Fanfic: ♥ Arrebatados ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

O táxi parou despertando Anahí de seus pensamentos. Suspirando ela retirou os óculos de sol Gucci e os apoiou na cabeça.

- O que houve? Por que paramos?

- Não posso seguir senhorita, a estrada está interditada.

- Sich wundern! (Maravilha) - ironizou em seu alemão fluente e abriu a porta do táxi.

Os saltos Loubotin afundaram na terra quando ela desceu.

- Oh gott três anos e nem pra construirem uma estrada descente pra esse lugar.

Anahí apoiou a bolsa Louis Vuitton no braço direito e com a mão esquerda acariciou o vestido Prada. Segurando o colar da Tyffany ela olhou envolta procurando alguém.

Montado em um cavalo um rapaz vestido com camisa xadrez, calça jeans, cinto e botaparou ao seu lado.

- Precisa de ajuda senhorita? - ele a encarou com seus olhos e cabelos negros. - Está perdida?

Anahí percebeu que ele a olhava de cima abaixo confuso e parecia segurar a vontade de rir. Anahí ergueu o queixo não deixando de reparar que ele montava um Anglo-Árabe branco.

- Sim preciso que alguém libere a estrada para o meu táxi passar! - Anahí ergueu o queixo focando seus olhos azuis no cavalheiro ou invés do cavalo, tentando esconder a fascinação que sentia pelo animal.

- Desculpe senhorita, mas não será possível, a estrada foi interditada para um enterro.

- Quem morreu? - perguntou preocupada.

- Uma vaca precisou ser sacrificada, uma cerimônia está sendo realizada, as estradas voltarão a funcionar depois que a cerimônia acabar.

- Há e você quer que eu fique aqui. - apontou o chão. - Aqui, de pé esperando a cerimonia acabar? Ora fala sério se fosse por causa de uma pessoa eu entenderia, mas uma vaca? Oh gott a gente ta na Índia agora?

- Senhorita...

- O que esta havendo Ian?

Anahí se virou para o segundo cavalheiro que vinha na direção do táxi, pela estrada onde ela estava tentando passar. O segundo cavalheiro tambpém usava calça jeans, cinto e bota, mas ao contrário de Ian usava uma camisa e um chapéu preto. Seus cabelos também eram negros, mas os olhos eram esverdeados. O cavalo Árabe marrom que ele montava parou bem perto dela fazendo Anahí recuar instintivamente.

- Essa moça quer passar pela estrada Alfonso, já expliquei que estamos tendo um enterro. - Ian respondeu.

- De uma vaca! - Anahí o interrompeu. - Fala sério, precisa dessa parnafenalha toda por causa de uma vaca.

- Olha aqui moça mais respeito, bem se vê que você não é daqui. - a encarou de cima abaixo.

- Moça senão podemos passar é melhor voltarmos. - o taxista avisou.

- Nada disso, eu exijo passar, tire essas porcarias da estrada e dê as pessoas o livre acesso a que tem direito. - Anahí devolveu.

Alfonso desceu do cavalo e com uma cara de poucos amigos se aproximou de Anahí. Instintivamente ela deu um passo atrás, o salto em contato com a terra dificultando a fuga.

- Olha moça bem se vê que você não é daqui. - a olhou de cima abaixo. - Então acho melhor você começar a respeitar o lugar e as pessoas daqui e não querer impor sua vontade. Vamos Ian! - ordenou dando as costas.

- Hei! - Anahí gritou atrás dele. - Hei eu ordeno que você pare!

Alfonso não lhe deu ouvidos e subiu de volta no cavalo.

- Você pensa que é quem pra me dar ordens?

- Seu cowboy estupido, ignorante! - gritou jogando a bolsa em cima do capo do carro.

- Patricinha! - ele vociferou puxando as redeas do cavalo.

Anahí deu um passo atrás e com o salto alto tropeçou na terra caindo em uma poça de lama.

- Seine arschloch (Filho da mãe)! Olha só o que você fez! - gritou.

- A culpa foi sua por ter entrado na frente do Trovão, ele poderia ter se assustado. - Alfonso rebateu.

- Tem noção do quanto custa meu vestido, ou as jóias ou meu SAPATO? - gritou.

- Devem valer o mesmo que você. Nada! Ian vamos de uma vez. - esbravejou.

- Não é melhor ajudarmos ela? - perguntou se aproximando.

- Ela que se vire, quem sabe assim aprende a respeitar o local onde esta pisando.

Dando tapinhas nas costelas do cavalo Alfonso saiu galopando com Ian atrás dele.

- Erbärmilich (desgraçado)! - Anahí xingou ficando de pé.

Ao olhar as mãos, os sapatos, cabelos e toda a parte de trás do vestido sujos de lama ela teve vontade de chorar e matar aquele cowboy arrogante e metido a besta.

- Senhorita é melhor voltarmos! - o táxi aproximou-se.

- Nada disso me mandaram vir pra esse fim de mundo e eu vou chegar na porcaria da fazenda do meu pai, mesmo que seja a pé. - ela respondeu de queixo erguido.

Tropeçando nos saltos imundos ela foi até o capo do carro e pegou sua bolsa.

- Scheiße (Merda)! - ela xingou.

- Senhorita esqueceu uma coisa. - o taxista pegou do chão os óculos de sol dela atolados de lama.

- Aaaahhhh! - ela gritou quase chorando.

Com nojo pegou o óculos e colocou em cima da cabeça.

- Pode ir se quiser! - respondeu de queixo erguido. - Leve o restante de minhas malas pro hotel, depois eu mando alguém buscá-las.

Christopher entrou no escritório correndo quase matando Enrique de susto.

- Advinha quem chegou! - rindo deu as costas e saiu correndo.

Enrique se levantou com um sorriso nos lábios e saiu do escritório. As botas batendo contra o assoalho de madeira. Seus olhos brilharam ao ver Anahí atravessar o portão da fazendo.

- Meu Deus o que aconteceu com você filha? - desceu os degraus e foi encontrá-la.

- Três anos e vocês não mandaram asfaltar essas estradas ainda? - reclamou.

- Asfaltar a estrada que absurdo é esse? Como os cavalos, as vacas ou os touros vão pastar?

Anahí suspirou revirando os olhos.

- A gente ta há 03 meses sem se ver e você só sabe reclamar do lugar. - Christopher sorriu.

- Desculpem, também senti saudades de vocês. - sorriu se aproximando.

- É, mas sem demosnração de afeto até você tomar um banho. - a apontou. - E que roupas são essas?

- Roupas que as pessoas usam na Suíça, saberia se andasse com pessoas e não com cavalos e vacas.

- É minha irmã, mas não estamos na Suíça. - Christopher riu ajeitando seu chapéu.

Os três entraram na casa, as botas e o salto de Anahí fazendo barulho.

- Dulce! - Christopher gritou.

- Marichello! - Enrique chamou.

Marichello saiu da cozinha ralhando.

- Ora por que essa gritaria toda... Any! - cobriu os lábios com as mãos. - Ah filha que bom te ver. - a abraçou.

- Mãe to toda suja.

- Não importa senti tanto a sua falta. - a abraçou outra vez.

- O que ta acontecendo? - Dulce surgiu do corredor. - Any! - sorriu. - Meu Deus o que houve com você?

- Dulce. - sorriu se aproximando. - E esse garotão pra quando vem?

- Um mês e meio no máximo. - sorriu acariciando a barriga. - Mas o que houve com você?