Fanfic: ♥ Arrebatados ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- É claro! - assentiu. - Ou então pegue o primeiro avião para a Suíça e vai lá atrás dela. Não importa o que você escolha Alfonso, o importante é você parar de agir como está agindo nos últimos dias.

Alfonso encarou a morena, que timidamente acenou pra ele. Ian tinha razão, ele mesmo não aguentava mais aquela situação, todo aquele sofrimento. Precisava fazer alguma coisa. Anahí havia feito sua escolha ao sair da sua casa, colocando um fim no relacionamento deles. Ela mesma dissera que não queria que ele a esperasse. Alfonso havia aberto seu coração e o entregado numa bandeja para ela e tudo que Anahí fizera foi recusá-lo e lhe dar as costas. Ir para Zurique atrás dela só o faria se humilhar ainda mais. Ela não escolheria ficar com ele, menos ainda regressaria para o México com ele.

Então senão podia ter o que queria, teria que se divertir, tapar o buraco que ela havia lhe deixado com o que tivesse à sua disposição. E no momento tinha uma morena muito bonita flertando com ele. Talvez a diferença entre as duas fizesse com que pelo menos essa noite ele se esquecesse dela.

Alfonso se afastou de Ian e caminhou na direção da garota. O álcool que havia ingerido atrapalhava seus movimentos e nublava a sua mente. Torcia para que na manhã seguinte conseguisse se lembrar de algo.

- Oi... Qual seu nome?

- Maria Clara. Você é o Alfonso, acertei?

- Isso mesmo! - assentiu.

- Curtindo a festa? - Clara sorriu tentando puxar assunto.

- Uhum! - Alfonso mentiu, dando de ombros. Teria ficado em casa curtindo a fossa se Christian e Ian tivessem deixado.

O relógio na praça da cidade começou a tocar e as pessoas começaram a fazer a contagem regressiva. Quando deu a meia-noite o céu se iluminou com os fogos de artificio.

- Feliz ano novo Alfonso! - Maria Clara sorriu sem jeito estendendo os braços.

Alfonso a abraçou e fechou os olhos. Em Zurique já era de manhã. O que será que Anahí estaria fazendo?

Balançando a cabeça ele soltou Maria Clara. Ela tinha olhos negros e um sorriso envergonhado nos lábios.

- Quer sair daqui?

- Como?! - ela estreitou as sobrancelhas.

- To perguntando se você quer começar bem o ano novo. Sozinha comigo! - sussurrou no ouvido dela.

Maria Clara o encarou surpresa. O sorriso que ela lhe deu em seguida, era cheio de malícia.

- Minha casa fica a três quadras daqui. Está totalmente vazia.

- Perfeito, vamos pra lá. - sorriu segurando a mão dela.

“Eu vou tirar você da minha cabeça madame. Essa vai ser minha meta pra este ano”, Alfonso pensou enquanto seguia Maria Clara até a casa dela.

Dois Meses Depois...

Zürich, Suíça - 16hrs23min

Anahí entrou no quarto de hospital da irmã, um sorriso esboçou seus lábios ao vê-la dormindo. Caminhando até a cômoda ao lado da cama, ela trocou as flores do outro dia por outras novas.

- Bom dia irmãzinha. - sorrindo, puxou a cadeira para perto da cama. - Como você está?

Anahí encarou a irmã enquanto seus olhos marejavam. Emanuelle continuava com a mesma aparência de quem está dormindo, parecia que a qualquer momento iria acordar.

- O que se passa nessa sua cabecinha hein? - Any apertou a mão dela entre as suas. - Você consegue ouvir a gente? Consegue sentir quando tocamos em você? Você tem alguma noção de quanto tempo você está assim? - respirou fundo e enxugou o rosto.

Com uma mão livre Anahí tocou os cabelos da irmã, afastando a franja dos olhos.

- Sinto falta de fazer tranças no seu cabelo sabia?... No cabelo da Chloe. - suspirou. - Quem será que faz os penteados nela agora? - encarou o quarto lembrando dos momentos que passara com ela. - Eu lembro de como você adorava quando eu mexia no seu cabelo, e eu adorava mais ainda quando você mexia nos meus. - Any levou a mão da irmã até seus cabelos, correndo os dedos entre os fios. - Você pode sentir? Pode me ouvir Manu?

Ficando em silêncio ela encarou o rosto da irmã, sabia que era inútil, mas esperava por algum tipo de reação, qualquer reação.

- Me dá um sinal Manu... Qualquer um! - Any suplicou. - Qualquer coisa que possa me ajudar a saber o que fazer. Eu me sinto tão perdida, tão sozinha... Se estiver sofrendo, cansada de lutar, eu ajudo você a partir. Se o que você quer é descansar em paz, eu assino aquela porcaria de papel. - soluçou. - Eu nunca quis te fazer mal, eu amei você desde o segundo em que soube que estava a caminho... Se eu pudesse eu trocaria de lugar com você, eu respiraria por você. - subiu na cama e abraçou a irmã. - Me ajuda Manu, me diz o que você quer e eu juro que eu faço. Eu amo você! - a abraçou com força. - Não importa o que aconteça eu sempre vou amar você. Sempre, sempre. - sussurrou acariciando seus cabelos.

Vale do Oeste, México - 09hrs:38min

Uma batida na porta fez Alfonso levantar os olhos dos papéis.

- Entra!

Quando a porta se abriu uma moça de cabelos negros e olhos castanhos se aproximou.

- Leonor, o que tá fazendo por aqui? - Alfonso ficou de pé.

- Vim dar um beijo de bom dia em você. - sorriu.

Alfonso ficou sem jeito e forçou um sorriso. Leonor se aproximou e segurou o rosto dele entre as mãos. Ele não a rejeitou, mas também não correspondeu quando ela o beijou.

- Run, run!

Alfonso se afastou e encarou o irmão se sentindo ainda mais sem jeito.

- Atrapalho? - Christian sorriu.

- Não, claro que não, eu só vim falar um oi, já estou de saída. Até mais Alfonso. - Leonor acenou.

Assim que ela deu as costas Christian fechou a porta, ficando a sós com o irmão.