho um pouco de lado, pode ser a melhor coisa a se fazer!”

- Alfonso!

Quando ele se virou, ela viu refletido nos olhos dele toda a dor que ela estava sentindo. Alfonso havia dado o primeiro passo, aquele sofrimento todo poderia acabar, só dependia dela.

- Você não precisa ir pra um hotel do outro lado do lago. - soluçou. - Também não precisa pegar o primeiro avião para o México.

Alfonso deu alguns passos na direção dela, guiado pelo sentimento de esperança que surgiu dentro dele.

- Você pode ficar aqui. Comigo!

Alfonso se aproximou e só parou quando ficaram a centímetros de distância um do outro.

- Você está me perdoando por tudo o que aconteceu?

Anahí assentiu abrindo mão de seu orgulho, como ele havia feito ao reconhecer seus erros, vir atrás dela e lhe pedir perdão. Quando o abraçou Alfonso fechou os olhos sentindo seu corpo relaxar como se uma tonelada tivesse sido retirada de seus ombros. Pela primeira vez em meses sentiu seu coração leve e em paz.

- Oh meu amor!

Envolvendo-a com força Alfonso a ergueu do chão. Anahí escondeu o rosto no ombro dele chorando de alívio. Se alguém houvesse lhe dito, quinze minutos atrás, que aquilo aconteceria, ela teria zombado e expulsado a pessoa daquela cabana.

- Eu amo você! - ele sussurrou no ouvido dela, enquanto a colocava no chão. Se afastou apenas para que pudesse encará-la nos olhos. - Eu amo você! Vou passar o resto da minha vida te provando isso.

Anahí enxugou o rosto. Alfonso segurou o rosto dela entre as mãos e o trouxe pra perto.

- Eu te amo! - sussurrou mais uma vez antes de beijá-la.

Anahí suspirou e envolveu os braços em torno do pescoço dele, nem cogitando a ideia de rejeitá-lo. Os braços de Alfonso se fecharam em torno da cintura dela, o beijo ganhou movimento quando suas línguas se tocaram. Anahí gemeu mergulhando as mãos entre os cabelos dele.

Alfonso a pressionou contra a parede. Mordeu o lábio inferior dela e desceu a boca pelo seu queixo, seguindo para o pescoço. O cheiro dela o enlouqueceu. Abocanhando seu pescoço ele sugou a pele macia dela, o desejo que sentia por ela era tanto que chegava a doer.