Fanfics Brasil - Capítulo 68 ♥ ♥ Arrebatados ♥

Fanfic: ♥ Arrebatados ♥ | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capítulo 68 ♥

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- Tata os cavalos dormem de pé? - Manu afastou meus cabelos, sussurrando no meu ouvido.


- Não, na maior parte do tempo eles ficam deitados. - sussurrei de volta.


- Deixa eu ver a Estrela dormindo?


Suspirei indo até as últimas baias, Emanuelle apoiou as duas mãos no portão de madeira e se inclinou. Ergui o lampião iluminando dentro do baia. Apenas o suficiente para que ela visse Estrela dormindo.


- Ela ta deitada! - sorriu.


- Sim! - assenti.


Emanuelle se inclinou pra frente, escorregando dos meus braços. Fui segurá-la com mais força e acabei derrubando o lampião no chão. O vidro quebrou e o fogo dentro dele entrou em contato com a pilha de feno que estava ao nosso lado. Coloquei Emanuelle no chão, assustada ela se escondeu atrás de mim.


- Fogo tata!


- Vai lá pra fora, eu vou tentar apagar o fogo. - a empurrei.


Estrela relinchou acordando e acordando o restante dos cavalos. O fogo subiu pela pilastra de madeira e chegou a uma das portas da baia. Corri até ela e abri o primeiro portão. Um Puro-Sangue Inglês Negro saiu à galope. Fui até o segundo portão e abri a baia de Estrela. O terceiro foi mais difícil, mas cedeu.


Minha irmã tossiu atrás de mim. Quando me virei vi que ela estava encostada na parede assustada.


- Emanuelle sai daqui! - ordenei apontando a porta.


O fogo subiu chegando ao teto, a fumaça ficando cada vez mais forte. Os cavalos começaram a relinchar assustados dentro de suas baias. Se ficassem ali iam morrer intoxicados ou queimados.


- Emanuelle! - me ajoelhei na frente dela. - Você precisa sair daqui, vai pra casa e chama o papai, eu vou soltar os cavalos enquanto isso me entendeu?


- Vem comigo tata! - me olhou assustada.


- Os cavalos vão morrer, eu preciso tirar eles antes, anda faz o que eu to te pedindo.


Emanuelle assentiu e saiu correndo. Ouvi alguma coisa estralando e quando olhei pra cima, todo o teto estava tomado pelo fogo. Minha garganta ficou seca e comecei a tossir.


Um estrondo seguido de um grito me assustou. Um pedaço de madeira tinha caído no corredor.


- Tata!


- Fica ai! - gritei não querendo que ela viesse perto de mim onde o fogo estava mais forte.


Os cavalos, tanto os que eu havia soltado, quanto os da baia começaram a relinchar. Um deles ficou de pé, apoiado apenas nas patas travesseiras. Vi quando Emanuelle deu um passo atrás sumindo dentro de uma baia vazia.


- Manu! - gritei.


A fumaça tomou conta do lugar me impedindo de conseguir enxergar. Os cavalos relinchavam, podia sentir como estavam desesperados e assustados. Minha garganta secou com a fumaça, meus olhos começaram a arder e marejar, tentei respirar ar puro, mas tudo que recebi foi uma lufada de ar quente e fumaça.


Cai no chão de joelhos não conseguindo respirar, apenas tossir.


- Manu! - gritei tentando enxergá-la no meio de tudo aquilo.


Fechei os olhos com força tentando me livrar da ardência. Meus pulmões queimavam com a necessidade de ar puro, pensei nos cavalos que ainda estavam ali dentro, apavorados com o fogo e desorientados pela fumaça. Rezei pra que minha irmã tivesse conseguido sair por estar tão perto da porta.


Meia-Noite.


Me levantei, lembrando que a baia dele ficava perto da saída. Foi difícil localiza-la com a fumaça, quase fui pisoteada por um cavalo quando ele surgiu galopando na minha direção. Me abaixei e consegui desviar.


A maioria dos cavalos tinha conseguido sair. Puxei a trava da baia de Meia-Noite, a trinca não cedeu.


- Anda! - gritei puxando a trava.


Meia-Noite relinchava dentro da baia, rodando de um lado pro outro, extremamente nervoso. Odiava fogo.


Olhei pro lado e vi uma baia vazia. Meu coração se desesperou ao ver Emanuelle no chão desacordada. Sangue manchava suas mãos e sua roupa.


- Emanuelle! - gritei.


