Fanfic: ♥ Arrebatados ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

Anahí voltou pra fazenda às pressas, as lágrimas inundavam seus olhos mal deixando-a prestar atenção no caminho que fazia. Quando chegou na fazenda da amiga, puxou as rédeas de Ollen com força.

- Any você ta louca?

Ollen relinchou erguendo as patas dianteiras. Quando tocou o chão de novo Anahí desceu.

- Você não pode fazer isso, você podia ter caído.

- Me deixa Letícia! - Anahí pediu começando a soluçar.

- O que aconteceu pra você voltar assim?

- Eu sou uma idiota isso que aconteceu. - Any enxugou o rosto.

- O que houve Any? - Leticia a olhou preocupada.

- Escuta o que eu vou te dizer Leeh, eu vou esquecer o Alfonso, aquele Herrera idiota morreu pra mim. Eu vou arrancar esse amor daqui de dentro de qualquer jeito. - esbravejou.

- O que houve, meu Deus!

- Eu queria acreditar que tudo era boato, um mal entendido, que Alfonso não estava ficando com a cidade inteira, mas acabei de conhecer a tal da Leonor, a ficante oficial dele. - soluçou.

- Como assim vocês se conheceram?

- Eu fui na fazenda, era pra ver ele, mas não só ele. Queria fazer uma surpresa pra Chloe. Tava tudo bem, mas ai essa talzinha apareceu e se apresentou como namorada dele.

- Não Any você entendeu errado, eles não namoram.

- É só transam de vez em quando, segundo o Alfonso. - esbravejou.

- Vem, vamos entrar, você ta nervosa demais.

- Quero ir pra casa.

- Nada disso, você só sai daqui depois que se acalmar, nem louca vou deixar você ir dirigindo ou montada em um cavalo desse jeito. - Letícia a arrastou pra dentro de casa.

Anahí acabou aceitando e lá dentro ela desabafou e chorou.

- Está decidido Leeh, quando minha irmã estiver bem eu vou voltar pra Zurique. Não vou aguentar ficar aqui magoada com meus pais e vendo ele com outra. - soluçou. - Eu sei que eu pedi pra ele não me esperar, mas eu não tava pronta pra ver o que eu vi. Não achei que fosse doer tanto.

Letícia acariciou seus cabelos e tentou consolar a amiga.

- Você pediu pra ele não esperar porque você não sabia se ia voltar pra cá, ninguém acreditava que a Manu fosse acordar. Não fica assim, por favor! - acariciou seus cabelos.

Anahí respirou fundo e tentou se acalmar. A imagem de Leonor beijando Alfonso ia ser algo que ela não ia conseguir esquecer. A cena ficaria rondando em sua cabeça, como se estivesse zombando dela.

Alguns dias se passaram depois do encontro desastroso entre Anahí, Alfonso e Leonor.

Anahí não voltou a conversar com os pais sobre o tempo que Emanuelle passou no hospital, pelo contrário, passou a conversar com eles normalmente e a se dedicar à irmã. Assim distraia-se e não ficava pensando em um certo cowboy. Tampouco voltou a ir à fazenda de Alfonso. Agora era Chloe quem vinha visita-la.

Anahí se equivocou ao achar que Chloe e Emanuelle iam se tornar amigas logo de cara. Nas duas vezes que estiveram juntas, ambas não fizeram nada além de disputar a atenção de Anahí. Cada vez que ela se voltava para uma a outra vinha exigindo atenção. Era praticamente impossível ficar com ambas ao mesmo tempo.

Alfonso ainda não entendia como Leonor havia aparecido na sua casa em um momento tão inconveniente. Depois do episódio ele passou a trata-la com mais frieza e quando a encontrava na cidade, a cumprimentava de longe e sempre inventava uma desculpa para não conversar demais com ela.

Leonor encarou Christian e suspirou abaixando a cabeça.

- Olha você não sabe como eu agradeço por ter me ligado aquele dia, mas precisa me ajudar. Não sei mais o que fazer, seu irmão só está me evitando.

Era uma quarta à tarde e os dois tinham se encontrado em um café pra conversar.

- Ele ta mexido pelo reencontro com a Anahí, mas isso vai passar.

- Jura? Você me disse que o que eles tiveram foi sério.

- Não foi tão sério assim, porque eles nunca assumiram nada. Você ama meu irmão não ama?

- É claro que sim, tudo que eu mais quero é ficar com ele.

- Então luta pelo que você quer. Eu vou te ajudar a ficar com ele.

- Obrigada Chris. - ela sorriu acariciando sua mão. - Eu faço qualquer coisa pelo seu irmão.

- E eu vou te ajudar, aquela garota brincou com ele, não vou deixar que o machuque de novo.

- Acho bom essa Anahí voltar logo pra Suíça, o Poncho é meu agora e eu vou mostrar pra ela que é bom não se meter comigo. - sorriu.

- É assim que se fala!

- Obrigada por tudo Chris. Agora eu preciso ir, mas depois a gente se fala está bem?

- Ok e pode deixar que eu pago a conta. - sorriu.

Leonor se despediu, pegou sua bolsa e saiu do café. Christian suspirou se escorando na cadeira e pediu mais um café.

- Com licença?!

Christian se virou e encontrou uma garota de olhos e longos cabelos negros. Ela usava uma blusa branca, calça jeans e bota de cano curto. Atrás delas duas malas de rodinhas repousavam.

- Pois não?

- Poderia me informar onde tem um hotel aqui perto? Acabei de chegar na cidade.

- Claro, qual seu nome?

- Desculpe me chamo Maite e você? - a garota estendeu a mão.

- Christian, senta ai. - apontou a cadeira. - Garçom me traz um suco de laranja, por favor! - acenou. - Por minha conta! - piscou para Maite.

- Nossa todos os homens daqui são gentis assim? - brincou, se sentando.

- Apenas às quartas-feiras. - brincou. - Mas e então, antes de eu te mostrar um hotel, o que te traz aqui?

- Me formei em fisioterapia há dois anos e fui contratada por, não sei se conhece, Enrique Portillo, para cuidar da filha dele Emanuelle. Parece que ela acordou de um coma recentemente e precisa de cuidados.