Fanfic: ♥ Arrebatados ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Marichello e Lara trocaram olhares na mesa e a primeira virou o rosto e encarou a filha. Christopher e Enrique já haviam tomado café e saído pra trabalhar, Dulce dava de mamar a Thomas e Emanuelle estava quieta comendo seu bolo. Anahí no entanto estava distraída. Com o cotovelo apoiado na mesa e a cabeça apoiada na mão ela tinha o olhar perdido e triste, com a outra mão ela rodava a colher dentro da xícara de café que há essa altura já estava mais do que frio.

- Ela está assim por ontem! - Lara cochichou à cunhada.

- Eu ouvi vocês conversando, foi só por isso que não falei com ela. - Marichello suspirou.

- Não sei o que fazer pra ajudar. Ela acha que não vai ter mais casamento.

- Acho que você já fez mais do que devia, chegou a minha vez de fazer alguma coisa. - respondeu séria e ficou de pé. - Anahí! - chamou e nada. - Hei! - estalou os dedos na cara dela.

- Ham? O que foi mãe? - Anahí largou a colher e sentou-se direito na cadeira.

- Vem comigo no escritório, quero falar com você.

- Ta! - Any estranhou, mas se levantou.

- O que ta acontecendo tia? - Emanuelle encarou Lara.

- Nada querida, acaba de tomar seu café. - sorriu.

Marichello fechou a porta do escritório depois que Anahí entrou.

- O que a senhora quer falar comigo? Aconteceu alguma coisa?

- Senta ai! - apontou a cadeira, Anahí obedeceu. - Eu vi e ouvi o jeito que chegou ontem e escutei uma parte da conversa com a Lara. Que história é essa que você e o Poncho brigaram por causa da Manu?

- Mãe não quero falar disso! - Anahí se levantou.

- Senta que eu não acabei e você não respondeu minha pergunta.

- Respondi sim, que eu não quero falar disso, é assunto meu! - rebateu e deu as costas.

- Senta nessa cadeira agora Anahí, não se atreva a me desobedecer. Eu ainda não acabei de falar.

Anahí olhou a mãe de cara feia e sentindo-se uma adolescente de 15 anos obedeceu à ela.

- O que foi? - cruzou os braços.

- Eu só quero saber porque vocês brigaram.

Anahí bufou antes de responder.

- Ele ficou bravo comigo porque ele quer se casar em três meses e eu pedi mais tempo.

- Ta faltando coisa nessa frase, não foi o que a sua tia me contou.

- Se ela já te deu a fofoca completa, por que ta me fazendo perguntas?

- Porque quero ouvir de você. Quero que você confirme se é verdade que vocês dois estavam querendo se casar em três meses e você só mudou de ideia por causa da Emanuelle, porque ela não quer que você vá embora de casa.

- Ta mãe e se for verdade?

- Se for verdade, eu estou do lado do Alfonso, pois, ele faz muito bem em não querer casar com você.

- Mãe! Você ta tentando me ajudar ou me deixar pior? - a encarou em choque.

Marichello respirou fundo pra não perder a pouca paciência que tinha.

- Anda sai daqui! - apontou a porta.

- O que? - Any piscou.

- Vai tomar conta da sua vida Anahí, faça o favor a si mesma de ir atrás do seu noivo e só volte aqui depois que tiver se entendido com ele. Isso é uma ordem!

- Mãe, o que deu em você pra agir assim? - Anahí a encarou assustada.

- Anda faz o que eu to mandando, eu devia ter feito isso quando você enfiou na sua cabeça que iria pra Zurique, eu quem tinha que ter entrado naquele avião. Emanuelle não é obrigação sua, portanto, levante-se dessa cadeira agora e vá tomar conta da sua vida, da sua irmã cuido eu.

- Mas...

- Você não me ouviu? Eu vou ter que te levar até o Alfonso pelas orelhas, como eu fazia com você quando era criança e não queria tomar banho? - cruzou os braços.

- Primeiro você me obriga a ficar, agora ta me obrigando a sair? - se levantou e cruzou os braços.

- Ótimo você já levantou da cadeira, agora vá atrás do seu noivo e faça o que eu mandei.

- Se ele bater a porta na minha cara a culpa vai ser sua! - bufou dando as costas à ela.

- Relaxa, eu duvido que ele vai fazer isso! - Marichello respondeu.

Anahí bateu a porta e Marichello conseguiu ouvir a filha sair da casa xingando. Quando a caminhonete de Christopher acelerou, ela sorriu. Os dois iam se entender e tudo ia ficar bem.

Alfonso estacionou o carro e morrendo de remorso encarou Chloe. A garota estava cabisbaixa e não falara mais nada desde o momento em saiu da cozinha.

- Chloe, me perdoa pelo jeito que falei com você. Confesso que to de mau humor e descontei em você.

- É porque você e a Any brigaram né?

- É sim! - suspirou. - Foi por isso que ela foi embora ontem.

- Mas vocês vão se entender né? O papai e a mamãe sempre brigavam e depois estavam bem de novo.

- Eu espero que o mesmo aconteça com a gente. - sorriu. - É que aquela madame Chloe é muito, muito teimosa. Além de ser extremamente generosa e altruísta, são coisas que me irritam nela, mas ao mesmo tempo me fazem admirá-la e amá-la ainda mais. - confessou.

- Você ta com aquele olhar apaixonado de novo. - Chloe sorriu apontando o dedo pra ele.

- Fazer o que né Chloe? Um dia você também vais e apaixonar e... Não, melhor você nunca se apaixonar, você quando tiver 13 anos vai pra um convento.

- O que é um convento? - Chloe estreitou as sobrancelhas.

- Um lugar maravilhoso, que não tem rapazes.

- Tipo uma escola só de meninas? - fez careta.

- Isso! Meninas comportadas e inteligentes o bastante pra não se envolverem com nenhum rapaz e assim não matarem seus irmãos de preocupação. - coçou a cabeça, não querendo, mas imaginando Chloe andando pela rua e um monte de cara de olho nela.

- Não gosto dos meninos, eles me irritam as vezes.

- Espero que você continue pensando assim pelo resto da sua vida. - sorriu. - Agora vai, melhor você ir, senão vão fechar o portão e a diretora ainda vai dizer que a culpa foi minha.

Chloe sorriu concordando com ele. Abraçou e beijou o irmão antes de descer do carro.

Alfonso encarou a irmã correr pra dentro da escola.

- Quando você descobrir como é bom beijar e transar, duvido que vá querer ir pra um convento. - suspirou. - Não Alfonso não fica pensando nisso e sofrendo por antecipação, você tem problemas mais urgentes pra resolver. - recriminou-se, e ligou o carro.