Fanfic: ♥ Arrebatados ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

VOLTEI!! 

- Sim... Mas não é só isso.

- O que mais?

- Quando Anahí e Letícia estavam conversando, ela contou uma coisa que vai tirar o chão de todo mundo.

- Que coisa Ian? Mas que inferno para de rodeio e fala logo. - ficou de pé.

- A Emanuelle acordou.

- Acordou? Acordou, você quer dizer que... Ela saiu do coma?

- Sim! Letícia foi correndo na fazenda falar com a família do Enrique.

- Isso quer dizer que...

- Que Anahí vai voltar com a irmã pra cá. E acho que tem grandes chances de dessa vez ser definitivo.

Alfonso não conseguiu esconder um sorriso. Anahí em breve voltaria, com Emanuelle livre do coma, Any finalmente ia retomar sua vida e que outro lugar ela escolheria pra isso senão o lugar que tanto amava?

- Poncho ainda tenho uma notícia pra te dar.

- Que notícia.

- Anahí está sabendo de tudo.

- Tudo o que?

- Do seus “casinhos” por ai e... Da Leonor! - suspirou. - Parece que foi o Ucker quem contou.

Alfonso suspirou passando a mão pelos cabelos e ficou de pé. Se a Anahí sabia de pelo menos metade do que ele tinha feito, com certeza não ia querer vê-lo na frente quando voltasse. Que droga, quando ele achou que tudo estava perdido entre eles, que nunca mais a veria, um milagre acontecia e agora ela voltaria para perto dele, para atormentá-lo. E ele com seu orgulho ferido havia colocado qualquer chance, de um dia eles ficarem juntos, a perder.

- Quer saber não me importa, ela que volte. - respondeu ficando de pé. - A culpa foi toda ela. Anahí não mandou eu seguir em frente? Então que ela arque com as consequências do que ela fez.

- Alfonso...

- Ela achou o que? Que eu ia ficar aqui choramingando pelos cantos por causa dela? Pois ela se enganou. - esbravejou. - Eu só agi do jeito que agi por causa das coisas que ela me disse, foi ela quem arruinou qualquer chance de um dia a gente ficar junto, não eu. - respondeu tentando convencer Ian e a si mesmo daquilo.

- Bom vocês vão ter que se encarar e se ela ficar aqui pra valer, vocês vão ter que aprender a conviver um com o outro, por mais magoado que possam estar.

Alfonso suspirou sabendo que Ian tinha razão, mas quando estivesse cara a cara com Anahí, a situação seria muito mais difícil e complicada do que imaginavam.

Letícia chegou na fazenda de Enrique e encontrou a casa uma verdadeira festa. Marichello abriu a porta pra ela e a abraçou aos prantos.

- Emanuelle acordou!

- Eu sei! - Letícia sorriu emocionada. - Falei com a Any a pouco.

- Você falou com ela? - Enrique se aproximou os olhos marejados. - Como ela está? Foi a Lara quem nos ligou.

- Ela estava radiante no telefone. E chorando muito. - sorriu.

- A gente... A gente vai fazer uma festa pra comemorar. - Marichello sorriu. - E faremos outra quando elas chegarem. Lara disse que Emanuelle estava dormindo, mas quando tiver em condições vamos poder falar com ela. Finalmente vou voltar a ouvir a voz da minha filha.

Dulce enxugou o rosto e puxou Letícia pra um canto.

- A Any te disse quando vão voltar?

- Não, mas ela vem pro casamento, imagino que quando ela vier, a Manu vem com ela.

- Você acha que... Dessa vez ela fica aqui pra sempre? - sorriu.

- Não sei Dulce, a gente conversou no telefone e ela disse que sabe das coisas que o Poncho andou fazendo, ela ta muito magoada Dulce... É que ela ta focada na Emanuelle, então ela nem parou pra processar tudo, mas talvez quando eles se virem de novo, toda essa dor que ela ta “camuflando” vai vir à tona.

- Eu pensei a mesma coisa, depois que a euforia passar, Any e Poncho vão ter que se encarar e só Deus sabe o que vai acontecer. - suspirou. - Eu só desejo que apesar de tudo ela fique com a gente.

- Eu também. - sorriu.

Nos dias que se seguiram Emanuelle surpreendeu a todos mais uma vez. Dedicada às sessões de fisioterapia e fonoaudiologia, o que ela achava uma grande brincadeira, seu estado havia melhorado bastante. Quem não cabia em si de tamanha alegria e orgulho era a irmã.

O sorriso e o brilho nos olhos que Anahí trazia consigo agora emocionou todos na empresa e no hospital. Acostumados a ver Anahí sempre séria, triste e alheia eles notavam a diferença com clareza. Era como se uma tonelada tivesse sido retirada dos ombros de Anahí deixando-a mais leve, mais viva.

Anahí chegou ao hospital com flores, um espelho e um quebra-cabeça para Emanuelle. O brinquedo aparentemente inocente, ajudaria a irmã a exercer a coordenação, a cognição e a memória. Era um alívio para Anahí ver sua irmã melhorando e voltando a ser a mesma garotinha de antes.

Mas aquele seria um dia importante. Os médicos, a psicóloga, Anahí e a tia iam se reunir para dar a notícia à Emanuelle. Após verem sua recuperação e constatar que Manu começava a se lembrar do acidente eles decidiram que estava na hora dela saber quanto tempo havia se passado.

Ao entrar no quarto acompanhada da tia o sorriso iluminou o rosto de Anahí. Sua irmã estava sentada e com a ajuda da fisioterapeuta levava um copo com canudo até os lábios. Any sorriu orgulhosa ao ver que sua irmã conseguira tomar o suco quase sozinha.

- As crianças aprendem rápido e reaprendem mais rápido ainda. É incrível a capacidade do nosso cérebro.

- Oia tata! - Emanuelle sorriu para a irmã.

O doutor Hauser entrou acompanhado da psicóloga.

- Falta muito Dra. Möde?

- Não, por hoje acabamos, até amanhã Manu. - pegou o copo com canudo das mãos dela.

- Até. - Manu sorriu e conseguiu mover um pouquinho a mão para acenar pra ela.