Fanfic: ♥ Arrebatados ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Ela não pode morrer. - sussurrou.

- Ta todo mundo torcendo por isso, pra ela acordar. Agora se manda daqui, Alfonso pode querer vir pra cá e ele não ta com cabeça pra lidar com você. Vai embora, vai, eu não sei se seguraria meu amigo caso ele resolvesse partir sua cara! - Ian o encarou com desprezo.

Christian o encarou e sabendo que não ia conseguir mais nada dele, deu as costas e foi embora.

Enrique acompanhou o dono do ferro velho e suspirou quando eles pararam em frente a caminhonete vermelha de Anahí.

- Pela placa e a discrição é esse aqui, foi o único que foi trazido pra cá ontem à noite.

- Tudo bem é esse mesmo, é a seguradora que vai cuidar de tudo agora, só precisava localizá-lo.

- Foi um acidente feio, a pessoa que tava aqui sobreviveu? - o dono do ferro velho perguntou.

- Sim! - Enrique assentiu seu coração apertado ao ver as condições do carro, Anahí não tinha morrido por muito pouco e foi uma boa decisão ele vir sozinho enquanto os outros ficavam no hospital.

- E com o outro carro o que aconteceu? Porque só me trouxeram esse.

- Como assim outro carro? - Enrique não entendeu.

- Ta vendo essas marcas aqui, na lateral do motorista e na traseira do carro?

- Sim! - Enrique assentiu vendo os arranhões.

- Isso aqui não foi da queda, alguém bateu nesse carro, falaram que o carro saiu da pista, provavelmente foi por causa desse outro veículo que bateu nele.

- O senhor tem certeza disso?

- Tenho, bateram na traseira e na lateral, eu não sei, mas quem tava dirigindo esse carro saiu da pista por causa desse segundo veículo, eu já vi muito carro aparecer aqui depois de sofrer acidente. Vai por mim essas marcas foram provocadas por outro veículo.

- Obrigado! - Enrique respondeu meio atordoado. - Eu tenho que ir agora, se mais alguém aparecer aqui atrás desse carro, fala comigo antes ok?

- Pode deixar senhor. - o dono do ferro velho assentiu.

Alfonso beijou a palma da mão de Anahí e apoiou a mão dela em seu rosto. Fechando os olhos ele deixou as lágrimas escorrerem.

- Como pode não fazer nem 24 horas que eu estava com você e tanta coisa ter mudado nesse tempo? Você tava tão linda lá na fazenda com a Manu e a Chloe em cima de você. Sabia que imaginei nós dois um dia assim? Você em volta de duas menininhas lindas, nossas filhas. Eu chegando em casa, elas gritando papai, papai, eu pegando as duas no colo, depois olhando pra você e como acontece todos os dias, tendo certeza de que encontrei o amor da minha vida. - respirou fundo e enxugou o rosto. - Porque você é o amor da minha vida Any, preciso de você do meu lado. Já perdi meus pais, não posso perder você também, preciso de você de volta pra mim. - beijou a palma da mão dela. - Volta pra mim, meu amor!

O barulho da porta se abrindo chamou a atenção de Alfonso e quando ele se virou, viu Emanuelle.

- Oi!

- Oi, você deve ta querendo falar tchau pra sua irmã né? Quer ficar sozinha com ela?

- Não, tudo bem, fica aqui comigo. - Emanuelle se aproximou.

Alfonso encarou Anahí e depois encarou a irmã dela.

- Manu posso te perguntar uma coisa? - ele se levantou e deu a cadeira pra ela sentar.

- O que?

- Quando você tava dormindo assim, você lembra se conseguia ouvir as pessoas conversando com você?

Emanuelle encarou a irmã, Alfonso esperou com expectativa.

- Não, eu não lembro de alguém conversar comigo. - Alfonso suspirou decepcionado. - Mas eu lembro da presença da tata.

- O que você quer dizer com isso?

- Que eu não tenho uma noção do tempo que eu dormi, mas eu sei que a tata e a tia Lara estavam comigo, quando eu acordei a psicóloga conversou comigo e eu contei de um monte de lembrança que eu tinha com a tata. Depois que a psicóloga me falou que essas lembrança, não era lembrança era sonho. Eu tinha sonhos com a tata quando tava em coma, sonhava com as coisas que ela falava pra mim.

- Isso é sério? - Alfonso a olhou surpreso.

Emanuelle assentiu e desceu da cadeira, se apoiando na muleta puxou a mão de Alfonso e foi até a cama. Colocou a mão de Alfonso sobre a de Anahí e encarou a irmã.

- Tenho certeza que a minha tata sabe que a gente ta aqui, eu acho que ela escuta a gente Poncho. A gente tem que continuar pedindo pra ela voltar, até ela consegui voltar.

- E se ao contrário de você, ela não conseguir voltar? - Alfonso perguntou, os olhos focados em Any.

- Sabe a tata me falou uma coisa sobre você uma vez, quando tava brava comigo porque não queria aceitar o casamento dela com você.

- O que ela falou? - Alfonso enxugou o rosto.

- Que ela me ama, mas casar com você era um sonho pra ela e que ela não ia deixar de casar com você por minha causa. Ela disse que te amava e que não podia viver sem você. - Alfonso sorriu levemente, ouvindo as palavras dela. - Falou que tinha escolhido você pra ficar.... Como ela falou mesmo? Ah ta, pra ficar o resto da vida com você. Que você fazia ela se senti completa.

- Fico feliz em saber que ela disse tudo isso de mim pra você.

- Uhum e se ela gosta tanto assim de você, do mesmo jeito que gosta de mim, pede pra ela acordar, que assim ela vai acordar. - sorriu.

- Tem razão Emanuelle, obrigado viu? - acariciou os cabelos dela. - Você se parece mesmo com a Any sabia?

Manu sorriu gostando de ser comparada a irmã e o abraçou. Poncho sorriu e beijou o topo da cabeça dela.

Christian entrou na delegacia e invadiu a sala de Alec sem esperar ser anunciado.

- O que o senhor faz aqui? - Alec se levantou. - Christian é você? Irmão do Alfonso? - reconheceu.

- Sou eu mesmo. - respondeu. - Eu quero fazer uma denúncia Alec.

- Sente-se, por favor! - Alec apontou a cadeira. - Denúncia contra quem você quer fazer?

- Contra Leonor Hernandez.

- E qual a acusação?

- Foi ela a responsável pelo acidente de Anahí Portillo, a noiva do meu irmão está naquele hospital por culpa dela.