A tranca soltou na minha mão e o portão bateu com força contra mim. Cai de costas no chão e bati a cabeça com força. Meia-Noite saiu galopando de dentro da baia. Gritei quando o vi vir pra cima de mim. Se apoiando nas patas traseiras, ele ficou de pé, mais alto do que eu nunca tinha visto.


- Calma garoto! - minha voz falhou quando tentei acalmá-lo.


Meia-Noite relinchou apavorado. Suas patas dianteiras afundaram no meu peito. Gritei sentindo meu pulmão ser esmagado. Ouvi gritos de longe, tentei enxergar alguma coisa, mas a fumaça me impediu. Meus olhos marejaram, a vista começou a escurecer. A cabeça latejava e eu não conseguia respirar. Apaguei. [...]


 


                                                                                                                                           


- Quando acordei no hospital soube que meu cavalo estava morto. Que eu tinha fraturado as costelas e perfurado o pulmão e que minha irmã estava em coma. - Anahí suspirou.


- Sinto muito! - Alfonso apertou as mãos dela, os olhos marejados.


- Disseram que eu escapei por um milagre. - Anahí soluçou. - Mas que minha irmã não teve a mesma sorte. Ela bateu a cabeça contra a parede, o traumatismo a fez chegar em coma ao hospital. Apresentava fraturas na mão esquerda, nos braços e nas pernas. Disseram que ela teve sorte por não ter morrido na hora.


- Any o que você me contou só reafirmou o que eu já sabia, foi um acidente.


- Mas a culpa foi minha. - Any soltou as mãos e as correu pelo cabelo. - Por que eu a levei até lá? Porque não acendi as luzes ao invés de entrar com o lampião, porque eu não a tirei de lá ao invés de manda-la sair? Eu deveria ter salvado a vida dela primeiro.


- Você não sabia o que fazer, Any o estábulo era todo de madeira, pelo que você me contou não deve ter levado nem cinco minutos para o fogo se alastrar. - Alfonso segurou o rosto dela.


- Não importa, a culpa é minha. Transferimos ela pro melhor hospital de Zurique, mas ela não acorda. Por isso eu fui embora, como eu ia ficar aqui depois de ter provocado aquele incêndio? É meu dever cuidar da minha irmã e agora eles querem desligar os aparelhos que estão mantendo ela viva. - se desesperou.


- Vão desligar os aparelhos? - Alfonso perguntou surpreso.


- Sim, por isso eu preciso voltar pra Zurique. Eu não posso ficar aqui, viver normalmente enquanto ela está lá, não posso deixar que eles a matem. Eu preciso dessa esperança de que ela pode acordar, se eu perder isso, não sei o que pode acontecer comigo, o que vai ser de mim.


Alfonso a puxou e a abraçou acariciando seus cabelos. Anahí tremia em seus braços sem parar de chorar. 



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Autor(a): franmarmentini♥

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 244



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  • Tay Postado em 08/06/2020 - 18:46:38

    abandonou? :(

  • franmarmentini♥ Postado em 10/07/2017 - 10:00:22

    POSTANDO...

  • franmarmentini♥ Postado em 03/07/2017 - 16:07:49

    POSTANDO....

  • franmarmentini♥ Postado em 14/03/2017 - 20:41:23

    ola amoresssssssssssssssss...vou postar hoje :) obrigada pelos comentaríos

  • Anahi Postado em 06/02/2017 - 19:04:37

    sdds dos caps e to amando eles juntos em lua de mel bjs

  • franmarmentini♥ Postado em 05/02/2017 - 21:00:56

    obrigada lindas pelos comentários...desculpa demora pra postar...tava sem pc

  • malulinda 🎈 Postado em 15/01/2017 - 23:03:26

    Gente tenho muito o que me atualizar O/. Mas sei que vou conseguir, em breve! haha. Fran, te mandei uma mensagem. Olha lá *-*

  • francielle_oliveira Postado em 15/01/2017 - 04:08:38

    Que bom que os dois se acertaram! tão lindos e fogosos juntos! kkkkkk quero que o Christian sofra muito!

  • Anahi Postado em 12/01/2017 - 02:04:14

    Fran amore aí n acredito q eles estão juntos e felicidade demais por um momento achei q eles iam ficar um tempo separados pra any pensar. Q bom q ela pensou rápido né kkkkkk afff poncho tinha q ter deixado o ucker bater nesse fdp. Chloe nem vai sentir falta dele. Amando essa lua de mel deles bjs

  • franmarmentini♥ Postado em 11/01/2017 - 19:48:52

    obrigada pelos comentarios...postando...


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