Fanfic: ♥ Arrebatados ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Letícia encarou a fila à sua frente e suspirou. Virou de frente pra Ian e se escorou no peite dele. Ian a abraçou, seus lábios encostando na testa dela.

- Ta demorando muito!

- Tem oito pessoas na nossa frente amor. - Ian respondeu com um sorriso nos lábios.

- Meus pés estão doendo. - reclamou.

- A senhora que inventou de por este salto alto.

- É que você é muito grande e bonito, preciso literalmente estar a sua altura pra poder intimidar qualquer garota que queira algo com você. - o encarou.

- Boba! - Ian sorriu e a beijou. - Nós somos casados esqueceu?

- Se isso fosse um empecilho não existiriam casos extraconjugais. - devolveu.

Ian riu e Letícia comemorou quando uma pessoa saiu da fila, após ser atendida.

- Ainda tem sete pessoas na nossa frente, senta em um daqueles banquinhos vai.

- E deixar meu maridão aqui sozinho? Pode esquecer, meu amor.

- Tudo bem você quem sabe. - sorriu e beijou sua testa.

Letícia o abraçou e apoio o rosto na curva do pescoço dele.

- Não vejo a hora de voltar pra casa. Que boas notícias será que o Alfonso tem pra gente? Será que é pedir muito pra ele e a Any terem se entendido?

- Não sei amor! - Ian deu de ombros.

- Você jura pra mim que não sabe de nada? - ergueu o rosto desconfiada.

- Juro que não, Alfonso só disse que estava de bom humor, falou que explicava quando chegássemos.

- Se ele se livrou daquela bruxa azeda eu já fico feliz. Eu queria socar a cara dela, enquanto fazia nossos votos. Foi a pitada de limão no nosso bolo de açúcar. - resmungou.

- Bolo de açúcar amor, só você mesmo. - Ian riu.

- Para de me zoar, você e seus conselhos malditos que fizeram o Poncho aparecer de braços dados com a Leonor, vê se dá próxima vez sugere um celibato pra ele.

- Ok! A senhora manda. - Ian sorriu.

- Que bom que você entendeu isso. - Letícia sorriu empinando o nariz e o beijou.

Quando finalmente chegou a vez deles, ela só faltou dar um beijo na atendente de tão feliz que ficou.

Alfonso acelerou o carro ao fazer a curva pra entrar na fazenda. Quando viu a caminhonete de Christopher e Anahí sentada nos degraus, ele freio diminuindo o ritmo.

- Estava esperando você! - ela se levantou quando ele abriu a porta do carro e desceu.

- Faz tempo que está ai? - ele a encarou apreensivo, estava com medo de uma palavra errada exaltar o ânimo dos dois e eles brigarem de novo. E outra briga poderia ser o fim definitivo do relacionamento deles.

- Cheguei agora, passei em um lugar antes de vir pra cá. - ela respondeu cabisbaixa.

Alfonso subiu os degraus e passou por ela, ficou com vontade de beijá-la, mas não tinha certeza de como seria recebido. Só o fato dela estar ali já era uma surpresa e tanto.

- Entra! - ele destrancou e abriu a porta pra ela.

Anahí passou por ele sentindo falta da recepção calorosa e das provocações tão comum entre os dois.

- E ai como você está? - ele perguntou, fechando a porta e deixando a chave na mesinha.

- Nada bem, eu odeio brigar com você! - suspirou cabisbaixa.

- Eu também! - ele suspirou. Queria dizer que não tinha como ter evitado a briga depois do que ela fez, mas achou melhor ficar quieto. Se ela estava ali, talvez estivesse arrependida e tivesse mudado de ideia. Pelo menos era com isso que ele estava contando.

- Eu fiquei pensando a noite inteira no que aconteceu e você tem razão em ter ficado bravo comigo.

Alfonso relaxou e soltou o ar que nem tinha reparado que estava mantendo preso nos pulmões.

- Eu não queria ter dito aquelas coisas pra você, mas que bom que você concorda comigo. Eu não acho justo você ficar se sacrificando pra sempre e sacrificar nosso relacionamento junto por causa da Manu.

- Você falou sério ontem quando disse que não devia ter se apaixonado por mim e que preferia não se casar comigo? - ela mordeu o lábio inferior, morrendo de medo da resposta dele. O que faria se ele tivesse desistido dela e do casamento?

- Isso é uma coisa que eu me arrependo profundamente de ter dito pra você, porque é uma mentira horrível que eu nunca mais quero repetir. Me apaixonar por você foi a melhor coisa que eu fiz na vida e a segunda melhor vai ser me casar com você. - sorriu.

- Então você não mudou de ideia? - Anahí o encarou com os olhos marejados, seu coração disparou.

- É claro que não, me perdoa por ter falado isso na hora da raiva. Eu juro pra você que eu vou andar com um esparadrapo no bolso pra calar minha boca sempre que eu ficar nervoso. - se aproximou dela. - Pelo menos assim eu não vou machucar as pessoas que mais importam pra mim. - acariciou seu rosto.

Anahí suspirou e o abraçou.

- Fiquei com medo de vir aqui e você dizer que tinha desistido, achei que você ia me mandar sumir.

- E livrar você assim tão fácil da promessa que você me fez? - Alfonso brincou a soltando. - Nada disso, você ainda tem que me perturbar pelo resto da sua vida e me dar mini cowboys e madames que segundo você, eu vou querer matar algumas vezes!

- Estrangular! - corrigiu com um sorriso nos lábios. - Mas que bom que você não desistiu, porque eu... Fiz uma coisa antes de vir pra cá. - respirou fundo e retirou um papel do bolso.

Alfonso pegou o papel das mãos dela. Seus olhos se arregalaram ao ver que era um formulário preenchido e impresso por computador. Havia algumas cláusulas, mas o que chamou a atenção foi um dos itens preenchidos.

Data da Cerimônia: 22 de Julho de 2016.

- Você foi até a igreja e marcou a data do nosso casamento? Pra daqui três meses?

- É! - assentiu envergonhada. - Ainda tem algumas coisas pra acertar, mas reservei essa data pra gente. Tem algumas outras, mas 22 de Julho é a única que cai numa sexta-feira como queríamos. - deu de ombros. - O padre disse que a gente pode trocar, mas... Por que você ta me olhando assim? - Anahí ofegou, Alfonso a encarava intensamente, seus olhos esverdeados pareciam mais escuros.

- Porque acabou de fazer eu me apaixonar de novo por você.

Alfonso a envolveu pela cintura, segurou sua nuca e a beijou. Anahí suspirou envolvendo os braços em torno do pescoço dele. Alfonso investiu sua língua entre os lábios dela, lambendo e chupando-a. Pegando-a no colo, ele esqueceu qualquer coisa que tivesse que fazer e subiu com ela até seu quarto. Quaisquer que fossem suas obrigações teriam que esperar. Anahí era e sempre seria seu assunto mais importante.