Fanfic: ♥ Arrebatados ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Você só vai lá buscar e volta?

- Isso! - assentiu, com um sorriso nos lábios.

Emanuelle encarou Chloe desconfiada, mas por fim concordou. Anahí beijou seus cabelos antes de entrar no carro de Alfonso.

- Você vai entrar pra brincar comigo um pouco Any? - Chloe perguntou assim que chegaram na fazenda.

- Não, querida! Eu só vim pegar o carro, não posso demorar. - respondeu.

- Chloe, por que você não entra um pouco? Daqui a pouco eu entro também. - Alfonso respondeu.

- Você quer ficar sozinho com ela né tato? - Chloe sorriu.

- Quer fazer o favor de me obedecer e entrar. - Alfonso sorriu.

Chloe se aproximou e deu um beijo em Anahí, sorrindo ela deu as costas em seguida e entrou.

- Você tem mesmo que ir? - Alfonso envolveu os braços em torno da cintura dela e a trouxe pra perto.

- Infelizmente, você viu como a Manu ficou. - suspirou.

- Você não vai... Mudar de ideia né? - a encarou preocupado.

- Em relação ao casamento? Te prometo que não. - respondeu com um sorriso nos lábios.

- Te vejo mais tarde? - sorriu mais tranquilo e a beijou.

- Acho que sim! - sorriu com malícia. - Enquanto isso, pensa em mim que eu vou estar pensando em você e morrendo de saudade.

Alfonso sorriu gostando das palavras dela e a beijou. Demorou pra ele deixa-la ir embora.

Quando chegou em casa Anahí encontrou Marichello a esperando.

- Quero falar com você! - respondeu e sentou no sofá.

- Vai me dar outra bronca? - Any brincou, ao sentar ao lado dela.

Marichello respirou fundo e a encarou.

- Quando você voltou de Zurique e jogou todas aquelas coisas na nossa cara, eu fiquei em choque, porque não esperava uma atitude daquelas vinda de você. Eu devia ter te dito isso naquela época, mas você tem toda a razão em ficar decepcionada comigo e seu pai. Não era obrigação sua se enterrar viva naquele hospital. Sei que você se sentia culpada, mas você não é a mãe da Emanuelle, me perdoa por ter feito você assumir esse papel. - a encarou arrependida.

- Mãe! - Any ficou de pé, seus olhos marejados. Não esperava que a mãe fosse lhe dizer aquelas coisas.

- Eu deixei você brincar de boneca com a Manu, deixei você dar de mamar, trocar fraudas, ler pra ela e tudo mais. Achei que não tinha mal nenhum fazer isso, eu não tinha percebido que você estava trocando de papel comigo. Não foi só por culpa que você foi pra Zurique, você achou que era sua obrigação. Inconscientemente você enxerga a Emanuelle como sua filha, mesmo sabendo que ela é sua irmã.

- Mãe você ta exagerando...

- Não filha eu to dizendo a verdade. Eu conheço muitas pessoas aqui, entre elas psicólogos, eu conversei com dois deles e eles me disseram a mesma coisa. Você criou a Emanuelle como se ela fosse sua filha e ela inconscientemente vê você como mãe dela. Por isso esse ciúmes absurdo da Chloe, por isso o apego que ela tem a você, é um laço que vocês criaram sem ninguém se dar conta. Só uma mãe faz as coisas que você já fez e isso é uma coisa tão natural em você filha, que você mal se dá conta.

Anahí enxugou o rosto, começando a chorar.

- Eu sei que vai ser difícil pra você e pra ela, mas é você quem tem que cortar esse laço. Você tem que começar a enxergar a Emanuelle como sua irmã, uma criança que você não tem obrigação nenhuma de cuidar, ela tem os pais dela pra isso. Eu sei que Enrique e eu nunca fizemos nada, por isso to te pedindo perdão e to tirando de você qualquer responsabilidade que você acha que tem com ela.

Anahí abraçou a mãe e foi a vez de Marichello começar a chorar.

- Me perdoa por ter feito isso com você, me perdoa por ter deixado chegar a esse ponto. - Marichello acariciou seus cabelos. - Diz que você me perdoa, só assim vou conseguir ficar em paz comigo mesma!

- Eu te perdoo mãe, se é isso que você precisa ouvir pra ficar mais tranquila eu perdoo você. Mas por que ta me dizendo essas coisas? - se afastou.

- Porque eu vi você entre aquele fogo cruzado com a Manu e a Chloe, vi o jeito que você olhou pra mim e pro seu pai quando chegou. Você tem toda razão em ficar chateada, apenas diga que um dia vai nos perdoar.

- Esquece isso mãe, a única coisa que eu quero é que tudo continue bem como está. - sorriu.

- E vai ficar filha, mas antes... Acho que você vai precisar resolver um último probleminha.

- O que foi? - a encarou preocupada.

- Sua irmã está no quarto chorando.

Anahí suspirou e subiu pra poder conversa com Emanuelle. Ao abrir a porta do quarto, sua irmã a viu e tratou de enxugar o rosto às pressas.

- Por que você está chorando?

- Porque você não gosta mais de mim!

- De novo isso Manu, eu já perdi as contas de quantas vezes te disse que meu casamento não vai mudar o que eu sinto por você. Eu fiz isso aqui pra você e não foi à toa. - mostrou a tatuagem.

- Se você gosta de mim não pode se casar com o Alfonso, não pode ficar amiga da Chloe, ela vai me roubar de você, ela me odeia, se eu tivesse morrido, ela teria ficado toda feliz por não precisar te dividir com mais ninguém.

- Emanuelle...

- Quando você sair dessa casa eu nunca mais vou te ver, a chata da Chloe não vai deixar eu chegar perto de você, você ta me dizendo que vai se casar, mas você está me abandonando porque não gosta mais de mim, porque ta cansada enjoada de ficar comigo.

- Chega Emanuelle! - Anahí se levantou, surpreendendo-se com a própria reação. - Entende uma coisa de uma vez por todas. Eu vou me casar com o Alfonso, vou morar com a Chloe sim, só que isso não vai fazer eu gostar menos de você.

- Você ta mentindo! - Emanuelle a encarou chorando.

- Não to mentindo, nunca menti pra você e não to fazendo isso agora. Eu passei três anos da minha vida, não fazendo mais nada, além de cuidar de você. Se você tivesse morrido naquela droga de incêndio, eu nunca teria me recuperado, nunca ia conseguir ser feliz. Mas agora você está bem, não precisa que eu cuide de você. Eu não estava enxergando isso, mas chegou a hora de tomar conta da minha vida, de fazer as coisas por mim. Como um dia você vai fazer por você. - suspirou. - Eu amo você e é exatamente por amar você, que estou fazendo o certo pra nós duas. Não vou adiar o casamento, não vou deixar de fazer o que eu quero, de viver um sonho por um capricho seu. Sinto muito, mas a resposta é não! - encarou a irmã, lhe doía muito dizer aquilo, mas era necessário.

Emanuelle abaixou a cabeça e começou a chorar. Anahí suspirou e se aproximou.