Fanfic: ♥ Arrebatados ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Quer parar de resmungar e me deixar falar seu ciumento? - Any sorriu. - E você não me disse que o Gustavo te contou tudo? Que eu e ele nunca tivemos nada? Meu amor, se eu não tive nada com ele quando éramos só amigos, como vou ter agora que eu e ele estamos noivos?

- Como assim eu e ele estamos noivos? Gustavo ta noivo? - a encarou apreensivo.

- Sim, a garota por quem ele é apaixonado, veio pra cá atrás dele. Os dois se entenderam e eles vão se casar, assim como a gente. - sorriu.

- Ta falando sério? - Alfonso estreitou as sobrancelhas desconfiado.

- Lógico! - sorriu. - Inclusive ela deu a ideia de sairmos nós quatro, eu adorei, o que você acha?

- É, acho que pode ser uma boa. Vamos ver se o Gustavo gosta mesmo da noiva dele ou se está de olho na minha. - resmungou desconfiado

- Ai meu amor, como você é bobo. - sorriu, e envolveu os braços em torno do pescoço dele. - Eu também amo você viu? Mesmo quando você banca o cowboy ciumento.

- Repete a parte que você me ama! - sorriu.

- Eu te amo, te amo muito. - sorriu e o beijou.

Depois de sair do escritório de Alfonso, Any voltou pra casa. Suspirando fechou a porta e achou melhor subir até o quarto da irmã. As duas não se falavam desde ontem à noite, depois daquela discussão.

- Oi! Posso entrar? - perguntou ao abrir a porta do quarto.

- Oi! - Emanuelle forçou um sorriso. - Que bom que você chegou, queria falar com você.

Anahí sentou na cama apreensiva, será que a irmã queria falar sobre o mesmo assunto de ontem?

- No hospital você falou que se eu me lembrasse de alguma coisa daquele dia era pra contar pra você.

- Sim! - Any assentiu.

- Eu acho que lembrei de uma coisa. - fez careta.

- Do que?

- Naquele dia que o estábulo pegou fogo, eu senti cheiro de vela quando a gente chegou, mas não parecia vela exatamente, era um cheiro um pouco diferente.

[...] O cheiro que saiu de dentro dela a fez estreitar as sobrancelhas. Havia inúmeros tabletes brancos dentro da caixa, Anahí pegou um deles na mão. Parecia pedra de sabão.

- Meu amor, você sabe o que é isso? - se virou para Alfonso.

- Parafina! Por quê? Você nunca viu um tablete de parafina antes?

- Não! - ela negou com a cabeça pensativa. - Mas o cheiro delas... Não me é estranho.

- É normal, meu amor, elas são usadas pra fazer velas. [...]

Anahí levantou da cama com tudo e trombou com o banquinho atrás dela.

- Parafina! - sussurrou.

- O que você falou tata? - Emanuelle estreitou as sobrancelhas.

- Emanuelle você tem certeza que sentiu cheiro de parafina, quer dizer, de vela naquela noite?

- Tenho! - assentiu.

- Como foi que você lembrou disso? - segurou os braços dela e a olhou nos olhos.

- Esses dias a força acabou e a gente acendeu um monte de vela, Ucker até fez teatro com as mãos, como antes. Ai eu lembrei, senti o mesmo cheiro aquele dia no estábulo, parecia cheiro de vela.

Anahí piscou atordoado se dando conta do que aquilo poderia significar.

- Eu preciso ir agora, depois a gente se fala. - tropeçou e saiu apressada do quarto.

Christian se levantou resmungando com as batidas na porta. Muito na má vontade, ele a abriu.

- Ah que droga o que você ta fazendo aqui?

- Vim falar com você! - Alfonso entrou e bateu a porta.

- Não to afim de falar com você, e eu duvido que você veio até aqui porque está com saudades de mim.

- Eu já to sabendo do que você falou pra Anahí, só que você não vai conseguir aprontar com a gente, será que você não se tocou que você perdeu? Vai tentar ser feliz Christian, a gente tava se dando tão bem aqui, mas você tinha que arruinar tudo.

- Eu não vou conseguir ser feliz, e enquanto eu não conseguir você também não vai. E que porra foi aquela de dar o anel de noivado da nossa mãe pra ela?

- Você ta bravo desse jeito porque eu peguei o anel, ou porque eu e a Anahí vamos nos casar e com isso você está ainda mais longe de conseguir alguma coisa com ela? - sorriu com ironia.

- Vocês não vão ser felizes, eu alertei ela, eu disse que você não vai conseguir ser fiel à ela, você nunca parou com uma garota só e agora quer se casar com uma com quem se envolveu por poucos meses. Você vai fazer ela infeliz e quando ela estiver infeliz, é pra mim que ela vai correr. Eu acho até que isso já está acontecendo. - sorriu.

- Fica longe da minha noiva! - Alfonso apontou o dedo pra Christian.

- Foi ela quem veio aqui. - Chris sorriu. - Acho que ela já se entediou com você. - debochou.

- Cala a sua boca se não quiser que eu lhe dê outra surra. - Alfonso respondeu furioso.

- Ela te falou que a gente se beijou? - sorriu arqueando as sobrancelhas. - Aposto que ela adorou, devo tê-la excitado de um jeito que você nunca conseguiu fazer.

- Cala a sua boca, você é um cretino, um doente, não acredito em nada do que sai da sua boca.

- Se não acredita pergunta pra ela, você acha que ela é tão honesta com você, vai lá e pergunta então.

- Não vou continuar perdendo meu tempo com você.

- Ótimo, também não quero perder o meu com você.

- Eu não vou avisar de novo, se eu souber que você fez alguma coisa pra prejudicar a gente, eu juro que cumpro com a minha palavra e deixo você sem um centavo do que nossos pais nos deixaram.

- Você não pode fazer isso.

- Paga pra ver então!

- Eu quero que você se dane, sai daqui, não me enche mais o saco, não vem me procurar de novo. - foi até a porta e a abriu.

Alfonso passou por ela ainda não reconhecendo o ser que seu irmão havia se transformado. Mas se ele queria guerra, era guerra que ele teria, se continuasse se metendo entre ele e Anahí.

- O convite se aplica a você, mas não a sua noiva viu? Diz pra ela que ela pode me fazer outra visita quando quiser. - sorriu com ironia.

Alfonso cerrou os punhos e desferiu um soco na boca do irmão. Christian caiu no chão xingando.

- Isso é pra você parar de falar merda! - apontou o dedo pra ele e deu as costas.

- Filho da mãe! - Christian resmungou com a mão na boca.