Fanfic: ♥ Arrebatados ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Anahí aumentou o farol de seu carro com dificuldades para enxergar a pista.

- Eu devia ter ligado pro Rafa e perguntado o que ele queria comigo. - suspirou.

Um farol alto chamou sua atenção. Em alta velocidade o carro veio atrás dela atrás bater na traseira.

- Hei! - Any gritou e buzinou.

O carro que aparentava ser de aluguel passou por ela e foi para a pista do lado.

- Que cara idiota. - tentou enxergar o motorista, mas foi difícil com a escuridão e o insulfilm.

O motorista do carro ao lado jogou o carro pra cima de Anahí pressionando a lateral.

- Hei o que você ta fazendo?

O carro se afastou e assustada Anahí acelerou, querendo sair de perto daquele motorista. O condutor do outro carro também acelerou e mais uma vez bateu na traseira dela.

- Você ta maluco? - Any gritou buzinando.

O motorista acelerou pareando o carro ao lado dela, Any olhou tentando ver quem estava fazendo aquilo, mais uma vez o carro veio pra cima dela, batendo na lateral.

Anahí girou o volante e buzinou tentando sair dali, seu medo aumentou quando ela viu uma curva.

- Por que você ta fazendo isso, para com isso! - gritou, buzinando.

O dono do veículo buzinou duas vezes como que respondendo e jogou o carro contra ela com mais força. Anahí viu a curva se aproximando e gritou. Tentou segurar o carro, mas com a pressão do outro veículo acabou perdendo o controle e o veículo foi jogado pra fora da pista.

A caminhonete vermelha dela capotou três vezes, Anahí logo perdeu os sentidos e ficou presa no carro graças as ferragens. A caminhonete parou com os pneus no chão e por sorte não explodiu.

O rosto e as mãos de Anahí ficaram machucados pelos estilhaços de vidro e pelas ferragens. Um corte profundo na altura da sobrancelhas direita, sangrava e escorria pelo seu rosto, tombado pro lado direito. A blusa que usava ficou vermelha de sangue. Quem olhasse de fora acreditaria que ela estava morta.

Enrique levantou com o som do telefone tocando. Quando atendeu e ouviu o que tinha acontecido, acordou Marichello e Christopher às pressas.

- Any sofreu um acidente, cuida da minha irmã pra mim. - Ucker pediu à esposa.

- Ok, mas mande notícias, por favor. - Dulce suplicou preocupada.

Christopher assentiu e saiu às pressas. Quando chegaram na caminhonete Marichello suplicou para que o filho dirigisse já que Enrique estava muito nervoso.

- Eu falei que não era bom pegar essas estradas à noite! - ele suspirou.

- Calma pai, a Any vai ficar bem. - Christopher respondeu e acelerou o carro.

No caminho pro hospital Enrique ligou para Alfonso, como noivo ele tinha o direito e merecia saber o que estava acontecendo. Assim que chegaram, Enrique correu até a recepção.

- Como está minha filha? O nome dela é Anahí Portillo, sofreu um acidente de carro.

A recepcionista digitou o nome dela no computador.

- Ela está sendo atendida, aguarde um momento e o médico virá falar com você.

Enrique passou a mão pelos cabelos desesperado, Christopher abraçou a mãe e tentou acalmá-la.

Alfonso chegou ao hospital minutos depois, seu rosto distorcido de preocupação.

- Como a Any está? Cadê ela?

- Ainda não sabemos de nada, o médico ainda não apareceu pra dar notícia. - Ucker explicou.

Alfonso passou a mão pelos cabelos e andou de um lado pro outro transtornado. Quando o médico finalmente apareceu, tanto Alfonso quanto Enrique estavam quase morrendo de aflição.

- Como minha filha está?

- Infelizmente não trago boas notícias. - o médico suspirou.

- Como está minha noiva, fala. - Alfonso se aproximou angustiado.

- Ela perdeu muito sangue, está com hemorragia interna e precisamos operá-la imediatamente.

- Sou irmão dela, meu sangue e o dela são compatíveis, eu doo o quanto for necessário. - Ucker respondeu.

- Preciso que venha imediatamente comigo então, os senhores precisam assinar a autorização da cirurgia.

- Eu assino doutor. - Marichello se prontificou.

- Doutor, ela vai se salvar não vai? - Alfonso segurou o braço dele, era nítido seu desespero.

- Faremos o possível para salvá-la, não se preocupe. - o médico respondeu cobrindo a mão de Alfonso com a dele. - Venha comigo, por favor. - encarou Christopher.

- Eu já volto. - Christopher respondeu e foi com ele.

- Enrique como foi esse acidente? Me explica o que aconteceu. - Alfonso pediu enxugando o rosto.

- Eu não entendi, Emanuelle disse que ela falou que ia até a cidade vizinha, não sei o que houve.

Alfonso passou a mão pelos cabelos e sentou em uma das cadeiras. Um filme com todos seus momentos com Anahí passou pela sua cabeça. Ela não podia deixá-lo logo agora.

- Você não vai morrer, por favor, meu Deus, não deixa ela morrer, salva ela, não tira ela de mim também! - suplicou enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto. - Traz minha madame de volta pra mim, por favor!

Já fazia duas horas que Anahí entrara na cirurgia e nenhuma notícia tinha sido dada.

- Filho vai pra casa com a sua mãe. - Enrique encarou Christopher.

- Enrique eu não vou sair daqui. - Marichello.

- Nem eu pai.

- Mas você fez transfusão de sangue, precisa ir pra casa descansar. - Enrique respondeu.

- Eu não quero pai, quero ficar aqui. - respondeu.

Enrique suspirou e não tocou mais no assunto. Quando o médico entrou na sala, Alfonso e Enrique se levantaram ao mesmo tempo.

- Como está minha noiva?

- Como foi a cirurgia? - Enrique perguntou.

- Conseguimos conter a hemorragia e com a transfusão foi possível repor o sangue que ela perdeu.

- Então ela vai ficar bem? Minha noiva vai ficar bem... Não vai? - Alfonso perguntou desesperado.

- Houve uma complicação.

- Que complicação? - Marichello perguntou assustada.

- Há alguns anos a filha de vocês perfurou o pulmão esquerdo quando fraturou as costelas. O pulmão esquerdo por ser menor que o direito, é divido em lobo superior e inferior, na época do acidente o lobo inferior dela foi perfurado e 60% de sua capacidade foi perdida.

- Sim, mas isso nunca foi problema, os médicos disseram que ela teria uma vida normal. - Enrique disse.

- Sim, mas a complicação se deu devido à esse acidente anterior. Sua filha sofreu vários traumatismos, alguns no tórax, isso comprometeu os pulmões, principalmente do lado esquerdo que já estava afetado.

- O que está querendo nos dizer doutor? - Alfonso perguntou assustado.

- A senhorita Anahí chegou aqui com sérias dificuldades respiratórias e durante a cirurgia sofreu uma parada cardiorrespiratória. Conseguimos reanima-la, mas depois disso, foi impossível para ela manter-se respirando sozinha. Tivemos que induzi-la ao coma e liga-la a um ventilador mecânico, um aparelho que realiza a tarefa dos pulmões levando o ar para dentro, mantendo-a respirando.